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Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências Sociais Aplicadas Curso de Direito – 2017.2 Turno: Matutino Docente: Dr. Rodrigo Figueiredo Suassuna Discente: Paulina Nunes Ferreira Graduanda do 1º período Fichamento de Ciência Política I MUNCK, Gerardo L. Formação de atores, coordenação social e estratégia política: problemas conceituais do estudo dos movimentos sociais. Dados, vol. 40, n. 1, 1997 Inicialmente, Gerard Munck traz a conceituação de movimentos sociais, que é um tipo de ação coletiva orientada pela mudança, em que um grupo de pessoas de maneira não hierarquizada se reúnem em torno de um ator social. Nesse sentido, há três problemáticas que envolvem a questão dos movimentos sociais. Porém, para que a abordagem acerca delas seja efetivamente realizada, se faz necessário estudar e explanar acerca de duas escolas que são as que estudam sobre os movimentos. São as escolas americana e europeia, as quais surgiram na década de 60. A escola europeia irá focar na análise estrutural da identidade do autor, que é definida pelo conflito com o adversário e reconhecimento nos termos da luta. Porém, é válido lembrar que ela não se refere ao estruturalismo tipicamente marxista, pelo contrário, ela se afasta e rompe deles. No entanto, é válido lembrar que ela não se refere ao estruturalismo tipicamente marxista, pelo contrário, ela se afasta e rompe deles. Esse grupo de estudiosos é bastante importante para a teorização do primeiro quesito, que é a formação de atores, pois foca na emergência e necessidade do ator no movimento social e na ação coletiva. Por outro lado, a concepção americana foca no ator e nas estratégias políticas realizadas por ele. A maioria de seus teóricos foram influenciados pelo ponto de vista da escola da mobilização de recursos, porém, alguns se afastaram, como foi o caso de Sidney Tarrow, o qual afirmou que há um tipo especial de ação coletiva associado aos movimentos sociais, os quais possuem seus problemas peculiares. Paulatinamente, essa escola vai ser bastante importante para compreender a coordenação social desses movimentos, em que Tarrow vai afirmar que há uma diversidade de recursos utilizados pelos organizadores ou líderes na constituição de um movimento, que são os repertoires of contention, redes de relações sociais e marcos culturais disponíveis. O último item a ser analisado é o da estratégica política, o qual o autor afirma que não é bem abordado nem pela escola americana, nem pela europeia. Para que ele seja compreendido, é necessário que seja feita uma relação entre estratégia e identidade, realizada através de um duplo imperativo. Nenhum desses itens deve se sobrepor ao outro, pois resulta em um resultado negativo. Por fim, ele considera os tipos de ações coletivas que podem ser feitas pelos movimentos sociais, e afirma que geralmente eles se situam numa ação autolimitada, pois têm receios dos perigos da estratégia ofensiva e da entrada no mundo político, que pode resultar na perda da autonomia e no surgimento de uma força política ofensiva. A partir disso, ele conclui afirmando que é extremamente necessário que os movimentos sociais se situem na política, para que haja a construção de uma nova cultura política.
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