Buscar

UNIDADE I Duração Trabalho

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIDADE I – JORNADA DE TRABALHO – arts. 57 a 73, CLT
FUNDAMENTOS
( A primeira regulamentação quanto à matéria veio no ano de 1593, na Espanha, foi estabelecido o limite de 8h/dia.
( No final do século XIX e início do século XX, diante dos efeitos maléficos da revolução industrial, começou-se a pensar numa redução da jornada de trabalho, conforme foi previsto na Encíclica RerumNovarum, Tratado de Versailhes e Convenções da OIT.
(Biológico – combate ao desgaste proveniente da fadiga muscular e cerebral, predispondo o trabalhador a doenças, invalidez, velhice e acidentes do trabalho.
(Social – o trabalhador deve ter vida pessoal dissociada da profissional, para usufruir a convivência familiar e lazer.
(Econômico – quem tem os fundamentos social e biológicos atendidos produz mais e melhor. Além disso, é uma forma de se controlar o desemprego.
Duração, Jornada e Horário – Conceitos e distinções
(Duração: corresponde ao intervalo de tempo entre o início e fim do contrato de trabalho.
(Jornada: corresponde ao lapso de tempo em que o empregado fica à disposição do empregador, durante um dia de trabalho, aguardando ou executando ordens.
(Horário: corresponde ao lapso de tempo que vai desde o início até o fim da jornada, incluindo, até mesmo, os intervalos e outras interrupções durante a jornada.
CLASSIFICAÇÕES
Jornada Controlada
( É a regra. Todo o labor do empregado é controlado pelo empregador.
(Estabelecimentos com mais de 10 empregados deve registrar a jornada dos empregados: art. 74, § 2º, da CLT:
§ 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso.      
Súmula 338 – TST:
JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA 
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003)
Jornada Não Controlada
( É exceção. Restringe-se aos trabalhadores cujo labor efetivo não é fiscalizado e controlado pelo empregador, seja em função da natureza da atividade, seja em função do modo de realização do trabalho.
( Trabalhadores externos sem controle de jornada (art. 62, I, CLT) e detentores de cargos de gestão (art. 62, II, CLT).
( Como não há controle, não é possível apurar a existência ou não de labor extraordinário além da jornada padrão (art. 7º, XIII, CF/88). Contudo, havendo prova de que a jornada do empregado era controlada (ônus é do empregado), apurada qualquer extrapolação o obreiro faz jus ao recebimento de horas extras e do respectivo adicional (art. 7º, XVI, CF/88).
Jornada Padrão
( Nos termos do art. 7º, XIII, da CF/88, a jornada padrão não poderá ser superior a 8 horas diárias nem extrapolar o total de 44 horas semanais, facultada a compensação de horário e a redução da jornada, mediante acordo e convenção coletiva de trabalho.
( Portanto, sendo 06 os dias trabalhados ao longo da semana e sabendo que a carga horária semanal máxima são 44 horas, temos uma média de 7h20min diárias, o que resulta num total de 220 horas mensais (7,20X30=220), já embutidas as horas do descanso semanal remunerado.
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. 
Súmula nº 366 do TST
CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO. Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc.).
 
Jornada Especial
(Trabalhador em turno ininterrupto de revezamento: 6h – salvo negociação coletiva – art. 7º, XIV da CF/88 e Instrução Normativa nº 64/2006 do MTE: quando o empregador tem sua atividade econômica estabelecida na forma de turnos, ou seja, a empresa tem serviço manhã, tarde e noite e empregados trabalhando nesses períodos em sistema de rodízio, é atribuído a essa forma de trabalho a chamada hora por turno. Independe do tipo da atividade da empresa ou da função do empregado, se este pode ter seu turno alterado, um dia trabalha pela manhã, noutro à tarde e outro à noite ele fatalmente cumpre duração de turno e logo tem limite diário de 6 horas.
Ou seja:
	O trabalho realizado em turno ininterrupto de revezamento é aquele que perfaz as 24h do dia, tendo o empregado, alternadamente, ao longo da semana, quinzena ou mês, contato com as diversas fases do dia e da noite. OJ 360, SDI-1:
360.   TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. DOIS TURNOS. HORÁRIO DIURNO E NOTURNO. CARACTERIZAÇÃO - Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988 o trabalhador que exerce suas atividades em sistema de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno, pois submetido à alternância de horário prejudicial à saúde, sendo irrelevante que a atividade da empresa se desenvolva de forma ininterrupta. 
(Gerente e trabalhador externo: sem controle de jornada – ART. 62, CLT
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados;
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).
(Bancários: 06 horas – art. 224, CLT
	Não se beneficiam da jornada especial dos bancários: os vigilantes, os empregados de distribuidores e corretores de valores, os detentores de cargo de confiança, gerencia, fiscalização ou chefia.
Súmula nº 102 do TST - BANCÁRIO. CARGO DE CONFIANÇA (mantida) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 
I - A configuração, ou não, do exercício da função de confiança a que se refere o art. 224, § 2º, da CLT, dependente da prova das reais atribuições do empregado, é insuscetível de exame mediante recurso de revista ou de embargos. 
II - O bancário que exerce a função a que se refere o § 2º do art. 224 da CLT e recebe gratificaçãonão inferior a um terço de seu salário já tem remuneradas as duas horas extraordinárias excedentes de seis.
III - Ao bancário exercente de cargo de confiança previsto no artigo 224, § 2º, da CLT são devidas as 7ª e 8ª horas, como extras, no período em que se verificar o pagamento a menor da gratificação de 1/3. 
IV - O bancário sujeito à regra do art. 224, § 2º, da CLT cumpre jornada de trabalho de 8 (oito) horas, sendo extraordinárias as trabalhadas além da oitava. 
V - O advogado empregado de banco, pelo simples exercício da advocacia, não exerce cargo de confiança, não se enquadrando, portanto, na hipótese do § 2º do art. 224 da CLT.
VI - O caixa bancário, ainda que caixa executivo, não exerce cargo de confiança. Se perceber gratificação igual ou superior a um terço do salário do posto efetivo, essa remunera apenas a maior responsabilidade do cargo e não as duas horas extraordinárias além da sexta. 
VII - O bancário exercente de função de confiança, que percebe a gratificação não inferior ao terço legal, ainda que norma coletiva contemple percentual superior, não tem direito às sétima e oitava horas como extras, mas tão somente às diferenças de gratificação de função, se postuladas. 
Súmulas 257, 191 e 232, TST:
Súmula nº 257 do TSTVIGILANTE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O vigilante, contratado diretamente por banco ou por intermédio de empresas especializadas, não é bancário.
(Músicos: 05 horas – art. 41 da Lei 3.857/60
(Operadores cinematográficos: 06 horas – art. 234 da CLT
(Jornalistas: 05 horas – art. 306, da CLT
(Ascensoristas: 06 horas – art. 1º Lei 3270/57
(Técnico de radiologia: 24 horas semanais – art. 14, lei 7394/85
(Mineiros: 06 horas – art. 293, CLT
(Fisioterapeuta e Terapeuta ocupacional: 30 horas semanais – art. 1º, lei 8856/94
(Radialista: 05 horas – art. 302, § 2º c/c art. 303 da CLT.
(Telefonista e afins: 06 horas – art. 227, CLT.
(Advogado: 04 horas contínuas e 20 semanais – art. 20, lei 8906 – EA da OAB)
(Professores: em um mesmo estabelecimento de ensino não poderá lecionar mais de 04 aulas consecutivas nem mais de 06 aulas intercaladas. Art. 318 e 320, CLT.
(Médicos: 04 horas diárias – art. 8º, lei 3999/61
Jornada Normal (ou Contratual)
( É a prevista no contrato de trabalho, não pode extrapolar a jornada padrão, a jornada especial ou a jornada prevista em instrumento normativo.
Art. 619. Nenhuma disposição de contrato individual de trabalho que contrarie normas de Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho poderá prevalecer na execução do mesmo, sendo considerada nula de pleno direito.
DAS HORAS SUPLEMENTARES
Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.
( O empregado não está obrigado a extrapolar a sua jornada de trabalho se não houver previsão contratual. Assim, a recusa do empregado não configura indisciplina ou insubordinação, hipóteses de justa causa.
( HORAS SUPLEMENTARES (gênero): 	1) Horas extras (espécie)
						2) horas destinadas à compensação.
( As horas extras são acrescidas de pelo menos 50% (art. 7º, XVI, CF/88).Vide súmula 376, TST.
Da compensação de Horas
( A compensação de jornada precisa de previsão contratual.
Súmula 85 - COMPENSAÇÃO DE JORNADA I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva. 
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário. 
III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.
IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário.
V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade “banco de horas”, que somente pode ser instituído por negociação coletiva.
 OJ DSI – 1 - 358.  SALÁRIO MÍNIMO E PISO SALARIAL PROPORCIONAL À JORNADA REDUZIDA. POSSIBILIDADE Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado. 
Do Banco de Horas
( Criado pela Lei 9601/98.
Art. 59 - § 2º - Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.
EMENTA: BANCO DE HORAS. VALIDADE: Para ter validade, o banco de horas depende de prévio ajuste entre os sindicatos patronal e de empregados, através de autorização em convenção ou acordo coletivo de trabalho (parágrafo 2.º, do art. 59, da CLT). A simples existência do sistema, sem a devida comprovação de sua implantação legal, torna inócuo o sistema de compensação de horas adotado pela empresa. Recurso Ordinário a que se dá provimento parcial, no particular.
Das horas mensais: 220, 200, 180, 150, etc.
A interpretação mais aceita pela jurisprudência para entendermos a formulação dessas 220 horas, é admitirmos um mês comercial de 5 (cinco) semanas, assim:
44 horas por semana (x) 5 semanas (=) 220 horas por mês; 
36 horas por semana (x) 5 semanas (=) 180 horas por mês; 
40 horas por semana (x) 5 semanas (=) 200 horas por mês; 
30 horas por semana (x) 5 semanas (=) 150 horas por mês.
Da Prorrogação de Jornada por Necessidade Imperiosa
Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto.
Força maior: é evento inevitável, imprevisível e para o qual o empregador não concorreu. Engloba caso fortuito.
Serviços inadiáveis: são aqueles que, uma vez iniciados não podem ser interrompidos. Ex.: concretagem.
Serviços cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto: são aqueles em que o empregador não dispõe de mecanismo para desfazer o prejuízo. Ex.: Entrega de um bolo de aniversário. 
(§ 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido independentemente de acordo ou contrato coletivo e deverá ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em matéria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalização sem prejuízo dessa comunicação.
§ 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) 50% superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe expressamente outro limite.
§ 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias, em período não superiora 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade competente.
DA COMPOSIÇÃO DA JORNADA
( A jornada de trabalho é composta de:
Tempo efetivamente laborado.
Tempo à disposição do empregador no local de trabalho. (art. 4º, CLT)
Tempo de deslocamento – horas in itinere (art. 58, § 2º, da CLT; súmula 90, TST).
Tempo de descanso em que o trabalhador, por imposição legal, não trabalha, mas é computado em sua jornada. Exemplos: art. 72 (digitador,10 min após 90min trabalhados); art. 253 (trabalhador em frigorífico, 20min após 01h40min); art. 298 (trabalhador em mina de subsolo, 15min a cada 03 horas). Se trabalhado implica pagamento de horas extras.
Intervalos legais (intra e interjornada).
Horas in itinere. Ônus da prova. O ônus da prova do direito às horas in itinere é do reclamante, por se tratar de fato constitutivo em que se torna necessária a comprovação de local de trabalho de difícil acesso ou não servido por transporte público regular, conforme descrito no Verbete 90 da Súmula desta Corte (TST, E-RR 158.684/95.1, Cnéa Moreira, Ac. SBDI-1)
DOS INTERVALOS LEGAIS (INTRA E INTERJORNADA)
Intrajornada– destinado ao repouso e alimentação do trabalhador. (art. 71, CLT)
Súmula nº 437 do TST
INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI-1) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
 I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração.
II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva.  
III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais.
IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º da CLT.
	PERÍODO
	DURAÇÃO DO INTERVALO
	Até 4 horas
	00:00 minutos
	De 4 a 6 horas
	00:15 minutos
	Acima de 6 horas
	01:00 hora
	Entre um dia e o outro
	11:00 horas
	Entre uma semana e a outra
	24:00 horas - DSR
Interjornada
Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.
DOS ELEMENTOS ESPECIAIS DA JORNADA
Tempo de Prontidão: É o tempo em que o ferroviário fica nas dependências da empresa ou via férrea (art. 244, § 3º, CLT). É computado jornada de trabalho. Por este período, o obreiro recebe 2/3 do salário que lhe seria devido caso estivesse trabalhando. A escala máxima é de 12h de prontidão, que corresponde a 8h de trabalho.
Tempo de Sobreaviso: É o período em que o ferroviário fica em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço (art. 244, § 1º, CLT). Por este período, o obreiro recebe 1/3 do salário que lhe seria devido caso estivesse trabalhando. A escala máxima é de 24h de sobreaviso, que corresponde a 8h de trabalho.
Súmula nº 428 do TST
SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA CLT 
I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso. 
II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso.
Tempo residual à disposição
( Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de 05 minutos, observando-se o limite máximo de 10 minutos diários (art. 58, § 1º). Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal (súmula 366, TST)
Regime de tempo parcial
Art. 58-A.  Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais. 
§ 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. 
§ 2o Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva. 
( Os empregados sob este regime não podem fazer horas extras (art. 59, § 4º) bem como têm o seu período de férias reduzido a, no máximo, 18 dias. Art. 130-A, da CLT.
Jornada noturna: hora extra noturna
( O trabalho realizado entre 22h de um dia e 05h do dia seguinte terá remuneração acrescida de, no mínimo, 20%. (art. 73, CLT)
( A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos.Dessa forma a legislação definiu que às 7 (sete) horas noturnas trabalhadas equivalem a 8 (horas). Assim, o empregado trabalha 7 (sete) horas, mas recebe 8 (oito) horas para todos os fins legais. Foi uma forma encontrada pelo legislador para repor o desgaste biológico que enfrenta quem trabalha à noite, sendo considerado um período penoso de trabalho.
( Cumprida a integralidade da jornada noturna e se ela for prorrogada é devido o adicional quanto as horas prorrogadas. (Súmula 60, I e II, TST)
( A transferência para o horário diurno implica perda do direito ao adicional noturno (Súmula 265, TST):
Súmula 265 do TST: ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.
Supressão das horas extras
( A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 01 ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 01 mês das horas suprimidas total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a 06 meses de prestação de serviço acima da jornada normal.
( O cálculo observará a média das horas suplementares nos 12 meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.
Súmula nº 291 do TST
HORAS EXTRAS. HABITUALIDADE. SUPRESSÃO. INDENIZAÇÃO.  
A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.
Base de cálculo das horas extras e integração
(A base de cálculo das horas extras é o salário-hora normal (que deve ser apurado, observando todas as parcelas integrativas do salário do empregado,conforme o disposto na Súmula 264/ TST).
Súmula nº 264 do TST
HORA SUPLEMENTAR. CÁLCULO 
A remuneração do serviço suplementar é composta do valor da hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa.
 
OJ – SDI-1 97 –O adicional noturno integra a base de cálculo das horas extras prestadas no período noturno (Orientação Jurisprudencial 97 da SDI-1/TST).
�PAGE \* MERGEFORMAT�9�

Outros materiais