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Fármacos que atuam no aparelho digestivo e antieméticos Profa Dra: Andréa Cristina Apolinário CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO RECIFE CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA DISCIPLINA: FARMACODINAMICA I ULCERA PÉPTICA • A úlcera péptica é uma erosão no revestimento do estômago ou da primeira parte do intestino delgado, uma área chamada duodeno. ULCERA PÉPTICA • Principais fatores: • Infecções com gram negativo Helicobacter pylori (95% dos casos de úlceras duodenais e 80 % de úlceras gástricas); • Uso de anti-inflamatório não esteroidais (segunda causa); • Estresse: Aumento da secreção do ácido clorídrico; ULCERA PÉPTICA • DIAGNÓSTICO: • Endoscopia - permite visualizar diretamente o esôfago, o estômago e o duodeno. SINTOMATOLOGIA • Dor e/ou queimação na área entre o esterno e o umbigo - estômago vazio(ausência de alimentos permite que os ácidos irritem a ferida); SINTOMATOLOGIA • Dor característica da úlcera do duodeno que desaparece com a alimentação reaparecendo depois (ritmo dói- come-passa-dói-come-passa-dói); • Vômitos com sinais de sangue; • Fezes escurecidas ou avermelhadas que indicam a presença de sangue. Antiulcerosos FISIOLOGIA GÁSTRICA FISIOLOGIA GÁSTRICA FISIOLOGIA GÁSTRICA FUNÇÃO DA ACETILCOLINA, HISTAMINA E DA GASTRINA NA SECREÇÃO ÁCIDA: 03 PRINCIPAIS ESTÍMULOS SOBRE AS CÉLULAS PARIETAIS Cálcio e o AMPc, são os mensageiros intracelulares que atuam de modo sinérgico para produzir o ácido clorídrico Estimulação dos receptores da gastrina ( Ca+2 do citosol ) Estimulação do RH2 ( AMPc ) Estimulação dos receptores (M2) muscarínicos para acetilCoA ( Ca+2 do citosol ) canalículos Receptor de Gastrina Receptor de Histamina Receptor de Acetil- Colina Regulação da secreção ácida Aproximadamente 30% da produção do suco gástrico é mediada pelo sistema nervoso, enquanto os 70% restantes dependem do estímulo da gastrina. CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS Síndrome de Zollinger – Ellison ULCERA GÁSTRICA ANTIULCEROSOS •CONDIÇÕES PATOLÓGICAS PARA USO DOS ANTIULCEROSOS Erradicação do Helicobacter pylori em combinação com antibióticos ESOFAGITE DE REFLUXO ANTIULCEROSOS CONDIÇÕES PATOLÓGICAS PARA USO DOS ANTIULCEROSOS PACIENTES QUE FAZEM USO CONSTANTE DE MEDICAMENTOS (AINES → MUCO, BICARBONATO E PGE1. FATORES EXÓGENOS: ÁLCOOL, FUMO E MEDICAMENTOS TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Antagonistas dos receptores de Histamina ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H2 Úlcera péptica Esofagite de refluxo Ranitidina (150mg, 300mg e 25mg/mL) Cimetidina (200mg, 300mg e 400mg) Famotidina (20mg e 40mg) Nizatidina (150mg e 300mg) Histamina (mastócito) [ligar aos RH2] presente na membrana das células parietais[AMPc] Acetilcolinareceptor muscarínico (RM2)Ca do citosol[AMPc]HCl Gastrina (RG2) Ca do citosol [Cacitosol] HCl ANTIULCEROSOS INIBIDORES DE BOMBA DE PRÓTONS Os inibidores da bomba de protóns bloqueiam a produção de ácido pela célula parietal quase completamente, enquanto que os antagonistas H2 só bloqueiam o componente histamínico da produção ácida, pelo que a sua redução não ultrapassa a ordem dos 60%; contudo, têm apreciável eficiência terapêutica, quer na doença ulcerosa, quer na prevenção e tratamento de lesões gástricas provocadas pelos anti-inflamatórios. RANITIDINA X OMEPRAZOL Estudos epidemiológicos indicam que há uma relação entre o uso prolongado de PPIs e o metabolismo ósseo, porém essa relação ainda não está totalmente estabelecida. Yang e colaboradores descreveram que a administração de omeprazol (20 mg/dia),um dos principais PPIs, é capaz de diminuir significativamente a densidade mineral óssea (DMO); Acredita-se que o mecanismo responsável seja a elevação do pH gástrico que interferiria na absorção do cálcio; Isso acontece porque alguns sais, como o cálcio, são insolúveis em pH básico e, portanto, seriam menos absorvidos; INTERAÇÃO OMEPRAZOL O clopidogrel: um pró-fármaco que deve ser metabolizado no fígado pelo citocromo P450 através da enzima CYP2C19 para gerar um metabólito ativo e adquirir suas propriedades antiagregantes plaquetárias. Alguns estudos mostraram-se controversos na utilização concomitante do clopidogrel e omeprazol. A recomendação do FDA é a contraindicação da utilização concomitante dos dois fármacos. Há uma diminuição da efetividade da terapia com o clopidogrel pela inibição da conversão de seu metabólito ativo. OMEPRAZOL x CLOPIDOGREL Levando-se em conta a variabilidade genética, sugeriu-se que a interação entre o inibidor de bomba de prótons e o clopidogrel foi associada com um risco aumentado de eventos adversos em pacientes que apresentavam menor expressão do alelo CYP2C19. Esta hipótese leva à conclusão que pessoas com menor atividade do CYP2C19 são mais vulneráveis à supressão de adicional de atividade CYP2C19 pelos inibidores de bomba de prótons OMEPRAZOL x CLOPIDOGREL INIBIDORES DE BOMBA x CLOPIDOGREL Estudo austríaco testou a interação medicamentosa do clopidogrel com outros inibidores da bomba de prótons (pantoprazol e esomeprazol) Matula, 2009. O mais importante achado deste estudo foi o fato de que a associação de pantoprazol ou esomeprazol ao clopidogrel não foi relacionada a um menor efeito do antiagregante plaquetário; O pico de absorção do pantoprazol varia de duas a quatro horas. Pantoprazol tem baixo poder de interação com citocromo P450, em relação a omeprazol e lansoprazol. É metabolizado pelo sistema citocromo P450, especificamente pela isoenzima sulfotransferase da enzima ATPase K+/H+. ANTIÁCIDOS NEUTRALIZADORES DE ÁCIDO DISPEPSIA ALÍVIO SINTOMÁTICO NA ÚLCERA PÉPTICA HIDRÓXIDO DE MAGNÉSIO TRISSILICATO DE MAGNÉSIO GEL DE HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO BICARBONATO DE SÓDIO ALGINATO ANTIULCEROSOS ANTIULCEROSOS ► FÁRMACOS QUE PROTEGEM A MUCOSA ► MISOPROSTOL ANÁLOGO ESTÁVEL DA PGE1 INIBE A SECREÇÃO ÁCIDA GÁSTRICA EM RESPOSTA AOS ALIMENTOS, À HISTAMINA, CAFEÍNA, ATRAVÉS DE UMA AÇÃO DIRETA SOBRE A CÉLULA PARIETAL MANTÉM O AUMENTO DO FLUXO SANGUÍNEO DA MUCOSA SECREÇÃO DE MUCO E DE BICARBONATO É USADO POR VIA ORAL NA PREVENÇÃO GÁSTRICA QUE PODE OCORRER COM O USO CRÔNICO DE AINES (ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTERÓIDES) EFEITOS INDESEJÁVEIS: ►Diarréia, cólicas abdominais ►Contração uterina ►Relaxamento do colo uterino. Antiulcerosos ► Fármacos que protegem a mucosa ► Misoprostol ► Indicações Tratamento e profilaxia de úlceras gástricas e duodenais Interrupção da gravidez (?) Uso hospitalar Prescrito no Brasil - Uso Hospitalar ► Lembrando As prostaglandinas, que são sintetizadas na mucosa, estimulam a secreção de muco e de bicarbonato. Diminuem a secreção de ácido e produzem vasodilatação, sendo todas estas ações destinadas a proteger o estômago contra lesões. AINES inibem as prostaglandinas ocorrendo úlceras. Misoprostol – análogo estável da PGE1, inibe: ►Secreção do HCl tanto no estado basal quanto na resposta a alimentos, histamina, cafeína, através de uma ação direta sobre a célula parietal. ANTIULCEROSOS ► Fármacos que protegem a mucosa ► Misoprostol► Contra-Indicações Hipersensibilidade ao misoprostol Gravidez ►PG1E e PG1F promovem contrações coordenadas do corpo lúteo grávido, enquanto produzem relaxamento do colo uterino (provocam aborto no início e na metade da gravidez). ► Reações adversas Diarréia Dor abdominal Helicobacer pylori em mucosa gástrica ANTIULCEROSOS ► Fármacos que protegem a mucosa ► Tratamento da Infecção por Helicobacer pylori Envolvido na produção de úlceras gástricas ou duodenais Fator de risco para o câncer gástrico Omeprazol Amoxicilina Metronidazol ANTIULCEROSOS ► Outras combinações para o tratamento da Infecção por Helicobacer pylori Omeprazol + Tetraciclina + Metronidazol Subcitrato de bismuto** + Amoxicilina + Metronidazol Lanzoprazol + Amoxicilina + Claritromicina (Pyloripac; Pylorikit; Helicopac) Omeprazol + Claritromicina + Amoxicilina (Erradic) **Possui efeitos tóxicos sobre o Bacilo Gran ( – ) em também podem impedir sua aderência à mucosa ou inibir enzimas digestivas FÁRMACOS CONSTIPANTE TRATAMENTO: FARMACOLÓGICO NÃO FARMACOLÓGICO ou Anticonstipantes Fármacos antidiarréicos
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