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Insolvência transnacional

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Insolvência transnacional
Entendimento
A exemplo das pessoas físicas, também as pessoas jurídicas têm o seu nascimento, desenvolvimento e fim. As causas de terminação da sociedade são diversas, como, v.g., vontade dos sócios, cancelamento de autorização governamental, questões administrativas ou, no caso das sociedades empresárias, a decretação de falência. 
Sistemas territorial e universal
A doutrina, porém, identifica nessa diversidade dois modelos ou sistemas dominantes, um chamado territorial (ou plural) e outro conhecido por universal (ou unitário). 
Para o modelo territorial, a existência de um processo de insolvência iniciado no exterior não atinge o foro local, e, da mesma forma, o processo de insolvência local não propaga efeitos no exterior; há várias decretações de falência quantos forem os Estados interessados, sem que uma influencie na outra. 
No modelo universal, por sua vez, o processo falimentar é unitário e sem divisões para todos os países interessados, passando todos os bens do insolvente a reunir-se em massa única, ainda que espalhados por diversas jurisdições.
Regime jurídico nacional
No plano do direito brasileiro, a Lei de Recuperação e Falências (Lei nº 11.101/2005) não disciplinou, em qualquer dispositivo, os efeitos da falência e da recuperação operadas no exterior, desconsiderando por completo os efeitos da internacionalização das relações empresariais e, assim, perdendo enorme oportunidade de regular internamente o tema.
A única disposição da lei que interessa ao DIPr vem prevista no seu art. 3º, que versa a competência do juízo, ao estabelecer que “[é] competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil”.
Propostas de harmonização
No plano internacional, merece destaque a Lei Modelo da Uncitral sobre insolvência transfronteiriça, aprovada na 72ª sessão plenária da ONU (Resolução 52/158 da Assembleia-Geral) em 15 de dezembro de 1997, oficialmente denominada Lei Modelo da Comissão das Nações Unidas para o Direito do Comércio Internacional sobre Insolvência Transfronteiriça.31 Trata-se de norma de soft law que auxilia os Estados, por servir de “modelo” à normatização interna, para o que desnecessária qualquer incorporação ou execução no país (como se daria no caso dos tratados internacionais).
Conclusão
 A LINDB, como se verificou, não dispõe de regras completas para todos os aspectos a envolver relações plurilocalizadas de pessoas jurídicas de direito privado, notadamente as sociedades empresárias, mais ainda no que toca à insolvência transnacional. A maioria dos países, salvo raras exceções, adota ainda o ultrapassado sistema falimentar territorial, pelo qual cada ordem jurídica é competente para a abertura e declaração da falência e da recuperação judicial, independentemente uma da outra. É, portanto, premente que se atualize a legislação brasileira para o fim de regular a falência e a recuperação transnacional de modo eficaz e à luz do sistema universal falimentar e recuperacional.

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