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POSITIVISMO DE AUGUST COMTE TEORIA DAS CIENCIAS SOCIAIS PDF

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1 
POSITIVISMO 
 
 
 
 
Prof. Me. Jonas Faria 
 
2 
 
 
 
• O maior representante do 
positivismo francês (uma vez que 
tivemos positivistas ingleses, 
como John Stuart Mill) foi o 
filósofo Auguste Comte (1789 – 
1857). 
• Comte nasceu em Montpellier, na 
França. 
• Era oriundo de uma família 
católica, mas sofreu grande 
influência de um pastor 
protestante, a quem teve como 
professor de matemática 
3 
 È possível que por influência do pastor 
luterano Daniel seu professor de 
matemática, que mais tarde ele venha 
considerar a matemática como um 
instrumento para todas as outras 
ciências. Cf. Benoit, L. O. Augusto Comte Fundador da Física Social. São Paulo: Editora 
Moderna, 2006 
4 
Augusto Comte foi ainda muito 
jovem um especulador da vida 
social e da dinâmica das ciências 
naturais. 
Dois interesses que na maioria dos 
pensadores era uma contradição 
inconciliável, mas para aquele que 
veio a ser um dos fundadores da 
Sociologia, era uma possibilidade 
que se mostraria inovadora, a busca 
de trazer as leis naturais para a 
análise da vida social. 
5 
• Em 1814, já na decadência do Império 
Napoleônico, Comte ingressa na Escola 
Politécnica de Paris. 
• Um centro de formação de cadetes 
voltada ao desenvolvimento do corpo 
intelectual do estado francês. 
6 
• Uma carreira que Comte pretendia manter. 
• Contudo, foi levado a ingressar no movimento 
socialista francês, liderado por Saint-Simon, na 
busca de desenvolver um modelo ideológico 
que influenciasse a administração francesa na 
busca de atender as melhorias da vida da 
população. 
• Uma ilusão que Comte em pouco tempo 
rompeu. 
 
7 
• O rompimento entre Comte com Saint-
Simon ocorreu por diversos fatores, o 
mais conhecido foi a mania do mestre do 
socialismo utópico roubar as ideias de 
seus discípulos. 
• Simon não costumava ser muito original 
em suas ideias, mas também por 
discordância teórica, já que os dois 
apresentavam análises opostas. 
8 
• Comte acreditava em uma interferência neutra 
do Estado. 
• Saint-Simon tendia a um acordo político de 
tendência pequeno burguesa. 
• Comte chegou a acusá-lo de se aproximar de 
empresários franceses e favorecê-los 
manipulando os movimentos sociais franceses. 
• Outra crítica foi a de intelectualizar o 
movimento político e gerar uma casta intelectual 
beneficiária da liderança social. 
 
9 
• Comte busca uma análise mais objetiva dos fenômenos sociais 
e passa a considerar o método das ciências naturais como um 
instrumento fundamental na construção de princípios para 
entender o desenvolvimento da sociedade humana. 
• Para ele, a sociedade ocidental era o cume de uma cadeia 
evolutiva do conhecimento desenvolvido pelas sociedades 
humanas. 
• Nesta evolução as sociedades passaram por estágios 
semelhantes, mas algumas ainda se encontram, segundo ele, 
em uma etapa mística do pensamento, a infância. 
 
10 
• Para ele, a própria “físico-social”, nome 
dado a sociologia em sua origem, estava 
ligada a este processo de 
desenvolvimento e deveria ter como 
objeto de estudo a compreensão dos 
fenômenos sociais como resultado da 
evolução que as diferentes civilizações 
viveram até chegar a “Europa civilizada”: 
 
11 
• Entendo por Física Social a 
ciência que tem por objeto 
próprio o estudo dos 
fenômenos sociais, 
considerados com o mesmo 
espírito que os fenômenos 
astronômicos, físicos, 
químicos e fisiológicos, isto 
é, como submetidos a leis 
naturais invariáveis, cuja 
descoberta é o objetivo 
especial de suas pesquisas. 
 
• Propõe-se, assim, a explicar 
diretamente, com a maior precisão 
possível, o grande fenômeno do 
desenvolvimento da espécie humana, 
considerado em todas as suas partes 
essenciais; isto é, a descobrir o 
encadeamento necessário de 
transformações sucessivas pelo qual o 
gênero humano, partindo de um 
estado apenas superior ao das 
sociedades dos grandes macacos, foi 
conduzido gradualmente ao ponto em 
que se encontra hoje na Europa 
civilizada. 
• O espírito desta ciência consiste, 
sobretudo, em ver, no estudo 
aprofundado do passado, a verdadeira 
explicação do presente e a 
manifestação geral do futuro (COMTE, 
1989, p.53). 
12 
• Aos 47 anos, Comte conheceu 
a mulher que se tornaria sua 
esposa, Clotilde de Vaux, por 
quem o filósofo apaixonou-se 
platonicamente. 
• Contudo, ela morreu um ano 
após a união de ambos, mas 
permaneceu na vida e nos 
escritos do filósofo de forma 
tão intensa a ponto de tornar-se 
venerada na filosofia 
positivista e religiosa nos 
escritos da velhice de Auguste 
Comte 
• O positivismo foi uma reação 
ao idealismo: 
• enquanto o idealismo buscava 
interpretar e unificar a 
experiência mediante a razão, 
o positivismo procurava 
manter-se à experiência 
imediata como fizera o 
empirismo. 
• A função do positivismo é a 
firmar as ciências da natureza 
(biológicas e fisiológicas) 
como as grandes ciências que 
poderão solucionar os 
problemas da humanidade. 
13 
“É assim que vemos tanto no positivismo, como no catolicismo, a 
veneração de ‘santos padroeiros’, isto é, os sábios do passado, os 
grandes religiosos, os heróis ilustres, cuja recordação e exemplo são 
sempre exaltados; a veneração de almas que são ‘particularmente 
próximas’ como a mãe, as irmãs, as filhas, que Comte chama de 
‘anjos da guarda’. 
O positivista religioso sente-se, assim, rodeado de ‘almas amadas’, 
algumas simplesmente protetoras, outras amantes e auxiliares. É a 
‘comunhão dos santos’ positivista. 
Em torno desses ‘santos padroeiros’, de ‘anjos da guarda’, de 
‘almas amigas’, que são uma parte de Grande Ser, a religião da 
humanidade reservou um lugar à sua padroeira suprema, para a 
mulher-tipo, para a ‘intercessora privilegiada entre os homens e a 
humanidade divinizada’. Clotilde de Vaux, a Virgem-Mãe. Cf. Ribeiro. J. O que é 
Positivismo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994 
14 
• A filosofia positivista 
rejeita toda e 
qualquer teoria 
metafísica, uma vez 
que tem como 
verdade única os 
fatos baseados na 
experiência, ou seja, 
só é possível 
conhecer o que está 
na realidade física 
• Segundo João Ribeiro, 
o positivismo pode ser 
definido como: 
• “uma filosofia 
determinista que 
professa, de um lado, o 
experimentalismo 
sistemático e, de outro, 
considera anticientífico 
todo o estudo das 
causas finais. 
15 
• Assim, admite que o espírito humano é 
capaz de atingir: 
• verdades positivas ou da ordem 
experimental, 
• mas não resolve as questões metafísicas, 
não verificadas pela observação e pela 
experiência. 
• APUD. Ribeiro. J. O que é Positivismo. 
• São Paulo: Editora Brasiliense, 1994. 
 
16 
• “Comte olha para o 
progresso social como 
condicionado pelos 
concomitantes biológicos 
dos indivíduos, de tal 
forma que nenhuma 
estrutura social é 
possível sem que esteja 
previamente determinada 
nos fatores biológicos, 
aliás irredutíveis como o 
são todas as categorias 
de fenômenos na 
concepção comtiana. 
• O processo da sociedade 
é caracterizado, assim, 
pela incessante 
especialização das 
funções, como todo o 
desenvolvimento 
orgânico, para maior 
aperfeiçoamento na 
evolução dos órgãos 
particulares” Ribeiro. J. O que é 
Positivismo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994 
17 
Segundo a professora Maria Célia Simon, podemos definir o 
positivismo da seguinte forma:O positivismo, de acordo com Augusto Comte, não é uma corrente 
filosófica entre outras, mas a que acompanha, promove e estrutura o 
último estágio que a humanidade teria atingido, fundado e 
condicionado pela ciência. 
 Comte usa o termo filosofia com o mesmo sentido que lhe 
atribuía Aristóteles, isto é, como sistema geral do conhecimento 
humano. 
E o termo positivo, significando o real, por oposição ao quimérico, 
o útil em oposição ao ocioso, a certeza em oposição a indecisão, o 
preciso em oposição ao vago. 
O termo significa, ainda, o contraditório de negativo e indica a 
tendência de substituir sempre o absoluto pelo relativo. 
Finalmente, traduz a proposta de organização moral e intelectual 
da sociedade ( Simon, 2005, p. 144). 
18 
De 1830 a 1842, foram publicados os seis volumes do 
que pode ser considerada a maior obra de Comte, Curso 
de filosofia positiva. 
Comte afirma ter descoberto os três estágios da 
humanidade: 
 De fato, segundo ele, o espírito humano teria passado 
por três estados históricos diferentes: 
O teológico, 
O metafísico 
E o positivo, 
19 
• No estado teológico, o espírito 
humano, dirigindo 
essencialmente suas 
investigações para a natureza 
íntima dos seres, as causas 
primeiras e finais de todos os 
efeitos que o tocam, numa 
palavra, para os conhecimentos 
absolutos, apresenta os 
fenômenos como produzidos 
pela ação direta e contínua de 
agentes sobrenaturais mais ou 
menos numerosos, cuja 
intervenção arbitrária explica 
todas as anomalias aparentes 
do universo. 
 
• No estado metafísico, que 
no fundo nada mais é do 
que simples modificação 
geral do primeiro, os 
agentes sobrenaturais são 
substituídos por forças 
abstratas, verdadeiras 
entidades (abstrações 
personificadas) inerentes aos 
diversos seres do mundo, e 
concebidas como capazes de 
engendrar por elas próprias 
todos os fenômenos 
observados, cuja explicação 
consiste, então, em determinar 
para cada um uma entidade 
correspondente. 
 
20 
No estado positivo, o espírito humano, reconhecendo 
a impossibilidade de obter noções absolutas, renuncia a 
procurar a origem e o destino do universo, as causas 
íntimas dos fenômenos, para preocupar-se unicamente 
em descobrir, graças ao uso bem combinado do 
raciocínio e da observação, suas leis efetivas, a saber, 
suas relações invariáveis de sucessão e similitude. 
A explicação dos fatos, reduzida então a seus termos 
reais, se resume de agora em diante na ligação 
estabelecida entre os diversos fenômenos particulares e 
alguns fatos gerais, cujo número o progresso da ciência 
tende cada vez mais a diminuir. 
( Simon, 2005, p. 147). 
21 
• Para Comte, esta divisão dos estados do 
espírito humano a qual, no estado teológico, o 
homem atribuía a causa de todas as tragédias e 
de todos os fenômenos da natureza, era como 
uma ação e interferência dos deuses (do 
politeísmo ao monoteísmo). 
• Por sua vez, no estado metafísico, os homens 
já buscavam explicação ou então, buscavam 
pela origem e causa primeira de todas as 
coisas. 
 
22 
• Alguns pensam que o período em que o 
filósofo escreveu sobre, e fundou a 
referida religião, ele já estava com 
problemas psíquicos, logo, seus escritos 
nesta época estariam sob a influência de 
sua doença mental. 
23 
• Conforme L. O. Benoit, “costuma-se considerar que a 
chamada ‘primeira carreira’ foi o momento único da 
fundação da filosofia positivista, da sociologia (ou 
física social) e da epistemologia (filosofia das 
ciências), novo continente do saber filosófico, que foi 
em parte inaugurado pelo positivismo no século XIX. 
• Portanto, o momento denominado de “segunda 
carreira” ou, período da doença, é considerado de 
menor importância ou até mesmo desprezível. 
 
 
24 
• A Religião da Humanidade criada por Comte era 
antropocêntrica, ou seja, colocava o homem no lugar 
de Deus, e suas bases não estavam centradas em 
dogmas cristãos ou na religião revelada, mas sim em 
supostas verdades sociológicas. 
• “Quando todos – operários, mulheres, artistas – se 
convertessem, com sólida fé, àqueles dogmas morais, 
a questão social seria enfim solucionada”. 
• (Benoit, 2006, p. 29). 
25 
• Do catolicismo ele copia certos dogmas e adapta-os 
ao seu credo, como, por exemplo, o culto à mulher 
inspirado em seu grande amor, a quem deve-se 
atribuir veneração, como se faz no catolicismo com a 
Virgem Maria. 
• Além dos dogmas católicos adaptados à religião 
positivista, um discípulo que o conheceu descreveu-o 
como uma espécie de São Francisco de Assis, já que 
na velhice Comte parece ter adotado um estereótipo 
de monge mendicante. 
26 
• Benoit narra a seguinte história sobre o filósofo de 
Montpellier: 
• “Conta-se, entre outras coisas, que costumava comer 
pão seco a fim de pensar nos infelizes que morrem de 
fome; de manhã alimentava-se com um pouco de leite 
e, à noite, com um pouco de carne e legumes. 
• Declarou herdeiros de seus poucos bens, para 
usufruto em vida, Sophie Bliot e seus familiares. 
Sophie foi sua empregada doméstica.” 
• (Benoit, 2006, p.30). 
 
27 
• “Nós não diferimos dos católicos senão 
em que a nossa unidade se refere a 
humanidade, ao passo que a deles se 
refere a Deus” (Carta de A. Comte a seu 
pai). 
• Cf. J. Ribeiro. O que é Positivismo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994, p. 40. 
 
28 
• Auguste Comte, apesar de toda veneração que teve por sua 
segunda esposa (Clotilde), não deixou dúvidas da superioridade 
dos homens em relação às mulheres, fato este que o levou a 
distanciar-se de Stuart Mill, filósofo que defendia a plena 
liberdade das mulheres. 
• Para Comte a humanidade é formada só de homens e o marido 
deve sustentar a esposa, uma vez que ela pelas irrevogáveis leis 
da natureza está condenada a uma posição de inferioridade. 
• Por outro lado, as mulheres participam da sociedade positivista 
como uma espécie de inspiração para os membros de tal 
sociedade. 
• Elas são o sustentáculo das “Providências Sociais”, ou seja, são 
uma espécie de sacerdócio intelectual, uma espécie de 
Providência moral. 
• Cf. Ribeiro. J. O que é Positivismo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994, p. 31-32. 
 
29 
• No Brasil, a influência positivista também 
foi marcante, principalmente com 
Benjamim Constant (1836-1891), e 
também com Miguel Lemos e Teixeira 
Mendes. 
• O positivismo teve forte influência na 
proclamação da República, a começar 
pelo lema da nossa bandeira, Ordem e 
Progresso, frase genuinamente positivista. 
30 
• Jorge Jaime, quando se refere ao positivismo e a República: 
• O positivismo, especialmente pelo entusiasmo com que 
foi adotado por muitas figuras de relevo na nação 
brasileira, pela influência que exerceu em um movimento 
tão importante como o da República, o qual, pode-se 
dizer, justamente por isso, e abstraindo de juízos sobre o 
conteúdo da doutrina que o inspirou, constituiu o exemplo 
de quanto pode uma ideia, mesmo no campo prático dos 
movimentos sociais e políticos, e de como, neste sentido, 
eram idealistas os criadores da República – o positivismo, 
dizemos, justamente por tudo isso, não constituiu um 
movimento sem grandeza 
 
31 
• Miguel Lemos e Teixeira Mendes foram chamados e 
considerados os apóstolos do positivismo no Brasil. 
• Foram os idealizadores da Bandeira da República e, 
segundo os ensinamentos da Religião da Humanidade, 
da Ordem e do Progresso, consolidaram no lema da 
nossa bandeira para sempre, a principal mensagem 
positivista,como um termo “teológico” ou messiânico e, 
fundamentados na ideia do progresso, estabeleceram 
no Brasil o que existe até hoje no Rio de Janeiro, o 
chamado Apostolado Positivista do Brasil. 
 
32 
• O positivismo contribuiu para laicização do Estado 
brasileiro, já que no Brasil monárquico o catolicismo 
era a religião oficial. 
• Benjamin Constant era contra o absolutismo do 
monarca, por isso defendia a vontade geral do povo, 
mas não de forma absoluta, pois pensava que o 
Estado devia ser constituído por ministros que 
exerceriam a função do executivo, que seriam 
responsáveis diante do rei o qual, por sua vez, 
possuiria um poder neutro, ou seja, um poder 
moderador. 
33 
• B. Constant influenciaria os jovens oficiais (militares) 
e estes encontrariam no positivismo uma boa 
justificativa para implantar no Brasil o sistema 
republicano, rechaçando de vez com a já enfraquecida 
monarquia. 
• O lema da nossa bandeira (Ordem e Progresso) 
demonstra o quanto o positivismo influenciou o 
Brasil neste período de transição política da 
Monarquia para a República. 
• (Ribeiro, 1994, p.67). 
 
34 
Ciência e progresso 
• A ciência tem um papel fundamental na teoria de Comte, 
mas não a ciência de uma forma geral. 
• Para ele, as ciências naturais são as verdadeiras 
ciências positivas, que se somam para a construção de 
superioridade da civilização ocidental, para gerar a 
maturidade necessária para que o conhecimento possa 
intervir na análise da vida social. 
• Por isso, para ele, a ciência já teria atingido este grau de 
maturidade no ocidente, no que ele chama de “Europa 
civilizada”. 
 
35 
• Na própria citação é possível compreender a evolução do 
conhecimento científico e os seus estágios. 
• Como a físico-social é fruto de um desdobramento das 
ciências naturais. Este processo de evolução tem como 
princípio a Matemática, desdobrando-se em sua evolução na 
Astronomia, Física, Química e Biologia (Fisiologia para ele). 
• A medicina seria para Comte a ciência que se aproximaria no 
exercício da profissão do perfil de interferência do físico-
social. 
• Cabe ao médico diagnosticar a doença diante dos dados 
levantados empiricamente, cabe ao sociólogo a análise dos 
fatos sociais diagnosticados pelos mesmos critérios da 
medicina, ou seja, a fisiologia. 
 
36 
• Para comte: 
• A época em que as ciências começaram a tornar-se 
verdadeiramente positivas deve ser reportada a 
Bacon, que deu o primeiro sinal dessa grande 
revolução; a Galileu, seu contemporâneo, que lhe deu 
o primeiro exemplo, e, por fim, a Descartes, que 
destruiu irrevogavelmente nos espíritos o jugo da 
autoridade em matéria científica. 
• Foi então que a filosofia natural nasceu e que a 
capacidade científica encontrou seu verdadeiro 
caráter, como elemento espiritual de um novo sistema 
social. 
 
37 
• Nesta citação fica claro o papel das ciências naturais como 
também da ruptura que pensadores como Bacon, Galileu e 
Descartes fizeram com a filosofia humanista. 
• Não podemos esquecer que o conhecimento científico que foi 
promovido partindo da lógica da ciência moderna acabou por 
romper com a tradição filosófica da racionalidade científica. 
• Pensar o homem era pré-requisito para pensar as “coisas”, em 
especial os elementos da natureza. 
• O que Comte propõe é a razão inversa, nós somos elementos 
dentro de uma lógica universal, obedecemos a leis naturais 
dentro da vida social, assim como a astronomia e a física já 
demonstraram por meio da comprovação da existência 
empírica destas leis. 
 
38 
• Vale ressaltar aqui que para Comte o único conhecimento que 
partindo da abstração consegue se positivar por meio da 
experimentação é a Matemática. Ela é a filosofia das ciências 
naturais. 
• A lógica matemática se constitui na raiz do pensamento 
positivo, das ciências que se positivaram. 
• O avanço do conhecimento científico partindo da Matemática 
gerou a capacidade de dimensionar de forma precisa a 
condição dos fenômenos físicos e compreender o seu 
movimento lógico. 
• Se observarmos os fundamentos da Física, Química e 
Biologia, nós vamos encontrar a Matemática lhe servindo 
como base. 
 
39 
• Quando Comte fala da positivação da política e da moral, 
ele acredita que a maturidade do homem culto se libertou 
de princípios superficiais sobre a conduta social e seus 
fatores. 
• Para ele, o comportamento dos homens em sociedade 
deveria ser orientado pela racionalidade estabelecida 
mediante a compreensão dos fenômenos sociais fundados 
na condição coletiva da vida. 
• Não se deve analisar e julgar um fenômeno social 
utilizando critérios teológicos ou abstratos, mas sim dados 
científicos, elementos que comprovam a função e 
condição de existência de tais fenômenos.

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