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METODOLOGÍA DE PESQUISA

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METODOLOGÍA DE PESQUISA
AULA 1 – A PESQUISA E O CONHECIENTO CIENTÍFICO
O trabalho de conclusão do curso TCC de graduação objetiva alcançar uma qualificação teórica e metodológica dos graduandos (BOAVENTURA, 2009, P.20). Sua elaboração exige um cuidadoso processo de pesquisa que se inicia com a definição do tema, sua delimitação, investigação bibliográfica, atendendo às orientações da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Em nossa disciplina, vamos refletir sobre esse importante momento para a sua formação, com destaque em uma postura reflexiva, crítica e criadora, sem descuidar de uma especulação filosófica, concernente à Ética na construção de um pensamento científico com autoria.
A disciplina objetiva, assim, fornece instrumentos capazes de conduzi-lo por caminhos seguros para o rigor científico requerido pela universidade. Nesse sentido, o ponto de partida para a tarefa começa pelo tema pesquisa.
VOCÊ SABERIA DIZER O QUE É PESQUISA?
É um trabalho para entregar ao seu professor?
É a cópia de vários textos e de vários livros investigados?
Impressão de tudo o que você acha na internet sobre determinado assunto?
A internet é confiável?
Qual o resultado que se espera ao termino de uma pesquisa?
A pesquisa precisa ser original, ou um resumo do que já foi produzido?
Atividade intelectual, intencional que visa responder as necessidades humanas. Pesquisar é o exercício intencional da pura atividade intelectual, visando melhorar as condições práticas de existência. É um procedimento reflexivo, sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, soluções ou leis, em qualquer área do conhecimento.
3 elementos que caracterizam a pesquisa: 
A – O levantamento de algum problema; 
B – A solução à qual se chega; 
C – Os meios escolhidos para chegar a essa solução, a saber, os instrumentos científicos e os procedimentos adequados. 
Diálogo é a fala contrária, entre atores que se encontram e se defrontam. Pesquisar é reconstruir acrescentando novas possibilidades. Toda pesquisa revela um: Procedimento reflexivo, procedimento sistemático, procedimento crítico, e é uma atividade voltada para a solução de problemas. Quem não pesquisa apenas reproduz ou apenas escuta. Existem alguns critérios que devem ser adotados para realizar uma pesquisa. Saber:
Sua natureza, ou seja, a essência; 
Sua abordagem, que significa forma de tratar alguma questão; 
Seus objetivos, entenda-se finalidade ou motivo; 
Seus procedimentos, que se traduz no sentido de maneiras de agir ou instruções. 
A pesquisa poderá ser do ponto de vista da natureza: 
Pura – gera conhecimentos novos para o avanço da ciência sem aplicação pratica prevista. 
Aplicada – gera conhecimentos para aplicação pratica dirigidos a solução de problemas específicos. 
Do ponto de vista Abordagem: 
Quantitativa – Traduz em números opiniões e informações para classifica-los e organizá-los. 
Qualitativa – Reconstruir a realidade observada.
Do ponto de vista dos objetivos: 
Exploratória – Observação, ou seja, recolher e registrar os fatos da realidade; 
Descritiva – Descrever as características de algum fenômeno observado. 
Explicativa – Identifica os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. 
Pesquisa bibliográfica: Trata-se de uma etapa fundamental em todo trabalho científico que influenciará todas as etapas de uma pesquisa, na medida em que der o embasamento teórico em que se baseará o trabalho. 
Pesquisa documental: Trata-se de uma pesquisa realizada através de documentos que podem ser: documentos pessoais, cartas, diários, jornais, balancetes, microfilmes, fotografias, memorandos, ofícios, vídeos, documentos estatísticos e outros. Há uma análise da descrição do conteúdo manifesto para se alcançar uma rede de significados. 
Pesquisa de campo: É a investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionamentos, testes e observações. 
Histórica: Descreve o que já aconteceu, sob a forma de investigação, registro, análise e interpretação de fatos ocorridos no passado, para poder compreender o presente. Os dados podem ser coletados em: fontes primárias - quando o investigador foi o observador direto dos eventos ou utiliza materiais de primeira mão; fontes secundárias - quando os eventos foram observados e reportados por outras pessoas e não diretamente pelo investigador. 
Comparada: Procura estabelecer semelhanças e diferenças entre situações, fenômenos e coisas, por meio de relações entre os elementos que são comparados. 
Estudo de caso: É o estudo circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão, uma comunidade ou um país.
AULA 1 – VIDEOAULA
“Tudo o que consegui fazer na ciência é fruto de muita meditação, paciência e diligência.”
Charles Darwin 
IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA 	
Apresentação e exame das diretrizes aptas a instrumentalizar o estudante no que tange ao estudo e ao aprendizado;
Instrumentação para o trabalho científico;
Formação de um compromisso científico diante da realidade empírica;
Obter o resultado desejado na atitude de pesquisa; 
Orientar na captação e assimilação dos dados, relações e técnicas que conduzem ao domínio de um problema;
Aperfeiçoar o conhecimento pela formação e informação técnico-científica.
OBJETIVOS
Desenvolver a capacidade de observar, selecionar e organizar cientificamente os fatos da realidade;
Estimular o desenvolvimento do espírito crítico e observador;
Análise das características essenciais que permitem distinguir ciência de outras formas de conhecer, enfatizando o método científico e não o resultado;
Análise das condições em que o conhecimento é cientificamente construído, abordando o significado de postulados e atitudes da ciência contemporânea;
Criação de oportunidades para o aluno comportar-se cientificamente, levantando e formulando problemas, coletando dados, analisando, interpretando e comunicando resultados; 
Capacitação do aluno para que leia criticamente a realidade e produza conhecimentos;
Criação de vetor de informações e referenciais para a montagem formal e substantiva de trabalhos científicos: resenhas, monografias, artigos científicos, dentre outros.
DIVISÃO DA METODOLOGIA
Para dividir a Metodologia, é importante considerar três aspectos:
A metodologia científica relacionada com o modo de conhecer;
A metodologia relacionada com o modo de planejar e agir;
A metodologia relacionada com o modo de fazer.
Para conhecer, precisamos planejar, destacando a forma de utilização do método científico para o conhecer e o agir;
Planejar significa elaborar um plano sobre o que deve ser feito, medido ou avaliado, saber quais as questões que devem ser analisadas e a maneira de conduzir a pesquisa;
É possível dimensionar a divisão da metodologia em três aspectos interconectados:
Epistemológico: refere-se aos estudos das questões que podem levantar na procura da verdade, discussão dos limites, alcance e valor dos métodos científicos (estudo crítico dos métodos científicos);
Lógico: supõe a organização lógica do raciocínio na prática e da ação científica;
Técnico: é o uso das técnicas e dos procedimentos específicos utilizados em contextos específicos das pesquisas temáticas problematizadas nas diferentes ciências.
O CONHECIMENTO E SEUS NÍVEIS
O CONHECIMENTO E SEUS NÍVEIS
Popular: 
Observações não sistemáticas;
Verdades não rigorosas;
Caráter supersticioso.
 Popular: senso comum
Intuitivo, imediato, sem lógica;
Transmitido de geração em geração.
Exemplos de senso comum:
Chá de camomila acalma;
Cortar os cabelos na lua crescente faz com que eles cresçam mais rápido;
Boldo cura problemas no fígado.
Filosófico:
Especulação;
Busca de sentido;
Compreensão racional do mundo.
Religioso:
Verdades reveladas;
Fé/ crença;
Verdades inquestionáveis.
Científico:
Uso de um método;
Rigor;
Características - Método Científico:
objetivo;
factual;
racional;analítico;
organizado;
explicativo;
sistemático.
Método Científico
Saber metódico: o método científico garante a validade de um determinado conhecimento, uma vez que o método indica o caminho do pensamento na construção da ciência. 
Saber sistemático: o conhecimento científico deve apresentar coerência entre as constatações apresentadas, com seu objeto e com as diferentes operações da tarefa de conhecer.
Divisão e Classificação das Ciências
Ciências formais e ciências empíricas
Ciências humanas, biológicas e exatas
Ciências formais
Ciências formais não analisam objetos empíricos, pois suas hipóteses não estão submetidas à sentença dos fatos e dos procedimentos experimentais;
Procedimentos de natureza dedutiva;
Inclui a lógica e a matemática, analisam basicamente os números e as formas de raciocínio;
Utilizam como método básico a demonstração;
O tempo não é uma variável importante para as ciências formais.
Ciências empíricas
Estudam fenômenos que são diretas ou indiretamente observáveis por meio de métodos quantitativos ou qualitativos;
Abrange todas as ciências naturais e humanas;
Utilizam especialmente da sensação e da observação;
Estão submetidas à evolução temporal de seus objetos de estudo.
Ciências exatas, biológicas e humanas
Ciências exatas: todas as que tivessem a matemática como seu pilar básico.
Ciências biológicas: têm como seu objeto de estudo a natureza e o ser humano, em seus aspectos biológicos.
Ciências humanas: têm o ser humano como seu objeto de estudo, mas da ótica sociológica. 
Desenvolvimento científico
“Perigo”;
O conhecimento como a fonte do pecado;
A ousadia de conhecer;
Os sábios são pessoas dotadas de dons especiais;
O conhecimento é restrito aos “iniciados”;
Importância de conhecer;
Aumentar o controle sobre o mundo;
Administração científica: tornar racional o mundo dos negócios.
AULA 2 – O PROBLEMA CIENTÍFICO: A ESCOLHA DO TEMA E IMPORTÂNCIA DE SUA DELIMITAÇÃO
COMO COMEÇAR UMA PESQUISA?
Inicia-se uma pesquisa pela escolha do tema. Para tanto é preciso uma série de cuidados e, nesse sentido, é importante observar que independente da área de saber, todos enfrentam desafios parecidos: escolher um tema para pesquisar não é fácil!
O tema representa o objeto da pesquisa. Por objeto, entende-se aquilo que é pensado, que será investigado (LALANDE, 1993). Assim, deve ser mais restrito que o assunto, faz parte dele. Isso mostra que o assunto é mais amplo e abrangente que o tema (LEITE, 2008, p. 190). Acrescente-se, também, que o tema precisa ser específico para que as respostas, ao final da pesquisa, sejam igualmente específicas.
Por isso, costuma-se dizer que a primeira e fundamental fase de qualquer pesquisa é a definição do que vai ser pesquisado. Logo, a escolha do tema não deve ser apressada (SANTOS; MOLINA; DIAS, 2007). Nesta tarefa requer-se habilidade teórico-crítica, ou seja, conhecer e dominar os conceitos, as abordagens e os autores relevantes para a pesquisa como um pressuposto importante para a escolha do tema. Há uma recomendação neste caso:
Ler tanto quanto o tempo permita sobre o seu tema pode-lhe dar ideias não somente sobre a pesquisa que outros têm feito, mas também sobre sua abordagem e seus métodos (BELL, 2008, p. 57).
Quando se pretende construir um objeto de pesquisa, deve-se transformar o assunto em tema e este num objeto de investigação delimitado e preciso. Se por hipótese um pesquisador deseja investigar o assunto violência. Deve-se indagar a que tipo de violência se refere, pois há muitas possibilidades. Poderá investigar tal assunto sob o enfoque teórico, mas deverá escolher as teorias, os autores, por exemplo.
Podemos investiga-la sob o ponto de vista social, jurídico e psicológico, filosófico, etc. Se preferir direcionar sua pesquisa para um estudo empírico, precisara delimitar a um caso concreto, descrevendo-o minuciosamente. Assim, conseguirá transformar um tema em um verdadeiro objeto de pesquisa.
E que critérios devem ser considerados para a escolha do tema? 
O tema deve ser específico. O autor do tema deverá dominar o assunto no qual está trabalhando, pois um tema mal delimitado eliminará qualquer possibilidade de uma contribuição inovadora. 
O tema deve ser acessível. Significa que as fontes devem ser examinadas pelo pesquisador. Dicas: Não se deve fazer uma pesquisa sobre tema cujas fontes primárias estejam em idioma estrangeiro; se a pesquisa for sobre a obra de um autor estrangeiro, deve-se ler no original e; algumas disciplinas dependem da literatura estrangeira na revisão bibliográfica. 
Necessidade que o tema seja EXEQUÍVEL no prazo estipulado. – Um erro achar que um trabalho inovador poderá ser feito em poucos dias. Um trabalho científico exige tempo para pesquisar fontes, ler bibliografias, refletir, escrever, revisar, corrigir. Neste sentido o pesquisador deverá estar atento ao prazo estipulado pela instituição de ensino e não cair na tentação de mudar de tema ao longo da pesquisa. 
A escolha do tema também deve considerar as EXIGÊNCIAS INSTITUCIONAIS. – O curso deve ter linhas de exigências específicas, dentro dos quais devem se encaixar os trabalhos realizados pelos alunos. Logo, a pesquisa será acompanhada por um orientador que domine o tema e possa assim, auxiliá-lo ao longo da pesquisa. 
Sugere-se que o tema seja ATUAL e CONTROVERTIDO. 
A Aptidão para o tema, o interesse pessoal e a maturidade intelectual. – É mais fácil ao estudante dedicar-se à uma área de conhecimento pelo qual tenha aptidão, pois terá a facilidade de aprendizado e entusiasmo para conhecer mais. 
As atividades acadêmicas contribuem para a idéia de atividade científica, a partir de 3 elementos: adquirir conhecimentos, criar novos conhecimentos e comunicá-los à comunidade científica através de um trabalho de conclusão de curso. 
Uma dica: montar um mapa conceitual sobre o tema de pesquisa. Um conjunto de conceitos que se relacionam dentro de um tema. (brainstorm).
AULA 2 – VIDEOAULA
A escolha do tema
Para se chegar até a justificativa do tema ou o problema de pesquisa, primeiramente é preciso escolher o tema e delimitá-lo
O importante é compreender que uma etapa fundamental é a escolha do tema. 
A escolha ou seleção do tema tem a ver com o que você vai pesquisar. 
O tema pode nascer da observação atenta do cotidiano, a partir do direcionamento do para circunstâncias e assuntos que podem revelar problemas ou temas interessantes;
A escolha do tema pode relacionar-se com a experiência do estágio curricular ou com a vida profissional, por meio de vivências de situações que merecem ser investigadas e compreendidas mais detidamente
O contato com estudiosos, pesquisadores, especialistas, professores e tutores, de modo individual ou em situações coletivas (como em eventos científicos e acadêmicos) pode proporcionar reflexões e identificação de temas relevantes. 
O estudo e a leitura de livros do contexto acadêmico podem oferecer algumas questões ou indicar assuntos que ainda precisam ser analisados ou aprofundados. 
 O tema também pode surgir da “criatividade, da descoberta repentina e algumas vezes casual de um problema a ser investigado” (GONSALVES, 2001, p. 27). 
A seleção do tema deve ter alguma aderência ou aproximação em relação à área do curso e à formação teórica ou profissional do estudante. 
O tema escolhido deve corresponder a um assunto que necessita de “melhores definições, melhor precisão e clareza do que já existe sobre” ele.
 Por isso, verifique se o tema é adequado à sua capacidade e à sua formação, correspondendo a possibilidades e recursos de que você dispõe. 
Por exemplo, na escolha do tema deve-se “levar em conta o material bibliográfico, que deve ser suficiente e estar disponível” (CERVO & BERVIAN, 2002, p. 82). 
Importância: o tema deve aproximar-se de um problema relevante para a ciência ou que afeta a sociedade
Originalidade: o tema deve ter a capacidade de surpreender a comunidade científica, não basta não ter sido estudado previamente.
Viabilidade: O pesquisadordeve questionar-se a respeito do tempo que tem para concluir a pesquisa; acerca da base teórica que dispõe para a análise; e sobre o seu domínio das ferramentas necessárias para a conclusão da pesquisa
Delimitação do tema
“Delimitar o tema é selecionar um tópico ou parte a ser focalizada” (CERVO & BERVIAN, 2002, p. 82). 
Definir o tempo, o local, o espaço e o tamanho do objeto do que se pretende pesquisar. 
Para Marconi & Lakatos (1996 apud DIEHL & TATIN, 2004, p. 90), delimitar o tema equivale a “estabelecer limites para a investigação”. 
Esses limites podem se referir a três aspectos: 
	a) Ao assunto: com a escolha de um tópico, a fim de evitar que este se torne muito extenso ou muito complexo; 
	b) À extensão: nem sempre se pode abranger todo o âmbito em que o fato se desenrola, especialmente se for uma pesquisa realizada ao término da graduação;
c) A diversos fatores: meios humanos, econômicos e de exigibilidade de prazo, os quais podem restringir seu campo de ação. (DIEHL & TATIN, 2004, p. 90).
A problematização do tema
Problema de pesquisa é uma questão que envolve intrinsecamente uma dificuldade teórica ou prática, para qual se deve encontrar uma resposta, uma solução. 
Formular um problema de pesquisa não corresponde simplesmente à proposição de uma pergunta prática que resulta numa resposta relacionada com a ação.
Descobrir os problemas que o tema envolve, compreender as dificuldades que ele sugere, formular perguntas ou levantar hipóteses relevantes é, na verdade, abrir a porta através da qual o pesquisador pode adentrar no terreno do conhecimento científico (CERVO & BERVIAN, 2002, p. 84). 
Partindo de uma revisão bibliográfica, na qual você identifica as principais contribuições teóricas sobre o tema escolhido, e da sua própria reflexão, o problema de pesquisa pode ser redigido de forma “interrogativa, clara, precisa e objetiva”.
A pergunta ou o problema de pesquisa devem ser formulados de tal forma que haja possibilidade de um encaminhamento ou resposta a partir da própria pesquisa que será desenvolvida (CERVO & BERVIAN, 2002, p. 84). 
A delimitação do problema deve ser vista como parte crucial do projeto.
Escolhido o tema este deve ser questionado pelo pesquisador, que deve transformá-lo em problema de pesquisa a partir de seu esforço reflexivo, de sua curiosidade.
Gil (2004, p.57) destaca que o problema de pesquisa é sempre melhor formulado na forma de uma pergunta.
ATIVIDADES
Dê algumas razões pelas quais se justifica estabelecer o tipo de pesquisa num projeto ou trabalho de investigação científica.
Ao estabelecer o tipo de pesquisa que será adotado o aluno pode, consequentemente, estabelecer como mais facilidade em seu projeto de pesquisa o objetivo, a fonte de informações, os procedimentos de coleta e natureza dos dados. 
AULA 3 - O PROBLEMA CIENTÍFICO: REALIZAÇÃO DA PESQUISA BIBLIOGRAFICA E SUA DISCUSSÃO
“Se enxerguei um pouco mais longe, foi por estar em pé sobre ombros de gigantes”
Isaac Newton
Isaac Newton foi considerado um grande pensador da Física Moderna, mas confessou que não chegou ao lugar que queria sozinho. Precisou investigar pensadores e suas obras. Newton não elaborou sua teoria da gravidade do nada, mas seu ponto de partida foram as de quem veio antes dele. 
Assim, nos ensina uma boa lição: qualquer estudo cientifico deve partir de pesquisas bibliográficas e/ou documentais. Isto significa dizer que o estudante deve basear suas ideias em teorias já existentes ou informações especificas sobre o tema a ser estudado.
Dessa maneira, não vai realizar o seu trabalho a cegas, mas tudo o que disser encontrará apoio em autores estudiosos do assunto e em trabalhos publicados. A estrutura teórica a ser realizada na pesquisa cientifica deve resultar de dados bibliográficos e documentais selecionados criteriosamente em leituras e fichamentos. Segundo autores da metodologia:
Qualquer espécie de pesquisa, em qualquer área, supõe e exige uma 		pesquisa bibliográfica previa, quer para o levantamento do estado da			 arte do tema, quer para a fundamentação teórica ou ainda para justificar 			os limites e as contribuições da própria pesquisa. 										(CERVO; BERVIAN; SILVA, 2006, P.60)
Lembre-se, qualquer trabalho cientifico só assumirá esse caráter se discutido, analisando ou fundamentando em conceitos e teorias já consagradas, seja para confirmar ou não as ideias presentes no trabalho. Tal fundamentação teórica se faz por meio de uma pesquisa bibliográfica e/ou documental exaustiva.
CONCEITOS IMPORTANTES
Antes de tudo é preciso conhecer alguns conceitos, tais como: fonte bibliográfica, fontes primarias e secundárias. 
Em metodologia, entende-se por fonte a informação essencial para a construção do conhecimento a partir da escolha do objeto da pesquisa. Nesse aspecto, é muito comum diferenciar fontes primarias de secundarias. Sendo a fonte primária, o objeto em análise. Nos dizeres de Welber Oliveira Barral (2010, p. 91), “Numa pesquisa de laboratório, as fontes primárias serão os resultados obtidos a partir da experiência química. Numa pesquisa antropológica, serão os relatórios relativos ao comportamento do grupo social observado”.
Quando investigamos fontes secundarias, analisamos os comentários sobre as fontes primárias. Trata-se da literatura disponível sobre o tema, estudos publicados, palestras e conferências em que um pesquisador apresenta seus estudos sobre determinado objeto de pesquisa (BARRAL, 2010).
Nesta classificação das fontes, uma consequência é inevitável: a fonte primaria é prioritária para qualquer pesquisa. Não se deve construir o embasamento teórico de uma pesquisa apenas sobre fontes secundarias. 
AULA 3 – VIDEOAULA
Tipos de pesquisa
Dizer que uma pesquisa é bibliográfica, descritiva ou experimental não é uma questão meramente de classificação ou uma formalidade.
Modo de tornar clara a natureza da pesquisa que foi realizada e de revelar como os objetivos e as metodologias orientaram o trabalho desenvolvido.
Cervo & Bervian (p. 65, 2002) afirmam que “cada tipo de pesquisa possui, além do núcleo comum de procedimentos, suas peculiaridades próprias”. 
Em meio à diversidade de tipos de pesquisa, os autores chamam a atenção para a distinção entre a “pesquisa pura” e a “pesquisa aplicada”. 
Pesquisa pura ou básica
Tem como meta o saber, por meio de uma busca para satisfazer a “necessidade intelectual pelo conhecimento”.
“Busca a atualização de conhecimentos para tomada de posição”
Pesquisa aplicada
É movida pela necessidade de uma contribuição para fins práticos, com busca de “soluções para problemas concretos”.
Pretende "transformar em ação concreta os resultados de seu trabalho”
(CERVO & BERVIAN, 2002, p. 64-65).
 Essas modalidades de pesquisa não são excludentes ou opostas.
Tipos de pesquisa segundo os objetivos
Pesquisa exploratória: É o tipo de pesquisa que oferece uma aproximação inicial do objeto de estudo, visando dar mais familiaridade diante de um fenômeno ou assunto a ser pesquisado ou, ainda, objetivando uma nova percepção dele ou a descoberta de novas ideias. 
Pesquisa Descritiva: volta-se para o levantamento das características de um objeto de estudo. Ela pode ser definida como a pesquisa que “observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los”. 
É um tipo de pesquisa que procura “descobrir, com a precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características”
Pesquisa Experimental: está voltada para a experimentação ou verificação de um fenômeno ou de fatos que podem ser reproduzidos de forma controlada, a fim de se “evidenciar as relações entre os fatos e as teorias”. 
Esse tipo de pesquisa implica a “observação sistemática dos resultados para estabelecer correlações entre os efeitos e as suas causas”
Pesquisa Explicativa: Procura “identificar os fatores que contribuem para ocorrência de desenvolvimento de um determinado fenômeno. Buscam-se aqui as fontes, as razões das coisas”
(GONSALVES,2001, p. 66).
Pode conviver com os tipos de pesquisa já apresentados.
Tipos de pesquisa segundo os procedimentos de coleta e as fontes de informação
Esta classificação está relacionada com as fontes e o procedimento metodológico utilizado na coleta. 
Diz respeito às questões que envolvem a previsão e o modo de coleta de dados, além da interpretação dos dados.
Pesquisa de laboratório: refere-se à fonte obtida em experimentos ou procedimentos desenvolvidos em laboratório. 	
Pesquisa bibliográfica: corresponde à natureza da fonte que se caracteriza por materiais elaborados por diversos autores, consistindo em livros, teses, enciclopédias, almanaques, dicionários, revistas e artigos científicos, seja no suporte impresso ou digital. 	
Pesquisa documental: 	refere-se à fonte que consiste em materiais “que não receberam tratamento analítico” ou ainda podem “ser reelaborados de acordo com o objetivo do trabalho”
Os procedimentos de coleta
Pesquisa bibliográfica: caracteriza-se pela metodologia que elege a fonte bibliográfica como recurso para explicar um problema, conhecer e analisar as contribuições sobre determinando assunto ou dominar o estado da arte sobre um tema.
Estudos, análises e procedimentos metodológicos estão predominantemente circunscritos à fonte bibliográfica.
Pesquisa documental: quando os estudos, as investigações, as análises e os procedimentos metodológicos estão predominantemente circunscritos à fonte documental, ou seja, a documentos.
Pesquisa de levantamento: tendo alguma correspondência com a pesquisa de campo, tipo de pesquisa relacionado com a natureza da fonte. A pesquisa de levantamento pode ser caracterizada pelo “questionamento direto das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer”.
Pesquisa estudo de caso: o tipo de pesquisa que se volta para “um caso particular, uma unidade significativa, considerada suficiente para análise de um fenômeno”
Pesquisa participativa: Pode ser entendida como a pesquisa que propõe “a efetiva participação da população pesquisada no processo de geração de conhecimento, que é considerado um processo formativo”
Pesquisa experimento: corresponde à pesquisa de laboratório, tipo de pesquisa relacionado com a natureza da fonte. Isso quer dizer que pesquisas de natureza experimental costumam acontecer no contexto de laboratório.
Tipos de pesquisas segundo a natureza dos dados ou abordagem do problema
A partir da natureza dos dados obtidos nos procedimentos de coleta e da forma pela qual se faz a abordagem do problema que é o objeto de estudo, tem-se a pesquisa qualitativa ou a pesquisa quantitativa.
Pesquisa Qualitativa
É uma abordagem que está voltada para a compreensão e a interpretação do fenômeno os dos dados obtidos, considerando o significado que os outros atribuem às suas práticas
A coleta dos dados é realizada, preferencialmente, “nos contextos em que os fenômenos são construídos”; 
Os dados são analisados, de preferência, durante o próprio levantamento deles; 
Os estudos são em forma descritiva, com ênfase na compreensão e na interpretação, a partir dos “significados dos próprios sujeitos e de outras referências afins da literatura”; 
A teoria é elaborada por meio de dados empíricos, a fim de ser aperfeiçoada com a leitura de outros autores, no entanto, “os estudos qualitativos podem partir de categorias preexistentes”; 
É fundamental a interação entre pesquisador e pesquisado, o que requer o aperfeiçoamento de habilidades comunicacionais por parte do pesquisador. 
Os modelos qualitativo e quantitativo podem ser complementares, pois é possível uma integração entre dados qualitativos e quantitativos.
A pesquisa quantitativa remete ao uso da quantificação na coleta e no tratamento de dados ou informações, valendo-se de técnicas estatísticas (percentual, média, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão etc.)
A pesquisa quantitativa corresponde, então, à explanação das causas valendo-se de “medidas objetivas, testando hipóteses, utilizando-se basicamente da estatística”.
AULA 4 – O PROBLEMA CIENTÍFICO
Redação Científica
Presente no texto do projeto de pesquisa;
Na comunicação dos resultados da pesquisa, seja na forma de relatório, artigo ou monografia;
Linguagem da redação científica: lógica, objetiva, direta, clara, correta, imparcial, concisa e impessoal; 
Vocabulário: adequado ao contexto acadêmico e, particularmente, à área de conhecimento da pesquisa.
Impessoalidade
Não deve ser confundida com falta de envolvimento do pesquisador ou com indiferença;
Corresponde ao caráter impessoal que deve predominar no trabalho científico;
Recomenda-se redigir os textos do trabalho científico na terceira pessoa, evitando as referências pessoais, como meu artigo, meu relatório ou minha monografia;
São mais apropriadas expressões como o presente artigo, este relatório ou esta monografia; 
Não significa que você deve deixar de “assumir a autoria de ideias originais, argumentos inovadores ou teses polêmicas, quando necessário”;
Evitar o uso do pronome nós para indicar impessoalidade (CERVO & BERVIAN, 2002, p. 129).
Objetividade
A objetividade, característica fundamental da redação científica, é resultado da própria natureza da ciência;
Evitar no discurso científico pontos de vista pessoais que deixem transparecer impressões subjetivas, não fundadas, sobre dados concretos;
Expressões como eu penso, parece-me, parece ser e outras violam frequentemente o princípio da objetividade.
Linguagem subjetiva: a sala estava suja. 
Linguagem objetiva: o entrevistado, enquanto falava, deixou cair as cinzas do seu cigarro no chão. Viam-se restos de cigarros apagados e fragmentos de papel pelo chão. 
Linguagem subjetiva: a sala era grande e espaçosa. 
Linguagem objetiva: a sala media 12 m de comprimento e 8 m de largura. 
Clareza
A clareza se torna a primeira condição para uma boa redação científica;
É preciso exprimir clara e organizadamente o pensamento;
Para isso, é necessário ter “assimilado o assunto em todas as suas dimensões, em seu conjunto, como também em cada uma de suas partes ou dificuldades”; 
Desse modo, “pensamento e expressão são interdependentes: ninguém pode exprimir em termos claros uma ideia ainda confusa em sua mente” (CERVO & BERVIAN, 2002, p. 129);
Quando for redigir a comunicação ou apresentação da sua pesquisa, lembre-se que:
“tudo que for escrito deve ser perfeitamente compreensível pelo leitor, ou seja, este não deve ter nenhuma dificuldade para entender o texto”; 
Recomendação: leia cuidadosamente o que escreveu como se fosse o próprio leitor;
Tenha sempre em mente que um texto é claro quando não deixa margem a interpretações diferentes da que o autor quer comunicar;
 Uma linguagem muito rebuscada que utiliza termos desnecessários desvia a atenção de quem lê e pode confundir.
Precisão
A linguagem científica deve ser informativa e técnica, distinguindo-se da linguagem coloquial e literária; 
A linguagem científica foge do discurso retórico e do discurso com função expressiva;
Não usa subjetividade e expressão de aspectos pessoais;
A linguagem científica é “firmada em dados concretos, a partir dos quais analisa, compara e sintetiza, argumenta, induz ou deduz e conclui”;
Em vez de subjetiva e persuasiva, ela é objetiva e apoia-se em argumentos de ordem cognoscitiva e racional (CERVO & BERVIAN, 2002, p. 131);
Essas observações devem levar você a perceber que a linguagem científica deve ser caracterizada pela precisão;
As palavras, as figuras, os gráficos, as tabelas, entre outros elementos, devem ser precisos e decodificados pelo leitor sem maiores dificuldades;
A seleção dos termos e a cautela no uso de expressões coloquiais devem estar sempre presentes na redação acadêmica; 
Considere que “expressões como “nem todos”, “praticamente todos”, “vários deles” são interpretadas de formas diferentes e tiram força das afirmações”; 
Nesses casos, é melhor utilizar expressões como: “cerca de 90%”, “menos da metade”, ou ainda com maior precisão: “93%”, “40%”, lembrando(...) que, ao utilizarmos medidas, precisamos estar baseados em dados”.
Modéstia e cortesia
Cervo & Bervian (2002, p. 130) afirmam que “os resultados de um estudo ou pesquisa, quando cientificamente alcançados, impõem-se por si mesmos”; 
Consequentemente, não haveria necessidade de o pesquisador “insinuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam cobertos de erros e incorreções, [pois] o próprio trabalho, por mais perfeito que seja, nem sempre está isento de erros”;
Tal constatação deveria levar à cortesia na forma de apresentar os resultados da pesquisa, principalmente “quando se trata de discordar dos resultados de outras pesquisas”;
A linguagem deve se limitar à descrição dos passos da pesquisa e à transmissão de seus resultados, testemunhando intrinsecamente a modéstia e a cortesia essenciais a um bom trabalho;
A finalidade da pesquisa “é expressar, e não impressionar”;
Para sintetizar as observações sobre a linguagem científica, vale a pena conferir o quadro que Cervo & Bervian (2002, p. 133) propõem:
Linguagem científica
Atividades
A redação científica deve possuir características que precisam ser levadas em conta para que a transmissão da informação e a sua compreensão por parte do leitor sejam eficazes. E nesse caso, é sempre bom considerar que o leitor, na maioria das vezes, pertence ao público interno, à própria comunidade acadêmica ou científica. 
Nem sempre você escreverá para seus pares (pesquisadores, professores e estudantes), pois é possível que o público leitor seja externo, sendo, inclusive, formado por leigos que tenham interesse no assunto. 
Assim, se faz necessário seguir as recomendações que você viu aqui e escrever seu trabalho numa linguagem clara e bem cuidada.
AULA 5 - A CONSTRUÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA I: A DETERMINAÇÃO DOS OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA DA PESQUISA
A leitura
Sem leitura não se faz pesquisa, “pois tudo começa com a leitura” e “fazer pesquisa pressupõe leitura, leitura, leitura”. (NASCIMENTO, 2005, p. 29)
Leitura de reconhecimento
Seletiva: é o primeiro tipo de leitura que você deve considerar aqui.
A leitura realizada pelo pesquisador para “fazer os primeiros contatos, selecionar, tomar decisões”. (NASCIMENTO, 2005, p. 29)
Situação na qual você precisa “decidir sobre a leitura apurada de um livro”; ponderar se ele “vai ajudar ou não no tema a ser pesquisado”; escolher quais livros você vai tomar emprestado da biblioteca.
Leitura analítica
Detalhamento pela busca dos elementos mais significativos do texto.
Seleção dos aspectos mais importantes da obra, que auxiliarão no processo de apropriação do saber historicamente acumulado. 
Leitura crítica
A leitura crítica é outra face do trabalho de compreensão de uma obra ou um texto.
Parte do pressuposto de que para a elaboração de um trabalho se faz essencial não apenas a tomada de posse das ideias contidas nas obras lidas, mas que também implica acrescentar ao conhecimento existente à contribuição daquele que produz uma obra nova. 
Isso quer dizer que é necessária a reflexão crítica e pessoal a partir do que foi lido e trabalhado na fase preparatória da investigação (NASCIMENTO, 2005, p. 30 ). 
Essa leitura crítica pode contribuir bastante para a fundamentação do trabalho que será realizado.
A resenha é uma modalidade de trabalho acadêmico que se vale, principalmente, da leitura crítica.
Fichamento: orientação para anotações e apontamentos
Os fichamentos podem ser um excelente recurso para não se perder os dados bibliográficos, as anotações de aula ou os apontamentos decorrentes de uma leitura.
São “como uma memória exterior”, pois quando bem organizados, eles até “podem se constituir em uma minibiblioteca para uso pessoal” (CERVO & BERVIAN, 2002, p. 92).
Sempre considere a necessidade de precisão e clareza, pois ao voltar aos registros tempos depois, é preciso reconhecer o sentido e a validade do que foi escrito, mesmo diante do esquecimento natural decorrente do tempo.
Leve em conta que os apontamentos e as anotações de uma leitura devem conter dados que permitam encontrar ou acessar rapidamente a fonte original.
O fichamento deve funcionar, assim, como um guia bibliográfico ou guia de leitura que permite retomar e recuperar os dados, anotações e apontamentos decorrentes do estudo de uma obra ou mesmo da assistência a uma aula ou conferência.
Em relação aos modelos de fichamento, deve haver certa liberdade para você escolher aquele que se mostrar mais adequado aos seus propósitos ou às suas preferências.
Procure aproveitar no seu fichamento as anotações e dados que realmente importam ao trabalho ou pesquisa;
Registre aquilo que pode contribuir para o encaminhamento de seu problema de pesquisa;
Não seja precipitado e ansioso na anotação de dados e apontamentos na leitura de um livro;
 Procure percorrer toda parte de um texto para evitar anotações de dados que são irrelevantes ou que serão desenvolvidos mais adiante;
Anote as páginas ou endereços eletrônicos correspondentes às informações que você registra;
Para que você não corra o risco de cometer plágio, coloque sempre entre aspas frases ou trechos anotados que forem copiados literalmente do texto consultado.
Resumo
O resumo como uma modalidade do trabalho acadêmico consiste num texto que registra as ideias ou os pontos essenciais de um texto-base;
O resumo é um trabalho de extração e de concisão: extração porque ele extrai do texto-base as ideias e os elementos que devem ser destacados e registrados;
Concisão porque as ideias e informações do texto-base precisam ser apresentadas de modo seletivo e conciso, relevando apenas o que de fato tem importância e interessa ao pesquisador;
Geralmente, são identificados três tipos de resumo: resumo indicativo, resumo informativo e resumo crítico.
Resumo indicativo: corresponde apenas a referências e indicações do texto-base, sem que sejam registrados dados qualitativos e quantitativos;
 Trata-se de um esquema ou mapa que poderá oferecer informações básicas e de identificação do texto original.
Resumo informativo: corresponde ao registro conciso das informações mais importantes contidas num texto-base.
Resumo crítico: é, geralmente, identificado com a resenha, sendo uma outra designação para a própria resenha.
Resenha
É muito comum haver confusão entre resenha e resumo, pois a resenha corresponde, em boa parte, a um resumo do texto-base;
A resenha vai além do resumo indicativo ou informativo, pois apresenta uma análise ou apreciação da obra ou do texto-base;
Ao elaborar uma resenha, tenha em mente pelo menos duas tarefas: realizar uma síntese da obra ou do texto e elaborar um julgamento ou apreciação crítica dessa obra.
A crítica pode ser externa e interna. A crítica externa “ressalta a importância da obra no seu contexto histórico, social, cultural e filosófico” e a crítica interna “se dedica ao exame do conteúdo da obra, julgando-o”. 
GONSALVES, 2001, p. 44
AULA 6 - A CONSTRUÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA II: A CONSTRUÇÃO DO EMBASAMENTO TEÓRICO, LEVANTAMENTO PRELIMINAR E METODOLOGIA
A importância do projeto de pesquisa
Planejamento da pesquisa;
O momento decisivo da pesquisa: elaboração de seu projeto;
Guia que orienta os passos que precisam ser dados em determinada empreitada;
Fundamental para que a execução da pesquisa não seja atabalhoada ou mesmo desastrosa;
Uma expressão escrita do planejamento; 
Não se confunde com a própria pesquisa que precisa ser desenvolvida;
O que não diminui sua importância ou elimina seu caráter indispensável para o desenvolvimento da pesquisa. 
“O projeto não é imutável, ao contrário, o caminho percorrido ao longo da pesquisa acaba por imprimir-lhe novas características, novos aspectos, colocando novas exigências” (GONSALVES, 2001, p. 10)
O projeto é também resultado de conhecimentos metodológicos que possibilitam tanto a sua elaboração quanto o desenvolvimento da pesquisa; 
Assim, o projeto precisa ser eficiente, coerente e bemfundamentado, possuindo uma redação adequada, pois se trata de um documento escrito, a própria materialização de um planejamento (GONSALVES, 2001, p. 10); 
Construção e estrutura do projeto de pesquisa
Estrutura básica: justificativa, problema, objetivos, metodologia, cronograma e bibliografia;
Estrutura: corresponde a algumas indagações que você deve responder ou estão relacionados com aspectos indispensáveis para a realização de sua pesquisa;
Um projeto de pesquisa deve responder as seguintes perguntas: 
O que pesquisar?
Essa pergunta corresponde à definição do problema, às hipóteses que serão consideradas e a base teórica e conceitual da pesquisa.
Por que pesquisar?
Trata-se de uma pergunta relacionada com a justificativa da pesquisa, ou seja, a razão pela qual se escolheu determinado tema.
Para que pesquisar?
É uma pergunta que se refere aos objetivos da pesquisa, aos propósitos do estudo que será desenvolvido.
Como pesquisar?
 Essa pergunta está vinculada à metodologia, aos procedimentos que serão tomados ao longo da pesquisa.
Quando pesquisar?
Trata-se de estabelecer o cronograma da pesquisa. 
Com quais recursos?
 Essa é uma pergunta importante quando a pesquisa exige gastos e investimentos, pois ela se refere ao orçamento da pesquisa.
Quem pesquisa?
A última pergunta está relacionada com a equipe de trabalho, com os pesquisadores e o orientador.
Elementos que deverão ser destacados
Anunciação do tema;
Definição dos conceitos; 
Indicação clara da extensão dos conceitos;
Indicação de circunstâncias para completar a delimitação da pesquisa, ou seja o tempo, o espaço e os instrumentos; 
Explicitação da ideia principal tirada do tema, bem como dos pormenores que pareçam importantes;
Ponderação sobre objetivos e sobre o alcance da pesquisa, previsão do tempo disponível para o seu desenvolvimento e estabelecimento de condições de viabilidade;
Definição das fases posteriores e cronograma para o seu cumprimento dentro das reais possibilidades do pesquisador ou do grupo de pesquisa. (RUIZ, 2008).
Sequência
Dados de identificação (contendo o título do projeto e dados do aluno/pesquisador).
Justificativa.
Problema de pesquisa e objetivos (com item em separado para o objetivo geral e os objetivos específicos).
Hipótese. 
Metodologia da pesquisa.
Cronograma de execução.
Referências (já consultadas).
AULA 7 -  A REDAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA I: REGRAS PARA CITAÇÕES
Percurso metodológico
Para alcançar os objetivos propostos no projeto de pesquisa, é preciso estabelecer um caminho, definir um percurso metodológico que consiste em procedimentos, técnicas, referenciais teóricos e processos de construção do conhecimento. 
Método
O termo método significa caminho ou processo racional para atingir um dado fim;
Procedimentos racionais que buscam atingir um objetivo determinado;
Agir com um dado método supõe uma prévia análise dos objetivos que se pretendem atingir, as situações a enfrentar, assim como dos recursos e o tempo disponíveis, e por último das várias alternativas possíveis. 
Ação planeada, baseada num quadro de procedimentos sistematizados e previamente conhecidos.
O processo está subordinado ao método.
O método é apenas um meio de acesso: são a inteligência e a reflexão que descobrem o que os fatos realmente são.
Metodologia: “o caminho e o instrumental para abordar aspectos do real”, podendo incluir “concepções teóricas, técnicas de pesquisa e a criatividade do pesquisador” (Gonsalves, 2001, p. 62). 
Na parte referente à metodologia é preciso explicitar “os procedimentos que se pretende utilizar na produção dos dados (entrevista, questionário, dentre outros)”;
Deixando claro qual procedimento foi escolhido e por que ele é o mais adequado.
 Para descrever os procedimentos ou metodologia da pesquisa: 
Delinear a pesquisa: você deve definir o tipo de pesquisa que será realizada para atingir seu objetivo geral. 
População e amostra: a população precisa ser descrita de forma completa, incluindo as características que interessam ao tema da pesquisa. 
A amostra inclui sua descrição e a do processo para selecioná-la, assim como as informações sobre seu tamanho e as formas utilizadas para determiná-lo.
Coleta de dados: refere-se à definição dos instrumentos (entrevistas, questionários, observação), dos dados primários e secundários, da preparação e do procedimento de aplicação;
Análise dos dados: quando a pesquisa for quantitativa, deve-se especificar o tratamento; se a pesquisa for qualitativa, deve-se definir os procedimentos;
Definição dos termos e variáveis: corresponde a definições gerais e operacionais das variáveis relacionadas com a problemática do estudo. 
Na coleta de dados, conforme o tipo de pesquisa que for desenvolvida, você deve escolher técnicas que permitam a observação, a inquirição ou a análise de documentos. 
Na coleta de dados, conforme o tipo de pesquisa que for desenvolvida, você deve escolher técnicas que permitam a observação, a inquirição ou a análise de documentos. 
Diante da natureza da sua investigação, por exemplo, você poderá interrogar pessoas ou analisar documentos. 
Entre as técnicas ou formas de coleta de dados, as mais comuns são: observação, entrevista, questionário, teste e análise documental. (NASCIMENTO, 2005, p. 122).
A análise de dados possui um caráter explicativo e procura estabelecer as relações que podem existir entre o dado pesquisado e outros fenômenos. (NASCIMENTO, 2005, p. 134). 
A análise de dados pode ser empreendida em três níveis: 
Interpretação: verificação das relações entre variáveis independente e dependente, e da variável interveniente (anterior à dependente e posterior à independente) a fim de ampliar os conhecimentos sobre o fenômeno (variável dependente). 
Explicação: esclarecimento sobre a origem da variável dependente necessidade de encontrar a variável antecedente (anterior às variáveis independente e dependente). 
Especificação: explicitação sobre até que ponto as relações entre as variáveis independente e dependente são válidas (como, onde e quando). 
AULA 8 - A REDAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA II: REGRAS PARA REFERÊNCIAS
Método X Técnica
Método: etapas, organizadas, que precisam ser cumpridas durante a investigação científica ou para alcançar determinado fim. 
O Método indica O QUE fazer.
Técnica: modo de realizar de forma mais hábil. A técnica indica COMO fazer. 	
Técnicas de pesquisa
Cada pesquisa tem sua metodologia e exige o uso de técnicas especificas para a aquisição dos dados. 
Os objetivos a serem alcançados pela pesquisa determinam o tipo de método que a ser empregado, o experimental ou o racional, que empregam técnicas específicas ou comuns a ambos para o desenvolvimento sistemático do trabalho de pesquisa.
Selecionado o método, as técnicas a serem usadas serão consequentemente selecionadas, em conformidade com os objetivos da investigação científica (ANDRADE, 2010).
 Importante é adequar as técnicas às características da pesquisa tendo em vista que a coleta bem feita dos dados facilita o desenvolvimento da pesquisa.
Existe um conjunto de técnicas basicamente análogo para todas as ciências, que compreende um número de procedimentos, aplicações científicas ou operações que perpassam qualquer tipo de pesquisa;
 Auxiliam na formulação de questões ou levantamento de hipóteses, na observação, no registro cuidadoso dos dados observados e na construção de explicações (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007, p.30)
observação
 descrição
 comparação
 análise 
 síntese
 experimentação 
As técnicas de abordagem e também as técnicas de coleta de dados e contribuem para o desenvolvimento da pesquisa porque são utilizadas para:
Formular questões e elencar hipóteses;
Realizar observação e medidas;
Registrar e ordenar os dados observados para responder aos questionamentos levantados pela pesquisa;
Elaborar explicações ou rever conclusões, ideias ou opiniões que estejam em desacordo com as observações realizadas;
Estender as conclusões obtidas a todos os casosque envolvam condições semelhantes;
Antecipar que, dadas certas condições, pode-se esperar que surjam certas relações.
Observação
É a aplicação dos sentidos físicos a um determinado objeto para obter uma informação clara e precisa;
É a visualização de um evento ou fenômeno; 
Deve ser planejada e não apresentada como uma serie de curiosidades;
Registrada metodicamente, relacionada a proposições gerais;
Estar sujeita a verificação e controles de validade e precisão;
Atender a um ou mais objetivos da pesquisa;
Afastar-se o máximo possível da subjetividade. 
Deve ser usada como técnica de pesquisa quanto o pesquisador tem conhecimento prévio do ambiente onde realizará a observação; 
Tem tempo, condições, competência e capacitação para processar uma observação;
 Possui condições de acompanhar de perto a alvo da observação;
Consegue identificar as reações do indivíduo ou grupo em seu ambiente; 
Quando as informações a serem levantadas forem difíceis de identificar através de perguntas ou entrevistas.
Tipos de observação
Observação assistemática (não estruturada): Não há planejamento e controle;
Observação sistemática (estruturada):Existe planejamento, ocorre em condições controladas para corresponder a propósitos pré-estabelecidos; 
Observação participante: O observador se envolve com o objeto de pesquisa; 
Observação não participante: 
 O pesquisador presencia o fato ou fenômeno, mas não participa;
Observação individual: Realizada por um único pesquisador; 
Observação em equipe: Feita por um grupo de pesquisadores;
Observação em laboratório: Todos os eventos e condições são controladas, porém o pesquisador não interfere na ordem dos eventos.
Descrição
Registro do que foi observado e ou analisado;
Habilidade de fazer com que o outro compreenda aquilo que o pesquisador observou; 
Deve ser clara e precisa para que o interlocutor ou leitor seja capaz de visualizar mentalmente aquilo que foi observado;
Fundamental para descrever, metodologicamente, cada um dos passos dados na realização da pesquisa e na aplicação das técnicas pertinentes. 
Comparação
Técnica científica aplicável quando há dois ou mais termos ou elementos com as mesmas propriedades gerais ou características particulares; 
 Deve estar acompanhada da análise e da síntese. 
Análise
É o procedimento pelo qual explicamos de maneira sensata um determinado conjunto complexo, como, por exemplo, um fato histórico;
Deve ser compreendida como a operação mental ou experimental que decompõe um todo em tantas partes quanto possível. 
Síntese
É a reconstituição do todo antes decomposto para na análise, é o processo que vai do mais simples para o menos simples;
É o processo que parte do mais simples para o menos simples.
Análise e Síntese
Sem a análise o conhecimento é apresentado de maneira confusa e superficial e sem a síntese, consequentemente, inacabado, incompleto. 
Experimentação
Conjunto de processos utilizados para verificar as hipóteses;
Obedece a uma ideia diretriz e não simplesmente porque implica a intervenção do pesquisador tendo em vista modificar o objeto de pesquisa; 
Procura comprovar o fenômeno por meio da experimentação provocada, consistindo em observação, manipulação e controle de seus efeitos em uma dada situação; 
Consiste em submeter os objetos de estudo à influência de certas variáveis, em condições controladas e conhecidas pelo investigador, para observar os resultados que a variável produz no objeto.
É considerado o método por excelência das Ciências Físicas e Naturais. 
Técnicas de abordagem
Indução
Dedução 
Intuição 
Inferência 
Indução
O método indutivo nasceu com a filosofia moderna, defendido pelos empiristas, como Bacon, Hobbes, Locke, Hume, para os quais o conhecimento é fundamentado na experiência, sem levar em consideração princípios estabelecidos. 
Para que ocorra indução é necessário que as observações sejam muitas e repetidas sob ampla variedade de situações; 
Na indução, a conclusão está para as premissas como o todo está para as partes: 
Terra, Marte e Vênus são planetas
São planetas que não brilham com luz própria
Logo, os planetas não brilham com luz própria
Percorre o caminho do raciocínio estabelecendo conexão ascendente do particular para o geral; 
O raciocínio indutivo parte do efeito para as causas, exigindo verificação, observação e/ou experimentação;
Dedução
De acordo com a acepção clássica, é aquele que parte de verdades universais para obter conclusões particulares;
Parte de teorias e de leis gerais para a determinação ou previsão de fenômenos particulares;
Destina-se a demonstrar e a justificar e exige aplicação de recursos lógico-discursivos; 
É defendido pelos racionalistas como Descartes, Spinoza, Leibniz, segundo os quais apenas a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro.
Trata-se de objetos ideais, pertence ao nível da abstração sendo, portanto, muito utilizado na Lógica e na Matemática;
Menor aplicação nas ciências sociais;
Esse método tem como critérios de verdade a coerência, a consistência e a não-contradição;
O protótipo da dedução é o silogismo, um raciocínio lógico composto que, a partir de duas preposições chamadas premissas, chega a uma terceira, nelas logicamente implicadas, denominada conclusão.
Homem é mortal: universal, geral; 
João é homem: particular; 
Logo, João é mortal: conclusão.
Intuição
Ver por dentro ;
Conceito variável de acordo com a corrente do pensamento; 
Algo que pode ser desenvolvido através do estudo, porque é uma condensação de conhecimentos anteriores. 
Inferência
Operação intelectual pela qual se passa de uma verdade a outra, julgada tal em razão de sua ligação com a primeira; 
A dedução é uma inferência; 
A noção de inferências é fundamental para quem quer entender o fenômeno da compreensão;
Pode-se dizer que inferências são operações cognitivas que o leitor realiza para construir proposições novas a partir de informações que ele encontrou no texto;
Inferir é tirar uma conclusão a partir de uma ou várias preposições nas quais ela está implicitamente contida; 
É o instrumento com o qual os cientistas conseguem generalizar as suas descobertas referentes aos fenômenos observados e explicados em forma de leis ou fórmulas. 
Técnicas de Coleta de dados
Fase intermediária da pesquisa descritiva;
Ocorre após a escolha e delimitação do tema, a revisão bibliográfica, a definição dos objetivos; 
Os instrumentos de coleta de dados mais utilizados são: entrevista, questionário e formulário. 
Questionário
O pesquisador apresenta questões por escrito às pessoas, tendo por objetivo principal o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, etc.
Enquête: reunião de testemunhos sobre determinado assunto;
Tese: quando a pesquisa é psicológica
Formulário: qualquer impresso com campos para anotação de dados.
VANTAGENS DO QUESTIONÁRIO
Possibilita atingir um grande número de pessoas;
Menores gastos com pessoal - não exige treinamento;
Garante o anonimato das respostas;
As respostas podem ser dadas em qualquer momento;
Os pesquisados não são influenciados.
ENTREVISTA	
É uma conversa orientada para um objetivo definido: recolher, por meio do interrogatório do informante, dados para a pesquisa;
Técnica de investigação social pode ser utilizada para qualquer tipo de assunto: pessoal, íntimo, complexo;
 É a mais flexível de todas as técnicas, também usada para aprofundar pontos levantados por outras técnicas de coleta.
VANTAGENS DA ENTREVISTA
Captação imediata da informação;
Pode atingir pessoas com qualquer nível de instrução;
Fornece uma amostragem muito melhor da população geral;
Maior flexibilidade - o entrevistador pode esclarecer perguntas;
Maior oportunidade de avaliar condutas;
Oportunidade para obtenção de dados que não se encontram em fontes documentais;
Os dados podem ser quantificados e submetidos a tratamentoestatístico.
AULA 9 - O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I: IMPORTÂNCIA DO TRABALHO CONCLUSÃO DE CURSO. A ÉTICA E LEGITIMIDADE DO SABER
Técnicas de Coleta de dados
Fase intermediária da pesquisa descritiva;
Ocorre após a escolha e delimitação do tema, a revisão bibliográfica, a definição dos objetivos; 
Os instrumentos de coleta de dados mais utilizados são: entrevista, questionário e formulário. 
Questionário
O pesquisador apresenta questões por escrito às pessoas, tendo por objetivo principal o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, etc.
Enquête: reunião de testemunhos sobre determinado assunto;
Tese: quando a pesquisa é psicológica
Formulário: qualquer impresso com campos para anotação de dados.
VANTAGENS DO QUESTIONÁRIO
Possibilita atingir um grande número de pessoas;
Menores gastos com pessoal - não exige treinamento;
Garante o anonimato das respostas;
As respostas podem ser dadas em qualquer momento;
Os pesquisados não são influenciados.
ENTREVISTA
É uma conversa orientada para um objetivo definido: recolher, por meio do interrogatório do informante, dados para a pesquisa;
Técnica de investigação social pode ser utilizada para qualquer tipo de assunto: pessoal, íntimo, complexo;
 É a mais flexível de todas as técnicas, também usada para aprofundar pontos levantados por outras técnicas de coleta.
VANTAGENS DA ENTREVISTA
Captação imediata da informação;
Pode atingir pessoas com qualquer nível de instrução;
Fornece uma amostragem muito melhor da população geral;
Maior flexibilidade - o entrevistador pode esclarecer perguntas;
Maior oportunidade de avaliar condutas;
Oportunidade para obtenção de dados que não se encontram em fontes documentais;
Os dados podem ser quantificados e submetidos a tratamento estatístico.
AULA 10 - O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Trabalho acadêmico-científico. 
Divulgação dos dados obtidos, analisados e registrados.
Nortear futuros trabalhos facilitando a recuperação nos diferentes sistemas de informação utilizados.
Deve expressar conhecimento do assunto abordado, que deve ser emanado da disciplina ou conjunto de disciplinas, curso, programa e outros (ABNT/NBR 14724, 2011).
Elaborar um trabalho de conclusão de curso não é:
Repetir o que já foi dito por outro, sem se apresentar nada de novo ou em relação ao enfoque, ao desenvolvimento ou às conclusões;
Responder a uma espécie de questionário; não é executar um trabalho semelhante ao que se faz em um exame ou deveres escolares;
Manifestar meras opiniões pessoais, sem fundamentá-las com dados comprobatórios logicamente correlacionados e embasados em raciocínio;
Expor ideias demasiado abstratas, alheias tanto aos pensamentos, preocupações, conhecimentos ou desejos pessoais do autor da monografia como de sua particular maturidade psicológica e intelectual;
Manifestar uma erudição livresca, citando frases irrelevantes, não pertinentes e mal assimiladas, ou desenvolver paráfrases sem conteúdo ou distanciadas da particular experiência de cada caso.
Trabalho de conclusão de curso é:
Um trabalho que observa e acumula observações;
Organiza essas informações e observações;
Procura relações e regularidades que podem haver entre elas;
Indaga sobre os seus porquês;
Utiliza de forma inteligente as leituras e as experiências para comprovação;
Comunica aos demais seus resultados.
As afirmações científicas componentes do trabalho de conclusão de curso:
Expressam uma descoberta verdadeira;
Apresentam provas. Para muitos, é a comprovação que distingue o científico daquele que não é. Em consequência, pode-se afirmar que a maior arte de uma investigação científica consiste na procura de provas conclusivas;
Pretendem ser objetivas, ou seja, independentes do pesquisador que as apresenta: qualquer outro investigador deve poder encontrar o mesmo resultado, isto é, verificar as afirmações ou, com o seu trabalho, refutá-las ou modificá-las;
Possuem uma formulação geral. A ciência procura, classifica e relaciona fatos ou fenômenos com a intenção de encontrar os princípios gerais que os governam;
São, geralmente, sistemáticas, portanto ordenadas segundo princípios lógicos;
Expõe interpretações e relações entre os fatos-fenômenos assim como suas regularidades.
Divisão do corpo do trabalho
O corpo do trabalho deve ser dividido em partes, com capítulos, subtítulos ou itens. 
A divisão adequada ao seu trabalho surge da própria natureza. 
É muito correto esperar que o esquema do trabalho surja dele mesmo e é artificial e incorreto forçar o trabalho a enquadrar-se em uma divisão pronto.
A única norma que pode contribuir aos interesses dos pesquisadores é a da ordem e da clareza.
Divida o trabalho no menor número de partes possível, subdividindo o menos possível.
O título de cada uma das partes, capítulos ou itens, deve sempre apresentar de forma clara, direta e precisa a ideia central neles contida.
Todas as partes devem estar articuladas, logicamente, a partir da ideia principal, que gera a visão harmoniosa e equilibrada do todo (RUIZ, 2008, p.76).

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