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LAMAS BREW SHOP Nossa história harmoniza com a sua. A Lamas Brew Shop é fruto da amizade de mais de 20 anos de um grupo de ex-alunos da Unicamp – todos apaixonados por cerveja. Pioneiros na produção artesanal, eles resolveram investir nessa paixão ao perceber o interesse cada vez maior do público brasileiro pelo assunto. Hoje, somos um verdadeiro clube de amantes da cerveja, com a nobre missão de difundir a cultura cervejeira em nosso país e, de quebra, conquistar novos amigos no processo. 3 Seja bem-vindo ao idioma cervejeiro. Quem está dando os pr imeiros passos na fabr icação de cerveja ar tesanal pode estranhar a lguns dos termos usados pelos cerveje i ros mais exper ientes. Por isso, a Lamas Brew Shop está t razendo este glossár io com as pr incipais expressões do nosso universo, para que você não tenha dúvidas na hora de fa lar essa nova l inguagem. Índice a F l s B G m t C H o v i p w k r z ED 4 a ADJUNTO. Cereal não maltado, adicionado à cerveja principalmente como fonte de açúcar fermentescível e proteínas. Exemplo: tr igo, milho, arroz ou aveia. ADSTRINGÊNCIA. Sensação de contração e repuxamento na boca, em especial na l íngua, provocada por algumas substâncias como o tanino. ALE. Tipo de cerveja fermentadas em temperaturas mais altas (18 a 24 °C). No Reino Unido, durante a Idade Média, “Ale” era o nome genérico para cervejas. ALFA AMILASE. Enzima presente no malte responsável por quebrar o amido do malte em dextrinas principalmente, deixando a cerveja mais encorpadas. Sua temperatura de trabalho é de 70 a 75°C. ACETATO DE ISOAMILA. Trata-se de um flavor com odor de banana, comumente encontrado em cervejas do esti lo “Weiss”. ACETALDEÍDO. Trata-se de um flavor com odor maçã verde, geralmente indicando stress na fermentação.. ALCOOL SUPERIOR. Sensação de aquecimento alcoolico indesejado, lembra solvente. Normalmente gerado por falhas na fermentação. ACIDO BUTIRICO. Off f lavor que remete a vômito de Bebê, proveniente de contaminação pela bactéria Clostridium. ACIDO ACÉTICO. Off f lavor remetendo a vinagre. Proveniente de agentes contaminantes externos (aceto bacters). ACIDO LÁTICO. Off f lavor remetendo a leite azedo, iogurte. Proveniente de agentes contaminantes externos (Bacterias láticas). a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 5 b BARRIL. Recipiente cilíndrico utilizado para armazenar cerveja não- pasteurizada. Originalmente feito de madeira, acrescenta aromas e sabores característicos do material empregado. Também pode ser de alumínio ou de aço inoxidável, com vantagens de transporte e armazenagem. BETA AMILASE. Enzima presente no malte responsável por quebrar o amido do malte em açúcares fermentescíveis (principalmente em maltose) durante a mostura. Sua temperatura de trabalho é de 60 a 65°C. BETA-GLUCANASES. Transformam beta-glucanos do grão (conjunto de glicose viscoso e grudento), geralmente trazendo problemas para a filtragem. Sendo recomendada apenas em casos onde existe grande proporção (>25%) de grãos não-malteados (cevada, trigo, aveia). Temperatura: 37- 45°C – pH 4,5-5,5; BIERGARTEN. Literalmente “Jardins da Cerveja”, são grandes espaços de convivência ao ar livre, nos quais se reúnem pessoas e boas cervejas, em um clima familiar, alegre e descontraído. BITTER. Sabor amargo que, nas cervejas, é conferido pelo lúpulo. Esse nome também é dado às cervejas inglesas tradicionais, geralmente servidas sob pressão. BJCP. Abreviatura de Beer Judge Certification Program, associação americana sem fins lucrativos que surgiu da necessidade de padronizar os parâmetros de julgamento de cervejas nos concursos. Fundada por dezenas de especialistas, desenvolveu um Guia de Estilos de Cerveja, usado no mundo inteiro, e criou um programa de certificação de juízes para habilitar pessoas a serem jurados em concursos que envolvem a cerveja. BLOW OFF. Fermentação muito efusiva, onde o mosto vaza do fermentador durante a fermentação. BOCK. Estilo de cerveja originalmente produzida por fermentação de superfície, original da Baviera. BRASSAGEM. Processo de fabricação da cerveja, obtendo-se o mosto que será fermentado. O dia da brasagem inclui: moagem, mostura, recirculação, fervura e resfriamento. BRASSERIE. Termo francês para designar o local onde se produz a cerveja (cervejaria) ou onde são servidas bebidas e comidas. BRETTANOMYCES. Gênero de levedura, comumente utilizado para fazer cervejas “Sours”. BREWPUB. Bar onde é servida cerveja produzida no local. a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 6 c CARBONATAÇÃO. Característica natural da cerveja que lhe confere a efervescência, provocando a sensação de textura e aparência espumante. Esse efeito é produzido pela presença de dióxido de carbono (CO2) resultante do processo de refermentação na garrafa ou de carbonatação forçada. CEREAL. Planta da família das gramíneas, rica em proteínas. Ex.: trigo, aveia, sorgo, cevada, arroz, milho, soja, centeio. O nome deriva de Ceres, a deusa da colheita e da fertilidade. CERVEJA PURO MALTE. Cervejas que utilizam 100% de cereais maltados como fonte de açúcar fermentescíveis CORPO. Sensação da bebida em contato com as células sensitivas da boca e que nos dá a percepção de viscosidade e fluidez. CEVADA. Principal grão que é malteado e utilizado para a produção de cerveja. Além do fácil cultivo, tem uma relação amido/proteína maior que os outros cereais e possui cascas que ajudam no processo de filtração. a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 7 D DENSIDADE FINAL. Grau de concentração de substâncias não- fermentescíveis remanescentes na cerveja após a fermentação. Em inglês: final gravity (F.G.). DENSIDADE ORIGINAL. Grau de concentração de substâncias fermentescíveis e não-fermentescíveis, dissolvidos do mosto, isto é, antes da fermentação. Em inglês: original gravity (O.G.). DIACETIL. Substância volátil responsável por parte do aroma de diversos alimentos e bebidas, e produzida através de processos de fermentação. Em grandes quantidades é considerado um off-flavor. DIÓXIDO DE CARBONO (CO2). Molécula que contém duas partes (átomos) de oxigênio e uma parte (átomo) de carbono. Também conhecido como gás carbônico, é um subproduto da fermentação e responsável pela espuma da cerveja. DMS. DMS (Dimethyl Sulphide), off flavor remetendo a milho e/ ou vegetais cozidos na cerveja. DRAFT BEER OU DRAUGHT BEER. Conhecida no Brasil como chope, é a cerveja armazenada em barris e servida sob pressão. Em geral não é pasteurizada e, por isso, seu prazo de validade é de uma semana após o envasamento. Também conhecida por tap bier. Em francês, bière à la pression; em alemão, bier vom fass. DRINKABILITY. Um dos critérios de avaliação de uma bebida, que considera quão agradável é a sensação final do produto a ponto de levar o degustador a repetir a dose. Quanto menor é a vontade de beber outra dose, menor é drinkability da cerveja. DUBBEL. Significa “dobro” em neerlandês. O nome passou a ser usado no final do século XIX para designar as cervejas mais fortes produzidas na Bélgica, em especial no Mosteiro de Westmalle. Tornou-se um dos estilos de cerveja belga mais tradicionais, com características especiais de cor (âmbar-escura), aroma (maltado) e teor alcoólico (entre 6% abc e 7,6% abv) a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 8 E EBC. Abreviatura de European Brewery Convention, uma Associação criada em 1947 para promover o desenvolvimento técnico e científico das cervejas. É também uma unidade de medida usada para aferir alguns parâmetros da cerveja, por exemplo a cor. EBULIÇÃO. Na fervura utilizamos o termo ebulição para determinar que o mosto está fervendo (passando do estado líquido para o estado gasoso). a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 9 F FERMENTAÇÃO. Processo bioquímico que ocorreem condições anaeróbicas envolvendo a quebra de matérias orgânicas por microrganismos, gerando produtos da fermentação. No caso da cerveja ocorre a fermentação alcóolica onde os principais produtos são o álcool e o CO2. FLOCULAÇÃO. Indica a capacidade de um fermento tem de decantar no fermentador durante o processo de fermentação. a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 10 G GRUIT. Mistura de ervas, temperos e outros ingredientes usados para temperar e/ou aromatizar as cervejas antes do advento do lúpulo. Dependendo da região, essa mistura podia conter flores, raízes, ervas, cascas, etc. GUSHING. O efeito da expulsão repentina da espuma ao se abrir a garrafa ou a lata de cerveja, provocada por agitação excessiva ou contaminação do conteúdo. a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 1 1 H HIDROMEL. Bebida alcoólica produzida a partir da fermentação de mel e água. Em inglês, mead. É a bebida alcoólica mais antiga do mundo. HOMEBREW. Produção de cerveja em instalações caseiras, em pequenas quantidades e de forma artesanal. HUMULUS LUPULUS. Nome científico do lúpulo. a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 12 I IBU. Abreviatura de International Bitterness Units, unidade de medida do amargor. IPA. Abreviatura para India Pale Ale, um estilo de cerveja desenvolvido para suportar o transporte a grandes distâncias sem deteriorar. O nome se refere ao fato de ter sido produzida originalmente para abastecer as tropas inglesas estacionadas na Índia no século XVIII. Contém maior concentração de lúpulo e elevado teor alcoólico. INOCULAR. Termo utilizado por cervejeiros caseiros para adicionar fermento no mostro cervejeiro. a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 13 K KRAUSEN. Termo usado para se referir ao colarinho de espuma que se forma no topo da cerveja durante a fermentação primária. KOLSH. Estilo de cerveja original da cidade de Colônia, na Alemanha. a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 14 L LEI DA PUREZA. Lei estabelecida em 1516, pelos duques Wilhelm IV e Ludwing X, para regular a produção de cerveja à época. A partir de então, só foi permitida a fabricação de cervejas que utilizassem malte de cevada, água e lúpulo (fermento e fermentação eram desconhecidos). Em 1906, a Lei foi modificada para acrescentar o fermento e admitir o trigo como adjunto. Foi revogada em 1987, depois de muita pressão internacional, mas continua sendo uma exigência do consumidor alemão e uma boa referência de qualidade em todo o mundo. Em alemão, Reinheitsgebot. LEVEDURA. Micro-organismo unicelular do Reino dos Fungos responsável pela fermentação alcóolica da cerveja. Nome científico da espécie utilizada na produção de cerveja Saccharomyces Cerevisiae. LÚPULO. Um dos principais ingredientes da cerveja, é uma planta trepadeira –Humulus Lupulus – da família Cannabinaceae. Além de ser um bom conservante, confere amargor e aroma à cerveja. Em inglês, hops. a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 15 M MALTE. São grãos que passam pelo processo de malteação. O malte possui mais açúcares e aminoácidos do que o grãos de cereal comum. MALTE VERDE. Cereal que passou pelo processo de germinação e secagem natural a frio. MALTAGEM. Processo controlado de germinação do cereal, que inclui umedecimento, germinação e secagem, de forma a quebrar as moléculas de amido e prepará-las para serem trituradas e moídas. Dependendo do cereal, da temperatura de secagem e do tempo de exposição ao calor, são produzidos diferentes tipos de malte com variações de cores e sabores no produto final. MALTE BASE. Malte que passou por secagem branda e é utilizado de 50 a 100% nas receitas. É a principal fonte de MOSTO/MOSTURA. Caldo resultante da mistura fervida de malte e água, rico em açúcares fermentáveis. Esse caldo será resfriado para inocular o fermento e ser transformado em álcool e gás carbônico (CO2). a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 16 O OFF-FLAVOR. Qualquer aroma desagradável ou indesejado percebido na cerveja. Pode ser causado por problemas de oxidação, falta de higiene, ingredientes deteriorados ou transporte/ armazenagem inadequados. ORGANOLÉPTICA. A capacidade de uma substância – alimento ou bebida – de impressionar nossos sentidos (audição, olfato, paladar, tato e visão). OXIDAÇÃO. Reação química que provoca a perda de elétrons de uma substância pelo contato com o oxigênio. Esse processo é a principal causa de deterioração da cerveja. a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 17 P PASTEURIZAÇÃO. Processo descoberto por Louis Pasteur e desenvolvido no século XIX para redução ou eliminação de micro-organismos patogênicos presentes em determinados alimentos. Consistes basicamente em submeter a substância a uma determinada temperatura durante certo tempo. PICÂNCIA. Sabor, como o da pimenta, que estimula, excita ou irrita o paladar. PLATO. Unidade de medida da concentração do mosto. a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 18 R RENASCIMENTO DA CERVEJA ARTESANAL. Movimento que ocorreu principalmente nos EUA no começo da década de 80 com o surgimento de micro cervejarias e os famosos homebrewer trazendo de volta a cultura de se apreciar uma boa cerveja, RETROGOSTO. Sensação que permanece após a degustação e a ingestão da cerveja. a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 19 S SEASONAL BEERS. Cervejas fabricadas por períodos curtos, geralmente durante uma estação do ano, ou mesmo para celebrar uma ocasião ou data especial, neste caso chamadas de Festbier. SESSION BEER. Cervejas de baixo teor alcoólico e de leve sabor, produzidas para poderem ser consumidas em grande quantidade. SLOWFOOD. Movimento surgido a partir da oposição ao conceito fastfood e contra a padronização do gosto. Tornou-se uma Associação Internacional a partir de 1986, fundada por Carlo Petrini em Turim, na Itália. Prega a preservação e a valorização da cultura culinária regional, assim como a proteção às tradições gastronômicas e às espécies vegetais e animais. SRM. Abreviatura de Standard Reference Method, a escala de medida de cores que usa espectrofotometria para determinar o valor da amostra. a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 20 T TAPROOM. Bar situado dentro ou anexo às instalações da cervejaria, no qual são servidos seus produtos aos visitantes. Daí a expressão “cervejas on-tap”. TEOR ALCOÓLICO. Concentração de álcool na bebida, que pode ser medida em percentual do total do volume (% apv) ou do peso do líquido (% app). TRAPPIST BEER. Cerveja produzida em um mosteiro trapista. São sete remanescentes. TRIPEL. Existem várias interpretações para este termo. 1. Cerveja fabricada com três maltes diferentes (por exemplo, cevada, trigo e aveia). 2. Cerveja produzida com o triplo da quantidade de malte usual. 3. Cerveja com teor alcoólico alto, baseado no fato de na Idade Média não haver como medir o teor alcoólico e, portanto, a cerveja ser classificada com a letra “X” (sendo um X para a cerveja normal, dois para a mais forte e três para a extraforte). a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 21 V V/V. Abreviatura de percentual do volume de uma substância em relação ao volume total da mistura. a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 22 W WHIRFLOC. Clafiricante utilizado no término da fervura para diminuir a turbiz da cerveja pronta. W/V. Abreviatura de percentual do peso de uma substância em relação ao volume total da mistura. a F l sB G m tC H o vi p wk r zED 23 Z ZYTHOS. Palavra grega, derivada do egípcio, que significa “vinho de cevada”. ZYTHUM ou ZITHUM. palavra egípcia que designava a bebida feita de cevada na época dos faraós. a F l sB G m tC H o vi p wk r zED
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