Buscar

DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Material de: Érica Gomes
Atualizado: Julho de 2017.
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
O Direito Internacional busca regular a boa correlação entre todas as nações do Globo e isso obviamente engloba o tratamento que eles darão aqueles que circulam fora de sua própria nação. As nações Europeias apresentam uma postura discriminatória e são rígidos a cerca da entrada de estrangeiros em seu país, ao passo que nas nações americanas existe um novo ideal, essas populações miscigenas tem uma política mais receptiva aos estrangeiros.
No âmbito do Direito Internacional sabemos que todas as nações são soberanas em seu território, e nenhuma outra nação pode interferir neste. Entre os diversos países se estabelece uma relação de coordenação, ou seja, nenhuma se subordina a outra. Entretanto as relações políticas sociais e econômicas desenvolvidas em todo o mundo obrigam as pessoas a circularem pelo globo, e em virtude das necessidades de um pais em relação ao outro força as nações a serem mais receptivas ao cidadão da maioria dos países. O tratamento ao estrangeiro deve garantir a estes seus direitos fundamentais, mesmo que o estrangeiro esteja apenas passando pelo aeroporto de determinado país este fica sujeito a legislação daquela determinada nação e esta deve abrigá-lo com dignidade. 
O DIREITO DE IR E VIR DOS ESTRANGEIROS
 O direito de locomoção do estrangeiro é um direito reconhecido no plano internacional, tendo inclusive previsão na Declaração Universal dos Direitos do Homem, que estabelece em seu art. 13, inciso II, que todo homem tem o direito de deixar qualquer país  inclusive o próprio e a este regressar. Em seu art.1o, a Convenção de Havana de 1928, sobre a condição dos estrangeiros, dispõe que, os Estados têm o direito de estabelecer, através de suas leis, as condições de entrada e de residência dos estrangeiros em seus territórios. Vale destacar aqui que, embora apesar de ser um direito de locomoção reconhecido no plano internacional, a admissão do estrangeiro pelo Estado é discricionária. Nesse sentido, entende Francisco Rezek: “Nenhum Estado soberano é obrigado, por princípio de direito das gentes, a admitir estrangeiros em seu território”.
A Constituição Federal de 1988 traz em  seu art.5o, inciso XV, que “é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele estar, permanecer ou dele sair com seus bens”. Por este dispositivo percebe-se que o Brasil, adota a livre circulação de estrangeiros, regida pela lei 6.815/80 – Estatuto do Estrangeiro, que por ser fruto de um período histórico antidemocrático, seu caráter volta-se, primordialmente, não para a proteção do indivíduo, mas sim para os interesses políticos do governo além de seu decreto regulamentador no 86.715/81.
Formas de ingresso
As autorizações para ingresso em uma determinada nação são as mais diversas e variam de acordo com sua finalidade. Ex: estudos, turismo, trabalho, serviço diplomático e seu tempo de estadia ele pode apenas transitar pelo país parando no aeroporto se dirigindo a outro país, ou ele pode desejar imigrar para aquele país em busca de outra condição de vida. Seja qual for o intuito do estrangeiro ele deve adquirir um determinado visto. Sendo que entre muitas nações por conta de integrações regionais ou outros tratados tem feito acordo de reciprocidade, em que não há necessidade de apresentação de um visto para a possibilidade de ingresso no território alheio.
Direitos do estrangeiro após seu ingresso
O estrangeiro ao ingressar em outro país, embora possa não ter o mesmo exatos direitos que o cidadão, até mesmo por este não possuir o vinculo da nacionalidade com o país e não ter o compromisso com a pátria e seus interesses, ele terá seus direitos e deveres dentro desta nação. A Constituição Federal Brasileira no seu art. 5º prevê que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.
Conforme citado, o estrangeiro tem seus direitos aquém daqueles que detêm nacionalidade do país em que ele se encontra, vemos como exemplo na Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem, no art. 38 que diz: “todo estrangeiro tem o dever de se abster de tomar parte nas atividades políticas que, de acordo com a Lei, sejam privativas dos cidadãos do Estado em que se encontrar”.
Ainda que tenha limitada sua ação na esfera política à legislação brasileira não proíbe a este sua manifestação de pensamento, e de comunicação, dando a este ainda se interessado, elevar os níveis de discussão no país acerca do desenvolvimento e andamento político. Ainda há também a restrição aos estrangeiros para exercer certos cargos brasileiros natos e também a propriedade de empresas ligadas a comunicação, como a jornalística.
TIPOLOGIA DOS VISTOS
Em regra, para que o estrangeiro, ingresse no território brasileiro, determinadas exigências legais terão de ser satisfeitas, ou seja terá que lhe ser concedido o visto para que ele ingresse legalmente no território nacional. A exceção a essa regra do visto, encontram-se os portugueses, em virtude do Tratado de amizade Cooperação e Consulta assinado entre Brasil e Portugal, e os demais estrangeiros cujo país possui com o Brasil um acordo de Reciprocidade. A variedade dos vistos que são concedidos pelo Brasil, encontram-se elencados na lei 6.815/80 – Estatuto do estrangeiro:
“Art. 4º - Ao  estrangeiro  que  pretenda  entrar  no  território nacional poderá ser concedido visto: I - de trânsito; II - de turista; III - temporário; IV - permanente; V - de cortesia; VI - oficial; VII – diplomático’’.
 
Visto de Trânsito = Concede-se este tipo de visto ao estrangeiro que para atingir o país de destinação final, tem que necessariamente entrar no território brasileiro. O visto  é concedido para uma única entrada possuindo a validade de até 10 dias improrrogáveis. Para que o estrangeiro possa pedir o visto de trânsito, ele deve observar o rol documentos que integrarão o pedido, disciplinados no art.15 do Dec. No 86.715/81. 
Para o visto de trânsito, o estrangeiro deverá apresentar: a) o passaporte ou documento equivalente; b) o certificado internacional de imunização (quando o indivíduo for procedente de área infectada); c) o bilhete de viagem para o país de destino (com o visto aposto pelo representante do país de destino, caso seja necessário).
Se viagem contínua do estrangeiro tiver de ser interrompida por impossibilidade de transbordo imediato ou por motivo imperioso, o transportador, ou seu agente, dará conhecimento do fato ao Departamento de Polícia Federal, por escrito. Nestes casos, este Departamento, poderá permitir o transbordo ou desembarque do estrangeiro tripulante, inclusive do clandestino (aquele que entra no Território Nacional sem ser autorizado), se requerido pelo transportador ou seu agente (que assumirá as responsabilidades pelas despesas decorrentes); assim como, se julgar procedente os motivos alegados, determinará o local em que o estrangeiro deva permanecer e as condições a serem observadas por ele e pelo transportador, não devendo o prazo de estada exceder ao estritamente necessário ao prosseguir a viagem.
Vale ressaltar que,  não se exige esse visto ao estrangeiro que estiver em viagem contínua, que só se interrompe para as escalas obrigatórias do meio de transporte utilizado. Ou seja, não passando pela alfândega, não há necessidade de visto de trânsito. Porém, no caso de existir uma dificuldade operacional, e a empresa transportadora tiver que remeter os passageiros para um hotel, há nesse caso, haveria necessidade de uma autorização para que os estrangeiros permanecessem  no território brasileiro. Autorização essa que seria concedida pelo Ministério da Justiça, que emitiria uma espécie de entrada condicional, prevista para as hipóteses em que a entrada do estrangeiro se dá de forma irregular. 
Sob essa autorização condicional, nos ensinaYussef Cahali que, em caso de força maior devidamente comprovada, o Departamento de Polícia Federal poderá autorizar a entrada de estrangeiro no território nacional, mesmo esgotado o prazo de validade para utilização do visto. Essa responsabilidade da permanência do estrangeiro em trânsito em território nacional em qualquer das hipóteses descritas acima, é exclusiva da transportadora. Sendo essa responsabilidade de cunho estritamente patrimonial sem caráter punitivo.
Visto de Turista = Turista (estrangeiro) é o que venha para o Brasil, em caráter recreativo ou de visita, assim considerado aquele que não tenha finalidade imigratória, nem intuito de exercitar atividade remuneratória, podendo ser concedido visto a estes. A palavra poderá expressa no artigo 9º, indica discricionariedade, cuja concessão está ligada aos interesses nacionais, assim, a satisfação das exigências do artigo 7º e dos Regulamentos, não assegura ao estrangeiro a obtenção do visto de turista. É dispensável a exigência de visto de turista ao nacional de país que dispense ao brasileiro, para que haja reciprocidade de tratamento, estabelecido mediante acordo internacional, sendo observado, contudo, o tempo de estada deste turista no Brasil. Cabe ao Departamento Consular e Jurídico, do Ministério das Relações Exteriores, indicar os países cujos nacionais gozam de isenção do visto de turista, informando a relação atualizada dos países cujo os nacionais são insetos do visto de turista ao Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça. Caso a autoridade policial brasileira duvide da legitimidade de turista do estrangeiro, o Departamento de Polícia Federal poderá exigir prova de meios de subsistência (como posse de numerário ou carta de crédito) e bilhete de viagem que o habilite a sair do Brasil. A empresa transportadora do turista deverá verificar, por ocasião do embarque no exterior, a documentação exigida, sendo responsável, no caso de irregularidade apurada no momento da entrada, pela saída do estrangeiro, além de responder criminalmente por isso.
O prazo de validade do visto de turista será de 5 (cinco anos), fixado pelo Ministério das Relações, dentro de critérios de reciprocidade, e proporcionará múltiplas entradas no País, com estadas não excedentes a 90 (noventa dias), prorrogáveis por igual período, totalizando 180 (cento e oitenta dias) por ano, podendo, também, ser reduzido o prazo de estada do turista, a critério discricionário do Departamento de Polícia Federal, devendo o estrangeiro ser certificado da decisão e notificado para deixar o país.
O prazo de estada do turista é de noventa dias por ano, podendo ser prorrogada esta estada por igual período, a critério do Ministério da Justiça. Se o estrangeiro não deixar o Território nacional esgotado o prazo de sua estada será considerado irregular, ficando sujeito a duas sanções dispostas no artigo 125, II: a) multa, de um décimo do valor de referência, por dia de excesso, até o máximo de dez vezes o maior valor de referência; b) deportação, caso não saia voluntariamente no prazo que lhe for fixado.
Importando frisar aqui, que se o estrangeiro possuir visto de turista e for flagrado exercendo atividade remunerada, ou qualquer outra  atividade com fins lucrativos, a sua permanência estará caracterizada como irregular, na medida em que tal visto não lhe permite exercer atividades que lhe tragam quaisquer vantagens financeiras, ficando sua conduta enquadrada numa das hipóteses de deportação. O art.10  da Lei nº 6815/80, por sua vez, prevê a hipótese de dispensa do visto de turista nos casos em que ocorrer a reciprocidade de tratamento, ou seja, quando o turista vem de país que prevê igual tratamento para os brasileiros.
Porém, vale ressaltar que, não se deverá confundir essa dispensa  com a prevista no art. 21 do E.E / 6815/80, a qual se permite a permanência do estrangeiro em cidade e não em país contíguo ao território brasileiro, independente de visto, bastando a apresentação da carteira de identidade. Nesse caso, tem-se, além do turismo a finalidade de trânsito e atividade econômica. Para se obter o visto de turista, o estrangeiro deverá apresentar: a) o passaporte ou documento equivalente; b) o certificado internacional de imunização (quando o estrangeiro proceder de área infectada); c) a prova de meios de subsistência ou bilhete de viagem que o habilite a entrar no Território Nacional e dele sair (como por exemplo, extrato de conta bancária, carta de crédito ou outro documento que comprove a posse de recursos financeiros). Já para o turista isento de visto, nos termos do artigo anterior, deverá apresentar aos órgão federais competentes, no momento da entrada no Território Nacional: a) o passaporte ou documento equivalente ou carteira de identidade (quando esta for admitida); b) o certificado internacional de imunização (quando o estrangeiro proceder de área infectada).
Visto Temporário = O visto temporário é concedido ao chamado estrangeiro temporário Àquele que não é turista, mas, também, não vem com intuito de estabelecer-se definitivamente no país, mas, que venha por um período longo, determinado e com objetivo específico. O visto temporário, em regra geral, só pode ser obtido, salvo no caso de força maior, na jurisdição consular em que o estrangeiro tenha mantido sua residência pelo prazo mínimo de 1 ano, dispensados desta exigência os artistas, desportistas, correspondentes de jornal, de revista, de rádio, de televisão ou de agência noticiosa estrangeira, por causa da sua contínua e natural movimentação própria de suas profissões. É o caso dos estrangeiros que venham: a) em viagem cultural; b) em missões de estudo; c) em viagens de negócios; d) nas condição de artista ou de desportista; e) na condição de estudante; f) nas condições de cientista, de professor, de técnico ou profissional de outra categoria, sob regime de contrato ou a serviço do Governo brasileiro; g) nas condições de correspondente de jornal, de revista, de rádio, de televisão ou de agência noticiosa estrangeira; h) na condição de ministro de confissão religiosa ou membro de instituto de vida consagrada e de congregação ou ordem religiosa, ressaltando que, estes, devem vir exercer suas funções de ministro. 
Nos casos de viagens de negócios e na condição de artista ou de desportista o prazo de estada no Brasil será de no máximo 90 dias; para os ministros de confissão religiosa ou membros de instituto de vida consagrada e de congregação ou ordem religiosa, o prazo de estada é de no máximo 1 ano; para os estudantes, o prazo de estada é de 1 ano, prorrogáveis mediante prova do aproveitamento escolar e da matrícula; para as viagens culturais ou missões de estudos, na condição de cientista, de professor, de técnico ou profissional de outra categoria, como também nas condições de correspondente de jornal, de revista, de rádio, de televisão ou de agência noticiosa estrangeira, o prazo de estada será o correspondente à duração da missão, do contrato, ou da prestação de serviços, comprovada perante a autoridade consular.
Os artistas ou desportistas, assim como os cientistas, os professores, os técnicos ou profissionais de outra categoria, terão de satisfazer as exigências especiais previstas em Regulamento, comprovando a sua qualificação e experiência compatível com a atividade que irá exercer no Brasil, a não ser no caso de comprovada prestação de serviço ao Governo brasileiro, pois, é necessário que a profissão do estrangeiro possa contribuir para o desenvolvimento do País, "preenchendo, pela qualidade ou quantidade, uma lacuna no mercado de trabalho nacional", acentua Mirtô Fraga.
As exigências do artigo 7º é regra para toda concessão de visto. Para se obter visto temporário, o estrangeiro deverá apresentar: a) o passaporte ou documento equivalente; b) o certificado internacional de imunização (quando o estrangeiro proceder de área infectada); c) o atestado de saúde; a prova de meios de subsistência (nos casos de viagem cultural, missão de estudos, viagem de negócios, estudante, ministrode confissão religiosa, membro de instituto de vida consagrada, congregação ou ordem religiosa); d) atestado de antecedentes criminais ou documento equivalente, caso não haja, no país de origem do estrangeiro, o atestado de antecedentes criminais, tendo, entretanto, que ter a mesma eficácia desse; e) contrato de trabalho (para os artistas, desportistas, cientistas, professores, técnicos ou profissionais especializados).
Ele engloba também as hipóteses de vinculação a um contrato de trabalho entre empregador brasileiro e empregado estrangeiro por prazo determinado de 2 anos, prorrogáveis por mais 2 anos. 
Vale ressaltar que, ao contrário do visto de trânsito e do visto de turista que dispensam o registro, o estrangeiro com visto temporário, por sua vez, está obrigado ao registro no Ministério da Justiça, no prazo de trinta dias após a sua entrada. Não o fazendo dentro desse prazo estipulado, o estrangeiro fica sujeito á multa por dia de excesso.
Os  únicos titulares de visto temporário que não estão sujeitos a esse registro são os que vem ao Brasil na condição de artista ou desportista  ou em viagem de negócios.
No tocante ao exercício de atividade remunerada, ao estrangeiro titular de visto temporário na condição de estudante, bem como aos dependentes de  titulares de quaisquer vistos temporários, é vedado o exercício de atividade remunerada, sujeitando-se este, no caso de infração dessa proibição legal em qualquer do seus termos á pena de deportação, bem como que aquele que o empregar fica sujeito a uma multa de tinta vezes o maior valor de referência( art.125, VII, VIII, E.E).
Já, o estrangeiro admitido  na condição de temporário no território nacional, sobe regime de contrato de trabalho, poderá exercer atividade remuneratória exclusivamente á entidade pela qual foi contratado, salvo autorização expressa do Ministério da Justiça.
O prazo de duração de visto é variável, visto que  a cada  estrangeiro temporário é dado um prazo de permanência diferente. Por exemplo, o artista pode permanecer no país até 90 dias, enquanto que o estudante tem o prazo de estada de 01 ano, podendo ser prorrogado por mais um ano, desde que o estudante, comprove  matrícula e rendimento escolar. Essa análise da prorrogação fica a cabo do Ministério da Justiça.
Visto Permanente = O Visto permanente é concedido ao estrangeiro imigrante que pretende fixar-se definitivamente no Brasil, segundo o art.16 e ss do E.E.:
Mas, a política imigratória há de ser ordenada - não pode caminhar com livre arbítrio, haja vista o caos, a tensão nacional (xenofobia); também não pode ter somente regras objetivas e rígidas. Assim, deve-se estar presentes a observação da constituição étnica do povo e a defesa do trabalhador nacional, devendo, portanto, a imigração objetivar, primordialmente, proporcionar mão de obra especializada e escassa aos vários setores da economia nacional, visando à Política Nacional de Desenvolvimento (desenvolvimento do homem, da terra e das instituições), em especial, ao aumento da produtividade, à assimilação de tecnologia e à captação de recursos para os setores específicos. O Brasil necessita de profissionais especializados, que possam contribuir para o crescimento nacional, e trabalhadores em que sua admissão possa agravar a situação socio-econômica e gerar desemprego para os nacionais. 
Art.16 - O visto permanente poderá ser concedido ao estrangeiro que pretenda se fixar definitivamente no Brasil.
Parágrafo único. A imigração objetivará, primordialmente, propiciar mão de obra especializada aos vários setores da economia nacional, visando à política nacional de desenvolvimento em todos os aspectos e, em especial ao aumento da produtividade, à assimilação de tecnologia e à captação de recursos para setores específicos.
Entende-se, portanto, que o escopo da lei 6815/80 ao estabelecer essa política imigratória foi o de resguardar os interesses nacionais. Ao que se refere o artigo 17, parece que houve confusão. De fato muito já se debateu sobre a mudança da redação do artigo, mas, o Ministério da Justiça entende que não há prejuízo para os objetivos da lei, permanecendo o artigo como foi publicado inicialmente. Assim, o estrangeiro deverá satisfazer, além dos requisitos referidos no artigo 5º, as exigências de caráter especial previstas nas normas de seleção de imigrantes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Imigração. Aqui, nada mais há que duplicidade de uma ideia, pois, o artigo 5º do Estatuto, reza que serão fixadas em Regulamento as exigências previstas para a obtenção de visto permanente.
A concessão do visto permanente poderá ficar condicionada, por prazo não superior a 5 anos, ao exercício de atividade certa e à fixação em região determinada do Território Nacional (o que não caracteriza limitação à liberdade individual). A autoridade consular anotará à margem do visto a atividade a ser exercida pelo estrangeiro e a região em que se em que ele fixará seu domicílio.
No que tange a essa fixação em território nacional, muitos doutrinadores, entenderam que este dispositivo, combinado com o art.101 do mesmo E.E, violariam a regra contida no inciso LXVIII do art.5o da CRFB/88, que protege a pessoa contra a violência ou coação em sua liberdade de coação. Porém, Jacob Dolinger, nos ensina que:
(...) o estrangeiro que vem ao Brasil pelo regime da imigração dirigida ou contratada, sempre poderá deixar o país quando isto lhe aprouver, mas enquanto aqui permanecer, usufruindo os benefícios da imigração e da permanência que lei forem concedidas, terá que cumprir a sua contrapartida, respeitando as condições oferecidas  e aceitas para a concessão do seu visto de permanente, pelo prazo estabelecido. Assim, nada há nos artigos 18 e 101 da Lei 6.815 que possa ser considerado atentatório aos direitos individuais garantidos pela Constituição. 
Além dessas hipóteses de concessão do visto permanente previstas no E.E, o decreto 86.715/81 prevê por sua vez, a concessão do visto permanente em virtude de casamento. Já a união estável, inclusive a homoafetiva, através de resoluções do Conselho Nacional de Imigração tornou-se também numa das hipóteses de obtenção do visto permanente.
Visto de Cortesia, Visto Oficial e Visto Diplomático = As normas para a concessão, prorrogação ou dispensa de tais vistos, competem ao Ministério das Relações Exteriores, visto que o E.E apenas estabelece cada um é concedido tendo em vista o caso, pelo Ministério das Relações Exteriores. Compete, portanto ao Ministro das Relações Exteriores, conceder, prorrogar ou dispensar tais vistos, mas sempre observando os pressupostos para a concessão do vistos presentes no art.7o do E.E.
Art.19 E.E: o Ministério das Relações Exteriores definirá os casos de concessão, prorrogação ou dispensa dos vistos diplomáticos, oficial e de cortesia.
O visto de cortesia é concedido a pessoas de notória influência mundial que não se encontram nas categorias para o visto oficial e o diplomático. Assim, a Lei não estabelece normas de caráter especial para a concessão, prorrogação ou dispensa do visto de cortesia, conferido, apenas ao Ministério das Relações Exteriores, por força do artigo 19, a competência para definir, evidentemente através de Portaria do Titular da Pasta, quando será possível concedê-los, prorrogá-los ou dispensá-los, observadas as regras do artigo 7º, haja vistas serem pressupostos para a concessão de qualquer tipo de visto. Dessa forma, o visto de cortesia é decidido pelo Ministério das relações Exteriores.
O visto oficial, é concedido ao estrangeiro que viaja a trabalho ou em missão representando o país numa espécie de condição especial – ex: atletas representando seus países de origem em competições oficiais realizadas no Brasil – Copa das Confederações, Copa do Mundo, Olimpíadas, Jogos Pan-americanos, etc.
O visto diplomático é concedido a personalidades com elevada patente governamental do país estrangeiro. A Lei não estabelece normas de caráter especial para a concessão, prorrogação ou dispensa do visto diplomático, conferido,apenas ao Ministério das Relações Exteriores, por força do artigo 19, a competência para definir, evidentemente através de Portaria do Titular da Pasta, quando será possível concedê-los, prorrogá-los ou dispensá-los, observadas as regras do artigo 7º, haja vistas serem pressupostos para a concessão de qualquer tipo de visto.
Assim como o visto de cortesia, e oficial, o visto diplomático é decidido pelo Ministério das relações Exteriores, pois este é o único órgão que possui repartições no exterior, para realizar as investigações necessárias à apuração de fraudes praticadas relativas ao visto consular, devendo encaminhar suas conclusões ao Ministério da Justiça. Havendo dúvida quanto à dispensa de visto, no caso de titular de passaporte diplomático, o Departamento de Polícia Federal consultará o ministério das Relações Exteriores, para decidir sobre a entrada do estrangeiro.
O que determina a espécie de visto é o objetivo da viagem, não o tipo de passaporte, cargo ou função de seu titular.
CRITÉRIO DA RECIPROCIDADE
Para que um estrangeiro entre em seu território, normalmente, o ordenamento jurídico brasileiro prevê a concessão do visto de entrada. Porém, para determinados estrangeiros com base na reciprocidade, libera-se a entrada independentemente do visto:
Art.10 E.E: Poderá ser dispensada  a  exigência  de  visto, prevista no  artigo  anterior,  ao  turista  nacional  de  país  que  dispense  ao  brasileiro  idêntico tratamento.
Parágrafo único. A reciprocidade prevista neste artigo será, em todos os casos, estabelecida mediante acordo internacional, que observará o prazo de estada do turista fixado nesta lei.
Importante frisar que, o critério de reciprocidade se baseia na nacionalidade do turista e não no seu domicilio. Porquanto, estrangeiro cujo país de nacionalidade possua acordo internacional para reciprocidade com o Brasil, mas que se encontra domiciliado em outro que não possui, não se lhe exigirá visto de turista, uma vez que o critério de reciprocidade se baseia na nacionalidade e não no domicílio.
No MERCOSUL está liberada a livre a circulação, desde que respeitada à cláusula de não utilização de documentos de órgãos funcionais. Se exige dos nacionais dos países signatários o documento de identificação nacional padrão.
CONCESSÃO DO VISTO
A admissão do estrangeiro é um procedimento jurídico-administrativo, informado pelo princípio da discricionariedade, uma vez que nenhum estado soberano é obrigado a receber aquele que não integra o seu povo, entendido este como seu elemento.  
Art.26 - O visto concedido pela autoridade consular configura mera expectativa de direito, podendo a entrada, a estada ou o registro do estrangeiro ser obstado ocorrendo qualquer dos casos do artigo 7º, ou a inconveniência de sua presença no território nacional, a critério do Ministério da Justiça.
§ 1º O estrangeiro que se tiver retirado do País sem recolher a multa devida em virtude desta Lei, não poderá reentrar sem efetuar o seu pagamento, acrescido de correção monetária.
§ 2º O impedimento de qualquer dos integrantes da família poderá estender-se a todo o grupo familiar
       
O  Visto, entendido como sendo o título de ingresso do estrangeiro no território nacional, é uma permissão individual, apesar da sua concessão se estender aos dependentes legais não impedidos de recebê-lo.  Assim sendo, o  deferimento do visto se configura como mera expectativa de direito, não significando, entrada obrigatória no território nacional. Ele é, portanto, um sinônimo de autorização, porém, se no desembarque no aeroporto a policia federal, que exerce a função de fiscal da imigração, decidir pela não entrada do estrangeiro munido de visto, ela não necessitará de uma motivação, porquanto já foi dito anteriormente, é ato soberano e discricionário. Em outras palavras, sem o visto, o estrangeiro não entra, com o visto talvez.
IMPEDIMENTOS
 O instituto do Impedimento, não se traduz numa espécie de saída compulsória de estrangeiro, se distinguindo, por exemplo da deportação e do repatriamento, este último, medida adotada pelo estado soberano com o escopo de proteger um seu nacional que eventualmente se encontre em algum país que se veja em calamidade pública ou de conflitos deflagrados.
O art. 7o do Estatuto do Estrangeiro elenca as hipóteses em que não se concederá o visto ao estrangeiro, quais sejam:
Art. 7º Não se concederá visto ao estrangeiro:
I. Menor de 18 (dezoito) anos, desacompanhado do responsável legal ou sem a sua autorização expressa;
 Entende-e, portanto que, nenhum menor incapaz pode viajar sozinho sem a autorização dos responsáveis. O ordenamento veda a entrada de menor de 18 anos  que esteja desacompanhado do seu representante legal, ou sem uma autorização deste.
II. Considerado nocivo à ordem pública ou aos interesses nacionais;
Impede que aquele considerado nocivo à ordem pública e aos interesses nacionais obtenha visto de entrada. Anote- se que ser nocivo à ordem pública e aos interesses nacionais é noção muito subjetiva. A solução se dá nos mesmos moldes da controvérsia a respeito da natureza da naturalização, ou seja, através de uma discricionariedade ou de um ato de governo defere- se ou indefere - se o visto sem motivação ou, para corrente contrária, defere- se ou indefere- se com motivação, caso em que se vincula o ato administrativo, havendo, inclusive, possibilidade de recurso.
III. Anteriormente expulso do País, salvo se a expulsão tiver sido revogada;
A expulsão detém um caráter de punição, sanção. A não ser que haja revogação expressa do decreto de expulsão, o estrangeiro não terá mais direito de voltar ao Brasil por ter apresentado conduta que desagradara às autoridades brasileiras.
IV. Condenado ou processado em outro país por crime doloso, passível de extradição segundo a lei brasileira; ou.
De acordo com esse dispositivo, não se permite a entrada no Brasil de estrangeiro em situação passível de extradição, segundo a lei brasileira. Isso se deve ao fato de que se o Brasil conceder a sua entrada, muito provavelmente o governo brasileiro pode vir a receber pedido de extradição, gerando uma situação política desconfortável ao Governo nacional.
V. que não satisfaça às condições de saúde estabelecidas pelo Ministério da Saúde
Deve o estrangeiro demonstrar ter boa saúde para permanecer no território nacional. Além desses impedimentos previstos no artigo em comento do Estatuto do estrangeiro, por sua vez, o art. 51 do Dec. No86.175/81, traz-nos outras hipóteses em que se impedirá a entrada do estrangeiro em território nacional, vejamos:
Art. 51 ...
I. Não apresentar documento de viagem ou carteira de identidade, quando admitida;
II. Apresentar documento de viagem:
A) Que não seja válido para o Brasil;
B) Que esteja com o prazo de validade vencido;
C) Que esteja com rasura ou indício de falsificação;
D) Com visto consular concedido sem a observância das previstas na Lei. 6815 de 19 de agosto de 1980, e neste regulamento.
Parágrafo único – O impedimento será anotado pelo Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça no documento de viagem estrangeiro, ouvida a Divisão Nacional de Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos e Fronteiras do Ministério da Saúde, quando for o caso.
FORMAS DE EXCLUSÃO
Entre as formas de exclusão temos níveis diferentes, o estrangeiro tanto pode ser barrado e nem sequer ingressar em território alheio, quanto após seu ingresso regular ou irregular, ser encaminhado de volta a seu país de origem.
Deportação = O instituto da deportação é utilizado para impedir a permanência do estrangeiro em território alheio quando sua permanência é irregular, sendo ela irregular desde sua entrada, quanto pelo encerramento de seu visto. Para estes casos se efetuada a regularização de seus documentos atendendo as exigências do país que deseja ingressar ele pode retornar.
Expulsão = O Título VIII da Lei 6.815/80 prevê os casos em que o estrangeiro será expulso do país. Conforme art. 65 explicita as situações passives de expulsão do estrangeiro.Atentar contra a segurança nacional; a ordem política ou social, etc. O estrangeiro expulso não tem uma situação tão branda quanto à do deportado, pois a expulsão tem caráter punitivo. É necessária a abertura de um Inquérito, e sua expulsão será ratificada com um decreto do Presidente da Republica, só sendo permitido seu retorno, com um novo decreto que revogue o antigo.
Existem algumas exceções para a expulsão em alguns casos descritos no art. 75 da Lei 6815/80. Como no caso do estrangeiro ter cônjuge brasileiro estando estes ainda unido, e seu casamento celebrado há mais de 5 anos, caso tenha filho brasileiro sob sua guarda e dele economicamente dependente, etc.
Extradição = A extradição é um ato de cooperação internacional em que uma nação requerida entrega a outra uma pessoa que tenha acusação ou condenação por um ou mais crimes cometidos no país reclamante. A extradição ativa ocorre quando a nação solicita a extradição e a passiva quando é requerida a ela uma extradição. Esses pedidos no Brasil são regrados também pela Lei 6815/80, exceto nos casos em que existem Tratados de Extradição.
Asilo Político = O asilo político é um instituto jurídico criado para defender qualquer estrangeiro que esteja sendo perseguido em seu país por delitos políticos situações raciais ou convicções religiosas. O requerente do asilo deve buscar a Polícia Federal, os motivos do pedido serão avaliados, passando posteriormente pelo Ministro das Relações Exteriores e por fim pelo Ministro da Justiça. O asilado de acordo com os arts. 28 e 29, deverá obedecer as leis vigentes no Estado brasileiro bem como os deveres que lhe forem impostos e fica proibido de deixar o país sem previa autorização do Governo Brasileiro.
ASILO
O asilo é uma situação especial de entrada com fins á proteção do estrangeiro. Trata-se de uma medida política, soberana de competência do Presidente da República a quem sofre perseguição política individual, que pode ser solicitado no exterior ou em território brasileiro e que representa princípio regente da atuação da República Federativa do Brasil em suas relações internacionais(art.4o, X, CRFB/88).
Art. 40 CRFB/88: a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:(...) 
X. Concessão de asilo político.
Parágrafo único. A Repúbica Federativa do Brasil buscará a  integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando á formação de uma comunidade latino americana de nações.
Doutrinariamente, são reconhecidas duas modalidades de asilo: o asilo diplomático e o asilo territorial. O asilo diplomático, também chamado de político, é um privilégio concedido aqueles que estariam sendo ameaçados ou perseguidos pelas autoridades judiciárias ou administrativas do seu país devido ás suas convicções políticas.
O asilo territorial vem consagrado na Declaração Universal dos Direitos do Homem, que em seu art. XIV proclama que ‘’ todo homem, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países’’. O direito de asilo, apesar de ter por finalidade proteger a pessoa humana, é ainda considerado um direito do Estado e não do indivíduo. Significa isto que o Estado não  é  obrigado  a  conceder  o  asilo, mas  apenas  o  faz  se  assim  o  quiser.
REFÚGIO
A lei 9.474/97, define os mecanismos para a implementação do Estatuto dos Refugiados de 1951, e determina outras providências. Assim como o asilo, o refúgio, é um regime especial de entrada, que consiste numa medida humanitária, competente a um órgão colegiado do Ministério da Justiça – Conselho Nacional de Refugiados ( CONARE), visando proteger pessoas que sofram perseguições de grupo, isto é, coletivas de qualquer natureza: política, étnica, religiosa, de gênero, por orientação sexual, etc.( art. 10 Lei 9.474/97).
O refugiado é aquele que ainda não entrou no sentido jurídico estrito, mas que pode estar regularmente no país. A CONARE, mediante processo administrativo, verificará se o solicitante do pedido do refúgio, preenche  ou não os requisitos do art. 10 da Lei 9.474/97:
Art. 1º - Será reconhecido como refugiado todo indivíduo que:
I. devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país;
II. não tendo nacionalidade e estando fora do país onde antes teve sua residência habitual, não possa ou não queira regressar a ele, em função das circunstâncias descritas no inciso anterior;
III. devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu país de nacionalidade para buscar refúgio em outro país.
Em virtude de um principio de hermenêutica, satisfeitos todos os requisitos exigidos em uma lei para a concessão de um direito, cria-se automaticamente á Administração Pública a obrigação de autorizar, ou seja, nasce ao sujeito interessado um direito subjetivo.

Outros materiais