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PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MECÂNICA PROFESSOR ESPECIALISTA: SERGIO MANOEL GOMES CRA-SP: 6-002201 SÃO PAULO –SP 1º Semestre - 2017 Revisado e ampliado (REVISÃO – Nº1) Sumário 1. PCP – CONCEITOS .................................................................................................................. 4 1.1. PLANEJAMENTO ............................................................................................................ 4 1.2. PROGRAMAÇÃO ............................................................................................................ 4 1.3. CONTROLE ..................................................................................................................... 5 2. SISTEMAS PCP ....................................................................................................................... 6 2.1. PCP NO CONTEXTO ESTRATÉGICO ................................................................................ 6 2.2. NÍVEIS HIERÁRQUICOS DO PCP ..................................................................................... 6 2.2.1. NÍVEL ESTRATÉGICO (Longo Prazo). ...................................................................... 6 2.2.2. NÍVEL TÁTICO (Médio Prazo). ................................................................................ 7 2.2.3. NÍVEL OPERACIONAL (Curto Prazo). ...................................................................... 8 3. PREVISÃO DE DEMANDA (VENDAS). ................................................................................... 10 3.1. MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS (MMQ) LONGO PRAZO. ................................ 11 3.1.1. MÉTODO DE REGRESSÃO LINEAR SIMPLES – SEM SAZONALIDADE. ................... 11 3.1.2. EXERCÍCIOS – PREVISÃO DE DEMANDA MMQ – SEM SAZONALIDADE. .............. 13 3.2. MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS (MMQ). – LONGO PRAZO ............................. 17 3.2.1. MÉTODO DE REGRESSÃO LINEAR SIMPLES – COM SAZONALIDADE. .................. 17 3.2.2. EXERCÍCIOS – PREVISÃO DE DEMANDA MMQ – COM SAZONALIDADE. ............. 20 4. PLANEJAMENTO AGREGADO .............................................................................................. 22 4.1. ESTADOS DO PA........................................................................................................... 22 4.2. CUSTOS DA PRODUÇÃO ALTERNATIVA ....................................................................... 22 4.3. EXERCÍCIOS DE PLANEJAMENTO AGREGADO DA PRODUÇÃO. ................................... 26 5. ESTRUTURA DO PRODUTO (Árvore) .................................................................................... 29 5.1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 29 5.2. NECESSIDADES BRUTAS. .............................................................................................. 30 5.3. TEMPOS DE OBTENÇÃO .............................................................................................. 30 5.4. EXERCÍCIOS DE ESTRUTURA DO PRODUTO ................................................................. 32 6. MRP – PLANEJAMENTO DAS NECESSIDADES DE MANUFATURA. ....................................... 35 6.1. DINÂMICA DO PROCESSAMENTO MRP ....................................................................... 36 6.1.1. EXERCÍCIOS DA DINÂMICA DO MRP – 1º FASE ................................................... 40 6.2. OUTRAS QUESTÕES TÉCNICAS DO MRP ...................................................................... 44 6.2.1. EXERCÍCIOS DA DINÂMICA DO MRP – 2º FASE ................................................... 44 7. LOTE ECONÔMICO DE COMPRAS – TAMANHO ÓTIMO. ..................................................... 47 7.1. EXERCÍCIOS DO LOTE ECÔNOMICO DE COMPRAS ...................................................... 48 8. NÍVEL DE ESTOQUE.............................................................................................................. 51 8.1. GRÁFICO DENTE DE SERRA – NÍVEIS DE ESTOQUES .................................................... 51 8.1.1. TEMPO DE REPOSIÇÃO ........................................................................................ 52 8.1.2. PONTO DE PEDIDO .............................................................................................. 52 8.1.3. EXERCÍCIOS DO PONTO DO PEDIDO .................................................................... 53 8.1.4. ESTOQUE MÁXIMO.............................................................................................. 56 8.1.6. ESTOQUE DE SEGURANÇA ................................................................................... 58 8.2. EXERCÍCIOS ESTOQUE DE SEGURANÇA: ...................................................................... 59 9. GERENCIAMENTO DE PROJETOS ......................................................................................... 62 9.1. REPRESENTAÇÃO DOS PROJETOS PELO DIAGRAMA DE REDE .................................... 62 9.2. EXERCÍCIOS DE GERENCIAMENTO DO PROJETO ......................................................... 64 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 70 10.2. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ............................................................................ 70 11. FOLHAS PARA EXERCÍCIOS MRP ...................................................................................... 71 4 1. PCP – CONCEITOS 1.1. PLANEJAMENTO Função administrativa que determina antecipadamente os objetivos a serem atingidos e o que deve ser feito para atingi-los da melhor maneira possível. O que devo fazer. Quem deve fazer. Quando fazer. Objetivo a alcançar Como fazer. Figura 1: Interação do PCP com os demais departamentos da manufatura. 1.2. PROGRAMAÇÃO É a determinação de quando e onde deverão ser realizadas as tarefas, e em quanto tempo deverá ser realizado. 5 Figura 2: Fluxo de Informações do PCP em uma manufatura 1.3. CONTROLE Função administrativa que consiste em medir e corrigir desempenho para assegurar que os planos sejam executados da melhor forma possível. MEDIR DESEMPENHO: Comparar com o planejado. CORRIGIR DESEMPENHO: Identificar erros ou desvios. Figura 3: Ciclo PDCA 6 2. SISTEMAS PCP 2.1. PCP NO CONTEXTO ESTRATÉGICO O processo de globalização iniciado nos anos 90 insere o PCP no contexto estratégico da organização, pois com os novos contextos mundiais, as empresas têm de adaptar seus sistemas para melhoria contínua da produtividade, criando sistemas flexíveis, sustentáveis, com rapidez de projeto e desenvolvimento de novos produtos, além de lead time (tempo de fabricação) e estoques reduzidos objetivando o atendimento das necessidades do cliente. A associação desses aspectos traz como consequências o aumento da importância de aperfeiçoamento dos sistemas de produção, tais como: Agir na redução de custos de produção, ou seja, utilizar melhor os recursos. (Mão de obra, matéria prima, tempo de produção, recursos naturais, etc.). 2.2. NÍVEIS HIERÁRQUICOS DO PCP 2.2.1. NÍVEL ESTRATÉGICO (Longo Prazo). São definidas políticas estratégicas de longo prazo (Objetivos e Metas que a empresa pretende atingir nos próximos dois a dez anos). O planejamento da capacidade é elaboradono nível estratégico, definindo a capacidade da planta. Qual é a demanda do mercado? Qual a estratégia organizacional para atender as demandas do mercado? Qual a capacidade da planta a ser instalada? Como implantar a gestão da produção? (Tecnologia, instalações, financiamento, recursos humanos etc.). Quais os riscos inerentes à operação? (Financeiros, sociais, ambientais) que impactam no custo? 7 Que indicadores de desempenho devem ser empregados para o planejamento e o controle dos sistemas de produção? (Aspectos econômicos, financeiros, de qualidade, de responsabilidade social e ambiental). Qual o composto (ou mix de produtos) a ser produzido? Qual o valor agregado ao cliente (e aos acionistas)? 2.2.2. NÍVEL TÁTICO (Médio Prazo). São estabelecidos planos de médio prazo para a produção, obtendo-se o Plano Mestre de Produção (PMP). Planos Mensais de produção, planos de marketing. Para obter um plano mestre, devemos ter os seguintes dados: Previsão de demanda para o período (Previsões), Pedido em carteira, ordens já vendidas a ser despachada. Estoque disponível atual, ou seja, o real no momento atual. O momento atual é o final do período. Estoques projetados para o final do período. E as quantidades a serem produzidas do produto final até o final do período (última semana do fechamento do mês), ou seja, ordens planejadas, ordens liberadas, ordens programadas e agregada nas produções da máquina. Algumas perguntas auxiliam nesse nível: Que políticas de produção podem ser empregadas? (Por exemplo: Variação de Mao de obra? Produção a uma taxa constante? Minimizar estoques? Aceitar vendas perdidas? Aceitar atraso nas entregas?). Quais os referenciais de excelência para orientar as premissas de projeto e de operação para processos e produtos? 8 Quais os insumos necessários (pessoas, instalações, materiais, fornecedores etc.)? Que processos comporão o sistema produtivo? Qual a organização do Planejamento e controle de produção? Qual tipo de sistema de produção? Empurrar (push system)? (Depende de ordem de produção, pedido de vendas, lote mínimo de produção, lead time pré-estabelecido, análise de estoques, produção com quantidade e momento definido; não depende da demanda do seu cliente). Puxar a produção (pull system)? Na produção puxada, a produção acompanha a real demanda e necessidade do seu cliente; produzindo automaticamente para repor o que foi vendido. Gerenciamento de gargalos? Quais os gargalos? Como resolver a entropia e transformá-la em processo sinérgico? 2.2.3. NÍVEL OPERACIONAL (Curto Prazo). São preparados os planos de curto prazo, como exemplo: Cálculos do MRP (Material Requirement Planning), ou seja, Planejamento das necessidades de material. Neste nível são gerenciados os estoques, as ordens de produção são sequenciadas, as ordens de compras são emitidas e liberadas, assim como são executados o acompanhamento e o controle. Qual o tipo de organização da produção? Qual o tamanho do lote? Quando deve ser produzido? Em que máquina deve ser produzida? Qual a sequência da produção nas máquinas? 9 Figura 4: Níveis estratégicos do PCP _______________________________________________________________ Figura 5: PCP e o Ciclo das Transformações 10 3. PREVISÃO DE DEMANDA (VENDAS). É a capacidade de planejar as necessidades futuras de maneira que se tenha algum tipo de “visão” para que hoje se possa tomar às decisões adequadas que produzam o efeito desejado no futuro. A demanda pode ser de médio prazo (Adequação de estoques, das necessidades de caixa, determinação de capacidade de máquina) ou de longo prazo (Planejamento considera um ou mais anos). Para se obter a previsão são necessários disponibilidade de dados históricos, dados de tempo, recursos e horizonte de previsão. Todavia a previsão de demanda é uma tarefa difícil que se agrava conforme o período se estende. Estes métodos são específicos para o tipo de demanda ou fator de sazonalidade característicos de um determinado mercado. Existem dois principais métodos de previsão de demanda: Métodos Qualitativos: Baseado em julgamentos. (Sazonais, adequações de estoques e de caixas, marketing, novos produtos, promoções), entre outros. Métodos Qualitativos: Baseados em modelos matemáticos, em séries temporais (dados e números relacionados no tempo). 11 3.1. MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS (MMQ) LONGO PRAZO. 3.1.1. MÉTODO DE REGRESSÃO LINEAR SIMPLES – SEM SAZONALIDADE. Regressão Linear Simples (MMQ). Usado para determinar o melhor ajuste entre metas e previsões. Considera-se na previsão de demanda uma tendência linear baseado nos dados históricos. As variáveis consideradas são Y (vendas) e X (tempo). A equação da reta de tendências é: Y= a + b . x, onde: n = quantidade de períodos trabalhados e x próximo período da previsão, tendo os coeficientes para cálculo abaixo: Exemplo: Os dados históricos de vendas anuais de certo produto dos últimos dez anos são apresentados na tabela a seguir: ANO Histórico Vendas Unidades 1 124.599 2 139.300 3 152.250 4 167.439 5 180.570 12 6 198.533 7 214.300 8 209.328 9 222.845 10 241.005 Aplicando as fórmulas de regressão linear simples, obtemos: a= (385 * 1.850.169) – ( 55 * 11.214.132) (10 * 385) – ( 55 )² a= 712.315.065 – 616.777.260 = 95.537.805 = 115.803 3850 – 3025 825 b= (10 * 11.214.132) – (55 * 1.850.169) (10 * 385) – (55)² b= 112.141.320 – 101.759.295 = 10.382.025 = 12.584 3850 – 3025 825 ANO Histórico Vendas X² X.Y Variação (X) Unidades (Y) Percentual 1 124.599 1 124.599 ------ 2 139.300 4 278.600 11,80% 3 152.250 9 456.750 9,30% 4 167.439 16 669.756 9,98% 5 180.570 25 902.850 7,84% 6 198.533 36 1.191.198 9,95% 7 214.300 49 1.500.100 7,94% 8 209.328 64 1.674.624 -2,32% 9 222.845 81 2.005.605 6,45% 10 241.005 100 2.410.050 8,15% ∑ 55 1.850.169 385 11.214.132 13 A previsão para os próximos três anos sem sazonalidade: Y11 = 115.803 + 12.584 * 11 = 254.227 unidades. (5,49%) Y12 = 115.803 + 12.584 * 12 = 266.811 unidades. (4,95%) Y13 = 115.803 + 12.584 * 13 = 279.395 unidades. (4,72%) 3.1.2. EXERCÍCIOS – PREVISÃO DE DEMANDA MMQ – SEM SAZONALIDADE. 1) Uma indústria de armação de óculos necessita fazer previsão anual, para os próximos três anos, para o planejamento da sua produção. Para isto ela usará o método dos mínimos quadrados (MMQ) de regressão linear sem sazonalidade e com o histórico dos últimos sete anos, conforme apresentados na tabela a seguir: ANO Histórico Vendas Unidades 1 95.040 2 92.664 3 90.816 4 88.176 5 85.800 6 84.216 7 83.424 14 2) A gerência de PCP de determinada indústria fará o planejamento de produção anual para os anos de 2017 e 2018 de determinado item e usará o método de regressão linear (MMQ) sem sazonalidade e os dados históricos anuais dos últimos cinco anos, conforme apresentados na tabela a seguir: ANO Histórico Vendas Unidades2012 278.520 2013 307.032 2014 331.584 2015 366.696 2016 390.456 3) Visando o planejamento de longo prazo para o dimensionamento da linha de montagem de certo produto, o gerente de planejamento da produção de certa indústria precisa fazer a previsão de produção para os próximos quatro anos baseado nos dados históricos dos últimos oito anos, conforme tabela a seguir: ANO Histórico Venda – Unidades 1 143.616 2 170.544 3 202.488 4 231.792 5 257.136 6 283.272 7 314.424 8 346.896 Se a demanda cresce sem sazonalidade e utilizando o método de regressão linear (MMQ), quais são as previsões para os anos 9,10, 11 e 12, respectivamente? 15 4) Visando o planejamento de longo prazo para o dimensionamento da linha de montagem de certo produto, o gerente de planejamento da produção de certa indústria, precisa fazer a previsão de produção para os próximos dois anos baseados nos dados históricos dos últimos seis anos conforme apresenta tabela abaixo: ANO Histórico Vendas Unidades 1 31.944 2 35.904 3 40.920 4 45.144 5 50.952 6 54.120 Se a demanda cresce sem sazonalidade e utilizando o método de regressão linear (MMQ), a previsão para os anos 7 e 8 são respectivamente: 5) Calcular a previsão de demanda de vendas de geladeiras, pelo método de regressão linear (MMQ), sem sazonalidade, de longo prazo, utilizando os históricos abaixo para o ano de 2017. ANO Histórico Vendas Unidades 2013 14.400 2014 17.600 2015 17.850 2016 18.120 16 6) Calcular a previsão de demanda de vendas de televisores, pelo método de regressão linear (MMQ), sem sazonalidade, de longo prazo, utilizando os históricos abaixo para o ano de 2017. ANO Histórico Vendas Unidades 1 47.000 2 36.000 3 51.000 4 41.000 5 43.000 7) Calcular a previsão de demanda de vendas de chocolates, pelo método de regressão linear (MMQ), sem sazonalidade, de longo prazo, utilizando os históricos abaixo para o ano de 2017 e 2018. ANO Histórico Vendas Unidades 1 500 2 700 3 700 4 750 5 800 6 850 7 900 17 8) A speciale Motors produz componentes eletrônicos para indústria automotiva. O gerente da fábrica acredita que o crescimento das vendas deve continuar e com isso surge a necessidade de avaliar a capacidade da planta á longo prazo. Com base no histórico abaixo, calcule a previsão de demanda para o próximo triênio, utilizando a metodologia de regressão linear (MMMQ – Método dos mínimos quadrados). ANO Histórico Vendas Unidades 1 1.000 2 1.300 3 1.800 4 2.000 5 2.000 6 2.000 7 2.200 8 2.600 9 2.900 10 3.200 3.2. MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS (MMQ). – LONGO PRAZO 3.2.1. MÉTODO DE REGRESSÃO LINEAR SIMPLES – COM SAZONALIDADE. É possível aplicar o modelo de regressão linear simples (MMQ) quando a série temporal dos dados de vendas apresenta sazonalidade. Em primeiro lugar identifique os índices (fatores) de sazonalidade de cada época. Remova os padrões sazonais (utilizando os índices) e aplica-se o método de regressão linear simples para obter a equação da reta: Y= A+B.X. Nas previsões são aplicadas a equação da reta e os índices de sazonalidade. 18 EXEMPLO: Considere a seguinte série histórica trimestral dos últimos três anos das vendas de determinado produto e observe sua sazonalidade: Valores Trimestrais (unidades) ANO 1º TRI 2º TRI 3º TRI 4º TRI 2013 10.998 15.439 17.343 11.209 2014 15.251 20.938 23.265 15.510 2015 15.275 21.150 23.500 15.275 Calcula-se as médias de cada trimestre e a média trimestral total. O índice de sazonalidade de cada trimestre será a razão da respectiva média trimestral pela média trimestral total: Valores Trimestrais (unidades) ANO 1º TRI 2º TRI 3º TRI 4º TRI GLOBAL 2013 10.998 15.439 17.343 11.209 54.989 2014 15.251 20.938 23.265 15.510 74.964 2015 15.275 21.150 23.500 15.275 75.200 205.153 TOTAL 41.524 57.527 64.108 41.994 205.153 MÉDIA TRIMESTRAL 13.841 19.176 21.369 13.998 17.096 ÍNDICE DE SAZONALIDADE 0,810 1,122 1,250 0,819 O próximo passo é dessazonalizar os dados para obter a reta da regressão linear. Para obter a tabela dessazonalizada dividir-se cada valor trimestral pelo respectivo índice de sazonalidade: 19 Dados Ajustados ANO 1º TRI 2º TRI 3º TRI 4º TRI 2013 13.578 13.760 13.874 13.686 2014 18.828 18.661 18.612 18.938 2015 18.858 18.850 18.800 18.651 A seguir calcula-se os valores a e b da equação da reta (regressão linear). Será considerado como trimestre 1 o 1º trimestre de 2013, 2 o 2º trimestre de 2013 e assim por diante até o trimestre 12 (4º trimestre de 2015): X Y X² X.Y 1 13.578 1 13.578 2 13.760 4 27.520 3 13.874 9 41.622 4 13.686 16 54.744 5 18.828 25 94.140 6 18.661 36 111.966 7 18.612 49 130.284 8 18.938 64 151.504 9 18.858 81 169.722 10 18.850 100 188.500 11 18.800 121 206.800 12 18.651 144 223.812 ∑ 78 205.096 650 1.414.192 A= 133.312.400 110.306.976 23.005.424 13.406 7.800 6.084 1.716 B= 16.970.304 15.997.488 972.816 567 A) Previsões dessazonalizadas: 1º Trimestre de 2016= 13.406 + 567 x 13 = 20.777 unidades. 2º Trimestre de 2016= 13.406 + 567 x 14 = 21.344 unidades. 3º Trimestre de 2016= 13.406 + 567 x 15 = 21.911 unidades. 4º Trimestre de 2016= 13.406 + 567 x 16 = 22.478 unidades. Aplicar o respectivo índice de sazonalidade a cada trimestre. 1º Trimestre de 2016= 20.777 x 0,810 = 16.829 unidades. 2º Trimestre de 2016 = 21.344 x 1,122 = 23.948 unidades. 3º Trimestre de 2016= 21.911 x 1,250 = 27.389 unidades. 4º Trimestre de 2016= 22.478 x 0,819 = 18.409 unidades. 20 3.2.2. EXERCÍCIOS – PREVISÃO DE DEMANDA MMQ – COM SAZONALIDADE. 1) As vendas trimestrais de certo produto, nos últimos três anos ocorreram conforme tabela a seguir: Valores Trimestrais (unidades) ANO 1º TRI 2º TRI 3º TRI 4º TRI 2013 7.298 11.635 9.776 7.160 2014 11.858 18.024 15.811 11.660 2015 11.372 21.537 15.518 11.372 Considerando a sazonalidade das vendas, aplicando o método de regressão linear simples (MMQ), calcular a previsão de demanda para os quatros trimestres de 2016. 2) O gestor da área de PCP de uma certa indústria fará o planejamento de produção trimestral de determinado produto para o ano de 2016. Os dados históricos das vendas trimestrais nos últimos três anos ocorreram conforme a tabela a seguir: Valores Trimestrais (unidades) ANO 1º TRI 2º TRI 3º TRI 4º TRI 2013 109.582 44.178 51.892 65.590 2014 169.897 65.556 79.849 97.630 2015 159.013 58.865 73.240 89.218 Considerando a sazonalidade das vendas, aplicando o método de regressão linear simples (MMQ), calcular a previsão de demanda para os quatros trimestres de 2016. 21 3) As vendas quadrimestrais de certo produto, nos últimos quatro anos foram:Valores Quadrimestrais (unidades) ANO 1º Qua 2º Qua 3º Qua 2012 35.903 77.658 38.765 2013 34.679 72.309 35.722 2014 33.657 71.890 32.800 2015 33.974 70.241 30.746 Utilizando o método de regressão linear simples (MMQ), considerando a sazonalidade, calcular as previsões de demanda quadrimestrais para os anos de 2016 e 2017. 4) As vendas quadrimestrais de certo produto, nos últimos quatro anos foram: Valores Quadrimestrais (unidades) ANO 1º Qua 2º Qua 3º Qua 2012 6.903 2.870 2.533 2013 7.355 3.120 3.002 2014 10.350 3.982 3.822 2015 12.763 4.554 4.213 Utilizando o método de regressão linear simples (MMQ), considerando a sazonalidade, calcular as previsões de demanda quadrimestrais para os anos de 2016 e 2017. 22 4. PLANEJAMENTO AGREGADO Entende-se como o processo de planejar a quantidade a ser produzida a médio e longo prazo, por meio de ajuste da cadência de produção, da disponibilidade de mão de obra, estoques e outras variáveis controláveis. O objetivo do PA. É atender às demandas agregadas do mercado pela efetiva utilização de recursos da empresa. 4.1. ESTADOS DO PA 1) Realizar a previsão de demanda. 2) Escolher um conjunto de alternativas para influenciar a demanda/produção. 3) Determinar a cada período quais alternativas serão utilizadas para influenciar a demanda de produção. 4.2. CUSTOS DA PRODUÇÃO ALTERNATIVA Admissão/demissão de pessoal. Horas extras. Deixar/formar estoques. Subcontratação. EXEMPLO: Com base na previsão de demanda, elaborar o PA considerando as seguintes informações dos custos unitários: Valor da produção em horas normais: R$ 50,00 Subcontratação: R$ 90,00 Manter estoques: R$ 2,50 23 Plano A : Produção constante, sem contratações ou demissões, e estoque mínimo para atender a demanda. O estoque mínimo foi produzido em horas normais, sem a necessidade de horas extras. MESES JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO QUANTIDADE 850 640 690 720 730 799 Para cálculo da produção constante, somar as demandas e dividir pela quantidade de períodos. (738,16666, ou seja, 739 peças). Fórmula: ∑ Dn n Considerar o estoque zero, e verificar o maior número negativo, esse será a quantidade necessária de estoque mínimo. MÊS EIN PRODUÇÃO DEMANDA EFN Janeiro 0 739 850 -111 Fevereiro -111 739 640 -12 Março -12 739 690 37 Abril 37 739 720 56 Maio 56 739 730 65 Junho 65 739 799 5 Fórmula Estoque Final : (Ein + Pn – Dn = Efn) Fórmula Estoque Médio: EM = Ein + Efn 2 MÊS EIN PRODUÇÃO DEMANDA EFN EM Janeiro 111 739 850 0 56 Fevereiro 0 739 640 99 50 Março 99 739 690 148 124 Abril 148 739 720 167 158 Maio 167 739 730 176 172 Junho 176 739 799 116 146 706 24 Para cálculo do estoque médio, somar o estoque inicial com o estoque final e dividir por dois. Custo do Plano = Custo de produção + Custos do estoque inicial – Custo do estoque final + Custo de subcontratação + Custos para manter o estoque + custo de marketing + custo de contratações + custos de demissões + custo de transporte etc. Custo Mensal do Plano A: Fórmula: (CP = CPr + CEin – Cefn + CpEM + Ccontr + Cdem) n n n n n Custo de Produção = 739 X 50 = R$ 36.950,00 + Custo de Estoque Inicial = 111 X 50 = R$ 5.550,00 : 6 = R$ 925,00 - 6 Custo Estoque Final = 116 X 50 = R$ 5.800 : 6 = R$ 966,67 + 6 Custo dos Estoques= 706 X 2,50 = R$ 1765,00 : 6 = R$ 294,17 6 Total Mensal dos Custos= R$37.202,50 Plano B: Estoque inicial zero, produção constante de 700 unidades e subcontratar a necessidade. MÊS EIN PRODUÇÃO DEMANDA RES SUB EFN EM Janeiro 0 700 850 -150 150 0 0 Fevereiro 0 700 640 60 0 60 30 Março 60 700 690 70 0 70 65 Abril 70 700 720 50 0 50 60 Maio 50 700 730 20 0 20 35 Junho 20 700 799 -79 79 0 10 229 200 Fórmula: (CP = CPr + CEin – Cefn+ CpEM + Subc ) 25 n n n n Custo Mensal do Plano B: Custo de Produção = 700 X 50 = R$ 35.000,00 + Custo dos Estoques= 200 X 2,50 = R$ 500,00 : 6 = R$ 83,33+ 6 Custos de subcontratações = 229 X R$ 90,00 = R$ 20.610,00 : 6 = R$ 3.435,00 = 6 Total Mensal dos Custos= R$ 38.518,33 Plano C: Estoque inicial em 100 peças, estoque final 303 peças e produção constante. Qual será a produção? Para calcular a quantidade de produção necessária, é necessário realizar o seguinte cálculo: Somar as demandas + as quantidade do estoque final do período – a quantidade do estoque inicial e dividir pelo período do planejamento. Fórmula: (Pn = Dn + Efn – Ein) n MÊS EIN PRODUÇÃO DEMANDA EFN EM Janeiro 100 772 850 22 61 Fevereiro 22 772 640 154 88 Março 154 772 690 236 195 Abril 236 772 720 288 262 Maio 288 772 730 330 309 Junho 330 772 799 303 317 1232 Fórmula: (CP = CPr + CEin – Cefn + CpEM) n n n Custo Mensal do Plano C: Custo de Produção = 772 X 50 = R$ 38.600,00 + Custo de Estoque Inicial = 100 X 50 = R$ 5.000,00 : 6 = R$ 833,33 - 6 Custo Estoque Final = 303 X 50 = R$ 15.150,00 : 6 = R$ 2.525,00+ 6 Custo dos Estoques= 1232 X 2,50 = R$ 3.080,00 : 6 = R$ 513,33 = 6 26 Total Mensal dos Custos= R$ 37.421,66 4.3. EXERCÍCIOS DE PLANEJAMENTO AGREGADO DA PRODUÇÃO. 1) Com base no histórico abaixo, elaborar a previsão de demanda pelo MMQ, e o PA para os próximos seis meses. Mês Histórico Jan 11.0975 Fev 97.290 Mar 78.660 Abr 88.435 Mai 83.720 Jun 102.695 TOTAIS Dados para o Cálculo do PA: CUSTOS UNITÁRIOS: Produção Normal: R$ 83,50 Subcontratação: R$ 106,00 Manter estoques: R$ 6,70 Admissão temporária para o total do período: R$ 7.200,00 Demissão Temporária para o total do período: R$ 2.064,00 27 PLANO A: Produção constante e estoque mínimo para atender a demanda. Contratação de 69 funcionários temporários e demissão de todos no final do período. PLANO B: Estoque inicial zero e produção de 80.500 peças por mês e subcontratação da quantidade faltante. PLANO C: Estoque inicial de 1150 peças, com estoque final de 2515 peças, qual será a produção necessária? 2) A empresa da Qualy Alpha S/A está analisando seus processos industriais da linha de produção de barras de chocolate de 1quilo; podendo ser necessário a criação de métodos para aumentar sua capacidade produtiva ou subcontratar a quantidade faltante para atender a demanda do chocolate. Contudo para análise desta pauta, é necessárioter em mãos a previsão de demanda e o planejamento agregado para o próximo período estudado. Com base nos históricos, seu diretor solicitou a previsão de demanda pelo MMQ e o PA para os próximos seis meses. Mês Histórico X Y X.Y X² % Julho 7.450 Agosto 7.430 Setembro 6.940 Outubro 6.790 Novembro 6.060 Dezembro 7.020 TOTAIS 28 Dados para o Cálculo do PA: CUSTOS UNITÁRIOS: Produção Normal: R$ 128,50 Subcontratação: R$ 129,50 Manter estoques: R$ 11,93 PLANO A: Produção constante. Estoque mínimo para atender a demanda. PLANO B: Estoque inicial zero e produção de 6.000 unidades por mês e subcontratação da quantidade faltante. PLANO C: Estoque inicial de 1.000 unidades com estoque final de 2.005 unidades, qual será a produção necessária? 29 5. ESTRUTURA DO PRODUTO (Árvore) 5.1. INTRODUÇÃO Todo produto é composto de vários itens, que por sua vez, são compostos de vários subitens e assim por diante. A estrutura do produto, ou árvore do produto, mostra de maneira organizada e hierárquica todos os itens que compõe determinado produto. Através da estrutura do produto se organiza as compras e as produções vinculadas ao produto. Considere a estrutura de um produto hipotético a seguir: Cada retângulo representa um item do produto A, considerado como nível 0. Os itens filhos do produto A são os itens B, C e E. A indicação 2x acima da caixa B significa que são necessários dois itens B para produzir um item A, além de um item C e um item E. Os itens B , C e E são considerados itens filhos do item A (por sua vez, o item A é o item pai dos itens B,C e E). Para produzir um item B são necessários dois itens G, um item F e assim por diante. 30 5.2. NECESSIDADES BRUTAS. Para se produzir uma certa quantidade do produto A faz-se necessário a elaboração de uma lista de materiais explodida onde constem as quantidades totais brutas de todos os itens da estrutura do produto. As quantidades brutas são as quantidades necessárias à produção e não levam em consideração os itens em estoque. Por exemplo, para produzir 500 unidades do produto A, são necessárias as seguintes quantidades apresentadas na lista de material a seguir: ITEM QUANTIDADE COMPRADO / PRODUZIDO A 500 PRODUZIDO B 1.000 PRODUZIDO C 500 PRODUZIDO E 500 COMPRADO F 1.000 COMPRADO G 2.000 PRODUZIDO H 500 COMPRADO I 1.000 COMPRADO J 500 COMPRADO K 8.000 COMPRADO L 2.000 COMPRADO 5.3. TEMPOS DE OBTENÇÃO Cada item seja ele produzido ou comprado tem um tempo de obtenção, desde o início do processo (emissão da ordem de produção ou ordem de compra) até o final dele (chegada do item em estoque). Esse tempo também é chamado de Lead Time. Vamos considerar os tempos de obtenção: 31 ITEM TEMPO OBTENÇÃO – SEMANAS A 2 B 2 C 1 E 3 F 2 G 1 H 3 I 1 J 1 K 2 L 1 No caso dos itens produzidos, o tempo de obtenção é o tempo necessário de produzir o item quando estão disponíveis seus itens filhos. Por exemplo, o item A levará duas semanas para ser produzido após estarem disponíveis os itens B, C e E. O tempo total de obtenção do produto acabado é de sete semanas, conforme o diagrama dos tempos de obtenção abaixo: 32 A partir deste diagrama ou de outro tipo de análise da estrutura do produto e tempos de obtenção (Lead Time) é feito o planejamento de compra e produção. As ações gerenciais necessárias, por exemplo para a fabricação de 500 unidades d produto A são: SEMANA AÇÃO GERENCIAL PARA ATENDER O PEDIDO DE 500 UNIDADES DO PRODUTO A 0 Liberar ordem de Compra de 8.000 unidades do produto K 1 Liberar ordem de Compra de 1.000 unidades do produto F Liberar ordem de Compra de 500 unidades do produto H Liberar ordem de Compra de 2.000 unidades do produto L 2 Liberar ordem de Compra de 500 unidades do produto E Liberar ordem de Produção de 2.000 unidades do produto G 3 Liberar ordem de Produção de 1.000 unidades do produto B Liberar ordem de Compra de 1.000 unidades do produto I Liberar ordem de Compra de 500 unidades do produto J 4 Liberar ordem de Produção de 500 unidades do produto C 5 Liberar ordem de Produção de 500 unidades do produto A 7 Entregar 500 unidades do produto A 5.4. EXERCÍCIOS DE ESTRUTURA DO PRODUTO 1) Certo produto, denominado produto A, tem a seguinte estrutura: 33 Quais são as quantidades necessárias dos itens J e L necessárias para fabricar 150 unidades do produto A? 2) A estrutura de certo produto denominado produto A, tem a seguinte forma: Quais as quantidades necessárias de itens L e N para a fabricação de 1.200 unidades do item C. 34 3) A árvore de produto e os tempos de obtenção de cada item de certo produto denominado A é apresentado a seguir: ITEM TEMPO DE OBTENÇÃO COMPRADO SEMANAS PRODUZIDO A 2 PRODUZIDO B 2 PRODUZIDO C 1 PRODUZIDO D 1 COMPRADO E 2 COMPRADO F 2 COMPRADO G 3 COMPRADO H 2 COMPRADO I 2 PRODUZIDO J 3 COMPRADO K 2 COMPRADO L 3 PRODUZIDO M 4 COMPRADO N 3 COMPRADO O 5 COMPRADO Qual o tempo total para a produção do Item A, e quais as decisões gerenciais do processo, para produção de 100 unidades do item A ? 35 6. MRP – PLANEJAMENTO DAS NECESSIDADES DE MANUFATURA. MRP (Material Requirements Planning), ou seja, Planejamento das necessidades de materiais é um plano para a compra e fabricação de componentes utilizados para satisfazer os requisitos do programa mestre ou planejamento agregado da produção, ou seja, atender os suprimentos necessários para a produção de um produto final, previsto na demanda agregada da produção. O sistema de MRP planeja a programação dos produtos semi acabados, componentes e matéria prima, para atender às necessidades do MPS. Elas devem estar disponíveis nas quantidades certas e no momento necessário. estar disponíveis nas quantidades certas e no momento necessário. O QUE? SEMI ACABADOS PRODUTOS QUANDO COMPONENTES FINAIS QUANTO? MATÉRIA PRIMA ITENS DE DEMANDA INDEPENDENTE (PREVISÃO): São aqueles cuja demanda não depende da demanda de nenhum outro item. Exemplo: Produto final. ITENS DE DEMANDA DEPENDENTE (CALCULADO): São aqueles que dependem da demanda de algum outro item. Exemplo: Suprimentos do produto final, componentes, matéria prima etc. 36 6.1. DINÂMICA DO PROCESSAMENTO MRP A dinâmica de processamento do MRP parte da quantidade desejada (previsão de vendas, pedidos firmados) de um produto final numa data especificada. A programação fornecida pelo MRP geralmente traz as seguintes informações: Escala de Tempos, geralmente semanal; Identificação do Item; Necessidades Brutas e suas datas; O estoque disponível; Os recebimentosprogramados e suas datas; As necessidades líquidas e suas datas; As datas e quantidades de cada liberação de ordem. NECESSIDADES BRUTAS (NB): É a demanda total originária de todos os planos de produção dos produtos acabados. RECEBIMENTOS PROGRAMADOS (RP): São os pedidos que foram colocados, mas ainda não foram terminados ou recebidos de fornecedores. ESTOQUE DISPONÍVEL (ED): É a quantidade de estoque disponível a cada semana. RECEBIMENTO PLANEJADO (RPL): Planejar o recebimento de novos pedidos evitará que o saldo disponível projetado fique negativo. LIBERAÇÃO DE PEDIDO (LP): Indica quando um pedido e uma quantidade específica devem ser emitidos. 37 EXEMPLO: Para uma mesa de cozinha, é conhecida a demanda (necessidades brutas) para as próximas doze semanas, de 100 mesas, prevendo-se uma entrega programada de 40 unidades no início da semana cinco e de outras 60 unidades ao início da décima primeira semana. Veja abaixo a composição da mesa e as informações de estoques e lead time (Tempo de fabricação). Item Estoque Lead Time Processo Mesa 5 1 Tampo 15 1 Tronco 12 2 Suporte 90 1 Mesa Tampo(1) Tronco(1) Suporte(8) 38 ITEM MESA SEMANA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 NECESSIDADE BRUTA 40 60 ESTOQUE DISPONÍVEL 5 0 RECEBIMENTOS 0 0 PROGRAMADOS NECESSIDADES 35 60 LIQUIDAS LIBERAÇÃO DE 35 60 ORDEM DE PRODUÇÃO ITEM TAMPO SEMANA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 NECESSIDADE BRUTA 35 60 ESTOQUE DISPONÍVEL 15 0 RECEBIMENTOS 0 0 PROGRAMADOS NECESSIDADES 20 60 LIQUIDAS LIBERAÇÃO DE 20 60 ORDEM DE PRODUÇÃO 39 ITEM TRONCO SEMANA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 NECESSIDADE BRUTA 35 60 ESTOQUE DISPONÍVEL 12 0 RECEBIMENTOS 0 0 PROGRAMADOS NECESSIDADES 23 60 LIQUIDAS LIBERAÇÃO DE 23 60 ORDEM DE PRODUÇÃO ITEM SUPORTE SEMANA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 NECESSIDADE BRUTA 280 480 ESTOQUE DISPONÍVEL 90 0 RECEBIMENTOS 0 0 PROGRAMADOS NECESSIDADES 190 480 LIQUIDAS LIBERAÇÃO DE 190 480 ORDEM DE PRODUÇÃO 40 6.1.1. EXERCÍCIOS DA DINÂMICA DO MRP – 1º FASE 1) Calcular a dinâmica do MRP, baseado nas informações de estrutura, de estoques e lead times abaixo: Componente LT(SEMANAS) Est. Disponível Rec. Programados AP 1 0 0 D 1 10 0 F 2 0 0 AP (15 peças) Para a 6º Semana D(3) F (2) 41 2) Calcular a dinâmica do MRP, baseado nas informações de estrutura, de estoques e lead times abaixo: Componente LT(SEMANAS) Est. Disponível Rec. Programados T 1 25 U 2 5 5 (Na 3º Semana) V 2 15 W 3 30 X 2 20 Y 1 10 T (100 peças) Para 8º Semana U (2) V (3) X (2) W (1) W (2) Y (2) Y (1) 42 3) Calcular a dinâmica do MRP, baseado nas informações de estrutura, de estoques e lead times abaixo: Par de Patins (100) 50: 6º e 50: 10º Patim Esq (1) Patim Dir. (1) Acolch Esq (1) Bota Dir (1) Acolch Dir. (1) Bota Esq (1) Trilhos (1) Tiras (3) Trilhos (1) Tiras (3) Rodas (4) Supor te(1) Porca & Parafuso (4) Rodas (4) Supor te (1) Porca & Parafuso (4) 43 Produto Componente Disponível Estoque Lead Time (Semana) Par de Patins 20 1 Patins Esquerdo 10 1 Patins Direito 0 1 Acolchoado Esquerdo 50 1 Acolchoado Direito 0 1 Bota Esquerda 50 2 Bota Direita 60 2 Tiras 0 1 Trilhos 0 2 Rodas 0 3 Suporte 20 2 Porcas & Parafusos 100 1 44 6.2. OUTRAS QUESTÕES TÉCNICAS DO MRP Lotes Múltiplos (LM): Significa que só é possível produzir e/ou entregar aquela quantidade, ou seja, se determinado item tem lote múltiplo de 1500 unidades só é possível comprar lotes de 1500 peças, sendo assim se necessitar de 2000 peças, obrigatoriamente terá de comprar 3000 unidades. ES: Estoque de Segurança. Estoque que precisa ser mantido em disponível por questões de segurança, seja pela vulnerabilidade de falta de peças no mercado por questões comerciais ou por quaisquer fatores que possam contribuir para a ausência deste item em estoque disponível. Lote Mínimo (LMin): Significa que a produção ou venda de determinado produto, somente pode ser entregue a partir de determinada quantidade, ou seja, se o lote mínimo da peça for de 800 itens, poderemos produzir ou comprar 800 ou mais itens, seja: 800; 801; 802; 900; 1000; 1600....... Lote a Lote (LL): Não há restrições de fornecimento nem mesmo de produção no que se diz respeito a quantidades de produção. 6.2.1. EXERCÍCIOS DA DINÂMICA DO MRP – 2º FASE 4) A empresa de XYZ necessita da entrega do item A nas seguintes datas e quantidades: 2.000 unidades para semana 34, 1.500 unidades para a semana 35 e 1.500 unidades para a semana 37; de acordo com a árvore do produto e as informações abaixo, faça o cálculo das necessidades do item independente e dos itens dependentes e sua dinâmica cronológica. 45 ITEM LT/TR Estoque ES Lotes Múltiplos FORNECIMENTO A 1 1500 200 1 Interno B 1 0 0 1 Interno C 2 0 0 1 Interno D 3 1850 1000 1500 Externo E 2 1550 800 1200 Interno F 1 3240 1600 800 Externo A D(2) C(1) B(2) E(2) F(3) E(1) 46 5) Considerando as informações abaixo, calcule a explosão do MRP, com suas necessidades de suprimentos e dinâmica cronológica. SEMANAS Início da Montagem das 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º Lapiseiras 300 200 500 500 1000 Lapiseira Modelo – P207 Miolo (1) Miolo Interno (1) Grafite (4) Suporte da Garra (1) Garras (3) 47 7. LOTE ECONÔMICO DE COMPRAS – TAMANHO ÓTIMO. Quando temos estoque reserva toda vez que se aumenta a quantidade a ser comprada, aumenta-se o estoque médio de nossa empresa, isso propicia também um aumento de custos de manutenção de estoques tais como: Juros, armazenagem, obsolescência. Por outro lado, aumentando-se as quantidades do lote de compras, diminuem-se os custos de pedidos de compras por unidade comprada e mão de obra. O que leva a empresaa utilizar o lote econômico de compras é a visão de que quando, um lote de determinada peça aumenta, os custos por períodos de tempo tendem a diminuir (Custos de Comprar); e com esse aumento de volume do lote os custos diminuem numa razão maior em relação aos custos dos demais fatores que tenderiam a aumentar. (Como de armazenagem, custos de manter estoques, aluguéis, juros entre outros). Há algumas críticas a esse modelo de análise, pois o modelo não é sensível com relação à variação da quantidade do lote. Para facilitar o modelo de lote econômico de compras, foi desenvolvida a fórmula abaixo: √ Onde: CP - Custo de preparação do Pedido: É o custo de encomendar a mercadoria, ou seja, é a soma de todos os custos incorridos desde o momento em que o pedido é feito até o momento em que a mercadoria é estocada. Esses custos incluem: Custo de Compra do item Custos de Transporte da Mercadoria Custos de inspeção antes de enviá-las aos estoques Manutenção de toda a estrutura de compras, como os custos de pessoal, aluguel, despesas de escritório etc. 48 D- Demanda do LEC: Demanda anual de utilização de determinado produto. Cm- Custo de Manutenção em estoques: Juros, depreciação, aluguel, deterioração, avarias, seguros, salários, obsolescência, conservação entre outros. Exemplo: A empresa Gomes S/A necessita comprar 50.000 unidades ao ano da peça XYZ. O custo para a preparação do pedido é de R$ 195,00 e o seu custo de manutenção em estoques é de 78,00 ao ano. Qual o LEC? LEC = 2 x 195 x 50.000 78 LEC = 19.500.000 78 LEC= 250.000 LEC= 500 unidades 7.1. EXERCÍCIOS DO LOTE ECÔNOMICO DE COMPRAS 1) Para um item em estoque, a demanda anual é de 144.000 unidades. Estima-se que, para emitir um pedido, contando-se também os custos de transporte, inspeção até colocar a mercadoria no estoque, são gastos cerca de R$ 1.000,00. Manter os itens em estoque acarreta um custo de R$ 200,00 por unidade por ano. Calcular o LEC. 49 2) Uma empresa compra brindes e tem uma demanda anual de 4.000 unidades, um custo de pedido de R$ 40,00 e um custo de manutenção de estoques de R$ 2,00 ao ano, qual o lote econômico? (SENADO 2012) 3) A Universidade XYZ compra canetas para quadro branco, teve consumo anual de 4.000 unidades e para cada compra o seu custo de preparação de pedido é de R$ 15,00 e o seu custo de manutenção em estoques é de R$ 0,50 ao ano. Calcule o lote econômico para este item. 4) Digamos que o consumo anual de determinado item de estoque de uma empresa seja de 3.000 peças. A empresa possui custo de preparação de pedido de R$ 130,00; e um custo de manutenção de estoques estimado em 4,8% do custo de preparação, calcular o lote econômico de compras. 5) Uma empresa fabrica produtos de limpeza doméstica biodegradável e está revendo sua política de gestão de estoques para a linha principal de produtos, devido aos altos custos incorridos com a manutenção dos estoques de matérias primas. Para a linha de detergentes, a empresa decidiu seguir uma política de revisão contínua, em que o estoque será continuamente acompanhado e um pedido para um lote ótimo de compra será feito quando o estoque cair a determinado nível. Uma das principais matérias primas utilizadas nos detergentes biodegradáveis é o Alquibenzeno Sulfonato Linear (LAS), comprado de um único fornecedor. A linha de produção dos detergentes opera o ano todo, e a utilização mensal do LAS é de 75 toneladas. A empresa incorre em um custo fixo de R$ 50,00 para a preparação do pedido; 50 o transporte e o recebimento do produto ocorrem toda vez em que o pedido é feito ao fornecedor, independentemente da quantidade solicitada. A empresa calcula que o LAS custe R$ 1,00 ao ano para a manutenção em estoque. Nessa situação, qual o tamanho ótimo do lote de Alquibenzeno Sulfonato Linear (LAS), em toneladas, que a empresa deverá indicar em cada pedido de compra ao seu fornecedor? (ENADE 2011). A) 10,0 B) 75,0 C) 86,6 D) 300,0 E) 900,0 51 8. NÍVEL DE ESTOQUE 8.1. GRÁFICO DENTE DE SERRA – NÍVEIS DE ESTOQUES O Gráfico dente de serra mostra a evolução da quantidade em estoque de um item ao longo do tempo. Em ordenadas marca-se, portanto, o estoque existente a cada momento, enquanto que em abscissas a variável é o tempo. Há dois momentos importantes que serão apresentadas nos eixos dos temos, os quais se repetem constantemente: O instante em que um pedido (para compra ou fabricação) é feito, e o instante em que a mercadoria é recebida. O intervalo de tempo entre esses dois instantes, é chamado de tempo de reposição (ou tempo de espera). Outras grandezas que devemos observar no gráfico, além do tempo de reposição são os seguintes: A) Taxa média de uso ou consumo da mercadoria B) Quantidade comprada (ou fabricada) da mercadoria C) Estoque de reserva da mercadoria (Estoque de segurança). 52 8.1.1. TEMPO DE REPOSIÇÃO Quando emitimos uma ordem de compra, decorre um espaço de tempo que vai desde o momento de sua solicitação no almoxarifado, colocação do pedido de compra e passando pelo processo de fabricação de nosso fornecedor até o momento em que recebemos e o lote estiver liberado para a produção em nossa fábrica, portanto TR é o composto de três elementos, conformes a seguir: 1+2+3 ou A+B+C EXEMPLO EXERCÍCIO: A Empresa Gomes S/A fabrica o giz especial com a seguinte tabela de tempos: Ordem de compra 2 dias; Colocação do pedido 3 dias; Processo de fabricação 5 dias; chegada à fábrica 1 dia. Calcule o tempo de reposição deste item: 8.1.2. PONTO DE PEDIDO É a quantidade de peças que temos em estoque e que garante o processo produtivo para que não sofra problemas de continuidade, enquanto aguardamos a chegada do lote de compra, durante o tempo de reposição. Isso quer dizer que determinamos quando o item do estoque atinge o seu ponto de pedido, deveremos fazer o ressuprimento do seu estoque, colocando-se um pedido de compra, para calcular o ponto de pedido utiliza-se a fórmula abaixo: PP = (C X TR) + ES Onde: PP = Ponto de Pedido C = Consumo normal da peça TR = Tempo de Reposição ES = Estoque de segurança. 53 EXEMPLO: Determinada peça tem consumo mensal de 2.500 unidades, sabendo-se que seu tempo de reposição é de 45 dias, e por sua vez seu estoque de segurança é de 400 unidades, determine o ponto de pedido. PP =(2.500 x 1,5) + 400 PP = 3.750 + 400 PP = 4.150 Unidades 8.1.3. EXERCÍCIOS DO PONTO DO PEDIDO 1) Determinada peça tem consumo mensal de 4.500 unidades, e sabemos que seu tempo de reposição é de 20 dias. Então, qual é o seu ponto de pedido, uma vez que seu estoque de segurança é de 600 unidades? 2) Determinada peça tem consumo mensal de 8.500; o seu tempo de reposição é de 60 dias. Determine seu ponto de pedido, considerando um estoque de segurança de 1.200 unidades. 3) Determinada peça tem consumo mensal de 5.500 unidades. Seu tempo de reposição é elaborado da seguinte forma. Recebimento 2 dias; Armazenagem 5 dias; Qualidade 3 dias; Controledo estoque 10 dias; Disponibilização 5 dias. Qual é o ponto do pedido, uma vez que seu estoque de segurança é de 1.400 unidades? 54 4) Determinada peça é consumida em 690 unidades diariamente. O seu tempo de reposição é elaborado da seguinte forma: Recebimento 3 dias; Armazenagem 5 dias; Qualidade 6 dias; Controle de estoque 8 dias; Disponibilizado 9 dias. Qual é o ponto de pedido, uma vez que seu estoque de segurança é 2/6 do consumo diário. 5) O consumo mensal de uma peça é de 12.420 unidades, sendo que o tempo de reposição é de 9 dias de consumo. Sabendo-se que o estoque de segurança é de 8,45% do consumo, calcule o ponto de pedido. 6) Uma empresa utiliza a metodologia ilustrada no diagrama abaixo para determinar a quantidade a ser periodicamente adquirida (X) de um componente que utiliza em sua linha de produção. Sendo 1.200 unidades mensais de consumo, portanto é correto afirmar que o ponto de reposição, em unidades é: A) 2.000 unidades B) 2.200 unidades C) 2.400 unidades D) 2.600 unidades E) 2.800 unidades 55 Ponto de reposição: X Unidades Estoque mínimo: 20 dias de consumo -------------------------------------------------------------------------------------------------------- Tempo de Reposição 45 Dias 7) A indústria “Veste Bem S/A”, trabalha no sistema Máximo Mínimo em seu controle de estoques. Os números no gráfico estão posicionados em locais que definem cada elemento do gráfico dente de Serra, sendo esses os elementos: Estoque de segurança, Estoque Máximo, Lote de Compra, Ponto de Pedido, Tempo de reposição e intervalo de ressuprimento. Assinale a alternativa que indica qual é a numeração correta que representa cada um desses elementos no gráfico. A) 03 - Estoque máximo; 06 - Estoque segurança; 02 - Lote de compra; 04 - Ponto do Pedido; 01 - Intervalo de ressuprimento; 05 - Tempo de reposição. B) 03 - Estoque máximo; 02 - Estoque segurança; 04 - Lote de compra; 01 - Ponto do Pedido; 05 - Intervalo de ressuprimento; 06 -Tempo de reposição. 56 C) 03 - Estoque máximo; 06 - Estoque segurança; 02 - Lote de compra; 04 - Ponto do Pedido; 05 - Intervalo de ressuprimento; 01 -Tempo de reposição. D) 04 - Estoque máximo; 06 - Estoque segurança; 02 - Lote de compra; 03 - Ponto do Pedido; 01 - Intervalo de ressuprimento; 05 - Tempo de reposição. E) 04 - Estoque máximo; 06 - Estoque segurança; 03 - Lote de compra; 02 - Ponto do Pedido; 05 - Intervalo de ressuprimento; 01 - Tempo de reposição. 8.1.4. ESTOQUE MÁXIMO É o resultado da soma do estoque de segurança mais o lote de compra. O nível máximo do estoque é normalmente determinado de forma que seu volume ultrapasse a somatória da quantidade em estoque de segurança com o lote em um valor que seja suficiente para suportar variações normais de estoque em face da dinâmica do mercado, deixando margem que assegure, a cada novo lote, que o nível máximo de estoque não cresça e onere os custos de manutenção de estoque. 57 Lote de compra: é a quantidade de peças especificadas no pedido de compra, que estará sujeito à política da empresa. Emax = ES + LC Onde: Emax= Estoque Máximo ES= Estoque de segurança LC= Lote de Compra EXEMPLO: Qual é o nível máximo do estoque de uma peça cuja lote de compra é de 1.000 peças e o estoque de segurança é de 500 unidades. Emax = 500 + 1.000 Emax = 1.500 unidades. 8.1.5. EXERCÍCIOS ESTOQUE MÁXIMO 1) Qual é o estoque máximo de uma peça cujo lote de compra é de 5.000 unidades e o estoque de segurança é de 2.500 unidades? 2) Qual é o estoque máximo de uma peça cujo lote de compra é de 2.000 unidades e o estoque de segurança é igual à metade do lote de compra? 58 8.1.6. ESTOQUE DE SEGURANÇA Conhecido também por estoque mínimo ou estoque de reserva, é uma quantidade mínima de peças que tem que existir no estoque com a função de cobrir as possíveis variações do sistema, que podem ser: eventuais atrasos no tempo de fornecimento por nosso fornecedor, rejeição do lote de compra ou aumento na demanda do produto. A sua principal finalidade é não afetar o processo produtivo e, principalmente não acarretar transtornos aos clientes por falta de material e, consequentemente, atrasar a entrega do nosso produto ao mercado Um fato importante a ser explicado é referente ao valor do estoque de segurança, visto que o ideal é termos esse estoque igual à zero, porém, sabemos que dentro de uma organização, os materiais não são utilizados em uma taxa uniforme e eventuais problemas de fornecimento. Para definirmos o nível do estoque de segurança, existem alguns modelos matemáticos para essa finalidade, iremos abordar um método: 8.1.6.1. MÉTODO DO GRAU DE RISCO - MGR Este é o modelo mais simples e fácil de utilizar, tal modelo usa um fator de risco dado em porcentagem, que é definido pelo administrador em função de sua sensibilidade de mercado e informações que colhe junto a vendas e a suprimentos. ES = C x k Onde: ES = Estoque de Segurança C = Consumo Médio no período k = Coeficiente de grau de risco 59 EXEMPLO A empresa necessita definir o seu estoque de segurança de um determinado produto que tem uma demanda média mensal de 600 unidades e, para tanto, o gerente de logística definiu um grau de risco de 35%, nesse caso, qual seria o estoque de segurança. ES = C x k ES = 600 x 0,35 ES = 210 unidades. 8.2. EXERCÍCIOS ESTOQUE DE SEGURANÇA: 1) A empresa necessita definir o seu estoque de segurança de um determinado produto que tem uma demanda média mensal de 5.000 unidades e, para tanto, o gerente de logística definiu um grau de risco de 40%, nesse caso, qual seria o estoque de segurança. 2) A empresa necessita definir o seu estoque de segurança de um determinado produto que tem uma demanda média mensal de 15.000 unidades e, para tanto, o gerente de logística definiu um grau de risco de 42,5%, nesse caso, qual seria o estoque de segurança. 3) A empresa necessita definir o seu estoque de segurança de um determinado produto que tem uma demanda média mensal de 500 unidades e, para tanto, o gerente de logística definiu um grau de risco de 15%, nesse caso, qual seria o estoque de segurança? 60 4) Carlos, gerente de operações da fábrica de brinquedos Enterprise, constatou que o estoque de um item componente de seu principal produto não atende adequadamente a política de gestão de materiais da fábrica, tendo em vista que os custos operacionais associados à manutenção do estoque desse item são muito elevados. Atento ao comportamento da demanda, Carlos passou a administrar o estoque utilizando o modelo por ponto de pedido. Segundo esse modelo, sempre que o nível de estoque do item atingir o Ponto de Pedido é providenciado um pedido de reposição de Qc unidades, as quais, se não ocorrer imprevisto, devem dar entrada em estoque dez (10) dias após a emissão do pedido. A figura a seguir ilustra esse modelo: A) Analisando o gráfico acima, qual é o valor do estoque médio em unidades? B) Qual a quantidadede itens que deve ser usado entre a data da encomenda e a data do recebimento do lote? C) Qual o valor do Ponto de pedido em unidades? 61 D) Qual a quantidade deve ser consumida em unidades, até o momento do ponto de pedido? E) Qual o valor em unidades, do lote de compra? 62 9. GERENCIAMENTO DE PROJETOS Projetos são constituídos de conjuntos únicos de operações projetadas para atingir certo objetivo dentro de dado limite de tempo. 9.1. REPRESENTAÇÃO DOS PROJETOS PELO DIAGRAMA DE REDE Um projeto pode ser visualizado como um conjunto de operações conduzidas em certa sequência para atingir dado objetivo. As operações que participam em um projeto são chamadas de atividade, comunicando tempo e recurso. Para representar essas atividades e a ordem em que são efetuadas usa- se o diagrama de rede que guarda algumas semelhanças e diferenças com o diagrama de procedência usado para representar as operações de uma linha de produção. As atividades no diagrama são representadas pelas setas e os círculos representam o início e o fim das atividades. EXEMPLO: No diagrama de rede a seguir, determine: (Pensamento oferecer um jantar). A) Monte o diagrama de redes. B) Indique os caminhos possíveis e duração de cada caminho. C) Indique o caminho crítico e a duração máxima do projeto. D) As folgas na sequência das atividades. 63 ATIVIDADE DESIGNAÇÃO ATIVIDADE TEMPO PRECEDENTE HORAS Decidir oferecer um Jantar A ------ 24 Comprar Ingredientes B A 36 Fazer Lista de Convidados C A 60 Fazer o Jantar D B 72 Expedir convites E C 120 Colocar a casa em ordem F D 48 Recepcionar Convidados G E; F 3 Servir Jantar H G 2 A) D D B A F C E G H B) Caminhos possíveis do projeto: A+B+D+F+G+H = 185 Horas A+C+E+G+H = 209 horas – Esse é o tempo máximo do projeto. C) A+C+E+G+H = Este é o tempo máximo do projeto e também o caminho crítico com 209 horas de duração, e não pode sofrer atrasos. E) Folgas: 209h – 209h = 0 horas de folga. (Caminho Crítico do Projeto). 209h-185h = 24 horas de folga 64 9.2. EXERCÍCIOS DE GERENCIAMENTO DO PROJETO 1) Baseado na tabela de eventos a seguir, determine: A) Diagrama de rede. B) Os caminhos possíveis e a duração do projeto; C) O Caminho crítico e a duração do projeto; D) As folgas na sequência das atividades. ATIVIDADE PREDECESSORES DURAÇÃO IMEDIATOS A -- 8 Semanas B -- 4 Semanas C A 6 Semanas D A 4 Semanas E B 6 Semanas F B 12 Semanas G D,E 10 Semanas H C 10 Semanas I F 5 Semanas 65 2) Baseado na tabela abaixo determine: A) O diagrama de redes. B) Os caminhos possíveis e a duração do projeto. C) O Caminho crítico e a duração do projeto. D) As folgas na sequência das atividades. ATIVIDADE PREDECESSORES DURAÇÃO IMEDIATOS J -- 6,3 Dias K -- 11,7 Dias L J 4 Dias M K 5 Dias N L,M 6,5 Dias 66 3) Baseado na tabela abaixo determine: A) Monte o diagrama de redes. B) Os caminhos possíveis e a duração do projeto. C) O Caminho crítico e a duração do projeto. D) As folgas na sequência das atividades. ATIVIDADE PREDECESSORES DURAÇÃO IMEDIATOS A -- 23 Semanas B -- 8 Semanas C -- 6 Semanas D A 4 Semanas E B 7 Semanas F C 5 Semanas G D 6 Semanas H E 20 Semanas I G,H,F 15 Semanas J I 10 Semanas 67 4) Baseado na tabela abaixo determine: A) Monte o diagrama de redes. B) Os caminhos possíveis e a duração do projeto. C) O Caminho crítico e a duração do projeto. D) As folgas na sequência das atividades. ATIVIDADE PREDECESSORES DURAÇÃO IMEDIATOS A -- 1 Dia B A 4 Dias C B 4 Dias D C 3 Dias E D;H 4 Dias F A 6 Dias G F 5 Dias H G 4 Dias I B 7 Dias J I 11 Dias K E;J 6 Dias 68 5) Baseado na tabela abaixo determine: A) Monte o diagrama de redes. B) Os caminhos possíveis e a duração do projeto. C) O Caminho crítico e a duração do projeto. D) As folgas na sequência das atividades. ATIVIDADE PREDECESSORES DURAÇÃO IMEDIATOS A -- 3 Dias B A 5 Dias C ---- 12 Dias D ---- 4 Dias E D 2 Dias F D 5 Dias G F 7 Dias H E;G 8 Dias I B 11 Dias J C;H;I 3 Dias 69 6) Certa indústria assinou um contrato, no qual promete entregar um novo produto em prazo determinado. Após análise criteriosa, chegou-se à seguinte rede de atividades para o processo de produção do novo produto (duração das atividades medidas em dias). – CPTM 2012 0 2 4 7 9 3 1 4 6 0 13 O caminho crítico e sua duração, respectivamente, são: A. Início – A- B-D-E-H – Término e 25 dias. B. Início – A-B-C-F-I – Término e 17 dias. C. Início – A-B-C-G-I – Término e 26 dias. D. Início – A-B-D-E-H – Término e 24 dias. E. Início – A-B-C-G-I – Término e 25 dias. Início A B D E H Término C G F I 70 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10.1. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: GAITHER, N.; FRAZIER, G. Administração da produção e operações. 8. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001. CORREA, C. A.; CORREA, H. L.; Administração de produção e operações: manufatura e serviços - uma abordagem estratégica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006. CORREA, H. L.; GIANESI, I. G. N.; CAON, M.; Planejamento, programação e controle da produção MRPII/ERP: conceitos, uso e implantação. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 10.2. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: GOLDRATT, E. M.; COX, J. A meta: um processo de melhoria contínua. São Paulo: Nobel, 2003. MARTINS, P.G.; LAUGENI, F.P. Administração da Produção. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2004. MOREIRA, D. A. Administração da produção e operações. São Paulo: Cengage Learning, 2008. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. CHIAVENATO, Idalberto. Administração da Produção. 1a edição. Editora Campus, 2005. 71 11. FOLHAS PARA EXERCÍCIOS MRP ITEM SEMANA NECESSIDADE BRUTA ESTOQUE DISPONÍVEL RECEBIMENTOS PROGRAMADOS NECESSIDADES LIQUIDAS LIBERAÇÃO DE ORDEMDE PRODUÇÃO ITEM SEMANA NECESSIDADE BRUTA ESTOQUE DISPONÍVEL RECEBIMENTOS PROGRAMADOS NECESSIDADES LIQUIDAS LIBERAÇÃO DE ORDEM DE PRODUÇÃO ITEM SEMANA NECESSIDADE BRUTA ESTOQUE DISPONÍVEL RECEBIMENTOS PROGRAMADOS NECESSIDADES LIQUIDAS LIBERAÇÃO DE ORDEM DE PRODUÇÃO 72 ITEM SEMANA NECESSIDADE BRUTA ESTOQUE DISPONÍVEL RECEBIMENTOS PROGRAMADOS NECESSIDADES LIQUIDAS LIBERAÇÃO DE ORDEM DE PRODUÇÃO ITEM SEMANA NECESSIDADE BRUTA ESTOQUE DISPONÍVEL RECEBIMENTOS PROGRAMADOS NECESSIDADES LIQUIDAS LIBERAÇÃO DE ORDEM DE PRODUÇÃO ITEM SEMANA NECESSIDADE BRUTA ESTOQUE DISPONÍVEL RECEBIMENTOS PROGRAMADOS NECESSIDADES LIQUIDAS LIBERAÇÃO DE ORDEM DE PRODUÇÃO 73 ITEM SEMANA NECESSIDADE BRUTA ESTOQUE DISPONÍVEL RECEBIMENTOS PROGRAMADOS NECESSIDADES LIQUIDAS LIBERAÇÃO DE ORDEM DE PRODUÇÃO ITEM SEMANA NECESSIDADE BRUTA ESTOQUE DISPONÍVEL RECEBIMENTOS PROGRAMADOS NECESSIDADES LIQUIDAS LIBERAÇÃO DE ORDEM DE PRODUÇÃO ITEM SEMANA NECESSIDADE BRUTA ESTOQUE DISPONÍVEL RECEBIMENTOS PROGRAMADOS NECESSIDADES LIQUIDAS LIBERAÇÃO DE ORDEM DE PRODUÇÃO 74 ITEM SEMANA NECESSIDADE BRUTA ESTOQUE DISPONÍVEL RECEBIMENTOS PROGRAMADOS NECESSIDADES LIQUIDAS LIBERAÇÃO DE ORDEM DE PRODUÇÃO ITEM SEMANA NECESSIDADE BRUTA ESTOQUE DISPONÍVEL RECEBIMENTOS PROGRAMADOS NECESSIDADES LIQUIDAS LIBERAÇÃO DE ORDEM DE PRODUÇÃO ITEM SEMANA NECESSIDADE BRUTA ESTOQUE DISPONÍVEL RECEBIMENTOS PROGRAMADOS NECESSIDADES LIQUIDAS LIBERAÇÃO DE ORDEM DE PRODUÇÃO
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