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EB:1 Caso Concreto 1 Joã o, pai de Maria e Clara (conce bidas naturalmente e nascidas respecti vamente em 05 de j aneiro de 1980 e 10 de maio de 1985 ), adotou em 03 de setembro de 1988 José, que já tinha 06 anos de idade. João sofreu grave acidente automobilístico o que o levou a óbito em 1 o . de outubro de 1988. Pergunta-se: Maria, Clara e José terão exatamente os mesmos dire itos suce ssórios? Explique sua re sposta. Sugestão de gabarito: José foi adotado antes da vigência da Constituiçã o Federal de 1988 q ue igualou filhos naturais e adotivos (art. 227, §6 o ., CF). A esta época a adoção era considerada restrita e como ela foi feita quando João já possuía filhas consanguíneas, José não terá direito à sucessão (porque aberta dias antes da vigência da Constituição Federal), ainda que o inventário seja aberto posteriormente (arts. 1.784 e 2.041, CC; a rt. 5 o . XXXVI, CF). Caso Conc reto 2 Mauro é casado no regim e de comunhão parcial de bens e pos sui R$ 100.000,0 0 de patrimônio . Querendo instituir Lúcia sua herdeira necessária, Mauro poderia dispor da integralidade de seu patrimônio? Ju stifique sua re sposta. Sugestão: Mauro não tem lib erdade de testar plena ( 1.789, CC), podendo deixar para Lúcia apenas até o equivalente a 25.000,00, pois outros 25.000,00 fazem parte da legítima de Andrea (1.829, I e 1.845, C C) e 50.000,00 da meação da esposa. Caso Concreto 3 (OA B-PR 20 07) Ana e Luiza eram, respect ivamente, mãe e filha. No dia 23 de março de 2007 sofrera m um acidente de automó vel, morrendo instantaneamente. A perícia não foi capaz de identifi car qual delas fal eceu primei ro. Luiza era casada co m Cláudio pelo regim e da comunhão universal de bens e não tinha descend entes. Ana era viú va. Alé m de Luiza, Ana era mãe de Daniela. Luiza não deixou bens. Seu marido Cláudio também não é proprietário de bens. Ana deix ou um patrimônio líquido no valor de 1 milhão de reais. Cláudi o procura Daniela e afirma que tem direito a 50 0 mil reais do patrimônio deixado por Ana. Justifica sua afir mação al egando que, como viúvo da herdeir a Luiza, tem direito a 250 mil reais a título de meação, ante o regime da comunhão universal de bens, e a outros 250 mil reais a título de her ança, no exer cício do direito de representação. Pergunta-se : as alegaçõe s de Cláudio estão corretas ? Justifique e fundament e a sua respost a. Sugestão (ofer ecido pela OAB): Não tendo sido possível identificar quem primeiro faleceu resta caracterizada a comoriência entre Ana e Luiza (art. 8 o ., CC). Com a morte de Ana, sua única herdeira é a filha sobrevivente Daniela (art. 1.829, I, CC). Assim, se Luiza nada herdou de Ana, Cláudio não tem meação a reclamar. Da mesma forma, como Luiza não tinha descendentes, não deixou herdeiros aptos a representá-la no quinhão que herdaria de sua mãe se viva fosse quando da morte da genitora. Não há direito de representação em fa vor de cônjuge – só de certos parentes do ‘ de cujus’, conforme, art. 1.851, CC, de modo que Cláudio não é herdeiro. WEB:2 Caso Concr eto 1 Reginaldo morreu e m 20/09/20 09 deixando como ú nico herdeiro seu filho Marcelo. Ao morrer Reginaldo possuía um único veículo avaliado e m R$ 10 .000,00 (dez mil rea is), uma casa em Casca vel no val or de R$ 40. 000,00 (quarenta mil reais) e uma dívida em uma conta corr ente da qual era titular que já chega a R$ 130.000,00 (cento e trinta mil reais). Marcelo, após a abertura do inventário de seu pai é surpreendido com cobrança proposta pelo banco exi gindo o pagamento dos R$ 130.000,00 (centro e trinta mil reai s) com juros e correção monetária. Preocupado com a situação Marcelo lhe procura e per gunta se é obrigado a pagar a dívida toda deixada por seu pai. E xplique sua respo sta indicando qual foi o momento da abertura da sucessão. Sugestão de gabarito: A abert ura da sucessão ocorreu em 20/09/2009 com a morte de Reginaldo. Marcelo não é obrigado a pagar toda a dívida uma vez que ninguém pode responder ‘ultra vires hereditatis’, ou seja, que ninguém pode responder por encargos superiores às forças da herança (art. 1.792, CC). Assim, Ma rcelo só é obrigado a responder pelo equivalente a R$ 50.000,00, montante dos bens deixados por seu pai. Caso Concreto 2 Renato tem duas filhas e em 06 de outubro de 2010 r ealiza testam ento deixando a totalidade de seus bens da parte disponível para eventuais filhos que suas filhas t iverem. Pergunta- se: 1) Considerando-se a ordem de vocação hereditária é pos sível instituir herd eiro a prole eventual? E xplique sua respos ta. 2) A quem caberá a administração desses ben s enquanto não houver filhos? E xplique sua resposta. 3) Renato falec eu em 10 de janeiro de 201 1 e sua filha Júl ia tem seu um filho em 15 de maio de 2014. O filho de Júlia pode exigir a sua parte da herança deixada em testamento p elo avô? Explique sua res posta. Sugestão de gabarito: 1) Considerando-se a ordem de vocação hereditária é possível instituir herdeiro a prole eventual? Explique sua resposta. A prole eventual pode ser instituída herdeira conforme autoriza o art. 1.799, I, CC. 2) A quem caberá a administração desses bens enquanto não houver filhos? Explique sua resposta. A administração d os bens deixados à prole eventual ficará a cargo dos demais coerdeiros sob condição (enquanto não houver prole). 3) Renato faleceu em 10 de janeiro de 2011 e sua filha Júlia tem seu um filho em 15 de maio de 2014. O filho de Júlia pode exigir a sua parte da herança deixada em testamento pelo avô? E xplique sua resposta. Este neto não é mais herdeiro porque para sê-lo deveria ter sido concebido em até dois anos contados de 10 de janeiro de 2011 (art. 1.800, §4º., CC), dessa forma, os bens deverão ser destinados aos herdeiros legítimos. Sugestão gabarito: Assinale c om V (Verdadeiro) e F (Falso). As alternativas consideradas f alsas devem s er corrigidas ao final: (F) A herança é considerada uma univer salidade de direito, todo unitário e indivisível do qual os coerdeiros são considerados condôminos. (V) Qualquer herdeiro pode r eclamar os bens que compõem a herança de qualquer p essoa que os detenha injus tamente. Neste caso, sua iniciativa irá benefi ciar todos os demais her deiros. (F) A ce ssão de direito hereditários (onerosa ou gratuita) se eq uipara a cessão de crédito e, como tal, não exigirá o consentimento de todos os coerdeiros, podendo s er realizada apenas por escritura pública. (V) O administrador provisório tem a poss e do espólio e a legiti midade ativa e passi va para representar a herança. (F) A prole e ventual pode ser instituída herdeira ainda que provisoriamente se possa identificar situação em que há direito sem sujeito. WEB:3 Caso Concreto 1 Ma ria é filha de Luiza que foi cria da por sua avó desde tenra id ade em virtude de ab andono de s ua mãe. No entanto, sua avó nunca pediu judicialmente a destituição do poder familiar e, tão-pouco, reconheceu Maria como sua filha. No dia 30 de maio de 20 10 Maria receb e a n otícia de que sua mãe falec eu, deixando bens e que é a única herdeira. Pergunta-se: a) Maria é obrigada a aceitar a herança? Explique sua respos ta. b) Maria aceitou a herança, mas antes de finalizado o inventário, está arrependida, pois não quer ser possuidora de nadaque tenha sido de sua mãe que lhe abandonou. Maria pode revogar a aceitação? E xplique sua resposta. Sugestão de gabarito: a) Maria é obrigada a aceitar a herança? Explique sua respo sta. Maria não é obrigada a aceitar a herança, uma vez que a aceitação é ato jurídico facultativo do herdeiro. b) Maria aceitou a herança, mas antes de finalizado o inventário, está arrependida, pois não quer ser possuidora de nada que tenha sido de sua mãe que lhe abandonou. Maria pode revogar a aceitação? Explique sua res posta. A aceitação, no atual Código Civil, é irrevogável, assim, se Maria está arrependida de ter aceitado a herança deixada por sua mãe que lhe abandonou, poderá realizar cessão gratuita o u onerosa de seus direitos suces sórios, salvo se aos bens tiver sido oposta cláusula de inalienabilidade. Questão (T JPR 2008) Antônio, casado com Bruna pelo regime da comunhão universal de bens, pai de Carolina e de Daniel, faleceu em 10 de abril de 200 7. E rnesto, viúvo, pai de Antô nio e Fabrício, falec e em 27 de abril de 2007. Fabricio é solteiro e tem um único filho, chamado Heitor. Diante dos fatos narrados, assinale a alternativa cor reta acerca da sucessão de Ernesto: a) Bruna herdará o que Antônio herdaria se vivo foss e na data da morte de Ernesto, por direito de repres entação. b) Bruna não herdará o que Antônio herdaria se vivo foss e na data da morte de Ernesto, mas terá direito à meação sob re esse quinhão. c) Se Fabríc io renunciar à her ança, seu s sobrinhos Caro lina e Daniel e seu f ilo Hei tor herdarão por direito próprio o patrimônio deixado por Ernesto, dividindo-o em partes iguais. d) Se Fabrício renunciar à herança, tanto seus sobrin hos com o seu filho herdarão por representação, cabendo metade da herança de Ernesto a Heitor, uma quarta parte a Carolina e uma quarta parte a Daniel. Gabarito: C Questão Objetiva (OAB-AL/2 004) A aceitação da herança: a) Jamais pode ser tácita. b) É inferida do fa to de haver o herdeiro promovido o funeral do ‘de cujus’. c) Só se configura com a habilitação do herdeiro em inventário. d) Não se configura quando o herdeiro promove a cessão gr atuita, pura e simples, da herança aos demais h erdeiros. Gabarito: D WEB:4 Caso Concr eto 1 J oão, funcionário público, viúvo, tem três filhos solteiros: Juca, Júlio e Jef ferson e duas netas: Juliana filha de Juca e Josefa filha de Júlio. Em 20/0 3/10 João faleceu em virtude de enfarto ocorrido após séria e acalorada discussão co m seu f ilho Júlio além d e dirigir-lhe ofe nsas e palavras pejorativa s, afirmou, a quem quisess e ouvir, s er parte do patrimônio do pai adquirido com dinheiro decor rente de subornos recebidos no exer cício de suas funções pública s. Após o enterro, Júlio procura os irmãos, pede de sculpas pelos seus ato s e informa que está abrin do o inventário de seu pai. J effers on nada opõe, afirmando ter sido uma fatalidade. Juca, indignado, informa que está toman do as providências para propor ação criminal contra o irmão pela s of ensas dirigidas ao seu pai e informa que não pode o irmão ser herdeiro uma vez que conhecedor da frágil saúde de seu pai e da sua obstinação pela honestidade provocou intencionalmente a sua morte, imputando-lhe falsamente cri me e ofendendo-lhe a fa ma. Pergunta-s e: 1- Uma vez que Júlio abriu o inventário pode seu i rmão Ju ca se opor à sua participação na herança? Explique sua resp osta. 2- Sendo Júlio excluído da sucessão, Jos efa seria herd eira de seu avô ? Explique sua res posta. Sugestão gabarito: 1- A abertura do inventário por Júlio não impede que Juca, em ação ordinária própria, requeira a declaração de indignidade de seu irmão, pelo fato previsto no art. 1.814, II, CC , desde que tenha obtido a condenação de seu irmão na esfera criminal e qu e a ação declaratória tenha sido proposta em até 4 anos contados de 20/03/10; 2- Caso seja procedente a ação proposta por Juca e seja Júlio excluído da sucessão, sua filha Josefa herdará por representação ( 1.816, CC). Questão Objetiva (OAB-R J 32 o . Exame) A ordem de vocação hereditária é definida: a) Livremente, de acordo com a vontade do testad or. b) De acordo com a lei vigente ao tempo da abertura da sucessão. c) De acordo com a lei vigente ao tempo da abert ura do processo de inventário. d) De acordo com a lei vigente ao tempo da parti lha. Gabarito: B Questão Objetiva (OAB-PR 20 07/2) Sobre o direito das suc essões, a ssinale a alternativa c orreta: a) A ordem de vocação hereditária na sucessão de uma pessoa falecida no dia 1 o . de janeiro de 2000, cujo inventário se inicia no dia hoje, subordina-se ao Código Civil de 200 2. b) O herdeiro legítimo que renunciar ao seu quinhão na sucessão legítima não poderá receber os legados que lhe tenham sido destinados p elo de cujus em testamento, sob pena de violação à re gra de que a ac eitação e a renúncia da heranç a são indivisíveis. c) O quinhão do descenden te de primeiro grau que renunciar à herança acrescerá exclusivam ente ao quinhão da viúva do de cujus , ainda que tenha o falecido deixado outros descen dentes de primeiro grau. d) O cônjuge sobre vivente que era casado co m o de cujus pelo regime da separação obrigatória de b ens herdará a totalidade da herança quando o falecido não houver deixad o descendentes ne m ascendentes. Gabarito: D WEB: 5 Caso 1 Jos é é filho de Cláudia e apenas em maio de 2014, quando em seu leito de morte e ele já com 28 anos, sua mãe r esolveu lhe contar quem era seu pai. Ao procurar por seu pai (Lucas), José de scobre que ele era viúvo e próspero empresário, mas que faleceu em 12/01/200 3, deixando outros dois filho s. José, então, procura advogado uma vez que não só pretende que Lucas seja decla rado seu pai, bem como, deseja participar da herança. José pode propor a ação de investigação de paternidade e ainda participar da herança deixada pelo suposto pai? Justifique sua re sposta. Sugestão gabarito: ao caso sem dúvida se aplica o CC/02, uma vez que a abertura da sucessão ocorreu já em sua vigência. Dessa forma, quanto ao direito ao reconhecimento da filiação José tem direito a promov ê-la a qualquer tempo, uma vez que imprescritível. Quanto ao direito a participar da herança, embora esse direito em regra prescreva em 10 anos contados da abertura da sucessão (205, CC), pode-se afirmar que neste caso ainda não prescreveu. O prazo para exercício d o direito de petição de herança só começa a correr a partir do reconhecimento da paternidade, portanto, ainda possível participar da herança. Caso Concreto 2 Jor ge é casado com Lú cia pelo regime de comunhão parcial e co m ela teve um filho Roberto. De um casamento anterior Jorge t eve outro filho Carlos, que lhe deu dois neto s Júlio e Juliana. C arlos morreu em 15 de dezem bro de 2007. Jorge fal eceu em maio de 2011 deixando uma ca sa em Curitiba que lhe fora doada por seu pai e uma casa na praia adquirida na constância do casamento com Lúcia. Responda: 1) Quem são os suces sores de Jorge? São sucessores d e Jorge Lúcia, concorrendo com Roberto e Júlio e Juliana por representação (art. 1.829, CC). 2) A que título esses herdeir os sucedem ? Expliquesua re sposta. Todos são herdeiros necessários (art. 1829, I e 1.845, CC) 3) Lúcia concorrerá com os herdeiros? Explique sua r esposta, indicando qual a quota de cada um. Lúcia concorre com os demais descendentes uma vez que casada no regime de comunhão parcial com Jorge. N o entanto, a concorrência se limita aos bens particulares, já que co m relação aos bens comuns ela já é meeira (art. 1.832, CC). Assim, Lúcia participará em 25% dos bens particulares, dividindo-se os demais 75% igualmente entre Roberto, Júlio e Juliana. Com relação aos bens comuns, reserva-se 50% a Lúcia em virtude da meação e o restante deve ser igualmente repartido entre os demais herdeiros. Questão Objetiva (TJPR – A sses sor Jurídico – 2007 ) Sobre a suce ssão legítima, assinale a alternativa correta: a) O direito de repres entação é uma exce ção à regra de que entre herdeiros de mesma class e os de grau mais próximo excluem o direito dos herdeir os de grau mais remoto. b) À luz do Código Civil, na sucessão pelos colat erais, a sucessão pelo s irmãos do ‘de cujus’ será s empre ‘per capita’. c) A concorrência suces sória entre cônjuge sobr evivente e os descendente s do ‘de cujus’ somente o correrá quando o cônjuge for ascendente de todos os herdeiro s com que concorre r. d) A ordem de vocação hereditária na suces são legítima é determinada pela lei vigente na data da abertura do inventário. Gabarito: A WEB: 6 Caso Concr eto 1 Carlos Alberto, solteiro, faleceu e m 15 de agosto de 2010. No momento de seu falecimento Carlo Alberto não tinha filhos, seu pai já era falecido, res tando-lhe na linha ascendente apenas sua mãe e os avós paternos. Pergunta-se: quem é herdeiro de Carlos Alberto e como a h erança deve se r repartida? Explique sua respo sta. Gabarito: Herdeira necessária de Carlos Alberto é apenas a sua mãe, que herdará 100% da herança, uma vez que na linha ascendente não há direito de representação (arts. 1.836 e 1.852, CC). Caso Concreto 2 Carolina, viúva, tem três irmã s (Carla, Camila e Ca ssyana) e tr ês sobrinhos (filhos de Ca mila que faleceu e m outubro de 2007). Carolina, após anos batalhando contra um câncer, finalmente perd eu a batalha e falec eu em f evere iro de 2011. Sendo ela viúva e não tendo filhos, a quem ca berá a sua herança? E xplique sua resposta. Gabarito: Conforme a s regras estabelecidas no art. 1.829, CC, a herança deverá ser repar tida em três partes. Ca rla fica rá com 1/3 e Ca ssyana com 1/3 po rque herdam por cabeça. E os três sob rinhos, que herdam por representação, devem igualmente dividir o terço restante. Questão Objetiva (OAB-SC 2 007.1) Sobre a suces são legítima pode-se afirmar: a) Quando o regime de bens for o de separação obr igatória, o cônjuge sobrevivente só herda caso não e xistam descendentes ou ascendente s. b) Os filhos dos que for em excluídos da suce ssão por indignidade, deserdação ou re núncia podem herdar por direito de representação. c) Concorrendo o cônjuge sobrevivente co m des cendentes ex clusivam ente do autor da herança, esta partir-s e-á po r cabeça, e, sendo de scendentes comuns ao falec ido e ao c ônjuge sobrevi vente, sua cota não poderá ser in ferior a um quarto da herança, independente do número de descendentes. d) Quando o regime de bens do casamento for o de comunhão universal, o cônjuge sobrevivente não concorre com descendentes ou ascendentes na sucessão, visto já ter r ecebido a metad e de todo o patrimônio do casal, por direito à meação. Gabarito: C WEB: 7 Caso Concreto 1 Lea ndro, viúvo , pai de Lucas e Luciano. Lucas é pai de Arie l, Antonio e Amanda. Luciano é pai de Tomás. Lucas morreu em acid ente de trânsito em 20 e maio de 2011. S eu pai, ao receber a notícia, sofreu enfarto ful minante ao receber a notícia e morreu em 21 de maio de 2011. Perg unta-se: a) Como deve ser distribuíd a a herança de Leandro e a que título seus suce ssores a rece bem? b) Como seria distribuída a herança se Luciano tiv esse fal ecido em 2008 ? A que título seus suces sores a rec eberiam? Gabarito: a) Co mo deve ser distribuída a herança de Leandro e a que título seus suc essores a rec ebem? O s f ilhos de Lucas receberiam 50% da herança de Leandro, sendo seu direito decorrente de representação (por estirpe, art. 1.851, CC). O restante da herança pertenceria a Luciano por direito próprio (art. 1.829, I, CC). b) Como seria distribuída a herança se Luciano tiv esse falecido em 2008? A que título seus sucessore s a receberiam? Os netos receberiam 25% cada um, pois neste caso, sucedem por cabeça (art. 1.835, CC). Questão Objetiva (OAB-SP 11 6/23) Configura-se o in stituto da representação, e m direito das sucessõ es, quando: a) Por testamento ou disposição de última vontade, paren tes do morto são chamados a suceder he rdeiros não necess ários. b) Por testamento ou dispos ição de última vontade, o mor to nomeia representante s para os herdeiro s menore s, confi ando- lhes, enquanto durar a menoridade, a guarda e administração dos bens herdados. c) A lei deter minar que cert os herd eiros, menores ou inc apazes, s ejam repr esentados, nos atos da vida civi l, por tutores, curadores ou por aqueles que detenham o poder familiar c omo decorrência de deter minação judicial. d) A lei chama certos parentes do morto a sucede r em todos os direito s, em que ele suc ederia se vive sse. Gabarito: D – art. 1.581, C C. Questão Objetiva (OAB-SP 13 1) Sobre a sucessão tes tamentária , é errado afirmar: a) O instituto da redução das disposiçõe s te stamentárias é aplicado para as hipótese s de avanço do testam ento na parte legítima dos herdeiros nec ess ários. b) Há direito de representação na sucessão testa mentária. c) O pai pode testar metade do seu patrimônio ao filho primogênito ‘A’, enquanto a outra metade s erá igualmente dividida entre o próprio ‘A’e o caçula ‘B”. d) O herdeiro, chamado, na mesma suc essão, a mais de um quinhão hereditário, sob títulos sucessório s diversos, pode livremente deliberar quanto aos quinhões que aceita e aos que renuncia. Gabarito: B – art. 1.852, C C. WEB: 8 (TJ AL) Maria cas ou-se co m José e m 20/12/1978, pelo regim e de comunhão parcial de b ens, com que m teve dois filhos, mas, por testamento cerrado, Jo sé reconhece u um filho que teve co m outra mulher embora já casado co m M aria. À época em que José realizou o testam ento o casal já possuía grande patrimônio. José falec eu em 15/06/200 3. Pergunta-se: Gabarito: a) O que é testam ento cerrado? “Testamento cerrado, secreto ou místico, outrora também chamado de nuncupação implícita, é o escrito pelo próprio testador, o u por alguém a seu pedido e por aquele assinado, com caráter sigiloso, completado pelo instrumento de aprovação ou autenticação lavrado pelo tabelião ou por seu substituto legal, em presença do disponente e de duas testemunhas idôneas” (Carlos Roberto Gonçalves, 2011, p. 269-270) b) Quais são os seus requis itos de va lidade e de for malid ade? Os requisitos estão elencados no art. 1.868, CC, em resumo: cédula testamentária, ato de entrega ao tabelião; auto de aprovação e cerramento. c) O reconhecim ento de filhos pode ser feito por testamento cerr ado? Justifique. Sim, o reconhecimento de filhospode ser feito por qualquer forma de testamento (art. 1.609, III, CC). d) Como serão distribuídas as cotas da herança deixada por José? Explique.Meação – 50% dos bens adquiridos onerosamente na constância do casamento; 50% para Mar ia e os três filho s de José, divi didos igualmente, sendo que aquela só participará da herança se José houver deixado bens particulares (1.829, I, CC), sendo o cálculo sobre esses bens realizado. e) O testam ento poderia ter sido revogado por José? O t estamento é sempre ato revogável (art. 1.969; 1. 972 e 1.85 8, CC), no entanto, o reconhecimento do filho nele feito é irrevogável (art. 1.610, CC). f) Maria ou um de seus filhos poderia(m ) impugna r o testamento? Explique e, em caso positivo, destaque o prazo decadencial. Sim, a impugnação pode ser feita p or qualquer um deles, desde que respeitados demonstrados motivos que façam concluir a incapacidade do testador no momento do registro do testamento. O prazo é decadencial e se contam cinco anos contados da data do registro (art. 1.859, C C). Caso Concreto 2 João, solt eiro e bastante debilitado por um câncer que dia a dia lhe ret irava a vida requer à sua enf ermeira que escreva seu testamento, estando presente s durante todo ato de elaboração e leitura do documento Carla e Camila, amigas do testador; Mário, seu médico; Milena e Jorge auxiliare s do hospital. João que não tem nenhum ascendente vivo e tão pouco descendente s resolve deixar toda a sua fortuna ao sobrinho Luiz. Após a morte de João seu único irmão Valter ingressa com ação de i mpugnação do testamento afirmando que: 1) João era incapaz no momento em que pediu que lhe redigissem o documento; 2) que as testemunhas pres entes não assistiram a todo o ato, limitando-se a assinar o documento apresentado; 3) que como irmão tem dir eito à parte da herança, pois herdeiro nece ssário. Valter tem razão? Justifique Gabarito: Valter não tem razão. O simples fato de João estar acometido de grave doença que lhe reduz a capacidade física para escrever de próprio punho não é suficiente para caracterizar a incapacidade para testar. Sendo Valter parente colateral, é considerado apenas herdeiro legítimo e, portanto, pode ser excluído por testamento. Demonstrado que todas as testemunhas acompanharam todos os atos, válido será o testamento. Neste sentido: “Testamento – instrumento particular manuscrito por terceiro – Lucidez e firme propósito de dispo r do testador, fisicamente debilitado por doença em fase terminal – confirmação por cinco testemunhas presenciais. Se o testador, muito debilitado pela doença que o acometeu, encontrava-se lúcido e sem condições físicas adequadas para redigir o testamento que mandou materializar na presença de outras quatro testemunhas que serviram como conferentes e, todas, inclusive aquela que se incumbiu de dar forma ao projeto, assistiram ao trabalho de leitura e confirmação do testamento, deve o mesmo ser convalidado para surtir os efeitos desejados. N egar o valor do ato é retirar do falecido o direito legítimo de dispor de seus bens (RT 736:236 -237)”. Questão (OAB 2010.2) E m 2002, Joaquim, que não tinha herdeiros ne ces sários, lavrou um testamento conte mplando como sua herdeira universal Ana. E m 2006, arrependido, Joaqui m revogou o testamento de 2044, nomeado como s eu herdeiro universal Sérgio. E m 2008, Sé rgio fal eceu, deixando uma fil ha Catarina. No m ês de julho de 2010, falece u Joaquim. O único parente vivo de Joaquim era s eu irmão, Rubens. Assinal e a alternativa que indique a quem caberá a herança de Joaqui m. a) Rubens b) Catarina c) Ana d) A herança será vacante. Gabarito: A WEB: 9 Caso Concreto 1 Em 18/06/2010 noticiou- se no si te G1: “Mulher deixa herança de R$ 21 milhõe s para cach orros – Filho de milionária herdou apenas R$ 1,7 milhão. A cachorr a Conchita foi a mais sortuda dos herdeiros”. “Os cachorros de uma milionária americana herdaram R$ 21 milhõe s com sua mort e. A mulher deixou apenas R$ 1,7 milhão para o filho, que entrou na Justiça por se sentir lesado. Pos ner morreu aos 67 anos e deixou uma fortuna em dinheiro e uma casa para seus três cachorros. Uma outra parte da heran ça foi destinada para os funcionários da mansão em Miami. E les terão acomodação e salário garantidos enquanto estivere m c uidando dos animais. Bre t Carr, filho da milionária, fic ou com apenas R$ 1,7milhão. Revoltado, ele entrou na Justiça ale gando que um dos asse ssor es da mãe a forçou a deixar a maior parte do dinheiro para os cães. Uma Chihuahua chamada Conchita foi a mai s agraciada com a morte da mulher. A cachorra tem colares de pérola, um clo set repleto de roupas e v isita spas para relaxar e m seu próprio Cadillac”. Pergunta-se: Se o testa mento tives se sido realizado no Brasi l a deixa testamentária estaria correta? Explique sua res posta. Gabarito: O Direito brasileiro proíbe a deixa testamentária para coisas, portanto, não poderiam ser beneficiados em testamento cachorros. Além disso, exige-se o respeito à legítima. Então, existindo um filho (herdeiro necessário) e não havendo nenhuma causa de indignidade (art. 1.814, C C), teria ele direito a 50% do patri mônio da mãe, restando a ela apenas livre disposição dos 50% restantes (arts. 1.829 e 1.845, CC ). Se a intenção da testadora era realmente beneficiar os cachorros, poderia ter nomeado, por exemplo, seus funcionários seus herdeiros impondo-lhes como encargo o cuidado com os cães até o fim da vida destes (art. 1.897, CC). Caso 2 Lucas, empresário de sucesso, ao realizar o testam ento sobre a part e disponível de seu patrimônio, de signou com o beneficiada de sua casa na praia sua sobrinha Ana. Após a abertura da sucessão, verificou-se que Lucas possuí a duas sobrinhas: Ana Luiza e Ana Marta. Como determinar a quem Lucas real izou a deixa testamentária? Justi fique Gabarito: Para se verificar a real intenção de Lucas deverá o juiz se valer de outros elementos probatórios que permitam inferir a sua vontade. Assim, por exemplo, se Ana Luiza apresentar e-mail do testador mencionando o legado e identificando- a como herdeira, verificada a autenticidade do e-mail, será ela nomeada herdeira. Na interpretação dos testamentos deve o juiz analisar elementos extrínsecos que sejam capazes de indicar qual a verdadeira intenção do testador (1.899, CC). Caso não seja possível identificar qual seria a verdadeira beneficiária, a casa deve ser partilhada proporcionalmente entre as duas (por analogia ao art. 142, CC). Questão Objetiva (MP/SC – 2 004) I – No testamento militar, se o testador pertencer a corpo destacado, o testamento será escrito pelo re spectivo co mandante, desde que de graduação ou posto superior. II – É facultado aos cônjuges contratar sociedade entr e si ou com terceiros, desde que não tenham casado sob o reg ime da comunhão universal ou separação obrigatória de bens. III – Ass im como no testamento, o reconhecimento de filho perante o juiz é irrevogável. Porém, nesse último caso, o reconhecimento deverá const ituir o objeto único e principal do ato. IV - Em relação à união estáve l, o único regime patrimonial admitido é oda comunhão parcial de bens. V – O pedido de divórcio co mpete apenas aos cônjuge s, salvo aquele que for incapaz, hipótese que a ação pode rá ser proposta por curador, ascendente ou irmão. a) apenas I, III e IV estão corretas. b)apenas II e IV estã o corretas. c) apenas I, III e V estão correta s. d)apenas II, III e V estão corretas. e)apenas II e V estão corretas. Gabarito: E WEB: 10 Caso Concreto 1 Daniel é apaixonado por carros, sabe ndo que sua sobrinha Ana Luiza compartilha da mesma pai xão, deixa a ela um legado que consiste e m um carro v ermelho. Morto o legante, suas filhas abrem o testament o e ver ificam que no momento da abertura da suce ssão na coleção de ca rro de seu pai não existe nenhum carro ver melho. Em virtude de ssa constatação pleiteiam a nulidade da deixa testamentária, uma vez que, afirmam, o testamento e stá a leg ar algo que não pertencia ao t estador. Ana Lu iza não concorda com e sses fundamentos e requerer o cumprim ento do legado. Quai s seriam os motivos arguidos por Ana Luiza para fundamentar seu direito? Quem tem razão as he rdeiras ou a sobrinha? Fundamente sua resposta identificando se há solidariedade entre as her deiras necessária s quanto ao cumprimento do legado. Gabarito: Ana Luiza fundamenta seu requerimento no fato da deixa testamentária ter sido feita em forma de legado de gênero (um carro vermelho), portanto, pouco importa se ele pertencia ao legante ou não no momento da abertura da sucessão. Havendo acervo sucessório suficiente, deverão as filhas do legante realizar a aquisição do carro e sua entrega a Ana Luiza, observado o disposto no art. 1.915, CC e o princípio do meio-termo estabelecido nos arts. 1.929 e 1.930, C C. C omo o testador não identificou quem deveria dar cumprimento ao legado, o encargo será transferido em igual proporção entre suas herdeiras necessárias, mas não há solidariedade entre elas (art. 1.934, CC). Questão Objetiva (TJ-PR A sses sor 2004) As sinale a asserti va que contraria disposição do Código Civi l de 2002: a) Não pode ser nomeado herdeiro nem legatário o concubino do testador casado, salvo se e ste, se m culpa sua, esti ver separado de fato do cônjuge há mais de 5 (cinco) anos. b)
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