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Grupo de estudos 
Concursos TRT - TST 
PROFESSORA: DEBORAH PAIVA 
 
Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1
Queridos alunos, 
 
Já estamos na segunda aula de nosso curso! Comentarei no início desta aula a 
questão discursiva referente à penhora. 
 
Escolhi os resumos referentes aos princípios, tanto em Processo do Trabalho 
quanto em Direito do Trabalho para iniciar o estudo da parte teórica de nosso 
curso. 
 
Observei que nos últimos concursos a FCC abordou os princípios dentro do 
Direito Processual, tanto Processual Civil quanto do Trabalho. 
 
Separei os temas que serão abordados nas aulas. Estou à disposição de vocês 
para comentar questões de provas ou explicar temas que tenham dúvida, 
tanto em Direito do Trabalho quanto em Processo do Trabalho. 
 
Peço que olhem o cronograma de aulas e apresentem sugestões caso queiram 
acrescentar alguma coisa. 
 
Vamos ao cronograma de aulas! 
 
Cronograma de aulas: 
 
04/05 
 
29/05 26/06 19/07 16/08 Case 
study 
15/06 
08/05 31/05 28/06 24/07 23/08 
 
 Redação 22/06 
10/05 05/06 03/07 26/07 30/08 
EXTRA 
 Case 
study 
13/07 
15/05 12/06 05/07 31/07 
 
 Redação 20/07 
17/05 14/06 10/07 07/08 Case 
study 
17/08 
22/05 19/06 12/07 09/08 
 
 Redação 10/08 
24/05 21/06 17/07 14/08 
 
 Redação 24/08 
 
Aula 01: (04/05) Prova TRT 20ª Região comentada – Analista Judiciário - 
Execução de Mandados – 2011. 
 
Aula 02: (08/05) Resumos Princípios e fontes do Processo do Trabalho e 
Princípios e fontes do Direito do Trabalho (teoria, questões e jurisprudência). 
 
 
 
Grupo de estudos 
Concursos TRT - TST 
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Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 2
Aula 03: (10/05) Provas Comentadas: TRT 20ª Região – Técnico Judiciário – 
2011 e TRT 11ª Região – Técnico Judiciário – 2012. 
 
Aula 04: (15/05) Resumos Competência e Provas no Processo do Trabalho 
(teoria, questões, jurisprudência). 
 
Aula 05: (17/05) Provas Comentadas: TRT 11ª Região – Analista 
Administrativo – 2012 e TRT 11ª Região – Analista Judiciário Execução de 
Mandados – 2012. 
 
Aula 06: (22/05) Resumos Recursos no Processo do Trabalho (teoria, 
questões, jurisprudência). 
 
Aula 07: (24/05) Provas Comentadas: TRT 11ª Região – Analista Judiciário – 
2012 e TRT 20ª Região – Analista Administrativo – 2011. 
 
Aula 08: (29/05) Resumos Execução no Processo do Trabalho (teoria, 
questões, jurisprudência). 
 
Aula 09: (31/05) Provas Comentadas: TRT 6ª Região – Analista Judiciário – 
2012 e TRT 6ª Região – Analista Administrativo – 2012. 
 
Aula 10: (05/06) Resumos cálculos trabalhistas e terminação do contrato de 
trabalho (Justa Causa, Despedida Indireta, Pedido de demissão). 
 
Aula 11: (12/06) Comentários sobre as alterações ocorridas na legislação de 
2010 até 2012. Apresentação do estudo de caso a ser comentado na aula 13. 
 
Aula 12: (14/06) Provas Comentadas: TRT 6ª Região – Analista Judiciário – 
Execução de Mandados - 2012 e TRT 6ª Região – Técnico Judiciário – 2012. 
 
Aula 13: Resolução do estudo de caso via twitcam no período noturno. 
Postagem de material referente à aula. 
 
Case 
study 
15/06 
 
Aula 14: (19/06) Resumos Duração do Trabalho (teoria, questões, 
jurisprudência). 
 
Aula 15: (21/06) Alterações ocorridas nas Súmulas e Orientações 
Jurisprudenciais de 2010 até 2012. 
 
Aula 16: 
 
Redação 22/06 
 
Grupo de estudos 
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Aula 17: (26/06) Resumo Contrato de Trabalho (teoria, questões, 
jurisprudência). 
 
Aula 18: (28/06) Resumo Mandado de Segurança no Processo do Trabalho 
(teoria, questões, jurisprudência). 
 
Aula 19: (03/07) Resumo Direito Coletivo do Trabalho (teoria, questões, 
jurisprudência). 
 
Aula 20: (05/07) Resumo Remuneração e Salário (teoria, questões, 
jurisprudência). 
 
Aula 21: (10/07) Questões Comentadas CESPE, FCC – Provas de Juiz do 
Trabalho. Apresentação do estudo de caso a ser comentado na aula 23. 
 
Aula 22: (12/07) Resumo Insalubridade e Periculosidade (teoria, questões, 
jurisprudência). 
 
Aula 23: Resolução do estudo de caso via twitcam no período noturno. 
Postagem de material referente à aula. 
 
Case 
study 
13/07 
 
Aula 24: (17/07) Comentários ao Informativo do TST – Parte I. 
 
Aula 25: (19/07) Comentários ao Informativo do TST – Parte II. 
 
Aula 26: 
 
Redação 20/07 
 
Aula 27: (24/07) Provas Comentadas CESPE e FCC Direito do Trabalho. 
 
Aula 28: (26/07) Provas Comentadas CESPE e FCC Processo do Trabalho. 
 
Aula 29: (31/07) Dicas FCC. Provas Comentadas. 
 
Aula 30: (07/08) Questões subjetivas Direito do Trabalho – Provas Juiz do 
Trabalho. 
 
Aula 31: (09/08) Questões subjetivas Processo do Trabalho – Provas Juiz do 
Trabalho. 
 
 
 
 
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Aula 32: 
 
Redação 10/08 
 
Aula 33: (14/08) Resumo Ação Rescisória no Processo do Trabalho (teoria, 
questões, jurisprudência). Nova Jurisprudência. Apresentação do estudo de 
caso a ser comentado na aula 35. 
 
Aula 34: (16/08) Dicas de Motivação. 
 
Aula 35: Resolução do estudo de caso via twitcam no período noturno. 
Postagem de material referente à aula. 
 
Case 
study 
17/08 
 
Aula 36: (23/08) Resumo Atos Processuais e Nulidades no Processo do 
Trabalho (teoria, questões, jurisprudência). 
 
Aula 37: 
 
Redação 24/08 
 
Aula 38: (30/08) Extra: temas sugeridos pelo aluno ou algum tema que não 
tenha sido abordado ou que seja inserido pelos novos Editais. 
 
---------------------------------------------------------------------------------------- 
 
Aula 02: (08/05) Resumos Princípios e fontes do Processo do Trabalho e 
Princípios e fontes do Direito do Trabalho (teoria, questões e jurisprudência). 
 
2.1. Discursiva FCC: 
 
 
(FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 20ª Região – 
2011) Responda fundamentadamente no que consiste a penhora, no Direito 
Processual do Trabalho, bem como quais são os seus efeitos. 
 
 
Comentários: A banca abordou o tema penhora nesta questão. Ela delimitou os 
pontos que o aluno deve abordar ao falar “consiste a penhora” e “efeitos”. 
Assim, o aluno deverá falar do conceito da penhora e depois dissertar sobre os 
seus efeitos no Direito processual do Trabalho. 
 
 
 
 
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Apresentarei para vocês vários conceitos dos mais renomados juristas. O 
intuito não é decorar. 
 
Através dos conceitos apresentados, vocês poderão ter base para criar, com 
suas próprias palavras, a definição de penhora. 
 
“A penhora traduz meio coercitivo do qual se vale o exeqüente para 
vencer a resistência de devedor inadimplente e renitente à 
implementação do comando judicial”. (Francisco Antônio de Oliveira) 
 
“A penhora é um ato de império do Estado, praticado na execução que 
tem por finalidade vincular determinados bens do devedor ao processo, 
a fim de satisfazer o crédito do exeqüente. Trata-se de um ato de 
afetação de determinados bens do devedor que provoca o gravame de 
vinculá-los ao processo em que processa a execução”. (Mauro Schiavi) 
 
 Os efeitos da penhora para a doutrina são: 
 
a) Individualizar o bem ou os bens do executado que responderão pela 
satisfação do crédito do exeqüente; 
 
b) Garantir o juízo. Há garantia do juízo quando o montante dos bens 
penhorados for suficiente para pagamento do crédito do exeqüente e 
das demais despesas processuais; 
 
c) Gerar preferência ao credor. O credor que primeiramente obtiver a 
penhora sobre os bens terá preferência sobre osdemais credores que 
vierem a penhorar o mesmo bem, conforme artigos 612 e 613 do CPC. 
 
d) Privar o devedor da posse dos bens. A penhora tem o efeito de retirar 
do devedor a posse dos bens penhorados. 
 
Há muita coisa para estudar em relação à penhora. Inclusive Orientações 
Jurisprudenciais do TST. Nesta questão, procurei limitar o estudo ao que foi 
pedido na questão. 
 
Oportunamente, teremos uma aula exclusiva para o estudo de execução no 
decorrer do curso, que tratará de forma mais aprofundada o assunto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.2. Princípios de Direito do Trabalho: 
 
Antes de estudar os princípios vamos estudar as fontes do direito do trabalho! 
 
As fontes do direito do trabalho dividem-se em materiais e formais. 
 
 As fontes materiais são os fatos sociais que deram origem à norma, 
como por exemplo, as greves, os movimentos sociais organizados pelos 
trabalhadores, as lutas de classes, a concentração do proletariado ao redor das 
fábricas, a revolução industrial, os conflitos entre o capital e o trabalho, e todos 
os fatos sociais que derem origem à formação do direito do trabalho. 
 
 A fonte formal é a manifestação da ordem jurídica positivada, ou seja, a 
norma é elaborada com a participação direta dos seus destinatários (fontes 
formais autônomas) ou sem a participação direta dos seus destinatários (fontes 
formais heterônomas). 
 
 As fontes formais dividem-se em autônomas e heterônomas. Consideram-
se fontes formais autônomas a convenção coletiva e os acordos coletivos, que 
são produzidos sem a participação direta do Estado. Isto porque a convenção 
coletiva é celebrada entre dois Sindicatos, um representante de empregados e 
outro representante de empregadores. Ao passo que o acordo coletivo é 
celebrado entre empresa ou grupo de empresas e o Sindicato de empregados. 
 
� Fonte Material 
 (fatos sociais) 
 
Fontes do Direito do Trabalho 
 Formal Autônoma 
 (Participação dos destinatários) 
 
� Fonte Formal 
 
 Formal Heterônoma 
 (Participação do Estado) 
 
 São consideradas fontes formais heterônomas as leis, a CLT, a Constituição 
Federal, os decretos, a sentença normativa, as Súmulas vinculantes editadas 
pelo STF, as medidas provisórias, as emendas à constituição, os tratados e 
convenções internacionais ratificados pelo Brasil, dentre outros. 
 
O artigo 8º da CLT é o dispositivo legal que refere-se às fontes do direito 
do trabalho. 
 
 
 
 
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 Artigo 8º da CLT As autoridades administrativas e a Justiça do 
Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, 
conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e 
outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do 
trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito 
comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou 
particular prevaleça sobre o interesse público. 
 Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do 
direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os 
princípios fundamentais deste. 
 
 O artigo acima transcrito sendo o dispositivo da CLT que trata de fontes 
do direito do trabalho é muito cobrado em provas. 
 
DICA: As súmulas vinculantes editadas pelo STF são fontes formais 
heterônomas de direito. (Art. 103-A da CRFB/88). Temos duas Súmulas 
Vinculantes do STF importantes que se aplicam ao Direito do Trabalho, a de 
nº4 e a de nº6, que serão comentadas nas próximas aulas. 
DICA: Outro ponto importante é saber que a competência para legislar sobre 
direito do trabalho é privativa da União, conforme dispõe o art. 22, I da 
CRFB/88. 
DICA: A sentença que decide a ação civil pública não é fonte de direito do 
trabalho. 
DICA: As bancas consideram como fontes supletivas a jurisprudência, a 
analogia, a equidade, e os outros princípios e normas de Direito do trabalho e 
de direito, os usos e costumes e o direito comparado. Portanto, já podemos 
afirmar que são fontes integrativas ou supletivas do direito do trabalho: 
� A Jurisprudência: Considera-se jurisprudência a reunião de decisões 
reiteradas dos Tribunais em um mesmo sentido para suprir lacunas do 
ordenamento jurídico. É importante lembrar que a Súmula é a 
jurisprudência pacificada de determinado Tribunal e a Orientação 
Jurisprudencial é o entendimento majoritário de determinado Tribunal. 
 
� A Analogia: A analogia é a aplicação de dispositivos legais que tratam de 
casos semelhantes. Ela divide-se em Analogia “Legis” e Analogia “Iuris”, 
a primeira ocorrerá quando o aplicador do direito recorrer a determinado 
dispositivo legal que regula uma matéria semelhante, na ausência de 
dispositivo legal relativo ao tema. Já a Analogia “Iuris” ocorrerá quando 
não existir um preceito legal semelhante e o aplicador do direito recorrer 
aos princípios gerais do direito, por exemplo. 
 
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� A Equidade: O conceito de equidade derivado próprio nome, sendo 
considerada a disposição de agir com Justiça, equilibrando a justa 
medida entre as coisas. É oportuno ressaltar que o juiz somente poderá 
decidir por equidade nos casos previstos em lei, conforme dispõe o art. 
127 do CPC. 
 
� Os Princípios Gerais do Direito do Trabalho: O princípio é o que orienta o 
aplicador do direito na sua atividade interpretativa. Ele também orienta e 
guia o legislador em sua função legiferante. 
 
� Os Princípios Gerais do Direito: Como o da isonomia, da lealdade, da 
boa-fé, etc. 
 
� Os Usos e costumes: Há quem faça a distinção entre os usos e os 
costumes. Mas para o nosso estudo para provas objetivas o importante é 
saber que os costumes contra a lei não são admitidos. Apenas serão 
admitidos os costumes “praeter legem”, ou seja, para suprir as lacunas 
da lei. 
 
� O Direito Comparado: Permite-se a utilização de direito estrangeiro 
quando a legislação pátria não oferecer solução para determinado 
conflito de interesses. Ressalta-se que o direito comparado somente 
poderá ser utilizado como fonte supletiva (art. 8º da CLT). 
 
 
 Hierarquia das Fontes 
 
 Constituição 
 Lei (CLT) 
 Regulamento 
 Sentença normativa 
 Convenção coletiva de trabalho 
 Costume 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A pirâmide hierárquica é rígida no Direito do Trabalho? 
 Em todo ordenamento jurídico há uma pirâmide de hierarquia de normas 
a serem seguidas e em caso de conflitos entre as normas, deve-se seguir a 
ordem hierárquica da pirâmide para que o mesmo possa ser solucionado. 
Não, a pirâmide hierárquica não é rígida no direito do trabalho porque 
prevalece o princípio da norma mais favorável. Assim, deverá prevalecer a 
norma que for mais favorável ao empregado, mesmo que estejaabaixo de 
outra norma hierarquicamente considerada. 
 
 
(Juiz do Trabalho – TRT 16 ª Região – 2011) 
 
Comentários: As assertivas estão corretas. A banca do TRT da 16ª Região, 
assim, como a FCC adotou a classificação do jurista Maurício Godinho Delgado, 
observem: 
“As fontes materiais dividem-se em distintos blocos, segundo o tipo de 
fatores que se enfoca no estudo da construção e mudanças do 
fenômeno jurídico. Pode-se falar, desse modo, em fontes materiais 
econômicas, sociológicas, políticas, e ainda filosóficas...” 
 
 
 
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 As fontes materiais do direito do trabalho sob a perspectiva econômica 
consistem na evolução do sistema capitalista, abrangendo a Revolução 
Industrial. Já sob a perspectiva sociológica as fontes materiais, como afirma o 
jurista, dizem respeito aos distintos processos de agregação de trabalhadores 
assalariados em função do sistema econômico nas empresas, cidades e regiões 
do mundo ocidental contemporâneo. 
 Sob o ponto de vista político elas dizem respeito aos movimentos sociais 
organizados pelos trabalhadores de nítido caráter reivindicatório, como o 
movimento sindical, por exemplo. 
 Em relação à perspectiva filosófica elas correspondem às idéias e 
correntes de pensamento que influenciam na construção e mudança do Direito 
do Trabalho. 
� Fonte Material 
 (fatos sociais) 
 
Fontes do Direito do Trabalho 
 
 
 Formal Autônoma 
 (Participação dos destinatários) 
� Fonte Formal 
 Formal Heterônoma 
 (Participação do Estado) 
 
 São consideradas fontes formais heterônomas as leis, a CLT, a Constituição 
Federal, os decretos, a sentença normativa, as Súmulas vinculantes editadas 
pelo STF, as medidas provisórias, as emendas à constituição, os tratados e 
convenções internacionais ratificados pelo Brasil, dentre outros. 
As súmulas vinculantes editadas pelo STF 
são fontes formais heterônomas de direito. (Art. 103-A da CRFB/88). 
 
 
Vamos agora estudar os princípios! 
 
Os Princípios são formas de integração da norma jurídica, isto porque 
eles atuam como fonte de integração das normas jurídicas, objetivando suprir 
as lacunas existentes no ordenamento jurídico. 
 
BIZU DE PROVA 
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 Observem que o art. 8º da CLT permite a aplicação dos princípios de 
direito do trabalho como fonte de integração, ou seja, fonte supletiva da 
lacuna existente no ordenamento jurídico. 
 
 Art. 8º da CLT As autoridades administrativas e a Justiça do 
Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, 
conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e 
outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito 
do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito 
comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe 
ou particular prevaleça sobre o interesse público. 
 
 
 Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do 
direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os 
princípios fundamentais deste. 
 
DICA: Portanto, já podemos afirmar que são fontes integrativas ou supletivas 
do direito do trabalho: 
� A Jurisprudência; 
� A Analogia; 
� A Equidade; 
� Os Princípios Gerais do Direito do Trabalho; 
� Os Princípios Gerais do Direito; 
� Os Usos e costumes; 
� O Direito Comparado. 
 
Vejamos, agora, os princípios peculiares do Direito do Trabalho! 
 
a) Princípio da Irrenunciabilidade dos Direitos: Este princípio é conhecido 
também como princípio da indisponibilidade ou da inderrogabilidade, 
caracterizando-se pelo fato de que os empregados não poderão renunciar aos 
direitos trabalhistas que lhes são inerentes. Caso eles renunciem, os atos 
praticados serão considerados nulos de pleno direito, ou seja, 
independentemente de manifestação judicial. 
 
 Art. 9º da CLT Serão nulos de pleno direito os atos praticados 
com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos 
preceitos contidos na presente Consolidação. 
 
b) Princípio da Primazia da Realidade: Trata-se de um princípio geral do 
direito do trabalho que prioriza a verdade real diante da verdade formal. 
Assim, entre os documentos que disponham sobre a relação de emprego e 
o modo efetivo como, concretamente os fatos ocorreram, devem-se 
reconhecer estes em detrimento daqueles. 
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DICA: As expressões abaixo são abordadas em provas para referirem-se ao 
Princípio da Primazia da Realidade. 
� Prioriza-se a verdade real em relação à verdade formal ou aparente. 
� Os fatos prevalecem sobre os documentos. 
� Os fatos definem a verdadeira relação jurídica havida entre as partes e 
não os documentos. 
c) Princípio da Proteção: Geralmente, o empregado não possui a mesma 
igualdade jurídica do empregador, e por isso o direito do trabalho objetiva 
igualar os desiguais, através da busca de uma igualdade jurídica entre as 
partes. Em busca desta igualdade substancial o direito do trabalho protege a 
parte mais fraca da relação jurídica, que é o empregado. 
 Assim, o princípio da proteção resulta das normas imperativas e, 
portanto de ordem pública que caracteriza a intervenção do Estado nas 
relações de trabalho, com o objetivo de proteger o empregado considerado 
hipossuficiente nas relações laborais. 
 “O princípio da proteção ao trabalhador está caracterizado pela intensa 
intervenção estatal brasileira nas relações entre empregado e empregador, o 
que limita e muito a autonomia da vontade das partes” (Vólia Bonfim Cassar). 
 A doutrina considera que o princípio da proteção abrange os seguintes 
princípios, que serão estudados a seguir: princípio in dúbio pro operário, 
princípio da norma mais favorável e princípio da condição mais benéfica. 
d) Princípio In dúbio Pro operário: Este princípio, corolário ao princípio da 
proteção ao trabalhador, caracteriza-se pelo fato de que o intérprete do direito 
ao defrontar-se com duas interpretações possíveis deverá optar pela mais 
favorável ao empregado, desde que não afronte a nítida manifestação do 
legislador e nem se trate de matéria probatória (direito processual). Portanto, 
quando ocorrerem dúvidas em relação a que dispositivo legal aplicar, deve-se 
aplicar aquele que seja mais favorável ao empregado. 
 Não poderia deixar de registrar que há uma corrente minoritária que 
entende que o princípio in dúbio pro operário poderá ser aplicado do processo 
do trabalho no que se refere à matéria probatória. Ressalto que para as provas 
objetivas deveremos nos filiar ao entendimento majoritário que é no sentido da 
inaplicabilidade do princípio in dúbio pro operário ao processo do trabalho. 
 DICA: Alguns doutrinadores denominam o princípio “in dúbio pro 
operário” de “in dúbio pro misero” 
 
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e) Princípio da Condição Mais Benéfica: Este princípio determina a 
prevalência das condições mais vantajosas ao empregado ajustadas no 
contrato de trabalho, no regulamento da empresa ou em norma coletiva, 
mesmo que sobrevenha norma jurídica imperativa e que determine menor 
proteção, uma vez que se aplica a teoriado direito adquirido do art. 5º, XXXVI 
da CRFB/88. 
 Para que vocês possam entender melhor a teoria do direito adquirido em 
relação ao princípio da norma mais favorável, cito um exemplo dado pela 
professora Vólia Bonfim Cassar: 
Exemplificando: “Contrato de trabalho estabelece labor de oito às 17 horas, 
de segunda à sexta-feira, com uma hora de refeição e das oito às 12 horas aos 
sábados, com descanso aos domingos, respeitando o limite legal de 44 horas 
semanais. Todavia, o empregador permitiu, nos últimos três anos de contrato, 
que o empregado Manoel da Silva cumprisse de segunda a sexta-feira a 
jornada de seis horas, concedendo folga todos os sábados e domingos.” 
 Agora, o empregador de Manoel não poderá mais exigir que ele trabalhe 
oito horas diárias e nem aos sábados, porque ele permitiu que Manoel 
usufruísse de uma condição mais favorável. 
 
DICA: A Súmula 51 do TST aborda implicitamente este princípio: 
Súmula 51 do TST I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou 
alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores 
admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. II - Havendo a 
coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um 
deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. 
 
f) Princípio da Norma mais favorável: Caracteriza-se por ser um princípio, 
em virtude do qual, independente da sua hierarquização na escala das normas 
jurídicas aplicar-se-á a que for mais favorável ao trabalhador. 
 
Havendo razoável interpretação de duas normas, deve-se optar por 
aquela mais vantajosa ao trabalhador. 
Como saber qual a norma mais favorável? 
 A doutrina aponta três teorias que ajudam na aferição da norma mais 
favorável: 
1ª Teoria ou Princípio do Conglobamento ou da Incindibilidade: Através 
desta teoria ao aferir-se qual a norma mais favorável ao empregado o 
intérprete deverá buscar a regra mais favorável em seu conjunto, ou seja, não 
poderá fragmentar as normas, escolhendo o que for melhor de cada uma 
delas. 
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2ª Teoria ou Princípio Atomista ou da Acumulação: Estabelece que o 
operador jurídico ao aplicar a norma mais favorável poderá utilizar preceitos 
mais favoráveis de uma e de outra norma, acumulando-se preceitos favoráveis 
ao empregado criando assim, regras jurídicas próprias. 
3ª Teoria Intermediária: Também conhecida por Teoria Moderada 
caracteriza-se pela impossibilidade de fragmentar as cláusulas das normas 
jurídicas em conflito. 
 
Atenção: Há também o princípio da continuidade da relação de emprego. 
 
O Conceito de Princípio da Continuidade da relação de Emprego: A 
permanência do vínculo empregatício é de interesse do direito do trabalho, 
com a integração do empregado na estrutura dinâmica empresarial. 
 
A jurisprudência do TST (súmula 212) adota tal princípio como presunção 
favorável ao empregado. A CLT propõe como regra geral do contrato de 
trabalho o prazo indeterminado, adotando como fundamento o princípio da 
continuidade da relação de emprego. 
 
(UnB/CESPE – Técnico Judiciário - TRT 21 ª Região – 2010) Pelo 
princípio da continuidade da relação de emprego, os fatos ordinários são 
presumidos, em detrimento dos fatos extraordinários, que precisam ser 
provados. Assim, o ônus de provar o vínculo empregatício e o 
despedimento é do empregado, porque se tratam de fatos constitutivos 
do seu direito. 
 
Comentários: INCORRETA. O Ônus de provar o fato constitutivo de seu 
direito é de fato do empregado. Porém, o ônus de provar o vínculo 
empregatício e o despedimento é do empregador (Súmula 212 do TST) 
 
Súmula 212 O ônus de provar o término do contrato de trabalho, 
quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do 
empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego 
constitui presunção favorável ao empregado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.3. Princípios de Processo do Trabalho: 
 
Vamos relembrar um pouco da teoria estudada em meus cursos. 
 
A meu ver, o melhor conceito de direito processual do trabalho é o do 
jurista Carlos Henrique Bezerra Leite, observem: 
 
 “Conceituamos o direito processual do trabalho como ramo da ciência 
jurídica, constituído por um sistema de princípios, normas e instituições 
próprias, que tem por objeto promover a pacificação justa dos conflitos 
decorrentes das relações jurídicas tuteladas pelo direito material do trabalho e 
regular o funcionamento dos órgãos que compõe a Justiça do Trabalho”. 
 
 Para simplificar, elaborei o seguinte conceito de processo do trabalho: 
 
O Processo do Trabalho é um ramo do direito público/subjetivo que tem 
por escopo disciplinar as atividades dos órgãos da Justiça do Trabalho para a 
solução dos conflitos individuais e coletivos de trabalho entre empregados e 
empregadores, entre Sindicatos, entre Sindicatos e empresas e, ainda, 
conflitos oriundos de lides decorrentes da competência ampliada da Justiça do 
Trabalho estabelecida no art. 114 CF/88. 
 
Vamos entender o conceito acima: O Processo do Trabalho é um ramo do 
direito público, sendo considerado direito subjetivo. 
 
� Por Direito Subjetivo entende-se a faculdade, ou seja, a “facultas 
agendi” que o sujeito de direito tem de invocar a norma ao seu 
favor. Como exemplo, podemos citar a relação jurídica em que o 
credor tem a faculdade de exigir do devedor o cumprimento da 
prestação, ou seja, o cumprimento do direito objetivo. 
 
� O Direito Objetivo é considerado uma “norma agendi”, porque são 
normas que disciplinam a ação do homem. Assim, o direito objetivo 
é qualificado como uma norma de ação ditada pelo poder público. 
 
A melhor forma de vocês entenderem a função do Processo do Trabalho 
é através de exemplos. Considero que o entendimento do direito processual do 
trabalho torna-se simplificado, quando ele é exemplificado. 
 
Exemplificando: Adalgisa, empregada doméstica, trabalha há um ano para 
Maria das Dores, sem nada receber. 
 
Ora, sabemos que o art. 7º da CF/88 e a Lei 5.859/72 asseguram aos 
empregados domésticos determinados direitos. Assim, a empregadora de 
Adalgisa está descumprindo a lei ao deixar de pagar a ela salários e os demais 
direitos legais. 
 
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Para receber seus direitos, o que deverá a empregada fazer? 
 
A forma de Adalgisa garantir o recebimento de seus direitos será através 
da interposição de uma ação na Justiça do Trabalho (direito processual) 
pedindo ao juiz que lhe assegure o recebimento de seus direitos que estão 
sendo violados (direito material do trabalho) que estão sendo violados pela sua 
empregadora. 
 
 O direito processual é, portanto o instrumento que está a serviço do 
direito material (direito do trabalho, por exemplo). 
 
Quando o direito material for violado entra em cena o direito processual, 
uma vez que, no caso apresentado, Adalgisa não poderá fazer justiça com as 
próprias mãos (autotutela), porque constitui inclusive crime o exercício 
arbitrário das próprias razões. 
 
Adalgisa deverá ingressar com uma ação pedindo ao Estado-juiz que 
resolva o conflito de interesses entre ela e Maria das Dores (jurisdição). 
 
 O conceito e as características da Jurisdição serão visto mais adiante!Por 
ora quero que vocês observem os conceitos de direito material e direito 
processual dos seguintes juristas: Ada Pelegrini Grinover, Cândido Rangel 
Dinamarco e Antônio Carlos Cintra. 
 
 “Chama-se direito processual o complexode normas e princípios que 
regem tal método de trabalho, ou seja, o exercício conjugado da jurisdição 
pelo Estado-juiz, da Ação pelo demandante e da defesa pelo demandado.” 
 
⇒ Demandante é o autor da ação (Adalgisa). Também denominada de 
reclamante no processo do trabalho. 
 
⇒ Demandado é o réu (Maria das Dores). Denominada reclamada no 
processo do trabalho. 
 
 
� Os Princípios são formas de integração da norma jurídica, isto porque eles 
atuam como fonte de integração das normas jurídicas objetivando suprir as 
lacunas existentes, uma vez que o juiz não poderá eximir-se de sentenciar 
alegando omissões ou lacunas nas normas jurídicas. 
 
 
 
 
 
 
 
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� Para o jurista Norberto Bobbio os princípios são normas, observem: 
 
“normas fundamentais ou generalíssimas do sistema, as normas mais 
gerais. A palavra princípios leva a engano, tanto que é velha questão 
entre os juristas se os princípios gerais são normas. Para mim não há 
dúvida: os princípios gerais são normas como todas as outras. Para 
sustentar que os princípios gerais são normas os argumentos são dois, 
e ambos válidos: antes de mais nada, se são normas aquelas das quais 
os princípios gerais são extraídos, através de um procedimento de 
generalização sucessiva, não se vê pó que não devam ser normas 
também eles: se abstraio da espécie animal obtenho sempre animais e 
não flores ou estrelas. Em segundo lugar, a função para a qual são 
extraídos e empregados é a mesma cumprida por todas as normas, isto 
é a função de regular um caso. E com que finalidade são extraídos em 
caso de lacuna? Para regular um comportamento não-regulamentado: 
mas então servem ao mesmo escopo a que servem as normas 
expressas. E por que não deveriam ser normas?” 
Exemplificando: 
 
 
DICA: O art. 769 da CLT, muito abordado em provas de concursos, autoriza a 
aplicação subsidiária do Direito Processual Civil ao Direito Processual do 
Trabalho, como fonte subsidiária para suprir lacunas ou omissões, ressaltando 
que a aplicação somente será possível quando não colidir com os princípios e 
com as normas de Direito Processual do Trabalho. 
 Art. 769 da CLT Nos casos omissos, o direito processual 
comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, 
exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. 
A seguir apresentarei a classificação dos princípios adotada por Carlos 
Henrique Bezerra Leite. 
 
 
No exemplo de Adalgisa e Maria das Dores, o juiz não poderia deixar 
de resolver o conflito de interesses que lhe foi submetido através da 
ação interposta por Adalgisa. Sendo assim, ele terá que proferir uma 
sentença (estudaremos nas próximas aulas), que é a decisão em 
relação ao conflito entre as partes. 
Caso a lei não regulamente o direito postulado por Adalgisa, o juiz 
mesmo assim deverá proferir decisão na causa (sentenciar), isto 
porque ele não poderá alegar lacuna na lei e eximir-se de proferir 
decisão na ação. Para tal, ele poderá utilizar-se das fontes de 
integração da norma jurídica, dentre elas os princípios de processo do 
trabalho. 
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A) Princípios Gerais do Processo: 
 
A.1. Princípios Informativos: 
⇒ Lógico, 
⇒ Jurídico 
⇒ Político 
⇒ Econômico 
 
A. 2. Princípios Fundamentais: 
⇒ Princípio do Devido Processo Legal 
⇒ Princípio do Contraditório 
⇒ Princípio do Juiz Natural 
⇒ Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição 
⇒ Princípio da Ampla Defesa 
⇒ Princípio da Fundamentação das decisões 
 
B) Princípios Peculiares do Processo do Trabalho: 
⇒ Princípio do Dispositivo 
⇒ Princípio do Inquisitivo ou Inquisitório 
⇒ Princípio da Oralidade 
⇒ Princípio da Identidade física do juiz 
⇒ Princípio da Irrecorribilidade Imediata das Decisões Interlocutórias 
⇒ Princípio do “Jus Postulandi” das partes 
⇒ Princípio da conciliação 
⇒ Princípio da Concentração dos Atos Processuais 
⇒ Princípio da Imediatidade ou Imediação 
⇒ Princípio da Extrapetição 
 
Vamos então aos conceitos dos princípios! 
 
A) Princípios Gerais do Processo: 
 
A1) Princípios Informativos: 
 
� Lógico: Caracteriza-se pela seleção dos meios mais eficazes e rápidos 
para descobrir a verdade e evitar o erro. 
 
� Jurídico: è a garantia de igualdade de tratamento às partes e Justiça nas 
decisões. 
 
� Político: Caracteriza-se por objetivar a máxima garantia social com o 
mínimo de sacrifício à liberdade individual. 
 
� Econômico: Objetiva fazer com que as lides não sejam tão dispendiosas 
ou demoradas e em propiciar o acesso do hipossuficiente (parte mais 
fraca da relação jurídica) ao Poder judiciário através dos institutos da 
assistência judiciária e justiça gratuita. 
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A2) Princípios Fundamentais: 
 
� PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL: É assegurado ao cidadão 
o direito de ser processado nos termos da lei, garantindo o contraditório, 
a ampla defesa e o julgamento imparcial. 
 
Art.5º LIV CRFB/88 “Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens 
sem o devido processo legal'. 
 
� PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO: É um princípio fundamental que 
assegura às partes a garantia de serem ouvidas no processo sobre a 
manifestação da outra parte e expor argumentos contrários a seu favor. 
 
Art.5º LV CRFB/88 “Aos litigantes em processo judicial ou administrativo, 
e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla 
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.” 
 
� PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL: Todos têm direito de ser julgados por 
juiz independente e imparcial, como órgão legalmente criado e instalado 
antes do surgimento da lide. A própria Constituição Federal como forma 
de garantir o Princípio do juiz natural proíbe tribunal de exceção que são 
aqueles que são instituídos para o julgamento de determinadas pessoas 
ou crimes. 
 
Art.5º LIII CRFB/88 “Ninguém será processado nem sentenciado senão 
pela autoridade competente.” 
 
� PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE/INDECLINABILIDADE: Está 
expresso no art. 5º XXXV da CRFB/88 “A lei não excluirá da apreciação 
do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. A jurisdição não poderá 
ser transferida e nem delegada a outro órgão ou Poder. 
 
Art. 126 CPC “o juiz não se exime de sentenciar ou despachar 
alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-
lhe-á aplicar as normas legais, não as havendo, recorrerá á analogia, 
aos costumes e aos princípios gerais do direito.” 
 
� PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA: Assegura às partes envolvidas no 
processo a produção de provas de maneira ampla, desde que lícitas. Está 
expresso no art. 5º LV CRFB/88. 
 
� PRINCÍPIO DA FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES: Segundo este 
princípio, todas as decisões precisam ser fundamentadas sob pena de 
nulidade (art. 93 IX CRFB/88). 
 
 
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B) Princípios Peculiares ao Processo do Trabalho: 
 
� Princípio do Dispositivo: Informa que nenhum juiz prestará a tutela 
jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer nos casos 
e formas legais. É também conhecido como Princípio da Inércia da 
Jurisdição, que está consagrado no art. 2º do CPC. 
 Art. 2º CPC Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão 
quando a parte ou o interessado a requerer nos casos e formas legais. 
 
� Princípio do Inquisitivo ou Inquisitório: O juiz tem a função de 
prestar a tutela jurisdicional,solucionando o conflito de interesses das 
partes que lhe é apresentado, tendo assim a função de impulsionar o 
processo na busca da solução do litígio. Vide art. 262 do CPC e 765 da 
CLT e 856 da CLT. 
 
� Princípio da Oralidade: Caracteriza-se pela prática de atos processuais 
verbais, ou seja, pelo uso da palavra oral, principalmente nas audiências, 
seja pelo Juiz ou pelas partes. 
 
 
 
 Todos os exemplos dados no quadro acima serão estudados de forma 
aprofundada no momento próprio, por ora quero que vocês apenas guardem 
que eles são exemplos de atos praticados com através da manifestação verbal. 
 
� Princípio da Identidade física do juiz: Determina que o juiz que 
colheu as provas, ou seja, instrui o processo, deverá proferir a sentença. 
Tal princípio aplica-se ao processo Civil, porém ao Processo do trabalho 
este princípio não será aplicado, em face do que dispõe as Súmulas 136 
do TST e 222 do STF. 
 
Súmula 136 do TST Não se aplica às Varas do Trabalho o princípio da 
identidade física do juiz. 
 
 
 Exemplos de manifestação deste Princípio: 
a) a leitura da reclamação trabalhista: (art. 847 da CLT); 
b) a defesa oral/20 minutos; 
c) as duas propostas de conciliação consubstanciadas nos artigos 
850 e 846 da CLT, que será a primeira proposta oferecida antes de 
receber a contestação e após a abertura da audiência e a segunda 
proposta oferecida após as razões finais de 10 minutos para cada 
parte. 
d) oitiva de testemunhas (art. 848§2º CLT) 
e) razões finais em 10 minutos (art. 850 CLT) 
f) protesto em audiência (art. 795 CLT) 
 
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� Princípio da Irrecorribilidade Imediata das Decisões 
Interlocutórias: No Processo do Trabalho as decisões interlocutórias 
não serão recorríveis de imediato, conforme estabelece o art. 893 § 1º 
da CLT, que somente permite apreciação das mesmas no recurso da 
decisão definitiva, geralmente no recurso ordinário. Decisão 
Interlocutória é o ato pelo qual o juiz no curso do processo resolve 
questão incidente. 
 
Art. 893 da CLT Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: 
I - embargos; 
II - recurso ordinário; 
III- recurso de revista; 
IV- agravo. 
§ 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou 
Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões 
interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva. 
 A Súmula 214 do TST traz hipóteses de exceção ao princípio da 
irrecorribilidade das decisões interlocutórias, quando o TRT proferir decisão 
interlocutória contrária a alguma Súmula e OJ do TST a parte poderá recorrer 
desta decisão. 
 
 Quando a decisão interlocutória for passível de recurso para o mesmo 
Tribunal a parte prejudicada poderá recorrer desta decisão e quando for 
acolhida exceção de incompetência territorial relativa (estudaremos na aula 
sobre exceção, contestação e reconvenção) com remessa do processo para 
outro TRT a parte poderá recorrer da decisão interlocutória. 
 
 Neste sentido a Súmula 214 do TST! 
 
Súmula 214 do TST Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da 
CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas 
hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula 
ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível 
de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe 
exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal 
Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o 
disposto no art. 799, § 2º, da CLT. 
 
 
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� Princípio do “Jus Postulandi” das partes: Empregados e 
empregadores poderão reclamar pessoalmente na Justiça do Trabalho e 
acompanhar as suas reclamações até o final. 
 
 DICA: A recente Súmula 425 do TST é tema certo de cair em prova, 
observem as explicações abaixo: 
 
 É oportuno frisar, que somente no âmbito da Justiça do trabalho eles 
poderão postular sem advogados (Varas de Trabalho/Tribunais Regionais do 
Trabalho). 
 
SÚMULA 425 do TST O Jus Postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da 
CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não 
alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os 
recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
(FCC - Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 23ª 
Região/2011) O jus Postulandi das partes, estabelecido na 
Consolidação das leis do Trabalho, 
a) limita-se às Varas do Trabalho, alcançando os mandados de 
segurança de sua competência. 
b) limita-se às Varas do Trabalho, alcançando as ações rescisórias de 
sua competência. 
c) é ilimitado, não havendo na lei, em Súmulas ou Orientações 
Jurisprudenciais qualquer limitação, pois trata-se de direito assegurado 
pela Constituição Federal. 
d) limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, 
não alcançando os recursos de competência do Tribunal Superior do 
Trabalho. 
e) limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, 
alcançando os recursos de competência do Tribunal Superior do 
Trabalho, bem como as ações rescisórias e os mandados de segurança. 
 
Comentários: Letra D. O princípio do Jus Postulandi diz que os 
empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente na 
Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. 
 
 Como eu disse que a recente Súmula 425 do TST era tema certo de 
cair em prova, observem que aconteceu com a prova do TRT da 23ª 
Região que foi logo após a edição da Súmula 425 do TST! 
 
SÚMULA 425 do TST O Jus Postulandi das partes, estabelecido no art. 
791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do 
Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado 
de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do 
Trabalho. 
 
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� Princípio da conciliação: O art. 764 da CLT dispõe que todos os 
dissídios sejam coletivos ou individuais deverão estar submetidos à 
conciliação na Justiça do Trabalho. 
 Art. 764 da CLT- Os dissídios individuais ou coletivos submetidos 
à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à 
conciliação. 
 § 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho 
empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de 
uma solução conciliatória dos conflitos. 
 § 2º - Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-se-á 
obrigatoriamente em arbitral, proferindo decisão na forma prescrita 
neste Título. 
 § 3º - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao 
processo, ainda mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório. 
 As propostas de conciliação obrigatórias são duas no procedimento 
ordinário: antes do recebimento da contestação e após razões finais. 
 
 Porém, é oportuno lembrá-los que as propostas são obrigatórias nestes 
dois momentos processuais, mas que a qualquer tempo, o juiz poderá tentar a 
conciliação sempre que possível. 
 
 O Termo de Acordo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, 
somente podendo ser atacado por Ação Rescisória, sendo considerado um 
título executivo judicial. 
 
 Para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe são devidas em 
face do acordo celebrado, o que for lavrado não valerá como decisão 
irrecorrível. 
 
� Princípio da Concentração dos Atos Processuais: Este Princípio 
objetiva a que a tutela jurisdicional seja prestada, no menor tempopossível, concentrando-se os atos processuais em uma única audiência. 
A audiência será contínua, porém o art. 849 da CLT preceitua que caso 
não seja possível concluí-la no mesmo dia o juiz poderá designar nova 
data para prosseguimento. 
 
� Princípio da Imediatidade ou Imediação: Este princípio permite um 
contato direto do juiz com as partes, testemunhas, peritos e terceiros e 
com a própria lide objetivando formar o seu livre convencimento 
motivado determinado pelo Princípio da Persuasão Racional no que tange 
às provas. 
 
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� Princípio da Extrapetição: Em casos expressamente previstos em lei, 
o juiz poderá condenar o réu por pedidos não postulados expressamente 
pelo autor na petição inicial. 
 
Exemplificando: Como exemplo de aplicação deste princípio no âmbito 
laboral pode citar: a aplicação de juros e correção monetária (Súmula 211 do 
TST), a fixação de gozo de férias por sentença fixando pena diária de 5% do 
salário-mínimo (art.136 §2º da CLT), dentre outros. 
 
Súmula 211 do TST JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. 
INDEPENDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL E DO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL Os 
juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, ainda que 
omisso o pedido inicial ou a condenação. 
 
(UnB/CESPE - Defensoria Pública - DPEMA – 2011) Com relação 
aos princípios afetos ao processo do trabalho, assinale a opção correta. 
A) Em atendimento ao princípio da identidade física do juiz, a lei 
determina que a competência para proferir a sentença é do juiz que 
colheu a prova. 
B) Conforme estabelece o princípio do jus postulandi, os empregados e 
os empregadores deverão reclamar por meio de advogado perante a 
justiça do trabalho e acompanhar suas reclamações. 
C) De acordo com o princípio da impugnação especificada, o reclamado 
deve manifestar-se, precisa e especificadamente, sobre os fatos 
narrados na petição inicial, não se admitindo a defesa por negação 
geral. 
D) Em atenção ao princípio da extrapetição, a lei permite sempre que o 
juiz condene o réu em pedidos não contidos na petição inicial. 
E) Consoante o princípio do dispositivo, o magistrado está impedido de 
instaurar de ofício, o processo trabalhista. 
 
Comentários: Letra C. 
 
O Princípio denominado ônus da impugnação especificada está presente 
no art. 302 do CPC estabelecendo que caberá ao réu manifestar-se 
sobre os fatos narrados na petição inicial, sob pena de serem 
considerados verdadeiros os fatos não impugnados. 
 
O ônus atribuído ao réu somente não ocorrerá: 
 a) Quando não for admitida a confissão a respeito dos fatos não 
impugnados. 
b) Quando a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento 
público que a lei considerar da substância do ato. 
c) Quando estiverem em contradição com a defesa considerada em seu 
conjunto. 
 
 
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2.4. Jurisprudência: 
 
TRT15: RECLAMADAS SÃO CONDENADAS A PAGAR INDENIZAÇÃO POR 
DANO MORAL POR ATRASO NO PAGAMENTO DE SALÁRIOS 
Por unanimidade, a 6ª Câmara do TRT da 15ª Região reformou sentença da 2ª 
Vara do Trabalho de Paulínia e deu provimento em parte ao recurso ordinário 
de um trabalhador, condenando as reclamadas a pagar indenização por dano 
moral decorrente do atraso no pagamento dos salários do reclamante. A 
Câmara reconheceu a rescisão indireta do contrato de trabalho, pelo não 
pagamento do salário de dezembro de 2009 e da segunda parcela do 13º 
salário do mesmo ano, bem como pelos constantes atrasos no pagamento da 
remuneração mensal. Dessa forma, o colegiado determinou também o 
pagamento da multa de 40% sobre os depósitos do FGTS e a liberação, no 
prazo de 20 dias após o retorno dos autos à 1ª instância, das guias do seguro-
desemprego. 
 
“O atraso igual ou superior a três meses, de molde a ensejar a rescisão 
indireta do contrato, data vênia dos entendimentos em sentido contrário, não é 
justo e atenta contra o princípio da igualdade”, ponderou o relator do acórdão, 
desembargador Francisco Alberto da Motta Peixoto Giordani, referindo-se ao 
período de tempo que prevalece na jurisprudência para a decretação da 
rescisão indireta, a chamada “justa causa do empregador”. “Nesse passo, 
cumpre indagar: se o empregado deixasse de trabalhar por um período igual 
ou superior a três meses, somente aí teria a empregadora justificativa para 
dispensá-lo? É óbvio que não. Também só estaria em atraso com suas contas 
de água, luz e telefone somente quando superasse, o inadimplemento, três 
meses ou mais? Ainda a resposta é não”, enfatizou o relator. “Se a 
empregadora assumiu o compromisso de pagar os salários, mensalmente, 
deveria cumprir a sua obrigação, no dia ajustado, quitando os salários 
religiosamente. Aliás, estou em que nem possíveis dificuldades de ordem 
econômico-financeiras justificariam semelhante conduta, pois equivaleria a 
transferir o ônus do empreendimento ao empregado, o que não se coaduna 
com os Princípios de Direito do Trabalho.” 
Para Giordani, o não pagamento dos salários e/ou o seu pagamento com 
atraso magoa o princípio da dignidade da pessoa humana, “abalando o íntimo 
de um trabalhador, que tem obrigações e compromissos a saldar, em datas 
certas, com os salários que recebe, e já por isso tem que fazer verdadeiro 
malabarismo”. O desembargador entende que as multas estabelecidas em lei 
ou em normas coletivas não são suficientes para reparar o dano sofrido pelo 
empregado, em caso de não receber em dia seus salários. “As multas legais e 
eventuais multas convencionais que tenham sido estabelecidas dirigem-se ao 
descumprimento da obrigação, a tempo e modo, e não, o que me parece 
líquido, ao abalo que esse reprovável proceder provoca no íntimo do 
trabalhador então atingido.” 
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Entretanto, o valor pretendido pelo reclamante a título de indenização por dano 
moral, de R$ 5 mil, foi considerado excessivo pelo relator e pelos demais 
magistrados que participaram do julgamento. O colegiado fixou a quantia em 
R$ 2 mil, “montante que tenho por razoável”, argumentou o desembargador 
Giordani, que levou em consideração o fato de o último salário recebido pelo 
trabalhador ter sido de R$ 533,41. (Processo 000106-81.2010.5.15.0126 RO) 
 
Fonte: www.trt15.jus.br 
---------------------------------------------------------------------------------------- 
Atenção: A Súmula 207 foi cancelada após a data de publicação desta 
decisão. Considero importante o estudo de como ficará o entendimento atual 
frente ao cancelamento da súmula 207 do TST. 
 
Em Julho de 2009 foi alterado o caput da Lei 7.064/82 que até então só era 
aplicada aos empregados de empresas de engenharia e arquitetura, empresas 
da construção civil. Aplicava-se a lei para os empregados que eram 
contratados no Brasil e transferidos para o exterior. 
 
O art. 3º da referida lei manda aplicar o princípio da norma mais favorável. 
Assim, a lei a ser aplicada será a que for mais favorável ao obreiro. 
 
A partir de Julho de 2009, a lei passou a ser aplicada a todos os empregados 
contratados no Brasil e transferidos por mais de 90 dias para prestar serviços 
no exterior. 
 
Atualmente, deveremos ter o seguinte entendimento: Será aplicada a lei que 
for mais favorável ao empregado que for contratado no Brasil para prestar 
serviços por até 90 dias no exterior, em face do cancelamento da súmula 207 
do TST e da alteração da lei 7.064 de 1982. 
 
Agora, por exemplo. Se o empregado foi contratado na França e continua 
prestando serviços lá será aplicada a lei do local da execução do contratode 
trabalho. 
 
Vejam o antigo julgado sobre o tema: 
 
Empregado que presta serviços no exterior tem direito à aplicação da 
lei que lhe for mais favorável 
 
Data: 24/03/2008 
 
 
 
 
 
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Para o caso de trabalhador brasileiro que presta serviços no exterior, a Súmula 
207 do TST prevê que a relação trabalhista será regida pelas leis vigentes no 
país da prestação do serviços, e não por aquelas do local da contratação. 
Porém, a 1ª Turma do TRT-MG, acompanhando voto do juiz convocado 
Fernando Luiz Gonçalves Rios Neto, decidiu que esta norma encerra regra 
geral e não se aplica aos trabalhadores contratados no Brasil por empresas 
prestadoras de serviços de engenharia para trabalhar no exterior. “Estes são 
regulados pela Lei 7.064, de 06/12/82, a qual estabelece, em seu artigo 3º, 
inciso II, que o empregado tem direito à aplicação da legislação brasileira de 
proteção ao trabalho, quando mais favorável do que a legislação territorial, no 
conjunto de normas em relação a cada matéria”- ressaltou o juiz. 
A ré argumentou que havia dois contratos de trabalho com o reclamante, mas 
que o primeiro tinha por objetivo apenas atender às exigências do Consulado 
de Angola para obtenção do visto de trabalho, sem produzir quaisquer efeitos. 
A empresa de engenharia alegou também que o reclamante prestou serviços 
apenas no exterior, nunca tendo sido transferido para o Brasil e, por isso, não 
se aplicaria a Lei 7.064/82. 
Mas, ao examinar a documentação, o relator concluiu que, na realidade, a 
empresa firmou um único contrato de trabalho com o reclamante, mas 
formalizou suas condições em dois instrumentos distintos, um no Brasil e outro 
no exterior. “Assim, como bem decidido pelo Juiz da Vara de origem, deve ser 
observado o princípio da norma mais favorável, prevalecendo, em caso de 
cláusulas conflitantes, a que for mais benéfica para o trabalhador que é a 
brasileira, e não a angolana, como pretende o recorrente”- frisou. 
Por esses fundamentos, a Turma negou provimento ao recurso, decidindo que 
a empresa de engenharia deve proceder à anotação na CTPS do reclamante e 
arcar com o pagamento de todas as parcelas trabalhistas, deferidas pela 
sentença de acordo com a lei brasileira. 
Fonte: Portal do TRT/3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.5. Princípios do Processo Civil aplicáveis ao processo do trabalho: 
 
 Observei nas últimas provas elaboradas pela 
FCC, uma tendência a bordar os artigos do Processo Civil que se referem 
aos princípios. Assim, vejamos: 
 
 Os princípios importantes do processo civil aplicados ao processo do 
trabalho são: 
 
 Princípio Inquisitivo ou do Impulso Oficial: Este princípio está 
consagrado no art. 262 do CPC. No processo do trabalho o art. 765 da 
CLT permite ao juiz determinar qualquer diligência necessária ao 
esclarecimento das causas, o que caracteriza o impulso oficial. 
 
Art. 262 do CPC O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se 
desenvolve por impulso oficial. 
 
 Princípio da Instrumentalidade: O processo não é um fim em si 
mesmo, mas um instrumento da Justiça. Assim, o processo deverá estar 
a serviço do direito material, sendo um instrumento para a realização 
deste. 
 
O princípio da instrumentalidade é também conhecido como princípio da 
finalidade, segundo o qual quando a lei prescrever determinada forma, sem 
cominar nulidade o juiz considerará válido o ato, se realizado de outro modo 
lhe alcançar a finalidade (artigos 154 e 244 do CPC). 
 
 Princípio da Impugnação Especificada: Este princípio está presente 
no art. 302 do CPC estabelecendo que caberá ao réu manifestar-se sobre 
os fatos narrados na petição inicial, sob pena de serem considerados 
verdadeiros os fatos não impugnados. 
 
� O ônus atribuído ao réu somente não ocorrerá: a) Quando não for 
admitida a confissão a respeito dos fatos não impugnados. b) Quando a 
petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei 
considerar da substância do ato. c) Quando estiverem em contradição 
com a defesa considerada em seu conjunto. 
 
 
 
BIZU DE PROVA 
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 Princípio da Estabilidade da Lide: Segundo Carlos Henrique Bezerra 
Leite, este princípio informa que se o autor já propôs a sua demanda e 
deduziu os seus pedidos, e se o réu já foi citado para sobre eles se 
pronunciar, não poderá mais o autor modificar a sua pretensão sem a 
anuência do réu e, depois de ultrapassado o momento de defesa, nem 
mesmo com o consentimento de ambas as partes isto será possível. 
 
 Princípio da Eventualidade: Este princípio está consagrado no art. 300 
do CPC competindo ao réu alegar na contestação toda a matéria de 
defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o 
pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir. 
 
 Princípio da Preclusão: O art. 245 do CPC estabelece que a nulidade 
dos atos deverá ser alegada na primeira oportunidade em que couber à 
parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Este princípio encontra-se 
expresso no art. 795 da CLT. 
 
O parágrafo único do art. 245 traz exceções: A primeira é que a 
preclusão não será aplicada quando o juiz deva decretar de ofício a nulidade 
e a segunda exceção ocorrerá quando a parte provar legítimo impedimento 
para a prática do ato. 
 
 Princípio da Economia processual: Consiste em obter da prestação 
jurisdicional o máximo de resultado com o mínimo de esforço, evitando-
se gastos desnecessários para os jurisdicionados. 
 
 Princípio da Perpetuatio Jurisdictionis: Está previsto no art. 87 do 
CPC, segundo o qual a competência é fixada no momento em que a ação 
é proposta, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de 
direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão 
judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da 
hierarquia. 
 
 Princípio do ônus da Prova: Previsto no art. 333 do CPC e no art. 818 
da CLT. 
Art. 818 da CLT- A prova das alegações incumbe à parte que as fizer. 
Art. 333 do CPC – O ônus da prova incumbe: 
I- ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; 
 II- ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou 
extintivo do direito do autor. 
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 Princípio da oralidade: Caracteriza-se pela prática de atos processuais 
verbais, ou seja, pelo uso da palavra oral, principalmente nas audiências, 
seja pelo Juiz ou pelas partes. 
 
 
 
 
 Princípio da Lealdade Processual: Impõe aos litigantes uma conduta 
moral, ética e de respeito mútuo. Está consagrado nos artigos 16, 17 e 
18 do CPC. 
 
Não poderemos nos esquecer do princípio da congruência, segundo o qual o 
juiz deverá ao julgar a ação ficar adstrito ao que foi pedido pelo autor em sua 
petição inicial. 
 
2.6. Questões FCC comentadas: 
 
1. (FCC- Advogado - Nossa Caixa – 2011) Mirto, juiz de direito, indignado 
com determinadas situações que estão ocorrendo na empresa Z, gostaria de 
instaurar reclamação plúrima trabalhista. Porém, há um princípio que impede 
que o magistrado instaure de ofício o processo trabalhista. Trata-se 
especificamente do princípio 
(A) da imparcialidade do juiz. 
(B) do devido processo legal. 
(C) do contraditório. 
(D) dispositivo. 
(E) inquisitório. 
 
Comentários: O Princípio da Imparcialidade do Juiz significa que na justa 
composição do conflitode interesses entre as partes o juiz deverá ser imparcial 
em seu julgamento. A Constituição Federal para efetivar esta imparcialidade 
confere à magistratura (art. 95) garantias especiais. 
 
O Princípio do Devido Processo Legal (art. 5º, LIV da CF/88) garante que 
ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo 
legal. 
Exemplos de manifestação deste Princípio: 
a) a leitura da reclamação trabalhista: (art. 847 da CLT); 
b) a defesa oral/20 minutos; 
c) as duas propostas de conciliação consubstanciadas nos artigos 
850 e 846 da CLT, que será a primeira proposta oferecida antes de 
receber a contestação e após a abertura da audiência e a segunda 
proposta oferecida após as razões finais de 10 minutos para cada 
parte. 
d) oitiva de testemunhas (art. 848 §2º CLT) 
e) razões finais em 10 minutos (art. 850 CLT) 
f) protesto em audiência (art. 795 CLT) 
 
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O Princípio do Contraditório (art. 5º, LV da CF/88) implica na 
bilateralidade de ação e do processo. Assim, quando uma parte apresenta uma 
prova, a outra parte poderá manifestar-se sobre a prova apresentada. 
O Princípio Dispositivo ou da Demanda é, também, chamado de princípio 
da inércia da jurisdição porque a parte interessada deverá provocar a tutela 
jurisdicional quando sentir-se lesada ou ameaçada em relação a algum direito. 
 Assim, o juiz não poderá instaurar a ação de ofício, ou seja, ele deverá 
ser provocado pelas partes. 
Considero importante mencionar que este princípio está presente no 
processo civil, porque a FCC, nas últimas provas, como vocês poderão 
observar pelas questões aqui comentadas, abordou princípios do processo civil 
aplicáveis ao processo do trabalho. 
 
Art. 2º do CPC Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a 
parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais. 
 
A expressão “nemo iudex sine actore” também reflete o princípio do 
inquisitivo e significa dizer que sem autor não há jurisdição. 
 
2. (FCC- DPE-RS – 2011) Princípio dispositivo no Direito Processual Civil. 
Contrapõe-se ao princípio inquisitivo, de modo que ao julgador é vedada 
iniciativa na produção de provas e na investigação dos fatos da causa, sob 
pena de comprometimento da sua imparcialidade, buscando-se, no processo 
civil, apenas a verdade formal, com o reconhecimento do caráter mítico e 
utópico da verdade real. 
 
Comentários: Considero importante trazer esta assertiva de uma prova de 
processo civil para Defensor Público, porque como já disse a FCC está 
abordando o processo civil dentro da prova de processo do trabalho. 
 
 Nesta assertiva a FCC fala do Princípio do Inquisitivo. Os itens 
destacados estão errados, uma vez que este princípio busca a verdade real. E, 
o Juiz tem ampla liberdade na direção do processo, podendo determinar a 
produção de provas que considerar pertinentes para o julgamento da ação. 
Assim, a assertiva está errada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 4ª Região – 
2011) Em determinada reclamação trabalhista, a empresa reclamada 
apresentou defesa em audiência. Após a apresentação da defesa, o advogado 
do reclamante pretende aditar o seu pedido, neste caso o aditamento 
a) não será mais possível em atenção ao princípio da perpetuatio jurisdictionis. 
b) não será mais possível em decorrência do princípio da estabilidade da lide. 
c) não será mais possível, obedecendo-se ao princípio da instrumentalidade. 
d) será possível se a parte reclamada for novamente intimada em obediência 
ao princípio do contraditório. 
e) será possível independentemente de nova intimação da parte reclamada, 
em obediência ao princípio da verdade real. 
 
Comentários: Como já apresentado nos comentários da questão 01 desta 
aula, vejam o conceito do princípio da estabilidade da lide: 
 
 Segundo Carlos Henrique Bezerra Leite, este princípio informa que se o 
autor já propôs a sua demanda e deduziu os seus pedidos, e se o réu já 
foi citado para sobre eles se pronunciar, não poderá mais o autor 
modificar a sua pretensão sem a anuência do réu e, depois de 
ultrapassado o momento de defesa, nem mesmo com o consentimento 
de ambas as partes isto será possível. 
 
4. (FCC – Técnico Judiciário – área administrativa- TRT 24ª Região – 
2011) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, os Juízos e 
Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão 
pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência 
necessária ao esclarecimento delas. Este dispositivo retrata especificamente o 
princípio 
(A) da instrumentalidade. 
(B) dispositivo. 
(C) da estabilidade da lide. 
(D) inquisitivo. 
(E) da perpetuatio jurisdictionis. 
 
Comentários: Trata-se do princípio do inquisitivo consagrado no art. 262 do 
CPC e no art. 765 da CLT. 
 O processo civil começará por iniciativa das partes, mas se desenvolverá 
por impulso oficial. 
 O art. 765 da CLT transcrito no enunciado desta questão estabelece 
ampla liberdade ao juiz na direção do processo. 
É bom lembrar que há outras hipóteses que consagram o Princípio do 
Inquisitivo no processo do trabalho. São elas: a execução promovida de ofício 
pelo juiz (art. 878 da CLT) e a “instauração de instância” pelo juiz presidente 
do Tribunal nos casos de greve (art. 856 da CLT). 
Quanto ao art. 856 da CLT, considero importante mencionar que para o 
jurista Carlos Henrique Bezerra Leite ele está incompatível com os parágrafos 
segundo e terceiro do art. 114 da CF/88. 
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5. (FCC – Analista Judiciário - TRT 12ª Região – 2010) O princípio que 
dispõe que a competência é fixada no momento em que a ação é proposta, 
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas 
posteriormente, exceto quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a 
competência em razão da matéria ou da hierarquia, é especificamente o 
princípio 
a) da estabilidade da lide. 
b) da perpetuatio jurisdictiones. 
c) da inafastabilidade de jurisdição. 
d) do devido processo legal. 
e) do Juiz natural. 
 
Comentários: O art. 87 do CPC estabelece que a competência será 
determinada no momento em que a ação for proposta, sendo irrelevantes as 
modificações de fato ou de direito supervenientes. Este artigo reflete o 
princípio da perpetuatio jurisdictiones. 
 
 
 
Por hoje é só! 
 
Aguardo vocês para a nossa próxima aula. 
 
Um forte abraço, 
 
Déborah Paiva 
deborah@pontodosconcursos.com.br 
professoradeborahpaiva@blogspot.com

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