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Casos Concretos de Processo Penal I

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Casos Concretos de Processo Penal I
Semana 1:
A Autoridade Policial da 13ª Delegacia de Polícia da Comarca da Capital, que investiga o crime de lesão corporal de natureza grave, do qual foi vítima o segurança da boate The Night Agenor Silva, obtém elementos de informação que indicam a suspeita de autoria dos fatos ao jovem de classe média Plininho, de 19 anos. O Delegado então determina a intimação de Plininho para que o mesmo compareça em sede policial para prestar esclarecimentos, sob a pena de incorrer no crime de desobediência, previsto no art. 330 do CP. Pergunta-se:
a. Caso Plininho não compareça para prestar declarações, poderá responde pelo crime do art. 330 do CP?
R: Sim, poderá responder pelo crime disposto no artigo 330 do CP, embora o delegado possua ainda o meio de chamá-lo de modo coercitivo, ou seja, levando-o à força até a presença da autoridade policial, nesse sentido diz o artigo 260 do CPP. ART. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença. Parágrafo único. O mandado conterá, além da ordem de condução, os requisitos mencionados no art. 352, no que lhe for aplicável. (CPP) 
Desobediência 
 Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público: Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa. (CP)
b. E se houvesse processo penal tramitando regularmente e o juiz da Vara Criminal intimasse Plininho para o interrogatório, poderia o mesmo responder pelo delito em questão?
R: N006Fs termos do artigo 367 do CPP, o feito deve seguir sem a presença do acusado, constituindo-se em verdadeira revelia com efeitos formais, e ainda , caso este não constitua defensor, depois de execução de citação por hora certa, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. 
 	Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo. 
 	Art. 362.  Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. Parágrafo único.  Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo.
c. 2- Esse princípio refere-se aos fatos, já que implica ser ônus da acusação demonstrar a ocorrência do delito e demonstrar que o acusado é, efetivamente, autor do fato delituoso. Portanto, não é princípio absoluto. Também decorre desse princípio a excepcionalidade de qualquer modalidade de prisão processual. (...) Assim, a decretação da prisão sem a prova cabal da culpa somente será exigível quando estiverem presentes elementos que justifiquem a necessidade da prisão. Edilson Mougenot Bonfim. Curso de Processo Penal. O princípio específico de que trata o texto é o da (o)
X b- Inocência. CORRETA
3- Relativamente ao princípio de vedação de autoincriminação, analise as afirmativas a seguir: 
I. O direito ao silêncio aplica-se a qualquer pessoa (acusado, indiciado, testemunha, etc.), diante de qualquer indagação por autoridade pública de cuja resposta possa advir imputação da prática de crime ao declarante. 
IV. O Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento de que não é lícito ao juiz aumentar a pena do condenado utilizado como justificativa o fato do réu ter mentido em juízo. Assinale: a- Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
X c- Se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas. CORRETA
Semana 2:
CASO 1 - Jorginho, jovem de classe média, de 19 anos de idade, foi denunciado pela prática da conduta descrita no art. 217-A do CP por manter relações sexuais com sua namorada Tininha, menina com 13 anos de idade. A denúncia foi baseada nos relatos prestados pela mãe da vítima, que, revoltada quando descobriu a situação, noticiou o fato à delegacia de polícia local. Jorginho foi processado e condenado sem que tivesse constituído advogado. Á luz do sistema acusatório diga quais são os direitos de Jorginho durante o processo penal, mencionando ainda as características do nosso sistema processual.
R: Jorginho tem direito de constituir advoga do para exercer sua ampla defesa, e a in da, deve ter oportunidade para contradizer as a acusações da parte autora (princípio do contraditório ). Dito isso, em análise a o caso em tela, fica claro que a condenação foi nula de pleno direito uma vez que não houve a concessão de ampla defesa e contraditório ao acusado, ferindo frontalmente o que dispões o art. 5º, LV da C F, que assim aduz: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;”.
Convém lembrar que o sistema adotado pelo nosso CPP é o Acusatório, quando nele há a característica de separação entre a função acusatória e a julgadora, para garantir a imparcialidade do órgão julgador, e por consequência, as assegura a plenitude de defesa e o tratamento igualitário das partes.
	Nesse sistema, ao consideramos que a iniciativa é do órgão acusador, o defensor tem sempre o direito de se manifestar por ultimo, a produção de provas é incumbência das partes. Ademais como bem esclarece o nosso CPP no art. 261, é inconcebível a prolação de sentença ao acusado sem que este tenha constituído de defensor durando todo o tramite processual. Nesses termos: “Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor. Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada.”
	Isto posto, há de se convir que a sentença é totalmente nula, e que deveria o magistrado ao perceber que o réu não constitui patrono para exercer a sua defesa, nomear defensor dativo, nos termos do art. 263 do CPP “Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação.”
CASO 2 - FCC-2012-TJ/RJ-Analista - No que concerne à estruturação da defesa de acusados em juízo criminal, é correto afirmar:
a. se for indicado um Defensor Público ao acusado, este não pode desconstituí-lo para nomear um profissional de sua confiança.
b. o acusado que é Advogado pode apresentar defesa “em nome próprio”, sem necessidade de constituição de outro profissional - Correto . Artigo 263 do CPP: “Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação.”
c. apenas nos crimes mais graves o acusado deve obrigatoriamente ser assistido por Advogado, podendo articular a própria defesa, mesmo sem habilitação, nos casos em que não está em risco sua liberdade.
d. o acusado que não constituir Advogado será obrigatoriamente defendido por Procurador Municipal ou Estadual.
e. o Juiz não pode indicar Advogado de forma compulsória a um acusado, que sempre tem o direito inalienável de articular a própria defesa, ainda que não seja habilitado para tanto.
3- Com referência às características do sistema acusatório, assinale a opção correta.
O sistema de provas adotado é o do livre convencimento. CORRETA
As funções de acusar, defender e julgar concentra-se nas mãos de uma única pessoa.
O processo é regido pelo sigilo.
Não há contraditória nem ampla defesa;
Semana 3:
CASO 01: Um transeunte anônimo liga para a circunscricional local e diz ter ocorrido um crime de homicídio e que o autor do crime é Paraibinha, conhecido no local. A simples delatio deu ensejo à instauração de inquérito policial. Pergunta-se:é possível instaurar inquérito policial, seguindo denúncia anônima? Responda, orientando-se na doutrina e jurisprudência.
R: A autoridade policial, primeiro deve confirmar a informação para instaurar o procedimento investigatório. Temerária seria a persecução iniciada por delação, posto que ensejasse de vingança contra desafetos. O art. 5º, inc. IV, da CF veda o anonimato. 
CASO 2- Tendo em vista o enunciado nº 14 da Súmula Vinculante, quanto ao sigilo do inquérito policial, é correto 
d) o acesso aos elementos de prova que ainda não tenham sido documentados no procedimento investigatório. 
CASO 3- Em um processo em que se apura a prática dos delitos de supressão de tributo e evasão de divisas, o Juiz Federal da 4ª Vara Federal Criminal de Arroizinho determina a expedição de carta rogatória para os Estados Unidos da América, a fim de que seja interrogado o réu Mário. Em cumprimento à carta, o tribunal americano realiza o interrogatório do réu e devolve o procedimento à Justiça Brasileira, a 4ª Vara Federal Criminal. O advogado de defesa de Mário, ao se deparar com o teor do ato praticado, requer que o mesmo seja declarado nulo, tendo em vista que não foram obedecidas as garantias processuais brasileiras para o réu. Exclusivamente sobre o ponto de vista da Lei Processual no Espaço, a alegação do advogado está correta?
b) Não, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já que as normas processuais brasileiras só se aplicam no território nacional.
Semana 4:
1) Em um determinado procedimento investigatório, cujo investigado estava solto, a autoridade policial entendeu com base nos indícios apontados em encerrar a investigação apresentando como termo final, o relatório conclusivo do feito com indiciamento do sujeito, bem como encaminhou as respectivas peças a autoridade judiciária, na forma do artigo 10, parágrafo primeiro do CPP. Tendo como parâmetro o nosso sistema processual penal, analise a questão à luz da adequada hermenêutica constitucional.
R: A autoridade policial deve no final do procedimento narrar todos os fatos ocorridos, mas não deve fazer juízo de valoração, quem fará isso será o MP. No I.P. não é necessário que seja seguido os princípios da ampla defesa e do contraditório, pois é só uma fase de investigação, esses princípios estão preservados na ação penal, ou seja, no processo, no qual o acusado terá todos os seus direitos resguardados. 
CASO 2- Com relação ao inquérito policial, assinale a opção correta.
B- A instauração de inquérito policial é dispensável caso a acusação possua elementos suficientes para a propositura da ação penal.
CASO 3-Leia o registro que se segue. Mévio, motorista de táxi, dirigia seu auto por via estreita, que impedia ultrapassagem de autos. Túlio, septuagenário, seguia com seu veículo à frente do de Mévio, em baixíssima velocidade, causando enorme congestionamento na via. Quando Túlio parou em semáforo, Mévio desceu de seu táxi e passou a desferir chutes e socos contra a lataria do auto de Túlio, danificando-a. Policiais se acercaram do local e detiveram Mévio, que foi conduzido à Delegacia de Polícia. Lá, o Delegado entendeu que o crime era de dano, com pena de detenção de 01 a 06 meses ou multa. Iniciou a lavratura do Termo Circunstanciado, previsto na Lei n.º 9.099/95. Ao finalizá-lo, entregou a Mévio para que assinasse o Termo de Comparecimento ao Juizado Especial Criminal, o que foi por ele recusado. Indique o procedimento a ser adotado.
b- Considerando que ocorrera prisão em flagrante, ante a não assinatura do Termo de Comparecimento ao JECRIM, deve o Delegado de Polícia lavrar auto de prisão em flagrante, fixando fiança.
Semana 5:
CASO 1 - João e José são indiciados em IP pela prática do crime de peculato. Concluído o IP e remetidos ao MP, este vem oferecer denúncia em face de João, silenciando quanto à José, que é recebida pelo juiz na forma em que foi proposta. Pergunta-se: Trata-se a hipótese de arquivamento implícito? Aplica-se a Súmula 524 do STF?
R: A aplicação do arquivamento implícito no processo penal pátrio ainda não é pacificada na jurisprudência e ainda não há norma legal que a regulamente. O fenômeno no que consiste na ocorrência em que o titular da ação penal publica somente com relação a um destes, sem qualquer justificativa no procedimento.
	Vislumbra-se assim a ocorrência do arquivamento implícito subjetivo (quando a omissão se dá em relação aos autores do fato). No caso exposto, resta-se nítido a ocorrência do arquivamento implícito subjetivo, com isso, levando em consideração a efetiva aplicação do instituto, só se iniciar novamente a ação penal, se novas provas se juntassem nos autos.
	Como uma segunda hipótese o juiz pode intimar o MP para que expressamente se manifeste acerca do indiciado omitido, podendo esta inclusão ocorrer até antes da prolação da sentença (art. 569 CPP) de modo que fundamente o porque do arquivamento com relação a um só. 
2- Na cidade “A”, o Delegado de Polícia instaurou inquérito policial para averiguar a possível ocorrência do delito de estelionato praticado por Márcio, tudo conforme minuciosamente narrado na requisição do Ministério Público Estadual. Ao final da apuração, o Delegado de Polícia enviou o inquérito devidamente relatado ao Promotor de Justiça. No entendimento do parquet, a conduta praticada por Márcio, embora típica, estaria prescrita. Nessa situação, o Promotor deverá:
d) requerer o arquivamento.
3- A autoridade policial, ao chegar no local de trabalho como de costume, lê o noticiário dos principais jornais em circulação naquela circunscrição. Dessa forma, tomou conhecimento, através de uma das reportagens, que o indivíduo conhecido como “José da Carroça”, mais tarde identificado como José de Oliveira, teria praticado um delito de latrocínio. Diante da notícia da ocorrência de tão grave crime, instaurou o regular inquérito policial, passando a investigar o fato. Após reunir inúmeras provas, concluiu que não houve crime. Nesse caso, deverá a autoridade policial:
D) relatar o fato a Chefe de Polícia, solicitando autorização para arquivar os autos por ausência de justa causa para a ação penal.
Semana 6:
CASO 01: João, diretor de uma empresa de marketing, agride sua mulher, Maria, modelo fotográfica, causando-lhe lesão de natureza leve. Instaurado inquérito policial, este é concluído após 30 dias, contendo a prova da materialidade e da autoria, e remetido ao Ministério Público. Maria, então, procura o Promotor de Justiça e pede a este que não denuncie João, pois o casal já se reconciliou a lesão já desapareceu e, principalmente, a condenação de João (que é reincidente) faria com que este perdesse o emprego, o que deixaria a própria vítima e seus três filhos menores em situação dificílima. Diante de tais razões, pode o MP deixar de oferecer denúncia?
R: A pretensão de Maria não pode ser acolhida, em razão do principio da obrigatoriedade da ação penal pública, que, no caso, é incondicionada. 
2-Paulo Ricardo, funcionário público federal, foi ofendido, em razão do exercício de suas funções, por Ana Maria. Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta no que concerne à legitimidade para a propositura da respectiva ação penal.
a) Será concorrente a legitimidade de Paulo Ricardo, mediante queixa, e do MP, condicionada à representação do ofendido. (Súmula 714 STF)
3- Maria, que tem 18 anos de idade, é universitária e reside com os pais, que a sustentam financeiramente, foi vítima de crime que é processado mediante ação penal pública condicionada à representação. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
D- Caso Maria exerça seu direito à representação e o membro do MP não promova a ação penal no prazo legal, Maria poderá mover ação penal privada subsidiária da pública.
Semana 7:
CASO 01: Paula, com 16 anos de idade é injuriada e difamada por Estevão. Diante do exposto, pergunta-se:
a) De quem é a legitimidade ad causam e ad processum para a propositura da queixa?
R: Paula tem capacidade paraser parte (legitimatio ad causam) pois, foi vitima do crime, entretanto não possui capacidade de estra em juízo praticando atos processuais válidos (legitimatio ad processum), assim sua incapacidade deve ser suprida pela representação.
b) Caso Paula fosse casada, estaria dispensada a representação por parte do cônjuge ou do seu ascendente? Em caso positivo por quê? Em caso negativo quem seria seu representante legal?
R: Para alguns sendo emancipada não teria mais representante legal, podendo assim propor a queixa. Segundo a melhor doutrina a emancipação de Paula é inimputável, já que a emancipação só gera efeitos civis, e o caos fizesse falsas afirmações não estaria sujeita as sanções praticas do injusto, assim é necessária a intervenção de um representante legal, ou nomeação de um curador especial. 
c) Se na data da ocorrência do fato Paula possuísse 18 anos a legitimidade para a propositura da ação seria concorrente ou exclusiva?
R: É exclusiva por ela teria capacidade. 
2- Acerca da ação civil ex delicto, assinale a opção correta.
b) Ao proferir sentença penal condenatória, o juiz fixará valor mínimo para a reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido, sem prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamente sofrido.
3- Relativamente às regras sobre ação civil fixadas no Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta.
d) Transitada em julgado a sentença penal condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros.
Semana 8:
CASO 1 Determinado prefeito municipal, durante o mandato, desvia verbas públicas repassadas ao Município através de convênio com o Ministério da Educação, sujeitas a prestação de contas, visando ao treinamento e qualificação de professores. Referida fraude somente é descoberta após a cessação do mandato, instaurando-se inquérito policial na DP local. Concluído o Inquérito, no qual restaram recolhidos elementos de prova suficientes para a denúncia, o Promotor de Justiça oferece denúncia contra o ex-prefeito. Diante do exposto, diga qual o juízo competente para julgar o ex-prefeito:
R: Compete a Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita a prestação de contas perante o órgão federal. 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;
2-Compete à justiça federal processar e julgar:
c) crime contra a organização do trabalho.
3- Paulo reside na cidade “Y” e lá resolveu falsificar seu passaporte. Após a falsificação, pegou sua moto e viajou até a cidade “Z”, com o intuito de chegar ao Paraguai. Passou pela cidade “W” e pela cidade “K”, onde foi parado pela Polícia Militar. Paulo se identificou ao policial usando o documento falsificado e este, percebendo a fraude, encaminhou Paulo à delegacia. O Parquet denunciou Paulo pela prática do crime de uso de documento falso. Assinale a afirmativa que indica o órgão competente para julgamento.
b) Justiça Federal da cidade “K”. (sumula 200 STJ)
Semana 9:
CASO 01: Aristodemo, juiz de direito, em comunhão de desígnios com seu secretário, no dia 20/05/2008, no município de Campinas/SP, pratica o delito descrito no art. 312 do CP, tendo restado consumado o delito. Diante do caso concreto, indaga-se:
a) Qual o Juízo com competência para julgar o fato?
R: Considerando que ele tem foro de prerrogativa de função (art. 96, III, CF) Ambos serão julgados pelo Tribula de Justiça, segundo a Súmula 704 “Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados”.
b) Caso fosse crime doloso contra a vida, como ficaria a competência para o julgamento?
R: A primeira tese está no sentido de que o Juiz será julgado pelo Tribunal de Justiça nos moldes do art. 96, III, CF, e o coautor a Júri art.5, XXXVIII da CRFB/88. O segundo posicionamento no sentido da ocorrência da continência a ensejar que a unidade do processo e julgamento prevalecendo a competência do Tribunal de Justiça. Entende-se que a primeira tese é a que melhor esta em consonância com o Texto Maior.
2- Tendo como referência a competência ratione personae, assinale a alternativa correta.
c) Mévio é governador do Distrito Federal e pratica um crime comum. Por uma questão de competência originária decorrente da prerrogativa de função, será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça.
3- Acerca da competência no âmbito do direito processual penal, assinale a opção correta.
a) Caso um policial militar cometa, em uma mesma comarca, dois delitos conexos, um cujo processo e julgamento sejam de competência da justiça estadual militar e o outro, da justiça comum estadual, haverá cisão processual.
Semana 10:
CASO 1 - Deoclécio, pistoleiro profissional, matou um desafeto de Pezão, a mando deste, abandonando o cadáver numa chácara de propriedade de Lindomar, que nada sabia. Temeroso de que lhe atribuíssem a autoria do homicídio, Lindomar sepultou clandestinamente o cadáver da vítima. Isso considerado, indaga-se:
a) A hipótese é de conexão ou continência?
R: Continência em relação a Deoclécio e Pezão pelo crime de homicídio, art.77,I C PP. Conexão do homicídio com
Ocultação de cadáver praticado por Lindomar, art.211CP c/c art.76, II CPP(Conexão objetiva). 
b) Haverá reunião das ações penais em um só juízo?
R: Sim, art.78, I CPP.
c) Qual será o juízo competente para julgar Cabeção, Pezão e Lindomar?
R: Ao teor do art.78, I CPP compete ao Júri julgar todos os delitos.
2- Em relação à delimitação da competência no processo penal, às prerrogativas de função e ao foro especial, assinale a opção correta.
D- Não viola a garantia do juiz natural a atração por continência do processo do corréu ao foro especial do outro denunciado, razão pela qual um advogado e um juiz de direito que pratiquem crime contra o patrimônio devem ser processados perante o tribunal de justiça.
Semana 11:
CASO 1: Seguindo denúncia anônima sobre existência de “boca de fumo”, uma equipe de policiais combina dar um flagrante no local. Lá chegando, ficam de espreita, presenciando alguma movimentação de pessoas, entrando e saindo do imóvel, que também servia de residência. Já passava das 21h, quando telefonaram à autoridade policial e esta autorizou o ingresso para busca e apreensão. Assim foi feito e os policiais lograram apreender grande quantidade de pedra de crack, que estava escondida sob uma tábua do assoalho. Levado o morador à DP local, foi ele submetido ao procedimento legal de flagrante, sendo imediatamente comunicada a prisão ao juízo competente. O defensor público requereu o relaxamento do flagrante, por ilegalidade manifesta. Assiste razão a defesa?
R: No particular crime de drogas, a modalidade de cometimento da infração: guardar, ter em depósito, trazer consigo ou transportar, caracteriza estado de flagrância permanente. Em que pese a aparência de ilegalidade da atividade persecutória, não houve violação do domicilio, em razão do estado de flagrante delito. Existe, contudo, entendimento contrário.
2- Assinale a opção correta.
c) O estado de flagrante delito é uma das exceções constitucionais à inviolabilidade do domicílio, nos termos da Constituição Federal.
3- Relativamente à prisão, assinale a opção correta de acordo com o CPP.
a) Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade local, que providenciará a remoção do preso depois de haver lavrado, se for o caso, o auto de flagrante.
Semana 12:
CASO 1 Após umalonga investigação da delegacia de polícia local, Adamastor foi preso às 21h em sua casa, em razão de um mandado de prisão temporária expedido pelo juiz competente, por crime de descaminho. A prisão fora decretada por 10 dias. O advogado de Adamastor impetrou Habeas Corpus requerendo a sua liberdade provisória com fundamento no art. 310 do CPP. Em no máximo 10 linhas, discorra sobre o exposto acima, analisando as hipóteses de cabimento, prazo da prisão temporária.
R: Inicialmente cumpre esclarecer que a CRFB/88 estabelece que a ordem judicial só possa ser cumprida durante o dia (art. 5º, XI). A prisão temporária tem um prazo de 5 dias prorrogáveis por mais 5, e se for crime hediondo, o prazo será de 30 dias prorrogáveis por mais 30 (art. 2º da lei 7960/89 e art. 2º, p. 4º da lei 8072/90).
 O teor do que dispões o art. 1º, III da lei 7960/89, não cabe prisão temporária em crime de descaminho. Como prisão ilegal é cabível o relaxamento de prisão. Só se fala em liberdade provisória quando se está diante de uma prisão em flagrante legal, porém desnecessária (art. 310 do CPP).
2- Como se sabe, a prisão processual (provisória ou cautelar) é a decretada antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória, nas hipóteses previstas em lei. A respeito de tal modalidade de prisão, é correto afirmar que:
c) A prisão temporária não poderá ser decretada de ofício pelo Juiz.
3- Acerca das prisões cautelares, assinale a opção correta.
c) Em regra, a prisão temporária deve ter duração máxima de cinco dias. Tratando-se, no entanto, de procedimento destinado à apuração da prática de delito hediondo, tal prazo poderá estender-se para trinta dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
Semana 13:
CASO 1 Flávio foi preso em flagrante delito por estar portando três papelotes de cocaína, que alegou ser para uso próprio, nas proximidades de uma casa noturna. Conduzido à Delegacia, o Delegado lavrou o APF, indiciando Flávio pela prática do crime previsto no art. 33 da Lei 11.343/06, representando ao juízo pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. O advogado de Flávio ajuizou junto à 1ª Vara Criminal de Nova Friburgo pedido de liberdade provisória, que foi negado sob o argumento de que o art. 44 da Lei de Drogas veda a concessão de liberdade provisória e este crime serem considerado inafiançável nos termos do art. 5º, XLIII, da Constituição, sem indicação fundamentada dos requisitos do art. 312, CPP, que ensejam a prisão preventiva. Agiu de forma adequada o magistrado? Justifique sua resposta.
Semana 14:
1) O Promotor de Justiça com atribuição requereu o arquivamento do inquérito policial, em razão da atipicidade, com fundamento no artigo 395,II do CPP. O juiz concordou com as razões invocadas e determinou o arquivamento do IP. Um mês depois, o próprio promotor de justiça tomou conhecimento de prova substancialmente nova, indicativa de que o fato realmente praticado era típico. Poderá ser instaurada ação penal? A decisão de arquivamento do IP faz coisa julgada material?
R: O informativo n° 218, decidiu que "O arquivamento requerido pelo Ministério Público e deferido pelo juiz, com fundamento na atipicidade do fato, produz coisa julgada, impedindo a instauração de nova ação penal".  Diante disso é possível concluir que, em regra, a decisão que homologa o arquivamento não faz coisa julgada material, nos termos do artigo 18, CPP, e da Súmula 524, do STF. Entretanto, caso o arquivamento seja com base na atipicidade do fato, a decisão que arquivar o Inquérito Policial fará coisa julgada material e impossibilitará a futura instauração da ação penal. Porem em caso que surja prova nova, o caso pode ser reaberto.
2- Em relação às exceções previstas na legislação processual penal, assinale a alternativa correta.
d) As exceções serão processadas em autos apartados e não suspenderão, em regra, o andamento da ação penal. (art. 111 CPP)
3- Acerca de exceções, assinale a opção correta.
 c) Podem ser opostas exceções de suspeição, incompetência de juízo, litispendência, ilegitimidade de parte e coisa julgada e, caso a parte oponha mais de uma, deverá fazê-lo em uma só petição ou articulado
Semana 15:
CASO 1 João foi condenado por crime de latrocínio a uma pena de 25 anos de reclusão a ser cumprida no regime fechado. Ocorre que no curso da execução de tal pena privativa de liberdade sobrevém doença mental ao condenado. Diante de tal situação, na qualidade de juiz da execução como decidiria? E se a doença mental ocorresse no curso do processo de conhecimento e posteriormente ao crime? E se a doença mental já existia no momento da prática da infração?
R: Em um primeiro momento, em tais casos, caberá ao juiz da execução suspender a execução da pena determinando a imediata internação do condenado em hospital psiquiátrico consoante di spõe o artigo 108 da LEP. 
Sendo constatado através da perícia psiquiátrica que a situação é irreversível poderá o juiz converter a pena privativa de liberdade em medi da de segurança. Nesse sentido artigo 154 do CPP c/c 183 da LEP. Nas demais hipóteses ver artigos 151 e 152 do CPP.
2- Em relação ao incidente de falsidade, é correto afirmar que:
a) se reconhecida a falsidade por decisão irrecorrível, mandará desentranhar o documento e remetê-lo, com os autos do processo incidente, ao Ministério Público
3- Acerca de incidente de insanidade mental do acusado, assinale a opção correta:
b) O exame de avaliação da saúde mental do acusado poderá ser ordenado na fase do inquérito, mediante representação da autoridade policial ao juiz competente. 
Semana 16:
CASO 1 Os arts. 5º, II, 18, 26, 156, I, 241, retratam a atuação de ofício pelo juiz ainda na fase investigativa. Diga se esses dispositivos são compatíveis com o atual sistema vigente na CRFB/88, estabelecendo as principais diferenças entre o sistema acusatório e o inquisitivo.
R: (Rangel, Paulo. Direito Processual Penal, 15ª ed., pág. 56-63. Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2008). A 
atuação do juiz nos dispositivos citados afronta o si stema acusatório, pi lar de um Estado Democrático de Direito, onde a 
figura do juiz deve estar distante e separada das partes, resg uardando ao máximo, a sua i mparcialidade. A 
imparcialidade é um el emento i ntegrante e indispensável da estrutura do sistema acusatório, pois o jui z não deve 
imiscuir -se na atividade de colhei ta do material probatório antes de ter provocada sua jurisdição. Características 
próprias do sistema inquisitivo: a) as três funções (acusar, defender, julgar) concentram-se nas mãos de uma só pessoa, 
iniciando o jui z, ex officio, a acusação, quebrando assim , sua imparcialidade; b) o processo é regido pelo sigilo, de forma 
secreta; c) não há contraditório nem ampla defesa; d) o sistema de provas é o da tarifada, e consequentemente a 
confissão é a rainha das provas. Características do sistema acusatório: a) há separação entre as funções de acusar, julgar 
e defender; b) o processo é regido pelo princípio da publi cidade dos atos processuais; c) os princípios do co ntraditório e 
da ampla defesa i nformam todo o processo; d) o si stema de provas é o do li vre convencimento; e) im parcialidade do 
órgão julgador.
CASO 2 A instrução contraditória é inerente ao próprio direito de defesa, pois não se concebe um processo legal, buscando a verdade processual dos fatos, sem que se dê ao acusado a oportunidade de desdizer as afirmações feitas pelo Ministério Público em sua peça exordial? (Almeida, Joaquim Canuto Mendes de. Princípios Fundamentais do Processo Penal. São Paulo: RT). Analise os princípios informados acima e responda se eles são aplicados na fase pré-processual, fundamentando sua resposta.
R: Devido processo leg al, contraditório e ampla defesa e verdade real. Os Estado, sendo o titular do 
ius puniendi, tem, na realidade, o poder -dever de punir, mas deve,também, preservar a liberdade do i ndivíduo através 
instrumento de tutela de ambos os i nteresses: o processo penal. Não há verdade processual sem que, para que se possa 
descobri-la, respeitem-se os procedimentos delineados em lei. Não há como se respeitar o contraditório, est abelecendo 
a igualdade das partes na relação jurídico-processual, sem o cumprimento dos dispositivos legais. Sem o devido 
processo l egal, não pode haver contraditório. O devido processo leg al é o princípio reitor de todo arcabouço jurí dico 
processual.
CASO 3 Catarina, no dia 10/03/08, praticou o crime de homicídio doloso. Em agosto de 2008 entrou em vigor a lei 11.689/08, que revogou o art. 607 do CPP, extinguindo assim com o protesto por novo júri, um recurso exclusivo da defesa que era cabível para os condenados à uma pena igual ou superior a vinte anos de reclusão. Em dezembro de 2008 o magistrado proferiu a sentença condenando Catarina à 21 anos de reclusão. Essa lei processual nova se aplica à Catarina?
R: LIMA, Marcellus Polastri. Manual de Processo Penal. Rio de J aneiro: Lumen Juris, 4ª ed., p. 61-65. 
A l ei processual penal entrando em vigor após promulgação, publicação e eventual vacatio legis, terá efeito imediato. 
Não se cogita na lei processual penal a retroa tividade da lei mais benéfica ou a irretroativi dade da lei mais gravosa como 
no Direi to Penal. Os atos processuais praticados sob a ég ide da lei anterior revogada, continuam válidos, e manterão sua 
eficácia, i nclusive no que diz respeito aos prazos que já começaram a correr. C ontudo nada i mpede que o legisla dor, 
querendo, estabeleça, expressamente, a retroatividade ou irretroatividade da lei nova. Em havendo normas processuais 
mistas, com caráter processual e penal, não se apl i ca quanto aos efei tos penais o princípio tempus reg it actum 
(aplicação imediata), m as sim os princípios constitucionais que regem a aplicação da lei penal: a ultratividade e a 
retroativi dade da lei mais benigna.
CASO 4 Determinado inquérito policial foi instaurado para apurar a prática do crime de tráfico de drogas, figurando como indiciado Regiclécio da Silva, mais conhecido como Águia. Durante as investigações, seu advogado, devidamente constituído, requereu à autoridade policial a vista dos autos do respectivo inquérito. Argumentou para tanto que, não obstante em tramitação sob regime de sigilo, considerada a essencialidade do direito de defesa, prerrogativa indisponível assegurada pela Constituição da República, que o indiciado é sujeito de direitos e dispõe de garantias legais e constitucionais, cuja inobservância, pelos agentes do Estado, além de eventualmente induzir-lhes à responsabilidade penal por abuso de poder, pode gerar a absoluta desvalia das provas ilicitamente obtidas no curso da investigação policial. A autoridade policial não permitiu o acesso aos autos do inquérito policial, uma vez tratar-se de procedimento sigiloso e que tal solicitação poderia comprometer o sucesso das investigações. Diga a quem assiste razão, fundamentando a sua resposta na doutrina e jurisprudência.
R: O STF já concedeu habeas corpus para permitir que os pacientes, através de seus advogados, 
tenha acesso aos elementos coligidos no i nquérito policial, que l hes di gam respeito diretamente. A sseverou -se que a 
oponibilidade do sigilo ao defensor constituído tornaria sem efeito a garantia abrigada no art. 5º, LXI II da CRFB, no qual 
assegura ao i ndiciado a assistência técnica de advogado. N o entanto, deve -se observar a súmula v inculante nº 14 do 
STF, para afirmar que tal acesso aos autos do i nquérito pol icial somente ocorrerá após todos os el ementos informativos 
estarem devidamente documentados. 
Leitura Indicada STF: HC 93767. Informativo do STF nos 495,499, 529, 424, 356. 
CASO 5 O Promotor de Justiça com atribuição requereu o arquivamento do inquérito policial, em razão da atipicidade, com fundamento no artigo 395,II do CPP. O juiz concordou com as razões invocadas e determinou o arquivamento do IP. Um mês depois, o próprio promotor de justiça tomou conhecimento de prova substancialmente nova, indicativa de que o fato realmente praticado era típico. Poderá ser instaurada ação penal? A decisão de arquivamento do IP faz coisa julgada material?
R: Requerimento do P rocurador-Geral da República. Pedido fundado na al egação de atipicidade 
dos fatos. Formação de coisa julgada material. Não atendimento compulsório. Necessidade de apreciaçã o e decisão pelo 
órgão jurisdi cional competente. I nquérito arquivado. Precedentes. O pedido de arquivamento de inquérito policial, 
quando não se baseie em falta de elementos suficientes para oferecimento de denúncia, mas na alegação de atipicidade 
do fato , ou de extinção da punibil idade, não é de atendi mento compulsório, senão que deve ser objeto de decisão do 
órgão judicial competente, dada a possibilidade de formação de coisa julgada material. 
CASO 6 Maneco Branco estava sob suspeita de traficar drogas nas imediações de uma casa noturna frequentada por jovens da classe média da zona sul da cidade. Foi assim que policiais da circunscricional local postaram-se em condições de observar a dinâmica do negócio espúrio: de tempos em tempos, Maneco entrava e saía da de uma casa próxima, para entregar alguma coisa a pessoas, que iam na direção da referida casa noturna. Sendo assim, os policiais, às 22h, ingressaram na casa mediante pontapés, e lograram encontrar 100kg de cocaína, 1000 papelotes de ácido e 5000 comprimidos de êxtase. Maneco foi preso em flagrante. A prisão de Maneco foi legal?
R: Maneco estava em flag rante delito, pois tinha em depósito a substância entorpecente. Trata-se 
de crime permanente e o agente está em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. Art. 302, I e 303 do CPP. 
Sendo assim, a CRFB, no seu art. 5º, XI, autoriza o ingresso na residência de alg uém em situação flagrancial.
CASO 7 Claudão estava na porta de uma casa noturna, pretendendo nela ingressar, de qualquer maneira, mesmo não dispondo de dinheiro para pagar o ingresso ou de convite distribuído a alguns frequentadores. Vendo que não conseguia o seu intento, resolveu apelar para o golpe: vou entrar só para ver se encontro um amigo, que marcou aqui na porta, disse ao porteiro. Como o porteiro não foi na conversa, Claudão começou a insultá-lo e nele desferiu dois socos bem colocados, causando-lhe um inchaço na testa e escoriações no cotovelo direito, ferimento esse decorrente da queda do agredido ao chão. Policiais-militares, chamados ao local, deram voz de prisão ao Claudão, e o conduziram, juntamente com a vítima, à circunscricional, onde Claudão foi logo autuado em flagrante delito. Indaga-se: a. foi correta a prisão de Claudão pelos policiais militares? b. O fato narrado, por si só, ensejava a lavratura do auto de flagrante?
R: a- Foi correta, pois o mesmo encontrava-se em flagrante delito, haja vista ter sido encontrado 
agredindo o porteiro, art. 302, I do CP P. b- A lesão corporal leve, por se tratar de infração de menor potencial ofensivo, 
a teor do que dispõe o art. 61 da lei 9099/95, a autoridade policial deveria l avrar termo circunstanciado, na forma do 
art. 69, p. único da citada lei, e não o auto de prisão em flagrante.

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