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CCE-0828 Sistemas Estruturais III Profa. M.Sc. Maria Letícia C. L. Beinichis Curso – Arquitetura e Urbanismo Conteúdo Programático UNIDADE I – Lançamento da Estrutura 1.1- Materiais Normalizados; 1.2- Critérios práticos; 1.3- Solução em Concreto Armado; 1.4- Critérios para o pré-dimensionamento; 1.5- Tipos de lajes--espessuras; 1.6- Vigas--dimensões; 1.7- Pilares—dimensões. UNIDADE II – Escolha da Estrutura dos Pavimentos 2.1- Definição das lajes e das vigas; 2.2- Escolha dos pilares; 2.3- Análise sucinta : Pilares x Projeto Executivo; 2.4- Pré-dimensionamento das FORMAS dos pavimentos; 2.5- Lajes maciças ou pré moldadas; 2.6- Vigas: opções de geometria x economia; 2.7- Planta de Formas; 2.8- Relação Formas x Arquitetura. O tipo de material a ser utilizado nos elementos estruturais é fundamental para a realização da imagem arquitetônica. Cada material apresenta características que determinam sua resistência diante de cada tipo de esforço interno que possa aparecer. Porém, além do quesito resistência, a escolha do material estrutural passa por aspectos estéticos, de custos, de tempo e de logística, que viabiliza o material na obra. Materiais Normalizados Para construir é preciso conhecer! E para conhecer é preciso identificar as propriedades mecânicas, físicas e químicas dos materiais. Essa lógica existe desde os primórdios... Os primeiros materiais eram os dispostos pela natureza – pedra, madeira, barro e metais, estes em pequena escala, assim como os couros e fibras vegetais. Habitação era pré-histórica Materiais Normalizados Passou-se então a estudar os materiais e sistemas construtivos a serem utilizados nas edificações em função da necessidade de maior resistência, durabilidade e melhor aparência. Desses estudos aperfeiçoaram-se os produtos e desenvolveram-se novas soluções construtivas. Construção em Steel Frame Melhores materiais Melhores resultados Melhores técnicas Materiais Normalizados Porém, se por um lado houve gigantesca evolução na qualidade e no processo de produção dos materiais de construção, impulsionada também em grande parte pelo crescimento da Indústria da Construção Civil, a sociedade passou a conviver com o ônus desse crescimento : • O desperdício, • A geração de resíduos sólidos, • O entulho; • A poluição e degradação ambiental. Materiais Normalizados A escolha de um material deve satisfazer à alguns objetivos básicos: • Qualidade do material adequada à necessidade do usuário; • Durabilidade da edificação ou obra – obrigatoriedade da NBR 15.575/2013 – Desempenho das Edificações; • Custo adequado ao construtor e ao usuário. Materiais Normalizados Para escolher os materiais a utilizar em uma edificação deve-se: 1. Ter claro o propósito de uso da construção, ou seja, seu público- alvo, a função que esta construção desempenhará e os critérios de desempenho esperados; 2. Definir os aspectos econômicos que norteiam o projeto; 3. Avaliar os impactos ambientais gerados pelo uso do material; 4. Avaliar a logística do processo construtivo – a disponibilidade do produto e facilidade no manuseio e aplicação do material. Materiais Normalizados Quesitos para tomada de decisão: • Considerações Dimensionais, formas, Peso, Resistência Mecânica e ao desgaste; • Facilidade de fabricação ou obtenção • Requisitos de durabilidade • Número de unidades • Disponibilidade • Custo • Especificação e códigos • Viabilidade de reciclagem/valor da sucata • Normalização • Tipo de carregamento Materiais Normalizados Para auxiliar na escolha do material, pode-se utilizar o índice de eficiência que verifica o desempenho do material quanto à sua resistência e economia. K – Índice de eficiência σ – Tensão de resistência do material γ – Peso específico do material Quanto maior a resistência e menor o peso específico, mais eficiente e econômico será o material. Materiais Normalizados K = σ/γ Materiais Normalizados Pedra Denomina-se pedras as rochas que, apresentando alta resistência mecânica, podem ser empregadas em obras e serviços de engenharia civil (NBR 7225/93). As pedras naturais são os materiais da crosta terrestre. São eles as rochas e o solo. Como material estrutural as pedras apresentam grande durabilidade e resistência à compressão, porém, como são material natural, possuem grande variabilidade e seu processo de beneficiamento é dispendioso. Materiais Normalizados Pedra Concreto ciclópico - paredes de concreto com fôrmas de madeira, substituindo a brita por pedras de até 20 cm de diâmetro, também denominadas de rachão, um tipo de granito. Vantagem – rapidez, facilidade de execução e aspecto rústico Desvantagem – aspecto rústico e necessidade de definição prévia dos pontos de instalação hidráulica. Materiais Normalizados Gabião – utilizado principalmente para muros de arrimo, é uma espécie de aramado preenchido com rochas. Vantagem – facilidade de execução, versatilidade e ecologicamente amigável. Desvantagem – uso eminentemente externo e como contenção . Materiais Normalizados O Concreto é um material composto, constituído por aglomerante (cimento), agregados (areia, pedra ou brita) e água. Pode também conter aditivos químicos com a finalidade de melhorar ou modificar suas propriedades básicas. CONCRETO = Argamassa + Agregados Graúdos ARGAMASSA = Pasta + Agregados Miúdos (+ Aditivos) PASTA = Aglomerante + Água Materiais Normalizados Materiais Normalizados Concreto O concreto em associação ao aço é o que denomina-se concreto armado. Este é o material mais utilizado na construção de estruturas de edificações. Quanto ao modo como é executado, pode ser: • Moldado na obra (em seu local definitivo); • Premoldado (no canteiro de obra, fora do seu local definitivo); • Pré-fabricado (em fábricas). Materiais Normalizados Concreto As principais características do concreto estrutural são: • Apresenta resistências à compressão que variam de 200 kgf/cm² (20 MPa) até valores superiores à 1.000 kgf/cm² (100 MPa). Acima de 40MPa define-se o concreto como CAD – Concreto de Alto Desempenho. • Possui boa resistência à fogo. • Pode ser moldável em qualquer forma, sendo a restrição conforme a fôrma utilizada. • Necessita de um tempo, entre 14 e 28 dias, para que endureça e atinja a resistência de projeto. Antes deste prazo não é indicado o carregamento da peça estrutural. Tipos de concreto Concreto simples – composto de argamassa e agregados graúdos. Concreto armado – composto de concreto simples e aço Concreto protendido – concreto cuja armadura é na verdade composta de cabos ou cordoalhas que recebem carga de tensão conforme disposto no projeto estrutural Concreto premoldado – concreto cuja forma estrutural é obtida em processo industrial, dentro ou fora do canteiro de obra Materiais Normalizados Tipos de concreto Concreto ciclópico – concreto cujo agregado é a pedra rachão, utilizado normalmente em fundações diretas. Materiais Normalizados Concreto alto desempenho (CAD) – concreto com dosagem de elementos em sua composição que lhe confere elevada resistência e durabilidade. São os concretos com resistências superiores a 40MPa, indicado para estruturas expostas a ambientes agressivos ou situações específicas conforme projeto estrutural. Edifício E-Tower com 39 andares. CAD com 125MPa. Tipos de concreto Grout – é um microconcreto composto por cimento, areia , quartzo,água e aditivos especiais, que lhe conferem elevada resistência mecânica. Concreto com adição de fibras – concreto com adição de fibras sintéticas, naturais ou de aço para melhorar determinadas características, como resistência mecânica, à fissura, retração plástica, etc.. Materiais Normalizados Concreto armado e suas seções ideais Tração – como o concreto não apresenta bom desempenho nos esforços de tração, que são absorvidos pelo aço, não há seção ideal. Compressão – seção circular vazada (difícil execução), seção circular cheia (fácil execução) e seção retangular cheia. Flexão – seção I é a ideia, especialmente premoldado e seção retangular (fácil execução). Critérios Práticos Aço Liga metálica constituída eminentemente de ferro e carbono, obtido do refino de ferro-gusa em equipamentos próprios. Ferro-gusa, ou apenas gusa, é o produto da primeira fusão do minério de ferro. As matérias-primas básicas para produção do aço são minério de ferro e carvão coque. A esses produtos é adicionado o calcário, com função específica de retira impurezas. O uso do minério se deve ao fato do ferro ser dificilmente encontrado puro na natureza. Materiais Normalizados • Menores dimensões e peso das peças. Possui grande variação de perfis com diferentes geometrias, espessuras, fabricação e indicação de uso, além de maior ou menor resistência mecânica e composição química.Em estruturas é possível utilizar perfis laminados, chapas soldadas ou chapa dobrada; • Necessita de emendas e vínculos, que são facilmente resolvidos pelo uso de soldas e de parafusos; • Liberdade no projeto e facilidade para cumprir vãos de grandes dimensões. Permite acréscimos e reforços sem muito dificuldade; • Precisão no dimensionamento dos componentes estruturais, bem como na locação dos elementos; • Permite desmontagem para reuso ou venda como sucata; • Limpeza da obra; • Rapidez na execução da etapa estrutural. Vantagens do uso do aço Materiais Normalizados Desvantagens do uso do aço • Exige maior conservação que o C.A. • Exige maior especialização da mão-de-obra de montagem, elevando os custos. • Exige proteção contra incêndio, aumentando os custos. • Estrutura de aço é mais onerosa que o C.A. Materiais Normalizados Aço e suas seções ideais Tração – possui elevada resistência. Melhor seção é a circular cheia, porém, qualquer seção (por laminação, dobramento ou soldagem) é capaz de absorver o esforço. Compressão – possui elevada resistência. Para o combate da flambagem a melhor opção são seções com travamento ou maior quantidade de material. Para compressão simples, seções circular (ideal) e quadrada vazada e perfil H (próxima ideal). Flexão – bom desempenho. Seção I (ideal) e seção circular vazada (próxima ao ideal). Critérios Práticos Aço estrutural CA25 – Categoria A – Aço com superfície lisa – Fyk = 2.500 kgf/cm² CA50 – Categoria A – Aço com superfície rugosa – Fyk = 5.000 kgf/cm² CA60 – Categoria B – Aço com superfície rugosa – Fyk = 6.000 kgf/cm² Critérios Práticos Aço de baixa liga (patinável ou comercialmente aço Corten) Tipo de aço com baixo teor de carbono e com adição de elementos de liga que melhoram algumas propriedades, dentre elas, a resistência à corrosão e resistência mecânica. Sua coloração marrom escura é função da exposição do material à atmosfera (frequência com que se molha e seca) Aço estrutural Materiais Normalizados Aço de baixa liga (patinável) Utilização Na engenharia civil sua principal utilização é em torres de transmissão. Na arquitetura, em estruturas de edifícios comerciais e residenciais. Pode ser disposto com ou sem revestimento. Quando não há revestimento, é formada sob sua superfície uma pátina (camada de óxido protetor), que confere proteção anticorrosiva. É possível utilizar aço patinável sem revestimento: • Atmosfera industrial não muito agressiva; • Área rural; • Área marítima, distante mais de 600 m da orla. Deve haver revestimento, pintura para a estrutura em aço patinável : • Atmosfera industrial altamente agressiva; • Área marinha severa ou moderada (distância até 600m da orla). Aço estrutural Materiais Normalizados Madeira - Histórico No Brasil, a madeira passou a ser utilizada como elemento estrutural a partir da primeira metade do século XX, mais precisamente a partir de 1922, em obras como indústrias, hangares, ginásios de esportes e pontes. Essa última, notadamente, na região norte, onde temos abundância de matéria prima e grande extensão de rios e igarapés. Materiais Normalizados Vantagens do uso da madeira como material de construção Materiais Normalizados Vantagens do uso da madeira como material de construção Materiais Normalizados Desvantagens do uso da madeira como material de construção Materiais Normalizados Madeira e suas seções ideais As seções de peças de madeira podem ser as naturais (troncos) ou podem ser obtidas em serrarias (seções comerciais) ou pela composição de diversas dessas seções; Seção circular – seção ideal – forma natural do tronco – apresenta algumas dificuldades com vínculos e com elementos de vedação. Critérios Práticos Madeira e suas seções ideais Critérios Práticos Madeira e suas seções ideais Tração – bem absorvida quando atua na direção das fibras. Dificuldade para transmissão dos esforços nas emendas e ligações. Podem ser utilizadas seções brutas ou beneficiadas. Compressão – idêntico à tração, exceto pela facilidade de transmissão dos esforços nas emendas e ligações. Flexão – bom desempenho. Evitar flexão nas emendas e ligações. Critérios Práticos Materiais Normalizados Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento é o processo de definir a estrutura, a partir do projeto arquitetônico, ainda em seu estudo preliminar. (Melo, 2013) Critérios para pré-dimensionamento No pré-dimensionamento, as seções das peças estruturais são definidas a partir de 03 critérios: • Arranjo estrutural concebido • Materiais a serem utilizados; • Comportamento estrutural de cada peça; • Exigências normativas. Critérios para pré-dimensionamento Critérios para pré-dimensionamento Orientações para o lançamento estrutural: 1. Inicia-se a estrutura pelo pavimento-tipo. Caso não haja pavimento tipo, deve-se partir de pavimentos superiores e depois os inferiores. 2. Tendo como base o projeto arquitetônico, suponha que cada cômodo da edificação corresponderá a uma laje. 3. Conceitualmente as lajes são apoiadas em todo seu contorno, porém, uma laje pode ser apoiada em três, duas ou até mesmo em uma viga apenas (laje em balanço). Hospital São Luiz, São Paulo – SP. Critérios para pré-dimensionamento Orientações para o lançamento estrutural: 4. Para efeito de limites nas dimensões das lajes pode-se considerar: a. Lajes maciças em concreto: laje armada em uma direção – menor vão entre 2 e 5m; lajes armadas em duas direções – 3 a 7m. Vãos econômicos estão entre 3,5 e 5m. b. Lajes nervuradas comuns em concreto: vãos podem chegar à 12m. c. Lajes protendidas em concreto: não há recomendações específicas sobre limites de vãos. d. Lajes em madeira: vãos entre 2 a 4 m. e. Lajes em aço: vãos entre 6 a 12m Critérios para pré-dimensionamento Orientações para o lançamento estrutural: 5. As vigas devem ser posicionadas preferencialmente onde existam paredes. Mas paredes também podem se apoiar diretamente sobre as lajes, desde que respeitados os limites aceitáveis em norma. Para estrutural em concretoos vãos das vigas devem estar em 3 e 7m, sendo 4,5 o valor mais econômico. 6. A locação dos pilares deve obedecer uma regra principal – a criação de pilares deve ocorrer para dar apoio às vigas. Quando necessário, vigas podem se apoiar sobre vigas. A distância entre pilares é a mesma da viga. A ordem de posicionamento será: a. Pilares de canto; b. Pilares nas áreas comuns a todos os pavimentos (escada e elevadores, reservatório de água, etc); c. Pilares de extremidade (contorno do pavimento ou encontros de vigas); d. Pilares internos. Critérios para pré-dimensionamento Orientações para o lançamento estrutural: 7. Deve-se, sempre que possível, manter o alinhamento dos pilares entre os níveis de uma edificação. Em caso negativo, utilizam-se vigas de transição que recebem as cargas e transmitem para outros pilares. Esta solução deve ser evitada, pois ela implica em alturas elevadas, podendo causar transtornos na solução estrutural/arquitetônica. 8. Se possível, os pilares com a maior dimensão da seção devem ser dispostos paralelos à menor dimensão em planta da edificação, de forma à dar maior rigidez à ação dos ventos. Critérios para pré-dimensionamento Orientações para o lançamento estrutural: 9. As peças estruturais devem ser uniformes em seu comprimento e largura sempre que possível, de forma a facilitar o aspecto construtivo. Isto é válido para pilares, pois lajes e vigas podem ter geometria irregular (por ex. curva), que fogem ao padrão linear e retangular. 10. Paredes são elementos de vedação, não possuem função estrutural. Exceção à regra apenas para alvenarias estruturais, concebidas para este fim. 11. O projeto estrutural deve ser compatibilizado com os demais projetos da edificação, em especial os projetos hidráulico, elétrico e de ar condicionado. Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Lajes Laje é um elemento estrutural que possui duas dimensões muito superiores à terceira, sua espessura. Desta forma, para efeito de trnasmissão das cargas, pode ter 4, 3, 2 ou apenas 1 apoio (laje em balanço); Laje armada em uma direção – Quando L > 2l (vão maior for maior que duas vezes o vão menor). Laje armada em duas direções (em cruz) – Quando L ≤ 2l (vão maior for menor que duas vezes o vão menor). Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Lajes As lajes também podem estar apoiadas em outra laje, como ocorre quando houver lajes contínuas com espessuras diferentes. Nestes casos, a laje de menor espessura (L1) é considerada engastada na de maior espessura (L2), e esta é considerada apenas apoiada na borda (viga) comum às duas lajes. Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Lajes Pré-dimensionar lajes significa estimar sua espessura (h). Tomando como referência o vão (L), tem-se: a. Metodologia de Dias (2004): • Laje maciça armada em duas direções: L/50 ≤ h ≤ L/40 • Laje maciça armada em uma direção: L/45 ≤ h ≤ L/30 • Laje nervurada em concreto armado e protendido: L/30 ≤ h ≤ L/25 • Laje lisa: L/40 ≤ h ≤ L/30 • Laje cogumelo: L/45 ≤ h ≤ L/35 Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Lajes b. Metodologia de Di Pietro (2000): • Laje maciça: h ≥ L/45, onde L é o maior dos menores vãos (em todas as lajes do pavimento escolhem-se os menores vãos e dentre esses adota-se o maior). • Laje mista: h ≥ L/35 • Laje nervurada: h ≥ L/40 • Laje cogumelo: h ≥ L/35 com capitel e h ≥ L/30 se, capitel. Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Lajes c. Metodologia de Rebello (2007): • Laje maciça armada em duas direções: • Laje maciça armada em uma direção: h = 2% l • Laje em balanço: h = 4% do balanço • Lajes nervuradas: o Espaçamento entre as nervuras em torno de 100cm: h = 4% do vão das nervuras. o Espaçamento entre as nervuras em torno de 50cm: h = 3% do vão das nervuras. o Para as lajes nervuradas, o vão a ser tomado é o valor médio entre o comprimento e a largura da laje. O autor considera L o vão maior da laje e l o menor vão. Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Lajes As fórmulas de pré-dimensionamento, em determinados casos, possuem valores extremos dentro da faixa de h e valores intermediários. Sugere-se escolher os valores extremos de h para carregamentos (cargas) pequenas e grandes, e o valor médio de h para carregamentos médios. Cargas Local Valores de carga (KN/m²) Pequena Sala de leitura, corredores sem acesso ao público, depósitos, edifícios residenciais, escada sem acesso ao público, escolas, escritórios, dormitórios, sala de cirurgia, raio X, banheiros e enfermarias de hospitais. 1,5 a 2,5 Média Escada com acesso ao público, garagens e estacionamentos, corredores de hospitais, lojas, restaurantes, sala para depósito de livros, corredores com acesso ao público, depósitos 3 a 4 Grande Casa de máquinas, sala com estantes de livros, depósitos 4,5 a 7,5 Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Lajes No tocante às condições de apoio, quanto “melhor” fora a condição, menor será a espessura da laje de acordo com o quadro abaixo. De forma semelhante ao carregamento, pode-se adotar nas fórmulas os valores extremos da faixa de h para condições de apoio favoráveis ou desfavoráveis e o valor médio de h para condição de apoio regular. Condição de apoio Descrição Favorável Três ou quatro bordas engastadas Duas bordas engastadas e duas apoiadas Regular Três ou quatro bordas apoiadas Uma borda engastada e duas ou três apoiadas Desfavorável Laje em balanço Laje com duas bordas livres. Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Lajes As espessuras mínimas das lajes maciças, segundo NBR 6118:2007 são: • Lajes de cobertura não em balanço: 5cm • Lajes de piso ou de cobertura em balanço: 7cm • Lajes que suportam veículos de peso total menor ou igual a 30kN: 10cm • Lajes que suportem veículos de peso total maior que 30kN: 12 cm • Lajes com protensão apoiada em vigas: 15cm • Lajes lisas: 16cm • Lajes cogumelo: 14cm Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Vigas De acordo com a NBR 8118/2004 vigas são “elementos lineares em que a flexão é preponderante”. Ou seja, são elementos do tipo barra horizontais ou inclinadas, que sofrem em especial momento fletor e força cortante (cisalhamento). Servem para a transmissão das cargas das lajes e as que são depositadas sobre elas mesmas, para os pilares, no caminho das forças. Para o pré-dimencionamento deve-se: 1. Identificar as caracteristicas do concreto que pretende-se utilizar – armado, protendido, premoldado, etc. 2. Padrão de modulação do projeto e demais características arquitetônicas, como pé-direto, distancia entre os apoios (pilares). 3. Cargas da estrutura. Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Vigas Pré-dimensionar lajes significa estimar as dimensões de sua seção transversal (altura e largura). Seu comprimento será o correspondente ao vão que ela ocupa. Para determinar a largura (b) adota-se os seguintes valores: • Para vão ≤ 4m: b = 12cm • Para 4m ≤ vão ≤ 8m: b = 20cm • Para vão > 8m: b = 25 a 30cm Para fins de pré-dimensionamento serão adotadas vigas de concreto com seção retangular, que corresponde à maioria das aplicações. Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Vigas As alturas das vigas devem, sempre que possível, ser padronizadas em dimensões múltiplas de 5cm e manter a mesma dimensões nos vários tramos do desenho estrutural.Isso facilita a concretagem e padronização de fôrmas. Uma fórmula genérica para a determinação da altura da viga seria: • Vigas regulares (biapoiadas): h = L/10 • Vigas em balanço: h = L/5 • Em ambas L o vão a ser vencido pela viga. Em alguns casos, entretanto, a altura das vigas pode ter restrições, como por ex. em vãos de portas e janelas. Nestes casos a altura da viga pode ser reduzida e utiliza-se armadura dupla. Adota-se h = L/12. Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Vigas Para efeito de pré-dimensionamento tem-se três elementos – vão livre (lo), vão efetivo (lef) e vão teórico (l). l = lo + a1 + a2 a1 = menor valor entre t1/2 e 0,30 h a2 = t2/2 Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Vigas a. Metodologia de Di Pietro (2000) Para o autor as alturas das vigas de edificações residenciais ou com ocupação semelhante devem seguir os seguintes valores: Vigas Biapoiadas Contínuas Em balanço Concreto Armado H = L/8 a L/12 H = L/12 a L/16 H = L/5 a L/7 Concreto Protendido H = L/12 a L/16 H = L/16 a L/18 H = L/7 a L/9 Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Vigas b. Metodologia de Rebello (2007) Para o autor a largura da viga deve variar entre ¼ e 1/3 da altura. Para vigas embutidas na alvenaria respeita-se a largura máxima de 20 ou 22cm, para alvenaria de 1x (tijolo deitado), e 12cm para alvenaria de 1/2x (tijolo em pé). Vigas Carga Pequena Carga Média Carga Grande Vigas biapoiadas sem balanço h = 8% do vão h = 10% do vão h = 12% do vão Vigas biapoiadas com balanço h = 16% do balanço h = 20% do balanço h = 24% do balanço Vigas contínuas sem balanço h = 6% do maior vão h = 8% do maior vão h = 10% do maior vão Vigas contínuas com balanço h = 6% do maior vão H = 16% do balanço Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Pilares Os pilares cumprem funções importantes. Além de transmitir as cargas para as fundações, também resistem aos carregamentos horizontais (ação do vento) por meio da formação de pórticos com as vigas ou por meio de pilares com grande rigidez. Pré-dimensionar um pilar é definir sua seção em planta, posicionando-os em planta de forma a constituírem pórticos com maior rigidez. A NBR 6118:2007 traz recomendações sobre a seção transversal de pilares: • Menor dimensão 19cm • Pode-se chegar a 12cm em casos especiais, mas deve-se multiplicar as ações incidentes por um coeficiente adicional. Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Pilares Conceitualmente os pilares são calculados para resistir aos esforços de compressão e flambagem. Quando submetidos à tração, os pilares recebem a denominação de tirantes. Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Pilares a. Metodologia de Rebello (2007) • Para pilares com menos de 4,0m de altura livre (não travado por vigas ou por laje): Ac = Nd/100 (cm²) • Para pilares com mais de 4,0m de altura livre (não travado por vigas ou por laje): Ac = Nd/80 (cm²) Ac – área do pilar Nd – carga atuante no pilar conforme área de influência. Para cargas nos pavimentos, o autor recomenda: • Pra laje de piso = 800kgf/m² • Para laje de forro = 600kgf/m² Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Pilares Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Pilares a. Metodologia de Rebello (2007) Para efeito de simplificação, as cargas em pavimentos de edifícios pode ser considerada: • Laje maciça ou nervurada, com paredes em blocos de concreto: 1.500kfg/m² • Laje maciça ou nervurada, com paredes em tijolos cerâmicos: 1.200kgf/m² • Laje nervurada com blocos leves (EPS): 1.000kgf/m² • Lajes não maciças com paredes em gesso acartonado: 800 kgf/m² Esses valores incluem todas as cargas atuantes no pavimento: peso próprio da estrutura (lajes, vigas e pilares), alvenarias, revestimentos, cargas variáveis, etc. Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Pilares a. Metodologia de Rebello (2007) A carga do telhado por unidade de área considera a ação horizontal (sobrepressão), estimada em 20kgf/m² Com telhas concerto, com madeiramento 150kgf/m² Com telhas cerâmicas, com madeiramento 120kgf/m² Com telhas de fibrocimento, com madeiramento 50kgf/m² Com telhas de aço e estrutura de aço 50kgf/m² Com telhas de alumínio e estrutura de aço 40kgf/m² Com telhas de alumínio e estrutura de alumínio 30kgf/m² Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Pilares b. Metodologia de Tomás (2010) Pilares Dimensionamento Intermediário Extremidade De Canto Critérios para pré-dimensionamento Pré-dimensionamento de Pilares c. Metodologia de Bastos (2005) Pilares Dimensionamento Intermediário Extremidade e canto
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