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Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca Docente: Gabriel Lemos. Disciplina: Física Experimental II. Grupo: Stéphanie Medeiros, Vinicius Loio e Paulo Modesto. Título: Gráficos 1 - INTRODUÇÃO Ao realizar um experimento, é necessário vincular os dados obtidos através de um gráfico, estabelecendo um padrão a entre eles. A partir deste padrão, é possível obter a equação matemática que melhor representa a relação entre estes valores. Sendo assim, pode-se sintetizar as informações e tornar a análise de dados mais viável. No experimento realizado em sala, tínhamos quatro objetos distintos em formato de paralelepípedo os quais tinham bases tomadas como iguais e apenas alturas e massas variantes. Aparentemente eram compostos pelo mesmo material, porém, será que essa informação está correta? Para verificar precisamos estabelecer uma relação entre as variáveis coletadas. A densidade () é a concentração de massa por unidade de volume: Eq. 1: 𝜌 = 𝑑𝑚 𝑑𝑉 → ∫ 𝑑𝑚 𝑚 0 = ∫ 𝜌𝑑𝑉 𝑉 0 → 𝑚 = ∫ 𝜌𝑑𝑉 𝑉 0 Considerando o material do corpo homogêneo, 𝜌 é constante: Eq. 2: 𝑚 = 𝜌 ∫ 𝑑𝑉 𝑉 0 → 𝑚 = 𝜌𝑉 → 𝜌 = 𝑚 𝑉 Como o corpo tem formato de paralelepípedo: Eq. 3: 𝑉 = 𝐴𝑏ℎ Logo: Eq. 4: 𝑚(ℎ) = 𝜌𝐴𝑏ℎ A equação 4 representa uma equação da reta que passa pela origem, sendo ρAb o coeficiente angular e h a variável dependente. O coeficiente angular de uma reta qualquer é encontrado através da seguinte equação: Eq. 5: 𝑎 = ∆𝑓(𝑥) ∆𝑥 Onde 𝑥 é a variável independente e ∆𝑓(𝑥) é a função dependente de x. Na reta gerada pelo experimento, temos que: Eq. 6: 𝑎 = 𝑚2−𝑚1 ℎ2−ℎ1 = ∆𝑚 ∆ℎ = 𝐴𝑏𝜌 → 𝑎 = 𝐴𝑏𝜌 → 𝜌 = 𝑎 𝐴𝑏 Com o valor de 𝜌 encontrado, podemos compará-lo com os valores tabelados para todos os materiais e identificar aquele que compõe os corpos do experimento, além de verificar se todos os corpos são compostos do mesmo material. 2- OBJETIVOS Neste experimento temos como objetivo verificar se 4 corpos distintos são compostos pelo mesmo material e identifica-lo através da comparação dos valores de densidade observados e os já tabelados, levando em consideração o limite de erro de 5%. 3- MATERIAIS • Paquímetro: Durante o experimento foi utilizado um paquímetro com a menor escala 0,2mm; • Balança: Durante o experimento foi utilizado uma Balança modelo BM 2610 com capacidade de 2610g; • 4 corpos com formato de paralelepípedo e alturas diferentes e material homogêneo. 4- PROCEDIMENTOS Para realizar o experimento, utilizamos quatro corpos distintos com formato de paralelepípedo e material aparentemente homogêneo e consideramos as bases dos corpos utilizados idênticas, variando apenas as alturas. Primeiramente, vamos medir as três dimensões dos corpos utilizando paquímetro e suas respectivas massas, utilizando a balança, e em seguida, completaremos a tabela abaixo. Nº 𝒉 (𝒎𝒎) 𝒎(𝒈) 𝑨𝒃(𝒎𝒎 𝟐) 1 30,00 12,2 12,6 X 18,94 2 40,10 19,0 = 3 50,10 25,9 238,64 4 60,00 32,7 5 - ANÁLISE DE DADOS Tendo como base os dados mencionados na tabela acima, é possível relacionar essas duas variáveis (massa e altura do corpo) visando obter um padrão comportamental. Para tal finalidade, essas medidas registradas durante a execução do experimento serão sintetizadas no gráfico Massa X Altura (em anexo). Ao marcas os pontos experimentais de altura e massa (h,m) no gráfico, traçamos uma reta média que passa entre os pontos experimentais. Esta reta é descrita pela equação: 𝑚(ℎ) = 𝜌𝐴𝑏ℎ Porém, temos os valores de altura (ℎ), massa (𝑚) e área da base (𝐴𝑏), assim, para cumprir com o objetivo do experimento de analisar se os quatro corpos são compostos do mesmo material, faz-se necessário calcular a densidade (𝜌) dos mesmos. Porém, para encontrar a densidade, é preciso encontrar primeiro o coeficiente angular da reta encontrada no gráfico. Então, temos que: 𝑎 = 𝐴𝑏𝜌 → 𝜌 = 𝑎 𝐴𝑏 Para obtermos o coeficiente angular obtemos como referência dois pontos do gráfico Massa X Altura que traduzem um comportamento padrão entre as medidas registradas, ou seja, não se tratam de pontos experimentais: 𝑃1 = (26.6; 10,0) e 𝑃2 = (50,0; 25,0) Com esses pontos definidos, é possível encontrar o coeficiente angular: 𝑎 = ∆𝑚 ∆ℎ = 𝑚2 − 𝑚1 ℎ2 − ℎ1 = 25,0 − 10,0 50,0 − 26.6 = 0,641 𝑔/𝑚𝑚 Assim, podemos calcular a densidade do material através da fórmula já citada: 𝜌 = 𝑎 𝐴𝑏 = 0,641 238,65 = 0,00268 𝑔/𝑚𝑚3 Para facilitar a discussão do resultado, iremos converter a unidade de medida da densidade encontrada em grama por milímetro cúbico (𝑔/𝑚𝑚3) para grama por centímetro cúbico (𝑔/𝑐𝑚3): 𝜌 = 0,00268 𝑔/𝑚𝑚3 × 103 = 2,68 𝑔/𝑐𝑚3 6 - DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Partindo do princípio de que seria possível identificar o material dos corpos através do cálculo da densidade, levantamos a hipótese de que os quatro objetos utilizados no experimento são formados do mesmo material e que as variáveis entre os mesmos seriam as respectivas alturas e massas, considerando que todos possuem a mesma área da base. Através dos cálculos já apresentados no tópico anterior, foi possível encontrar um valor de densidade de 2,68 g/cm³. Associando esse valor com a tabela de densidade padrão de materiais sólidos, observou-se que o valor mais próximo ao encontrado é do Alumínio (2,70 g/cm³). Todavia, visando estudar a equivalência do valor de densidade encontrado ao valor padrão do alumínio, é necessário que seja realizado o cálculo de porcentagem de erro, que se traduz na seguinte fórmula: 𝐸% = | ρ𝑒𝑥𝑝 − ρ𝑡𝑎𝑏 | ρ𝑡𝑎𝑏 ×100 Onde definimos: 𝐸%: percentual de erro ρ𝑒𝑥𝑝: densidade do experimento (g/cm3) ρ𝑡𝑎𝑏: densidade da tabela padrão (g/cm3) Substituindo os dados obtidos, teremos: 𝐸% = | ρ𝑒𝑥𝑝 − ρ𝑡𝑎𝑏 | ρ𝑡𝑎𝑏 ×100 = | 2,68 − 2,70 | 2,70 x100 = 0,74 % Baseando-se que uma porcentagem de erro considerada satisfatória deva atender a condição ≤ 5% (menor ou igual à cinco por cento), observou-se que o percentual de 0,74 % satisfaz esta condição. 7 - CONCLUSÃO Diante as informações apresentadas no presente relatório, observou-se que houve êxito na identificação precisa do material utilizado para o experimento, uma vez que o cálculo desenvolvido teve resultado muito próximo ao valor de densidade do alumínio. Constatou-se também, através do gráfico, que os pontos experimentais estavam alinhados, assim, confirmamos a hipótese levantada de que os corpos são compostos do mesmo material.
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