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Entorno: Este projeto se inicia com o reconhecimento de um desafio conceitual que estrutura a ideia que gera a proposta. Elaborado pelos Arquitetos Javier Mera, Jorge Andrade e Daniel Moreira, trouce a problemática que características um mirante poderia ter para ser atrativo, mesmo quando todo seu entorno natural oferece vistas interessantes (?). Isto é devido ao fato de que o projeto se encontra na extremidade superior da cratera de um vulcão ativo que possui um lago em seu interior que cria diversas oportunidades de observação ao longo de seu entorno. Devido a suas peculiaridades geográficas, a cratera de Quilotoa e seu lago foram convertidos em um local de alta visitação turística de crescente popularidade no Equador. A área tem sido tradicionalmente habitada por populações indígenas da serra equatoriana, que possuem uma forma eminentemente agrícola de subsistência. O assentamento mais próximo é Zumbahua; entretanto, algumas pequenas comunidades que possuem laços tradicionais com o vulcão e seus habitantes têm iniciado empreendimentos turísticos para oferecer alojamentos, serviços de restaurante e visitas guiadas aos locais de interesse turístico na área. Implantação: O mirante localiza se na borda superior da cratera e o percurso para conectar com a área principal do complexo turístico. O Ministério do Turismo local tinha o objetivo de apoiar o empreendimento da comunidade para ajudar seus membros a aumentar sua renda através de sua participação na prestação dos serviços turísticos. O mirante foi previsto para ser instalado na extremidade superior da cratera, seu objetivo principal é criar uma estrutura que permite a observação ininterrupta dos arredores, onde os usuários podem chegar na borda do penhasco de forma segura. No entanto, o desafio conceitual explicado anteriormente permanece, já que o local escolhido para o mirante possui uma vista muito similar a do restante da fronteira da cratera, portanto a análise é centrada em que outras experiências poderiam este mirante permitir para que se tornasse um ponto de interesse turístico na área. A resposta que este projeto oferece se baseia na criação de oportunidades para os visitantes verem a paisagem de formas diferenciadas que qualquer outro ponto do local, a experiência do usuário é enriquecida através da criação de uma plataforma que se estende desde a extremidade da cratera sobre o penhasco para dar aos visitantes a oportunidade de "voar" sobre a paisagem quase produzindo uma sensação de vertigem. Ao mesmo tempo, cria-se um espaço de visualização passiva, onde o usuário está protegido dos elementos e é capaz de ter um momento de contemplação e introspecção. Topografia: Apesar de ser a capital, Quito não é a maior cidade do país. Talvez uma das razões para isso, seja a topografia da cidade, Quito está num vale cercado por montanhas e vulcões, sendo alguns deles ainda ativos. Por isso, a cidade só pode crescer na direção Norte-Sul e não na direção Leste-Oeste; a região onde está Quito, foi chamada por Alexander von Humboldt de “avenida dos vulcões”. Quito, na língua nativa, quer dizer “local do meio” e, considerando que perto da cidade passa a linha do Equador (apenas 35 km de distância), é preciso admitir que os indígenas saibam das coisas. Sendo a segunda capital mais elevada do mundo, depois de La Paz, na Bolívia, a Praça da Independência, por exemplo, está a 2850m de altitude, por isso, a temperatura é amena e, em razão da latitude, também constante durante o ano todo, sendo a única diferença é que há uma estação seca e outra chuvosa. Sua altitude é de 3974 metros acima do nível do mar, e o diâmetro da cratera é de aproximadamente 3 km, devido aos minerais presentes na água, o lago na cratera possui uma coloração turquesa única que é a principal característica do lugar. O ecossistema desta área é um páramo andino, portanto, sua vegetação circundante inclui pastos baixos, arbustos e pequenas árvores, todos estes elementos se somam para criar uma paisagem com uma beleza singular e sóbria. Orientação solar/insolação: Tem sua vista principal olhando para a cratera e sendo assim posição Norte, garantindo a Insolação durante o dia. Circulação e acesso: O acesso se dá por um caminho tipo trilha de chão de pedras (brita) com escadarias por meio da vegetação de caráter baixo e também rasteiro, chegando ate a intervenção. A entrada da intervenção é através de um deck de madeira devidamente preparada para suportar as intemperes, estendendo se por toda sua estrutura, com muretas laterais e escadarias no mesmo material e acabamento e parapeitos de proteção frontal e centro do vão que precede a escadaria em vidros também devidamente preparados para as condições climáticas locais. Zoneamento/Setorização: Sendo composto de dois ambientes e andares, um ao nível da entrada e saída principal e outro declinado com sua circulação em forma de escadaria aproveitando este o declive natural topográfico. Organização Espacial: Possuindo sua organização espacial conforme a configuração topográfica e pelo declive natural existente, sendo assim proporcionando a possibilidade de existência de dois pavimentos providos da mesma estrutura. PARÂMETRO FORMAL: Geometria da Planta: Em um primeiro olhar a estrutura lembra geometricamente um “Y” inclinado, em uma melhor percepção sua estrutura se fragmenta em dois decks em retângulos sobrepostos lineares e com uma hierarquia bem definida, sendo o inferior com uma inclinação para baixo. Aproveitando o declive natural do lote o projeto adequou se perfeitamente as imperfeições do terreno. Tendo apenas dois setores de circulação com uma boa resolução para o proposito do projeto. Volumetria: Sua volumetria revela uma junção de dois sólidos, constituindo a totalidade do Mirante, sendo o lote em declive o projeto se adaptou perfeitamente a suas imperfeições caracterizando sua parte inferior inclinada para baixo, proporcionando uma vista mais acentuada, o corpo volumétrico interage com o contesto do terreno sendo este feito com os mesmos matérias e texturas. Fachada: Sua fachada em material natural (madeira) e leve (vidro) proporciona uma interação perfeita com o meio onde a intervenção ocorre. Sistema de abertura: Pelo projeto em questão ter características de circulação livre e com a utilização para todos os visitantes este não contem limitadores para sua entrada, saída e circulação interna, salvo seu limite de permanência pre estabelecido pelas normas de segurança locais vigentes. Lógica estrutural: Sua estrutura é relativamente simples, composto de dois módulos em forma de deck em aço em treliças previamente fabricado, anexado de pontos de fixação diretamente na rocha vulcânica, coberto e em seu acabamento em madeira devidamente preparada e adequada para suportar a ação das intemperes características do local. Cobertura: O projeto não contem características de coberta. Elemento de adequação climática: Toda a estrutura em acho, vidros e acabamento em madeira foram devidamente produzidos e instalados já preparados para as disparidades térmicas locais. Materiais: Por se tratar de uma locação inóspita e com características peculiares de tempo, seus arquitetos e projetistas optaram por matérias resistentes e com características de leveza, interação ao ambiente e de fácil transporte ate o local. Contendo aço, madeira e vidro devidamente preparados e adequados para a utilização no projeto. COORDENAÇÃO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: PROJETO ARQUITETÔNICO I PROFESSORES: Bruno Moreira/ Ricardo Araújo ANÁLISE DO CORRELATO MIRANTE: Quilotoa Setembro 2017COORDENAÇÃO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: PROJETO ARQUITETÔNICO I PROFESSORES: Bruno Moreira/ Ricardo Araújo ANÁLISE DO CORRELATO MIRANTE: Quilotoa Aluno: Alexandre Henrique Melo de Sousa Modulo: Projeto Arquitetônico I Curso: Arquitetura e Urbanismo 3º Período – Noite Setembro 2017