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Caso Concreto – Semana 4) Jéssica Rosana de Souza Dias José, funcionário da empresa LV, admitido em 11/05/2015, ocupava o cargo de recepcionista, com salário mensal de R$ 1.200,00. Em 19/06/2016, José afastou-se do trabalho mediante a concessão de benefício previdenciário de auxílio-doença. Cessado o benefício em 20/07/2016 e passados dez dias sem que José tivesse retornado ao trabalho, a empresa convocou-o por meio de notificação, recebida por José mediante aviso de recebimento. José não atendeu à notificação e, completados trinta dias de falta, a empresa LV expediu edital de convocação, publicado em jornal de grande circulação, mas, ainda assim, José não retornou ao trabalho. Preocupada com a rescisão do contrato de trabalho, com a baixa da CTPS, com o pagamento das parcelas decorrentes e para não incorrer em mora, a empresa procurou profissional da advocacia. Considerando a situação hipotética acima apresentada, na qualidade de advogado(a) da empresa LV, elabore a peça processual adequada a satisfazer-lhe judicialmente o interesse, ciente de que José nunca usufruiu férias. (39º Exame OAB adaptado) EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA .... VARA DO TRABALHO DE .... EMPRESA LV, pessoa jurídica de direito ..., inscrita no CNPJ sob o número ..., na pessoa do representante legal, com endereço profissional completo, na qual receberá notificações, para fins do art. 39, I, CPC/2015, vem perante Vossa Excelência propor: AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO pelo rito especial, em face de JOSÉ SOBRENOME, nacionalidade, estado civil, recepcionista, RG nº..., CPF nº..., CPTS nº..., com série ..., PIS nº..., residente e domiciliado no logradouro..., nº..., bairro ..., cidade..., estado..., CEP ..., pelos fatos e fundamentos que se seguem. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA Cumpre salientar que o Requerente não possui condições financeiras de arcar com custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo ao seu próprio sustento e de sua família, requerendo desde já os benefícios da justiça gratuita, nos termos do artigo 98 do CPC de 2015. DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal, por meio da ADIN número 2139 e 2160-5 determinou que não há mais obrigação de se submeter à Comissão de Conciliação Prévia), que faz prevalecer o artigo 5º, inciso XXXV da Constituição Federal da República Federativa do Brasil, garantindo assim, o acesso à justiça. DOS FATOS José, funcionário do reclamante, admitido em 11 de maio de 2015, prestava serviços como recepcionista na Empresa LV, recebendo mensalmente valor de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais). Ocorre que, em 19 de junho de 2016, José afastou-se do trabalho mediante concessão de benefício previdenciário auxílio doença e, logo após cessado o tal em 20 de julho de 2016, foi constatado que o reclamado não retornou ao trabalho. Sendo assim, a Empresa LV constatando tal situação, notificou-o com a intenção da volta de José aos serviços diários prestados para a reclamante e para compreender o fato ocorrido. Entretanto, o notificado não atendeu a solicitação. Após trinta dias, não tendo o funcionário retornado, a empresa expediu edital de convocação para a volta do reclamado, com a publicação em grande jornal de circulação, porém sem êxito. É notório que a reclamante encontrava-se preocupada com as consequências da situação em questão, pois buscou e realizou todas as formas para que José não saísse em péssimas condições. Haja vista que a Empresa LV se preocupou desde a rescisão do contrato de trabalho, baixa da CTPS, o pagamento das parcelas decorrentes até a não incorrência em mora. DOS FUNDAMENTOS A AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO é um instituto jurídico pelo qual através dele faz-se possível a extinção da obrigação através do pagamento quando o então credor se recusa a receber o valor devido. A consignação, conforme o disposto no art. 335 do Código de Processo Civil de 2015, é cabível quando ocorre a recusa em receber. Conforme o ocorrido, como o reclamado não voltou depois do período do benefício, houve o abandono de emprego, haja vista que o empregado não se ausentou em virtude das exigências militares ou qualquer outro cargo público, mas simplesmente abandonou, consoante ao art.472, “caput” da CLT. Outrora, o abandono do emprego é discriminado também na súmula 32 do TST: Súmula 32 TST: “Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer.” DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer a Vossa Excelência: 1 – Que seja concedida a gratuidade de justiça; 2 – Que seja acolhida a presente ação; 3 – O Depósito da quantia devida; 4 – A citação do consignado para levantar a quantia e fazer a defesa; 5 – A condenação do consignado ao ônus sucumbenciais; DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do NCPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu. DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) Nestes termos, Pede deferimento Local, (Dia) de (Mês) de (Ano) Assinatura Nome do Advogado OAB/UF
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