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ADMINISTRAÇÃO TRIBUTARIA
A administração tributária está integrada à administração pública da União, com o intuito de desenvolver um trabalho que está voltado para a arrecadação de tributos assim como sua fiscalização com vistas a investigar o cumprimento ou das obrigações por parte dos contribuintes brasileiros. Por meio das Leis tributárias esta administração organiza, coordena e aplica o que regula a legislação pertinente ao tema.
Conforme explica (Sabbag 2014, p. 942): Como o conjunto de ações e atividades, integradas e complementares entre si, que almejam garantir o cumprimento pela sociedade da legislação tributária, que se mostra por meio da presença fiscal, quer no âmbito da facilitação do cumprimento das obrigações tributárias, quer na construção e manutenção da percepção de risco sobre o calculado inadimplemento.
Assim entende-se que a administração tributária abarca a legislação pertinente à cobrança de tributos no Brasil, no sentido de fiscalizar e atender a essa legislação vigente por meio da arrecadação no que envolve as regras formais e procedimentais do direito que envolvem o cumprimento das mesmas como forma de manter ativamente as atividades do Governo para com a população.
Para (Hadra apud sabbag, 2014, p. 943): A administração tributária é a atividade do poder público voltada para a fiscalização e arrecadação tributária. É um procedimento que objetiva verificar o cumprimento das obrigações tributárias, praticando, quando for o caso, os atos tendentes a deflagrar a cobrança coativa e expedir as certidões comprobatórias da situação fiscal do sujeito passivo.
E para que o poder público possa se valer do que é imposto pela Lei, visando resguardar que essa obrigação seja efetivada pelos indivíduos ela deve exercer os procedimentos fiscalizatórios adequados, cobrar essa tributação, caso o contribuinte não compra com o seu dever, inscrevendo-o na dívida ativa, assim como não lhes dando o direito de tirar certidões negativas caso necessite.
Fiscalização
Pode-se dizer que a fiscalização envolve as ações de verificar, investigar se as obrigações tributárias estão sendo cumpridas pelos contribuintes.
 Conforme (Sabbag 2014, p. 945): A fiscalização é a ação estatal que, orientada pelo princípio da isonomia, deverá identificar o descumprimento das obrigações tributárias, punindo o comportamento indesejado e, em caráter pedagógico, dissuadindo o contribuinte omisso e recalcitrante da insistência no inadimplemento obrigacional.
Pode-se dizer que a fiscalização deve ter como objetivo manter um trabalho fiel aos interesses do poder público, em que extrapole a sua competência administrativa e fiscalizatória.
(Sabbag 2014, p. 953) explica que: A ação fiscalizatória é ato público da administração e, ipso facto, não poderá estar divorciada dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade (art. 37, CF) sob pena de resvalar em arbítrio e abuso de poder. Não é demasiado relembrar que o lançamento tributário, ato no qual se projeta a ação fiscal, é ato administrativo vinculado (art 3º, in fine, CTN).
Pode-se dizer que a fiscalização tributária através da busca pelos fins públicos a que se destina, deve pautar nestes princípios acima descritos, sem que deixar de lado a condução dos atos administrativos, que deve ser regida pelas regras de competência, finalidade, motivação, forma, procedimento e publicidade.
(Para Silva 2011, p. 1): A fiscalização tem por objetivo a aplicação correta e adequada da legislação tributária vigente, devendo o fisco exigir do sujeito passivo da obrigação tributária o cumprimento das normas pertinentes, podendo para tanto, examinar mercadorias, documentos, livros, arquivos, papeis e tudo mais que se fizer necessário para a efetiva fiscalização.
Contudo acima descrito, entende-se que a fiscalização dos tributos tem como objetivo verificar se estes estão sendo pagos pelos contribuintes ou não, levando-os a entenderem que as obrigações tributárias devem ser pagas, com riscos de, se não o fizer, serem inscritos na dívida ativa do Estado.
Dívida ativa
No que envolve a dívida ativa, pode-se dizer que ela representa os valores que o Estado a receber dos contribuintes que não pagaram suas contribuições tributárias. De acordo com (Sabbag 2014, p. 961): “a dívida ativa é o crédito público, ou seja, todos os valores que a fazendo pública tem para receber de terceiros, independentemente de ser de natureza tributária ou não tributária”.
Conforme regula o Código Tributário Nacional: Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.
A inscrição do contribuinte em uma dívida ativa acontece pelo inadimplemento do contribuinte que não cumpriu com suas obrigações tributárias. Este não pagamento pode levar o Estado a propor ação judicial de cobrança. Descreve (Harada 2002, p. 485): afirma que “dívida ativa é o oposto de dívida pública. Esta é débito do poder público para com terceiros e aquela é crédito do Estado a ser cobrado executivamente”.
A dívida ativa pode ser classificada como dívida ativa tributária e não tributária. 
(Sabbag 2014) explica que a dívida ativa tributária é quando o crédito for de origem tributária, que envolve os tributos, seus adicionais e multas decorrentes do seu não pagamento. A não tributária envolve os créditos a que faz jus a Fazenda Pública, tais como originários de foros, aluguéis, preços públicos, indenizações, dentre outros.
A Lei 4.320/64, artigo 39, descreve sobre a dívida tributária, regulando que:
Dívida ativa tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e dívida ativa não tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimo compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multas de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços por serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval, ou outra garantia de contratos em geral ou de outras obrigações legais.
Com esta descrição acima pode-se compreender claramente o que é dívida ativa tributária e quais são as não tributárias dentro do sistema tributário nacional.
Conforme (Sabbag 2014, p. 963): A inscrição do crédito é qualificada pela Lei de Execução Fiscal em seu artigo 2º, parágrafo 3º, como ato de controle administrativo de legalidade, objetivando a apuração da liquidez e certeza da dívida para a constituição do título executivo extrajudicial a partir da expedição de certidão do termo de inscrição.
A Lei de execução Fiscal estabelece os prazos, quais os órgãos responsáveis assim como os agentes incumbidos desta atividade de inscrever o contribuinte, definindo assim todos os aspectos adstritos à realização do registro dos débitos na dívida ativa.
O artigo 202 do CTN explica quais os requisitos que devem constar o termo para a inscrição na dívida ativa. São eles:
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente:
I - O nome do devedor e, sendo caso, o dos corresponsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros;
II - A quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
III - A origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
IV - A data em que foi inscrita;
V - Sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
Este termo citado no pelo CTN é o documento que visa formalizar a inclusão no cadastro do devedor de dívida ativa.
Certidão negativaApós o pagamento de todas as contribuições tributárias o contribuinte pode pedir a sua certidão negativa que é um documento que comprova a inexistência de débitos junto ao Estado, assim pode-se entender a certidão negativa como um documento que comprova a regularidade fiscal e cadastral do contribuinte perante a Secretaria da Receita Federal.
O artigo 5º da Constituição Federal em seu inciso XXXIV, b, assegura que todas as pessoas podem obter certidões negativas nas repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimentos de situações que sejam de interesse pessoal.
O Código Tributário Nacional no caput do artigo 205 e parágrafo único explica que:
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido.
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na repartição.
Conforme esclarece (Sabbag 2014) evidencia a quitação fiscal por parte dos contribuintes, permite-lhes deste modo, participar de licitações, obter empréstimos e financiamentos e mostrar sua quitação junto à fazenda pública. No entanto, o autor também destaca que, a não observância deste prazo legal pode ensejar a propositura de um mandado de segurança, protetor desse direito líquido e certo da impetrante, violado pelo ato abusivo de uma autoridade coatora que não se predispõe a cumprir a Lei.
(Sabbag 2014, p. 981): Explica que caso o sujeito passivo necessite de uma certidão negativa, enquanto este crédito estiver suspenso, a administração emitirá um documento, denominado pela doutrina de certidão de regularização ou certidão positiva com efeitos de negativa, no qual aparecerá o crédito com exigibilidade suspensa, sendo hábil, todavia, a produzir exatamente os mesmos efeitos da certidão negativa, uma vez que o requerente não está irregular perante o fisco.
Deste modo, o sujeito consegue a certidão sem, entretanto, se desvincular da dívida que ainda é sua obrigação.
Conclusão
Pode-se dizer que a administração pública de uma maneira geral se encontra, neste momento numa fase de viragem sobre a sua atuação, pois os permanentes desafios a que está sujeito obrigam a que disponha, cada vez mais de sistemas de controles capazes de responder às crescentes exigências da sociedade.
E para atender à demanda da sociedade, é necessário exigir dos contribuintes que seus débitos e dívidas sejam quitadas, a fim de se evitar principalmente que seu nome integre a dívida ativa dentro da administração pública, o que impediria a este indivíduo de realizar uma série de procedimentos, haja vista que fica impossibilidade de tirar a certidão negativa de débito.
Sobre a administração tributária pode-se dizer que esta é fundamental para a consecução do fim a que visa o poder público para atendimento à sociedade, devendo esta agir sempre de acordo com os princípios que regem a administração pública de modo a cobrar de seu contribuinte, sem, no entanto, tirar-lhes direitos como a liberdade, a intimidade e a livre iniciativa frente a seus negócios.
REFERENCIAS 
HARADA. Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. 11. ed. Atlas: São Paulo, 2002.
SABBAG, Eduardo. Manual do Direito Tributário. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
SILVA, Carla Caroline de Oliveira.Breve análise acerca da Administração Tributária Brasileira. 2011. Disponível em: http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,breve-analise-acerca-da-administracao-tributaria-brasileira,35222.html. Acesso em: 04/11/2017.

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