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portfolio 1º semestre

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42	DESENVOLVIMENTO	�
63	CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
74	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	�
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INTRODUÇÃO
Os problemas ambientais enfrentados pela sociedade contemporânea revelam que é necessária a mudança das atitudes do homem em relação ao meio ambiente. Diante do aquecimento global, da poluição das grandes metrópoles, da escassez de água, da desigualdade social é preciso buscar soluções a curto, médio e longo prazo. A busca pela melhoria das condições ambientais perpassa pela percepção do ser humano do seu entorno e do seu papel diante da sociedade, ou seja, pela conscientização ambiental.
Nesse sentido, a escola pode ser o local onde a discussão das questões ambientais pode ser realizada e as transformações na forma como as futuras gerações se relacionarão com seu meio.
Freire (2008) ao falar sobre o Caderno de Educação Ambiental Ecocidadão afirma que:
“Se para tornar-se um cidadão, o indivíduo faz parte de um Estado sujeito a deveres e direitos sancionados por lei que regem e disciplinam a vida de toda a comunidade, o que se espera é agora a busca pela melhoria das condições sociais, políticas e econômicas inclua a preservação ambiental e que esse cidadão, consciente de suas responsabilidades com a preservação ambiental, envolvido com as questões de seu tempo e lugar, seja, também, um ecocidadão.” (FREIRE, 2008,p.9).
O sistema educacional deve oferecer condições para que as pessoas entendam as relações de produção e consumo, e a utilização dos recursos naturais de forma sustentável, evitando a exaustão dos recursos e os consequentes problemas ecológicos que ameaçam a vida no planeta (LISBOA & KINDEL, 2012).
Assim a escola é um meio privilegiado para que a Educação Ambiental seja desenvolvida de forma interdisciplinar, atendendo ao que prevê a legislação educacional e também à constituição brasileira.
Essa produção textual visa trazer uma contribuição à pratica pedagógica dos professores acerca de atividades que visam a transformação social e que possam ser desenvolvidas dentro do tema Educação Ambiental.
DESENVOLVIMENTO
 Através da leitura da legislação e documentos oficiais, há a recomendação de que a Educação Ambiental seja desenvolvida no ensino formal, conforme a constituição de 1988. Segundo Monteiro (2010) passou-se a exigir que os conteúdos de meio ambiente fossem integrados ao currículo através da transversalidade, percorrendo toda a prática educativa.
Dez anos depois, em 1998, são elaborados os Parâmetros Curriculares Nacionais para temas transversais (PCN), ampliando e aprofundando o debate educacional na escola e trazendo os temas: Ética, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Saúde, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo. Esses assuntos, podem fazer parte das aulas em diversas disciplinas e o ideal é que sejam desenvolvidos de forma interdisciplinar, por meio de sequências didáticas e/ou projetos. 
Nas escolas existem dificuldades para implantação da Educação Ambiental de forma efetiva. Sobre essas dificuldades, Monteiro (2010) menciona algumas dificuldades na implantação da EA como um tema transversal: alternativas metodológicas para tirar o enfoque disciplinar da EA, modificando sua relação somente com as disciplinas de Ciências e Biologia; romper com a estrutura curricular e a criação de atividades criativas para trabalhar a EA. 
Em 1992, com a ECO-92 (Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento humano, realizada no Rio de Janeiro, conhecida também como RIO-92) recomendou-se que a EA deveria ser desenvolvida de forma holística, considerando o ser humano, a natureza e o universo (MONTEIRO, 2010). Nesse mesmo evento, surge a Agenda 21, uma série de metas que devem ser alcançadas visando o desenvolvimento sustentável. 
As recomendações dos documentos governamentais e livros na área de Educação Ambiental recomendam o trabalho da Educação Ambiental dentro de projetos interdisciplinares, com participação ativa do educando, partindo para a ação, visando a conscientização e transformação da realidade social.
Levando-se em consideração a legislação e recomendações acerca de como desenvolver a Educação Ambiental na escola, a proposta de Situação de Aprendizagem terá como tema o reaproveitamento dos resíduos sólidos (lixo reciclável). 
A reciclagem dos resíduos sólidos traz muitos benefícios socioambientais. Com ela, há redução na exploração de matéria prima, economia de água e energia, redução do lixo destinado aos aterros sanitários e lixões e também a geração de trabalhos (DIAS, 2004). Na escolas todos os dias há produção de lixo inorgânico como papéis, plásticos de embalagens, garrafas pets, latas de alumínio, entre outros. Assim, há matéria prima diária para que os professores abordem o problema com seus alunos. Pode-se trabalhar a redução na geração de resíduos, a reutilização de materiais e a coleta seletiva para que o lixo seja encaminhado para a reciclagem. 
Na primeira etapa, os professores das áreas de Geografia, Ciências, História, Sociologia, Matemática em uma turma do 3º Ano do Fundamental farão um levantamento a partir de um pequeno questionário para buscar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o assunto. Nesse questionário constarão as seguintes questões:
O que é lixo?
Você sabe o que é lixo orgânico e inorgânico?
O que é reciclagem? E reutilização?
Você saberia explicar a relação do lixo com a poluição ou problemas ambientais?
Em uma segunda etapa, os professores já com o levantamento dos conhecimentos dos alunos elaboram aulas no formato de discussão para abordar a relação entre consumo e produção de lixo, matéria prima utilizada para produção de embalagens, consumo de água e energia e sua relação com o consumo, reaproveitamento de resíduos sólidos, reciclagem de lixo no Brasil, tratamento do lixo. 
Em uma terceira etapa, após os alunos terem maior consciência a respeito das possibilidades de reaproveitamento do lixo, os professores poderão elaborar uma oficina de produção de objetos com materiais recicláveis. Esses objetos poderão ser entregues à comunidade no final do ano, ou feita uma doação para crianças, trabalhando também a solidariedade. 
A avaliação das Situações de Aprendizagem pode ser feita observando-se a participação do aluno nas atividades propostas e a geração do produto final (objeto feito de reaproveitamento de materiais recicláveis). Também pode ser elaborado um questionário ao final das aulas para averiguar o aprendizado do aluno.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desenvolver uma ideia de Situação de Aprendizagem ou projeto interdisciplinar possibilitou pesquisar e conhecer sobre as possibilidades de trabalho com as crianças na escola. Atualmente, as pesquisas sobre prática docente indicam que é importante a participação do educando no processo de ensino-aprendizagem, que ele deixe de ser um sujeito passivo que só recebe informações e passe a ser um sujeito ativo, que constrói seu aprendizado. 
Esse trabalho possibilitou conhecer a legislação ambiental e documentos orientadores sobre a Educação Ambiental, como a Educação Ambiental vem sendo desenvolvida e como ela se integra as diferentes áreas de conhecimento. 
A importância de trabalhar a interdisciplinaridade também se relaciona com o fato de que os problemas sócio ambientais, o trabalho, a produção, são integrais, envolvem diversas áreas de conhecimento e para a resolução desses problemas deve-se pensar integralmente. Assim, desenvolver na escola o ensino interdisciplinar possibilita ao educando ter uma visão integral da vida. 
Nesse sentido, a proposta da produção textual possibilitou pesquisar e conhecer propostas de ensino crítico para a prática pedagógica, entender a função da escola na promoção das transformações sociais e a importância dos futuros professores estarem atentos ao papel de sua prática docente para a melhoria da sociedade.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos temas transversais. Parâmetros curriculares nacionais: meio ambiente, saúde. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil/1988. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 27/10/2017.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Ambiental. 2013, p. 515 – 536. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/julho-2013-pdf/13677-diretrizeseducacao-basica-2013-pdf/file Acesso em: 29/10/2017.
BRASIL. Lei 9795/99 - Política Nacional de Educação Ambiental. 1999. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/lei9795.pdf Acesso em: 29/10/2017.
FREIRE, M. L. R. in: São Paulo (Estado) Secretaria do Meio Ambiente/ Coordenadoria de Educação Ambiental. Ecocidadão /Denise Scabin Pereira, Regina Brito Ferreira. São Paulo: SMA/CEA, 2008. p. 9.
LISBOA , C. P.; KINDEL, E. A. I. (org). Educação Ambiental: da teoria à prática. Porto Alegre: Mediação, 2012.
MARQUES S. P. Tríade da Conscientização: uma metodologia de Educação Ambiental pautada no Ensino de Geografia, facilitada pelo uso dos recursos didáticos tecnológicos. Dissertação de Mestrado. 2017, p. 110.
MONTEIRO, F. C. A Educação Ambiental em ciências do ensino fundamental brasileiro. Monografia (Pós-graduação em Educação Ambiental). Universidade Cândido Mendes, Campus Tijuca. Rio de Janeiro, Fev. de 2010, 46 p. 
SANTOS A. O que é transdisciplinaridade. Disponível em: http://ufrrj.br/leptrans/arquivos/O_QUE_e_TRANSDISCIPLINARIDADE.pdf Acesso em: 29/10/2017.
SAUVÉ L. Educação Ambiental: possibilidades e limitações. Revista Educação e Pesquisa. SP. V.31. N° 2 Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n2/a12v31n2.pdf Acesso em: 29/10/2017.
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Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIA
EDUCACÃO AMBIENTAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA:
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Trabalho interdisciplinar Portfólio apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Pedagogia.
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