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Inclusão através de aplicativo

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ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO | NÚCLEO DE PRÁTICAS | PORTFÓLIO 
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INCLUSÃO ATRAVÉS DE APLICATIVO: POSSIBILIDADE OU ENTRAVE?
Por (nome do aluno, RU)
Polo – Cidade
Data (ex. 28/06/2017)
Fonte: Santos, 2014.
Uma professora de Língua Portuguesa de 6º ano, numa escola da rede pública do Rio Grande do Sul, em virtude dos desafios encontrados ao trabalhar com um aluno disléxico em suas aulas de Português, fez uso de um aplicativo chamado “Aramumo”. Aplicativo este usado de forma conjunta e integrado com o conteúdo abordado pela professora em sala de aula, como forma de integração e inclusão. 
A opção pelo software ocorreu com o intuito de estimular a percepção da memória auditiva, visual e sequencial; coordenação vasomotora; ativação dos dois hemisférios cerebrais (imagens e texto); orientação espaço/temporal (consciência corporal/ambiente); controle de movimentos (força, intensidade, agilidade na utilização do teclado e mouse) e assim oferecer ao aluno a oportunidade de construção do seu conhecimento.
As aulas de Língua Portuguesa da Professora Andreia, com o uso do aplicativo, tornaram-se ainda mais prazerosas e interessantes, pois a educadora deu um passo inovador ao abordar a sala de informática da escola, a qual, até então, era pouco usada.
 Na sala de informática, a turma como um todo, vivenciou um ambiente diferente de aprendizagem e a professora, além de aproximá-los das tecnologias como forma de aprendizagem, pode auxiliar de forma mais direta o aluno que tem dislexia.
“Aramumo”, como é chamado o aplicativo, é ideal para alunos disléxicos entre a faixa etária de 10 até 13 anos, constitui-se num jogo basicamente de palavras-cruzadas, porém, separados por sílabas e não por letras como nos jogos e exercícios tradicionais.
 A intencionalidade do jogo é estimular a leitura e a escrita de crianças disléxicas, trabalhar a ortografia e novas palavras. 
Contribui, inclusive, no desenvolvimento e treinamento das habilidades de separação silábica, ortografia, reconhecimento e memorização de sons e coordenação motora. 
De acordo com a experiência da Professora, as vantagens e pontos positivos oriundos do uso deste aplicativo são significativas e acabam por omitir as poucas desvantagens.
A aproximação da turma com o uso da tecnologia, no caso o software “Aramumo”, elevou ainda mais o interesse pelas aulas e pelo conteúdo da disciplina; especificamente ao disléxico, pois o acesso e a interação com o computador tornou-se, para ele, um facilitador para a linguagem dando a possibilidade de criação de situações, planejamento, tomada de decisões e resolução de problemas.
Ao mudar sua estratégia de ensino, a professora percebeu o quanto foi necessário o uso do aplicativo para a turma como um todo, pois a dificuldade de um aluno, acabava por impossibilitar que o professor atendesse às demais necessidades da turma.
A professora acabava deixando, de forma inconsciente, os demais alunos na certeza de que conseguiriam aprender e construir sua aprendizagem de forma mais acirrada que o aluno disléxico; fato este que na prática não ocorria antes do uso do aplicativo.
Então, com o uso do aplicativo nas aulas de Língua Portuguesa a professora percebeu uma maior integração entre a turma, pois o aluno com dislexia, antes desta estratégia era tímido, inseguro, apresentava dificuldades de expressar-se e até seu círculo de amizades era instável.
Nestes termos, e com esta experiência, percebe-se que a relação da tecnologia com a educação inclusiva constitui-se como uma excelente estratégia de ensino aprendizagem, o educador por sua vez, não pode ficar à margem dessa mudança, mas precisa criar estratégias inovadoras de comunicação, novos estilos de trabalho, principalmente, novas maneiras de conduzir e ter acesso ao conhecimento, utilizando as mais variadas ferramentas tecnológicas a fim de despertar no estudante, cada vez mais o prazer de estudar. 
As tecnologias assistidas proporcionam aos alunos com determinadas necessidades especiais, maior independência e aquisição de competências que as tornem aptas a enfrentar no cotidiano, numerosas situações e assim tenham cada vez mais qualidade de vida.
Neste sentido, nota-se que ao trabalhar com a tecnologia na educação inclusiva, faz-se necessário estar em constante busca pela inovação, considerando que a tecnologia deve fazer parte da prática pedagógica do professor e estar cotidianamente inserida no cotidiano de todos os alunos.
Especifica-se inclusive que este respeito às diferenças, à diversidade produz no estudante com deficiência, autonomia e aprendizagem necessárias para ser autor da própria história.
O professor como agente transformador e mediador do processo de ensino e aprendizagem, precisa antes de tudo, respeitar as diversidades e possibilitar o desenvolvimento das habilidades dos estudantes. 
Diante disto, ressalta-se que o educador, para lidar com o estudante com deficiência, necessita ir além das áreas conteudistas habituais de formação, conhecendo e desenvolvendo um conjunto de práticas que permita aos estudantes alcançar o sucesso, isto é, atingir o limite superior das suas capacidades.

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