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03 processual penal aula 03

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DIREITO PROCESSUAL PENAL - TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
 
Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 
 
1
DIREITO PROCESSUAL PENAL – TEORIA E EXERCÍCIOS – TJ-SP 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
 
AULA 03 – CITAÇÃO / INTIMAÇÃO / NOTIFICAÇÃO 
 
Futuros Aprovados, 
 
Sejam bem vindos a mais uma aula! 
 
Hoje veremos mais alguns tópicos fundamentais para a sua PROVA. 
Vamos tratar de temas que, apesar de serem de fácil entendimento, 
muitas vezes são deixados de lado pelos candidatos. 
Sendo assim, motive-se, pois os assuntos desta aula poderão fazer 
grande diferença. 
 
Bons estudos! 
*********************************************************** 
 
3.1 – CITAÇÃO 
 
 3.1.1 CONCEITO 
 
Citação é o ato processual que tem por finalidade dar conhecimento ao 
réu da existência da ação penal, do teor da acusação, bem como 
cientificá-lo do prazo para apresentação de resposta escrita. 
Para Hélio Tornaghi, a citação "é o chamamento do réu para se 
defender", já para o professor Fernando Tourinho Filho a "citação é o 
ato processual pelo qual se leva ao conhecimento do réu a notícia de 
que contra ele foi intentada ação penal, para que possa defender-se". 
A citação tem por base os princípios constitucionais da ampla defesa e 
do contraditório, isto porque nenhuma pessoa poderá ser processada 
sem que lhe seja dada ciência da acusação e a oportunidade de se 
defender, salientando que a falta da citação será motivo de nulidade 
insanável no processo. 
 
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: 
[...] 
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: 
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DIREITO PROCESSUAL PENAL – TEORIA E EXERCÍCIOS – TJ-SP 
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[...] 
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu 
interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à 
acusação e à defesa; 
 
Observação: No caso de comparecimento espontâneo do réu, 
considera-se sanado o vício proveniente da não citação. Observe o 
julgado: 
 
Do exposto, podemos afirmar que a citação possui dupla função: 
 
1 – CIENTIFICAR (sobre a ação penal); 
2 – CHAMAR (o acusado para se defender). 
 
Por fim, cabe ressaltar que nos termos do art. 363 do Código de 
Processo Penal, a citação é necessária para que se considere completa a 
formação do processo. Veja: 
 
Art. 363. O processo terá completada a sua formação 
quando realizada a citação do acusado. 
 
 3.1.2 ESPÉCIES DE CITAÇÃO 
 
A doutrina classifica a citação em dois tipos: a real, também chamada 
pessoal, e a ficta. 
Dá-se a citação real quando o ato é feito diretamente à pessoa do 
acusado. Pode ser efetivada através de mandado, de carta precatória, 
de carta rogatória ou carta de ordem. 
Já a citação ficta ocorre quando, esgotados todos os meios possíveis 
para a citação pessoal, a ciência do conteúdo do ato é feita 
indiretamente ao acusado, presumindo-se, por ficção normativa, que 
o mesmo tenha tido conhecimento da imputação. 
STF, RHC 87.699/RJ, DJ 26.06.2009, Informativo 552 
 
O comparecimento espontâneo e oportuno do réu, mediante defensor 
constituído, supre a falta ou a nulidade de citação realizada por editais. 
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A citação ficta é realizada por intermédio de edital e pela citação com 
hora certa, inserida no processo penal após a lei nº. 11.719/08. 
Trata-se, esta última (a citação ficta), de uma exceção à regra geral da 
citação pessoal, devendo ser utilizada subsidiariamente. 
 
 3.1.2.1 CITAÇÃO POR MANDADO 
 
No direito processual brasileiro, a citação pessoal é feita por meio de 
mandado, expedido, regra geral, pelo juiz da causa. 
 
Art. 351. A citação inicial far-se-á por mandado, quando o 
réu estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que a 
houver ordenado. 
 
Diz-se regra geral, pois pode a citação ser levada a termo por carta 
precatória (art. 353, CPP), rogatória (art. 368) e de ordem (prevista 
nas leis de organização judiciária e regimentos internos dos 
tribunais), resultando de um ato de cooperação jurisdicional. 
Veremos estas espécies um pouco mais a frente. 
A citação por mandato é realizada por um oficial de justiça. Este 
deve procurar o acusado nos endereços constantes nos autos e, ao 
encontrá-lo, ler o que está escrito. 
Além disso, deverá entregar ao réu a contrafé (ou a recusa do réu 
em recebê-la. É essa “certidão que faz prova da citação, sendo 
desnecessário que o citando tenha colocado o “ciente” ou que tenha 
assinado o mandado. 
 
Art. 357. São requisitos da citação por mandado: 
I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da 
contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da citação; 
II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da 
contrafé, e sua aceitação ou recusa. 
 
 
 
 
 
DICIONÁRIO DO CONCURSEIRO 
CONTRAFÉ 
CÓPIA DO MANDADO, ENTREGUE AO RÉU PELO OFICIAL DE 
JUSTIÇA, POR OCASIÃO DA CITAÇÃO. 
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Observe abaixo, somente a título de conhecimento e fixação do 
aprendizado, um exemplo da certidão que faz prova da cotação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bom, Caro (a) Aluno (a), vamos entender de forma prática o que foi 
apresentado até agora: 
Imaginemos que foi iniciada, através de denúncia, uma ação penal 
contra Tício. Neste caso, Tício terá que ser cientificado deste fato e, 
a primeira opção do magistrado deverá ser a citação por mandado. 
Mas o que é esse tal de mandado? 
Nada mais é do que um pedaço de papel que, nos termos do art. 
352 do Código de Processo Penal, deve conter os seguintes 
requisitos: 
 
1. O NOME DO JUIZ; 
2. O NOME DO QUERELANTE NAS AÇÕES INICIADAS POR 
QUEIXA; 
3. O NOME DO RÉU, OU, SE FOR DESCONHECIDO, OS SEUS 
SINAIS CARACTERÍSTICOS; 
4. A RESIDÊNCIA DO RÉU, SE FOR CONHECIDA; 
5. O FIM PARA QUE É FEITA A CITAÇÃO; 
6. O JUÍZO E O LUGAR, O DIA E A HORA EM QUE O RÉU 
DEVERÁ COMPARECER; 
7. A SUBSCRIÇÃO DO ESCRIVÃO E A RUBRICA DO JUIZ. 
 
Ainda na supracitada situação, imaginemos que Mévio, oficial de 
justiça, foi designado para levar o mandado para Tício. 
Ao chegar à residência de Tício, Mévio deverá ler todo o mandado e 
dirá para Tício: 
“Prezado acusado, agora vou te entregar uma cópia do mandado, 
ok?” “Ah! E, por favor, você poderia assinar a minha cópia e atestar 
que está ciente?” 
Caso Tício responda que sim, ou seja, que pode assinar, o trabalho 
de Mévio estará completo e ele voltará “feliz e contente” para a 
repartição onde trabalha. 
Mas e se Tício se recusar a assinar? 
Neste caso, Mévio voltará “feliz e contente” do mesmo jeito, pois o 
próprio oficial de justiça, por possuir presunção de legitimidade e 
veracidade quanto aos seus atos, poderá assinar e atestar que o réu 
foi devidamente citado. 
Por fim. Cabe ressaltar que a citação poderá ocorrer em qualquer 
dia,inclusive nos sábados e domingos, e em qualquer hora, do dia 
ou da noite. 
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 3.1.2.2 CITAÇÃO POR PRECATÓRIA 
 
Cada juiz tem uma parcela de competência dentro do conceito de 
jurisdição e é exatamente por isso que existe a citação através da 
chamada carta precatória. 
Vamos compreender: 
Nos termos do Código de Processo Penal, a citação é feita por 
intermédio de carta precatória quando o réu reside em comarca 
diversa daquela em que tramita o processo. Observe: 
 
Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da 
jurisdição do juiz processante, será citado mediante 
precatória. 
 
Assim, por exemplo, se o processo está ocorrendo em São Paulo e o 
acusado está no Rio de Janeiro, o juízo de SP, também chamado de 
deprecante, deverá enviar ao juízo deprecado (RJ) uma carta 
precatória solicitando que o réu seja citado. 
A precatória deverá indicar: 
 
1. O JUIZ DEPRECADO E O JUIZ DEPRECANTE; 
2. A SEDE DA JURISDIÇÃO DE UM E DE OUTRO; 
3. O FIM PARA QUE É FEITA A CITAÇÃO, COM TODAS AS 
ESPECIFICAÇÕES; 
4. O JUÍZO DO LUGAR, O DIA E A HORA EM QUE O RÉU DEVERÁ 
COMPARECER. 
 
Ao receber a precatória, o juízo deprecado deverá expedir mandado 
determinando que um oficial de justiça proceda a citação do réu. 
Depois de cumprida a precatória será ela devolvida ao juízo de 
origem. 
Art. 355. A precatória será devolvida ao juiz deprecante, 
independentemente de traslado, depois de lançado o 
"cumpra-se" e de feita a citação por mandado do juiz 
deprecado. 
 
É possível, contudo, que o acusado não esteja mais no território de 
competência do juiz deprecado, tendo-se mudado para outra área 
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de jurisdição. Nesses casos, deverá o juiz deprecado encaminhar a 
precatória para ser cumprida pelo juiz em cujo território se encontra 
o acusado. 
Essa é a chamada precatória itinerante, cuja previsão legal 
encontra-se no §1° do artigo 355 do CPP: 
 
Art. 355. A precatória será devolvida ao juiz deprecante, 
independentemente de traslado, depois de lançado o 
"cumpra-se" e de feita a citação por mandado do juiz 
deprecado. 
§ 1o Verificado que o réu se encontra em território sujeito à 
jurisdição de outro juiz, a este remeterá o juiz deprecado os 
autos para efetivação da diligência, desde que haja tempo 
para fazer-se a citação. 
 
Não havendo tempo hábil para o cumprimento da precatória ou na 
hipótese de ter o acusado retornado ao território do juiz deprecante 
ou, ainda, verificando-se que o réu se oculta para não ser citado 
(art. 355, §2°, CPP), o juiz deprecado, certificado os motivos, 
restituirá a precatória à origem para as providências cabíveis. 
 
Art. 355 [...] 
§ 2o Certificado pelo oficial de justiça que o réu se oculta 
para não ser citado, a precatória será imediatamente 
devolvida, para o fim previsto no art. 362. 
 
Autoriza ainda o CPP que, em caso de urgência, seja a precatória 
expedida por via telegráfica, na forma prescrita no artigo 356. 
 
Art. 356. Se houver urgência, a precatória, que conterá em 
resumo os requisitos enumerados no art. 354, poderá ser 
expedida por via telegráfica, depois de reconhecida a firma 
do juiz, o que a estação expedidora mencionará. 
 
3.1.2.3 CITAÇÃO POR ROGATÓRIA 
 
A citação por carta rogatória dá-se quando o réu está no exterior EM 
LUGAR SABIDO, qualquer que seja a infração penal praticada. 
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Encontra embasamento no art. 368 do Código de Processo Penal nos 
seguintes termos: 
 
Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar 
sabido, será citado mediante carta rogatória, suspendendo-
se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento. 
 
Além da supracitada hipótese, também é cabível a carta rogatória 
quando a citação tiver que ser feita em legações estrangeiras 
(consulado ou embaixada). 
 
Art. 369. As citações que houverem de ser feitas em 
legações estrangeiras serão efetuadas mediante carta 
rogatória. 
 
Na citação por rogatória, remetida ao exterior, a carta deverá ser 
encaminhada ao Ministério da Justiça, a quem caberá solicitar ao 
Ministério das Relações Exteriores o seu cumprimento, deste último 
seguirá a rogatória, pela via diplomática, à justiça rogada. 
 
 
 
 
 
 
3.1.2.4 CITAÇÃO POR CARTA DE ORDEM 
 
A carta de ordem é a determinação de um órgão de grau superior 
mandando que um órgão jurisdicional inferior jurisdicionalmente 
àquele cumpra com a citação em seu âmbito de competência. 
Em casos de competência por foro especial, em razão do cargo que 
exerce o réu, se ele for processado, por exemplo, por um Tribunal 
Superior em Brasília, mas reside em Recife, o STJ ordenará que o 
Tribunal de Justiça de Pernambuco cumpra a determinação. 
Em regra, são ordens expedidas pelo STF, STJ, TSE, TRE’s, TRF’s ou 
Tribunais de Justiça estaduais, pelos processos que têm competência 
originária. 
OBSERVAÇÃO 
 
CONFORME SE RETIRA DO ART. 368 DO CPP, EXPEDIDA A CARTA 
ROGATÓRIA, FICARÁ SUSPENSO O CURSO DO LAPSO 
PRESCRICIONAL ATÉ SEU CUMPRIMENTO. 
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3.1.2.5 CITAÇÃO POR HORA CERTA 
 
Com a alteração introduzida pela lei 11.719/08, o Código de Processo 
Penal passa a contar com uma nova figura: a citação por hora certa. 
Não podemos dizer que esta espécie de citação foi uma novidade 
criada pela citada lei, pois já existia no âmbito do Processo Civil. 
Assim, para a correta compreensão desta importantíssima espécie de 
citação FICTA, vamos analisar inicialmente os dispositivos legais para, 
posteriormente, esquematizar o tema. 
O novo artigo 362 do CPP dispõe: 
 
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser 
citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e 
procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida 
nos arts. 227 a 229 da Lei no 3.869, de 11 de janeiro de 
1973 - Código de Processo Civil. 
Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o 
acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor 
dativo. 
 
Desse modo, conforme os referidos dispositivos do Código de 
Processo Civil: 
 
Art. 227. Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver 
procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o 
encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a 
qualquer pessoa da família, ou em sua falta a qualquer 
vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a 
citação, na hora que designar. 
Art. 228. No dia e hora designados, o oficial de justiça, 
independentemente de novo despacho, comparecerá ao 
domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a 
diligência. 
§ 1o Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça 
procurará informar-se das razões da ausência, dando por 
feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em 
outra comarca. 
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§ 2o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará 
contrafé com pessoa da família ou com qualquer vizinho, 
conforme o caso, declarando-lhe o nome. 
Art. 229. Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará 
ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo 
ciência. 
 
Vamos resumir o assunto: 
 
1 – O OFICIAL DE JUSTIÇA PROCURA O RÉU EM SEU DOMICÍLIO POR 
PELO MENOS TRÊS VEZES E NÃO O ENCONTRA. 
2 – O OFICIAL DE JUSTIÇA, DIANTE DE TAL SITUAÇÃO, SUSPEITA 
QUE O RÉU ESTÁ SE OCULTANDO. 
3 – VISANDO DAR INÍCIO AO PROCEDIMENTO DE CITAÇÃO POR 
HORA CERTA, INTIMA ALGUÉM DA FAMÍLIA DO ACUSADO, OU, EM 
SUA FALTA, QUALQUER VIZINHO, DE QUE NO DIA IMEDIATO ELE 
VOLTARÁ PARA CONCRETIZAR A CITAÇÃO, EM UMA DETERMINADA 
HORA. 
4 – NO DIA SEGUINTE: 
 
4.1 ENCONTRA O RÉU ���� NESTE CASO, REALIZA A 
CITAÇÃO PESSOAL. 
4.2 NÃO ENCONTRA O RÉU ���� NESTE CASO, TENTA SE 
INFORMAR DO MOTIVO DA AUSÊNCIA DO 
ACUSADO E DÁ POR FEITA A CITAÇÃO, 
 
5 – POR FIM, DEIXA CONTRAFÉ DA CERTIDÃO DA OCORRÊNCIA COM 
ALGUÉM DA FAMÍLIA OU VIZINHO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO 
PERCEBA QUE, O PARÁGRAFO ÚNICO DO JÁ VISTO ART. 362 DEIXA 
CLARO QUE, APÓS A CITAÇÃO POR HORA CERTA, CASO NÃO HAJA O 
COMPARECIMENTO DO ACUSADO A UM ATO PROCESSUAL, SER-LHE-Á 
NOMEADO DEFENSOR DATIVO. 
ISTO SIGNIFICA QUE O PROCESSO NÃO FICARÁ SUSPENSO PELO NÃO 
COMPARECIMENTO DO RÉU, DIFERENTEMENTE DO QUE OCORRIA NO 
REGIME PROCESSUAL ANTERIOR À LEI Nº 11.719/2008 
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3.1.2.6 CITAÇÃO POR EDITAL 
 
A partir de agora vamos tratar da modalidade mais conhecida e 
tradicional de citação FICTA: A citação editalícia. 
Tal espécie de citação encontra cabimento nas seguintes hipóteses: 
 
1 – Quando o réu não for encontrado para a citação � Neste 
caso o oficial de justiça deverá tentar localizar o acusado em todos os 
lugares possíveis, tais como no domicílio, no trabalho etc. 
“Mas e se o réu estiver viajando, vai ser citado por edital?” 
Neste caso, segundo entendimento jurisprudencial, a resposta é 
negativa, devendo ser aguardado o término da viagem. 
Por fim, cabe ressaltar um importante cuidado que deve ter o 
magistrado antes de determinar a citação por edital: A Súmula 351 
do Supremo Tribunal Federal estabelece que: 
 
“É nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade 
da Federação em que o juiz exerce sua jurisdição”. 
 
Assim, antes de o juiz determinar a citação por edital, deve ele 
providenciar a expedição dos ofícios competentes para descobrir se o 
acusado se encontra em qualquer dos estabelecimentos prisionais do 
Estado no qual se desenrola o processo. Tal regra é reforçada pelo 
próprio CPP: 
 
Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. 
 
Para este primeiro caso de aplicabilidade da citação editalícia, o prazo 
do edital é de 15 dias. 
 
 Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por 
edital, com o prazo de 15 (quinze) dias. 
 
2 - Quando inacessível o lugar em que o réu se encontra. Ex.: 
epidemia, guerra, enchente etc. � Apesar de ter sido revogado o 
art. 363, I, do Código de Processo Penal, que tratava desta hipótese, 
entende-se que ele continua aplicável porque permanece em vigor o 
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art. 364 que regulamenta o prazo do edital em tal situação e, 
principalmente, por aplicação analógica ao Código de Processo Civil, 
que, em seu art. 231, II, prevê a citação por edital quando 
inacessível o local em que se encontra o réu. 
O prazo do edital será fixado pelo juiz entre 15 e 90 dias, 
dependendo do caso. Observe 
 
Art. 364. No caso do artigo anterior, no I, o prazo será 
fixado pelo juiz entre 15 (quinze) e 90 (noventa) dias, de 
acordo com as circunstâncias [...]. 
 
3.1.2.6.1 REQUISITOS DO EDITAL 
 
O edital será afixado à porta do edifício onde funcionar o juízo 
(fórum) e será publicado pela imprensa, onde houver, devendo a 
afixação ser certificada pelo oficial que a tiver feito, e a publicação, 
provada por exemplar do jornal ou certidão do escrivão, da qual 
conste a página do jornal com a data da publicação. 
 
Art. 365. 
[...] 
Parágrafo único. O edital será afixado à porta do edifício 
onde funcionar o juízo e será publicado pela imprensa, onde 
houver, devendo a afixação ser certificada pelo oficial que a 
tiver feito e a publicação provada por exemplar do jornal ou 
certidão do escrivão, da qual conste a página do jornal com 
a data da publicação. 
 
Os requisitos de validade do edital são os mesmos do mandado de 
citação já estudados, devendo constar, ainda, o prazo do edital, que 
será contado do dia da publicação na imprensa, se houver, ou da sua 
afixação. Observe o texto legal: 
 
Art. 365. O edital de citação indicará: 
I - o nome do juiz que a determinar; 
II - o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais 
característicos, bem como sua residência e profissão, se 
constarem do processo; 
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III - o fim para que é feita a citação; 
IV - o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá 
comparecer; 
V - o prazo, que será contado do dia da publicação do edital 
na imprensa, se houver, ou da sua afixação. 
 
 3.1.3 REVELIA 
 
Estabelece o art. 367 do Código de Processo Penal que será decretada 
a revelia do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para 
qualquer ato processual, deixar de comparecer sem motivo justificado, 
ou mudar de residência sem comunicar o novo endereço ao juízo. 
 
Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado 
que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, 
deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso 
de mudança de residência, não comunicar o novo endereço 
ao juízo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao contrário do que ocorre no processo civil, a revelia penal não 
implica presunção de veracidade dos fatos contidos na peça inicial 
acusatória (denúncia ou queixa). 
Assim, como decorrência do princípio da verdade real, a acusação 
continua a ter o ônus da prova em relação ao fato imputado ao réu. 
A revelia não impede que o acusado produza normalmente sua 
defesa, sendo seu único efeito fazer com que o réu não mais seja 
intimado dos atos processuais posteriores. 
Seu defensor, entretanto, será intimado da realização de todo e 
qualquer ato. Apesar da revelia, o réu sempre deverá ser intimado da 
sentença. 
DICIONÁRIO DO CONCURSEIRO 
REVELIA 
A REVELIA É A SITUAÇÃO EM QUE SE ENCONTRA A PARTE QUE, 
CITADA, NÃO COMPARECE EM JUÍZO PARA SE DEFENDER. 
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A revelia será levantada (revogada) se o réu, posteriormente, voltar 
a acompanhar os atos processuais. 
 
 3.1.4 SUSPENSÃO DO PROCESSO 
 
Se o réu, citado por edital, não comparecer (não apresentar 
resposta) e não constituir defensor, ficarão suspensoso curso do 
processo – qualquer que seja o crime apurado e o procedimento – e o 
decurso do lapso prescricional. 
 
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, 
nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o 
curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a 
produção antecipada das provas consideradas urgentes e, 
se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do 
disposto no art. 312. 
 
Uma vez decretada a suspensão do processo, o juiz deverá verificar se 
é conveniente a decretação da prisão preventiva (para assegurar a 
aplicação da lei penal), nos termos dos arts. 312 e 313 do Código de 
Processo Penal. 
Durante o período de suspensão, o juiz poderá determinar a produção 
antecipada das provas consideradas urgentes, assim entendidas 
aquelas que, pelo decurso do tempo, possam desaparecer ou 
tornarem-se inócuas. 
Apesar de o art. 366, § 1º, do Código de Processo Penal ter sido 
revogado pela Lei n. 11.719/2008, é intuitivo que essa produção 
antecipada de provas deve ser produzida na presença do Ministério 
Público e do defensor dativo, já que isso decorre do princípio 
constitucional do contraditório. 
Sendo decretada a suspensão do processo, ficará também suspenso o 
decurso do prazo prescricional (art. 366, caput). 
Se, posteriormente, o acusado comparecer de forma espontânea ou 
em razão de prisão, revoga-se a suspensão do processo para que este 
prossiga até seu final. 
Perceba, portanto, que tal suspensão somente será revogada se o réu 
comparecer em juízo, pessoalmente ou por meio de advogado 
nomeado, hipótese em que será considerado citado pessoalmente ou, 
ainda, se for preso e procedida a sua citação pessoal. 
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Questão mais intrigante é saber quanto deve durar a suspensão do 
prazo prescricional. Contudo, apesar de terem existido várias correntes 
em torno do tema, tem prevalecido aquela segundo a qual a 
suspensão deve durar exatamente o tempo do prazo prescricional pelo 
máximo da pena em abstrato (art. 109 do CP). 
Assim, suponha-se um delito que tenha pena máxima de 02 anos. 
Tal delito prescreve em 04 anos. 
Ora, sendo decretada a suspensão do processo e da prescrição, ficará 
esta última suspensa exatamente por 04 anos. 
Findo esse período, voltará a correr o prazo prescricional, por mais 4 
anos, continuando suspenso o processo. 
Ao término desse prazo, será decretada extinta a punibilidade do 
agente pela prescrição da pretensão punitiva. 
 
“Mas professor, isso é um absurdo!!! O réu foge, fica escondido, não 
atende ao chamado por edital e, ainda tem a punibilidade extinta??? 
Não concordo!!!” 
Eu também não concordo e, exatamente pelo fato de muitos 
considerarem isso um absurdo é que foi inserida no Código de 
Processo Penal, como já vimos, a citação por hora certa, aplicável aos 
casos em que o réu se oculta. 
Resolve totalmente o problema? Claro que não, mas atenua bastante! 
 
 3.1.5 CITAÇÃO DO MILITAR 
 
O artigo 358 do CPP estabelece que a citação do militar far-se-á por 
intermédio do chefe do respectivo serviço. 
Guilherme Nucci justifica tal providência tendo em vista o resguardo 
das dependências militares, bem como da hierarquia e da disciplina 
inerentes à conduta militar. 
 
Art. 358. A citação do militar far-se-á por intermédio do 
chefe do respectivo serviço. 
 
Na citação do militar, portanto, o oficial de justiça não irá ao quartel à 
procura do acusado. 
O juiz, preservando a intangibilidade da área militar, não expedirá um 
mandado, mas apenas um ofício diretamente ao superior do acusado, 
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que o fará chegar ao destinatário, dando-lhe ciência de todos os 
termos do ato citatório. 
Para tanto, deverá o ofício encaminhado conter todos os requisitos do 
mandado, evitando-se, assim, qualquer prejuízo à defesa. 
Regra geral, o militar superior comunica ao juiz que autorizou o 
comparecimento do subordinado no dia e hora marcados. Assevera 
Mirabete que se for comprovado que não houve tal autorização, a 
citação não é válida, devendo ser expedido um outro ofício. 
Se o militar estiver em território não afeto ao exercício jurisdicional do 
juiz da causa, deverá ser expedida carta precatória, solicitando-se ao 
juiz deprecado que expeça o ofício requisitório. Caso o superior 
hierárquico informe que o militar se encontre em lugar incerto e não 
sabido, caberá a citação por edital. 
 
 3.1.6 CITAÇÃO DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO 
 
O funcionário público será citado regularmente por mandado. 
Contudo, visando a evitar que a falta do mesmo traga graves danos ao 
serviço público e também no intuito de que seu chefe superior possa 
substituir o funcionário quando de sua ausência, preceitua o artigo 359 
do CPP que: 
 
Art. 359. O dia designado para funcionário público comparecer em 
juízo, como acusado, será notificado assim a ele como ao chefe de sua 
repartição. 
 
Note-se que há dupla exigência: mandado para o funcionário público e 
ofício requisitório à sua chefia. De acordo com Nucci, "faltando um dos 
dois, não está o funcionário obrigado a comparecer, nem pode padecer 
das conseqüências de sua ausência, como a revelia". 
Mirabete afirma que se o funcionário estiver afastado do cargo, 
temporária (férias, licença, suspensão, etc.) ou definitivamente 
(aposentadoria, exoneração, etc.), não será necessária a comunicação 
ao superior hierárquico. 
 
Vamos, agora, esquematizar o assunto CITAÇÕES para facilitar os seus 
estudos: 
 
 
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ENDEREÇO 
CONHECIDO? 
NÃO SIM 
CITAÇÃO POR EDITAL 
PRAZOS (arts 361 e 363) 
CITAÇÃO 
PESSOAL 
NÃO 
ENCONTRADO 
E NÃO SE 
OCULTA 
EDITAL FIXADO NO FÓRUM 
E PUBLICADO 
RÉU COMPARECE OU 
CONSTITUI ADVOGADO? 
NÃO 
PROCESSO E PRAZO 
PRESCRICIONAL 
SUSPENSOS 
RÉU ENCONTRADO 
OU 
RÉU COMPARECE 
PROCESSO SEGUE 
NORMALMENTE 
OFICIAL ENCONTRA O RÉU 
E FAZ A CITAÇÃO? 
SIM 
O RÉU SE OCULTA PARA 
NÃO SER CITADO 
CITAÇÃO POR HORA CERTA 
 
(ARTS. 227 A 229 CPC) 
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3.2 – INTIMAÇÃO 
 
 3.2.1 CONCEITO 
 
Uma das dúvidas mais recorrentes em sala de aula, aqui nos cursos do 
Ponto e nos e-mails é: “Professor... Qual a diferença entre citação e 
intimação?” 
Essa dúvida é constante, pois sua resposta não é encontrada no Código 
de Processo Penal, mas sim no Código de Processo Civil que dispõe: 
 
Art. 213, CPC. Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o 
réu ou o interessado a fim de se defender. 
 
Art. 234, CPC. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a 
alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou 
deixe de fazer alguma coisa. 
 
Assim, diferentemente da citação, a intimação comunica as partes ou 
alguém dos atos e termosdo processo para que, querendo, se 
manifeste. 
 
 3.2.2 CARACTERÍSTICAS 
 
Conforme disposto no art. 370 do Código de Processo Penal, as 
intimações seguem o mesmo regramento apresentado no que diz 
respeito a citação. 
 
 Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e 
demais pessoas que devam tomar conhecimento de 
qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o 
disposto no Capítulo anterior. 
 
“Mas, professor... Não há nenhuma característica especial?” 
As características especiais das intimações estão todas presentes nos 4 
parágrafos do art. 370. Para responder melhor a este questionamento, 
vamos resumir em um exercício, tudo que você precisa saber sobre as 
intimações para sua PROVA: 
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(TJ-BA / Oficial de Justiça / 2006) Analise as seguintes assertivas, 
acerca da intimação no processo penal: 
 
I – A intimação do defensor nomeado pelo Juiz de Direito pode ser 
feita através de publicação no órgão incumbido da publicidade dos 
atos judiciais da comarca, sendo dispensável o nome do acusado. 
II – As intimações nunca podem ser feitas pelo escrivão. 
III – A intimação do advogado do querelante pode ser feita 
através de publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos 
judiciais da comarca. 
IV – A intimação do defensor constituído, do advogado do 
querelante e do assistente far-se-á, sempre, por publicação no 
órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, 
incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado. 
V – A intimação do Ministério Público será sempre pessoal. 
 
Estão corretas as assertivas: 
 
A) I, II e III. 
B) I, II e IV. 
C) I, IV e V. 
D) II, III e V. 
E) III e V. 
 
GABARITO: E 
COMENTÁRIOS: Analisando: 
 
Assertiva I � Incorreta � Nos termos do art. 370, § 1o, a intimação do 
defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente far-se-á 
por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da 
comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado. 
 
Art. 370 
§ 1o A intimação do defensor constituído, do advogado do 
querelante e do assistente far-se-á por publicação no órgão 
incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, 
incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado. 
CAIU EM 
PROVA!!! 
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Assertiva II � Incorreta � Conforme se retira do art. 370, § 2o, as 
intimações, em alguns casos, poderão ser feitas pelo escrivão: 
 
Art. 370 [...] 
§ 2o Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na 
comarca, a intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, 
por mandado, ou via postal com comprovante de 
recebimento, ou por qualquer outro meio idôneo. 
 
Assertiva III � Correta � Está de acordo com o art. 370, § 1o. 
 
Art. 370 [...] 
§ 1o A intimação do defensor constituído, do advogado do 
querelante e do assistente far-se-á por publicação no órgão 
incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, 
incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado. 
 
Assertiva IV � Incorreta � Essa questão confunde muitos candidatos, 
pois, praticamente, reproduz o parágrafo 1º do art. 370. Ocorre, todavia 
que a palavra SEMPRE torna a questão incorreta, pois, conforme dispõe o 
art. 370, § 3º: 
 
Art. 370 [...] 
§ 3o A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a 
aplicação a que alude o § 1o 
 
Assertiva V � Correta � Está de acordo com o art. 370, § 4o. 
Art. 370 [...] 
§ 4o A intimação do Ministério Público e do defensor 
nomeado será pessoal. 
 
3.3 – NOTIFICAÇÃO 
 
Alguns editais trazem como exigência a citação, a intimação e a 
notificação. 
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Ao verificarmos no CPP, não encontramos o tema notificação e, este 
assunto também não é tratado na maioria dos livros. 
Doutrinariamente diferencia-se intimação de notificação, distinção não 
observada no Código de Processo Penal e, exatamente por isso, 
desconhecida pela maioria dos candidatos 
Na verdade, o que se costuma denominar-se de intimação se trata de 
notificação, pois intimação é a comunicação de ato processual já efetuado, 
enquanto que a notificação serve para comunicar ato ainda a ser 
realizado. 
Assim, intima-se de algo já produzido e notifica-se para ato a ser 
cumprido. A intimação volta-se ao passado, ao passo que a notificação 
volta-se ao futuro. 
Exemplificando, intima-se de uma decisão judicial, enquanto que se 
notifica uma testemunha ou um perito para depor. 
Frederico, por exemplo, escreveu que a “notificação projeta-se no futuro, 
visto que leva ao conhecimento do sujeito processual, ou de outra pessoa 
que intervenha no processo, pronunciamento jurisdicional que determine 
um facere ou um non facere. A intimação, ao revés, se relaciona com 
atos pretéritos”. 
Tourinho Filho também diferencia: 
“A intimação é, pois, a ciência que se dá a alguém de um ato já praticado, 
já consumado, seja um despacho, seja uma sentença, ou, como diz 
Pontes de Miranda, é a comunicação de ato praticado. Assim, intima-se o 
réu de uma sentença (note-se que o réu está sendo cientificado de um ato 
já consumado, já praticado, isto é, a sentença). 
“A notificação, por outro lado, é a cientificação que se faz a alguém (réu, 
partes, testemunhas, peritos etc.) de um despacho ou decisão que ordena 
fazer ou deixar de fazer alguma coisa, sob certa cominação. Assim, a 
testemunha é notificada, porque se lhe dá ciência de um pronunciamento 
do Juiz, a fim de comparecer à sede do juízo em dia e hora designados, 
sob as cominações legais. Se não comparecer, estará ela sujeita àquelas 
sanções a que se referem os arts. 218 e 219 do CPP”. 
Como se disse, porém, esta diferenciação não foi observada pelo nosso 
Código de Processo Penal, fazendo que a parte da doutrina também assim 
procedesse. O CPP ora se refere à intimação, ora à notificação, sem levar 
em conta a diferenciação doutrinária realmente existente. 
 
 
 
 
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Caro(a) Aluno(a), parabéns! 
 
Mais um importante passo dado rumo a tão sonhada aprovação. 
 
Agora é hora de consolidar os conceitos com os exercícios e seguir em 
frente com força total. 
 
Lembre-se sempre que o seu sucesso só depende de você!!! 
 
Abraços e bons estudos, 
 
Pedro Ivo 
 
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, 
cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a 
cortina se feche e a peça termine sem aplausos. 
Charles Chaplin 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PPRRIINNCCIIPPAAIISS AARRTTIIGGOOSS TTRRAATTAADDOOSS NNAA AAUULLAA 
 
DAS CITAÇÕES 
 
Art. 351. A citação inicial far-se-á pormandado, quando o réu estiver no 
território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado. 
Art. 352. O mandado de citação indicará: 
I - o nome do juiz; 
II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa; 
III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos; 
IV - a residência do réu, se for conhecida; 
V - o fim para que é feita a citação; 
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer; 
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz. 
Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz 
processante, será citado mediante precatória. 
Art. 354. A precatória indicará: 
I - o juiz deprecado e o juiz deprecante; 
II - a sede da jurisdição de um e de outro; 
Ill - o fim para que é feita a citação, com todas as especificações; 
IV - o juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer. 
Art. 355. A precatória será devolvida ao juiz deprecante, independentemente de 
traslado, depois de lançado o "cumpra-se" e de feita a citação por mandado do 
juiz deprecado. 
§ 1o Verificado que o réu se encontra em território sujeito à jurisdição de outro 
juiz, a este remeterá o juiz deprecado os autos para efetivação da diligência, 
desde que haja tempo para fazer-se a citação. 
§ 2o Certificado pelo oficial de justiça que o réu se oculta para não ser citado, a 
precatória será imediatamente devolvida, para o fim previsto no art. 362. 
Art. 356. Se houver urgência, a precatória, que conterá em resumo os requisitos 
enumerados no art. 354, poderá ser expedida por via telegráfica, depois de 
reconhecida a firma do juiz, o que a estação expedidora mencionará. 
Art. 357. São requisitos da citação por mandado: 
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I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se 
mencionarão dia e hora da citação; 
II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação ou 
recusa. 
Art. 358. A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo 
serviço. 
Art. 359. O dia designado para funcionário público comparecer em juízo, como 
acusado, será notificado assim a ele como ao chefe de sua repartição. 
Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. 
Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 15 
(quinze) dias. 
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça 
certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma 
estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - 
Código de Processo Civil. 
Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o acusado não 
comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. 
Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação 
do acusado. 
§ 1o Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por edital. 
§ 4o Comparecendo o acusado citado por edital, em qualquer tempo, o processo 
observará o disposto nos arts. 394 e seguintes deste Código. 
Art. 365. O edital de citação indicará: 
I - o nome do juiz que a determinar; 
II - o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais característicos, bem 
como sua residência e profissão, se constarem do processo; 
III - o fim para que é feita a citação; 
IV - o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá comparecer; 
V - o prazo, que será contado do dia da publicação do edital na imprensa, se 
houver, ou da sua afixação. 
Parágrafo único. O edital será afixado à porta do edifício onde funcionar o juízo e 
será publicado pela imprensa, onde houver, devendo a afixação ser certificada 
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pelo oficial que a tiver feito e a publicação provada por exemplar do jornal ou 
certidão do escrivão, da qual conste a página do jornal com a data da publicação. 
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir 
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, 
podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas 
urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no 
art. 312. 
Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado 
pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, 
ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo. 
Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado 
mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o 
seu cumprimento. 
Art. 369. As citações que houverem de ser feitas em legações estrangeiras serão 
efetuadas mediante carta rogatória. 
DAS INTIMAÇÕES 
Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que 
devam tomar conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for 
aplicável, o disposto no Capítulo anterior. 
§ 1o A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do 
assistente far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos 
judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado. 
§ 2o Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a 
intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com 
comprovante de recebimento, ou por qualquer outro meio idôneo. 
§ 3o A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a aplicação a que alude 
o § 1o. 
§ 4o A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal. 
Art. 371. Será admissível a intimação por despacho na petição em que for 
requerida, observado o disposto no art. 357. 
Art. 372. Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz marcará 
desde logo, na presença das partes e testemunhas, dia e hora para seu 
prosseguimento, do que se lavrará termo nos autos. 
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EEXXEERRCCÍÍCCIIOOSS 
 
1. (Juiz - TJ-PE / 2011) A citação 
 
a) é admissível por hora certa, estabelecendo a legislação processual 
penal forma específica e determinada. 
b) do réu preso é dispensável, bastando a requisição. 
c) procedida por edital de réu preso em outra unidade da federação é 
nula, segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal. 
d) procedida pessoalmente não conduz à suspensão do processo se o réu 
deixar de comparecer a algum ato. 
e) é inadmissível por carta precatória. 
 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS: Analisando: 
Alternativa A - Incorreta - Segundo o art. 362, verificando que o réu 
se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e 
procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida do CÓDIGO DE 
PROCESSO CIVIL. 
Alternativa B - Incorreta - Conforme o art. 360, se o réu estiver preso 
será pessoalmente citado. 
Alternativa C - Incorreta - Assentou a Súmula 351 do STF que é nula a 
citação por edital de réu preso na MESMA unidade da federação em que o 
Juiz exerce a sua jurisdição. 
Alternativa D - Correta - Está de acordo com o art. 367 do CPP. 
AlternativaE - Incorreta - Nos termos do art. 353, é cabível a carta 
precatória. 
 
2. (Escrevente - TJ-SP / 2011) Estabelece o art. 366 do CPP que o 
acusado citado por edital que não comparece nem nomeia 
defensor 
 
a) será declarado revel, com consequente nomeação de defensor dativo, o 
qual acompanhará o procedimento até seu final. 
b) será declarado revel, admitindo-se verdadeiros os fatos articulados na 
denúncia ou queixa. 
c) terá, obrigatoriamente, decretada prisão preventiva em seu desfavor. 
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d) terá o processo e o curso do prazo prescricional suspensos. 
e) será intimado por hora certa. 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS: A resposta para a questão encontra-se no art. 366 do 
CPP: 
 
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, 
nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o 
curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a 
produção antecipada das provas consideradas urgentes e, 
se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do 
disposto no art. 312. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 
17.4.1996) (Vide Lei nº 11.719, de 2008) 
 
Apenas a título de curiosidade, a alternativa "A" era o que dispunha o 
antigo art. 366 do CPP. Veja: 
 
Art. 366. O processo seguirá à revelia do acusado que, 
citado inicialmente ou intimado para qualquer ato do 
processo, deixar de comparecer sem motivo justificado 
 
3. (Titular de Notas - TJ-AP / 2011) Se o acusado, citado por 
edital, não comparecer, nem constituir advogado, 
 
a) o processo será arquivado e será extinto quando se expirar o prazo 
prescricional. 
b) será decretada a revelia e o processo prosseguirá com a nomeação de 
defensor dativo. 
c) o processo será julgado extinto sem julgamento do mérito. 
d) será obrigatoriamente decretada a sua prisão preventiva. 
e) ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional. 
 
GABARITO: E 
COMENTÁRIOS: Questão que exige o conhecimento do art. 366 do CPP. 
Relembre: 
 
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Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, 
nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o 
curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a 
produção antecipada das provas consideradas urgentes e, 
se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do 
disposto no art. 312. 
 
4. (TJ-SC / Juiz - TJ-SC / 2010) Sendo o acusado citado por edital 
na forma do Código de Processo Penal, não comparecendo e nem 
constituindo advogado: 
 
a) Ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, com a 
produção de todas as provas, de forma antecipada, com a presença do 
Ministério Público e do defensor dativo imediatamente nomeado. 
b) Ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo 
o juiz determinar a produção das provas consideradas urgentes, assim 
reconhecidas, e, se for o caso, decretar a sua prisão preventiva, na forma 
do Código de Processo Penal. 
c) Ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, com o 
decreto de prisão preventiva do réu, na forma do Código de Processo 
Penal. 
d) O juiz decreta a revelia do acusado e nomeia-lhe prontamente defensor 
dativo para apresentar resposta, por escrito, em dez dias, com a 
designação de audiência de instrução e julgamento, determinando a 
intimação das testemunhas arroladas pelas partes para regular ouvida. 
e) A suspensão é automática e não necessita de pronunciamento judicial. 
 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS: A questão exige do candidato o conhecimento do art. 
366 do CPP. Segundo o citado dispositivo legal, se o acusado, citado por 
edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o 
processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a 
produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, 
decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. 
 
5. (Juiz - TJ-MS / 2010) Devem ser intimados pessoalmente o 
 
a) Ministério Público e o advogado do assistente. 
b) defensor nomeado e o advogado do querelante. 
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c) advogado do assistente e o defensor público. 
d) defensor nomeado e o Ministério Público. 
e) advogado do querelante e o defensor público. 
 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS: Conforme o art. 370, § 4º, do CPP, a intimação do 
Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal. 
 
6. (MP-SP / Promotor – MP-SP / 2009) Considere as seguintes 
assertivas: 
 
I. Admitem-se no processo penal a citação com hora certa e a citação por 
meio eletrônico. 
II. É nula a citação por edital se este indica o dispositivo da lei penal, mas 
não transcreve a denúncia ou queixa nem resume os fatos em que se 
baseia a imputação. 
III.Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz 
processante, será citado mediante precatória. 
 
Assinale, agora, a alternativa correta. 
 
A) Somente I é verdadeira. 
B) Somente II é verdadeira. 
C) Somente III é verdadeira. 
D) Somente I e II são verdadeiras. 
E) Somente II e III são verdadeiras. 
 
GABARITO: C 
COMENTÁRIOS: Analisando as assertivas: 
 
Assertiva I � Incorreta � A citação com hora certa, após a sua inserção 
no Código de Processo Penal, é plenamente aceita em nosso ordenamento 
jurídico. Todavia, a assertiva torna-se incorreta ao dizer que é admitida a 
citação por meio eletrônico. 
 
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Assertiva II � Incorreta � A transcrição da denúncia ou queixa e o 
resumo dos fatos em que se baseia a imputação, não são requisitos 
obrigatórios existentes no CPP. 
Observe: 
 
 
Art. 352. O mandado de citação indicará: 
I - o nome do juiz; 
II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa; 
III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais 
característicos; 
IV - a residência do réu, se for conhecida; 
V - o fim para que é feita a citação; 
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá 
comparecer; 
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz. 
 
Assertiva III � Correta � Está de acordo com o art. 353 do Código de 
Processo Penal: 
 
Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da 
jurisdição do juiz processante, será citado mediante 
precatória. 
 
7. (DP-MS / 2008) Leia as afirmações quanto ao acusado no 
processo penal brasileiro. 
 
I. O acusado, na relação jurídica processual, pode ser chamado de sujeito 
do processo. 
II. O acusado possui direitos no processo penal, entre eles: de ser 
processado e julgado por autoridade competente, à assistência jurídica 
gratuita no caso de não dispor de recursos e de não ser submetido à 
identificação criminal, quando civilmente identificado. 
III. O acusado será declarado revel e terá seu processosuspenso, sempre 
que não seja encontrado para a citação pessoal. 
Está correto o contido em 
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A) I e II, apenas. 
B) I e III, apenas. 
C) II e III, apenas. 
D) I, II e III. 
 
GABARITO: A 
COMENTÁRIOS: Nessa questão, as assertivas I e II não geram dúvidas, 
pois o acusado é considerado um sujeito do processo e está sujeito a 
diversas garantias constitucionais, conforme apresentado na assertiva II. 
A assertiva III, está incorreta, pois, como vimos em nossa aula, no caso 
em que o réu se oculta o processo seguirá normalmente. 
 
8. (TJ / Juiz Substituto - TJ / 2008) Acerca da citação do réu no 
processo penal, assinale a opção correta. 
 
A) O réu será considerado revel se, apesar de pessoalmente citado, deixar 
de comparecer injustificadamente, sendo que o processo seguirá sem a 
sua presença e haverá confissão ficta. 
B) É válida a citação, por edital, de réu preso na mesma unidade da 
Federação em que o juiz exerce a sua jurisdição. 
C) O acusado que, citado por edital, não comparecer nem constituir 
advogado terá seu processo suspenso, bem como interrompido o curso do 
prazo prescricional, devendo o juiz determinar a produção antecipada das 
provas consideradas urgentes e a prisão preventiva. 
D) A falta da citação estará sanada desde que o acusado compareça, 
antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de 
argüi-la. Contudo, o juiz ordenará o adiamento do ato, quando reconhecer 
que a irregularidade poderá prejudicar direito da parte. 
 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS: Analisando as alternativas: 
 
Alternativa “A” � Incorreta � É correto afirmar que o processo seguirá 
sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para 
qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado. 
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Ocorre, entretanto, que, ao contrário do que ocorre no processo civil, a 
revelia penal não implica presunção de veracidade dos fatos contidos na 
peça inicial acusatória. Assim, como decorrência do princípio da verdade 
real, a acusação continua a ter o ônus da prova em relação ao fato 
imputado ao réu. 
Alternativa “B” � Incorreta � Contraria a súmula 351 do STF que dispõe 
que é nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da 
federação em que o juiz exerce a sua jurisdição. 
Alternativa “C” � Incorreta � Questão típica em provas que, apesar de 
não apresentar grandes dificuldades, acaba confundindo candidatos bem 
preparados. A redação do art. 366 do CPP leciona que: 
 
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, 
nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o 
curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a 
produção antecipada das provas consideradas urgentes e, 
se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do 
disposto no art. 312. 
 
Observe que o texto legal trata da SUSPENSÃO da prescrição e não na 
interrupção. 
Alternativa “D” � Correta � Reproduz o art. 570 do CPP que dispõe: 
 
Art. 570. A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou 
notificação estará sanada, desde que o interessado 
compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare 
que o faz para o único fim de argüi-la. O juiz ordenará, 
todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, quando 
reconhecer que a irregularidade poderá prejudicar direito da 
parte. 
 
9. (METRO-SP / 2008) A respeito das citações, considere: 
 
I. Verificando-se que o réu se oculta para não ser citado, a citação far-se-
á por edital, com prazo de cinco dias. 
II. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir 
advogado, será decretada a sua revelia e o processo prosseguirá 
normalmente com a designação de defensor dativo. 
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III. Quando incerta a pessoa que tiver de ser citada, a citação será feita 
por edital com prazo de 30 dias. 
 
Está correto o que consta SOMENTE em: 
 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) II e III. 
D) II. 
E) Todas estão incorretas. 
 
GABARITO: E 
COMENTÁRIOS: Analisando as assertivas: 
 
Assertiva I � Incorreta � A questão tenta confundir o candidato 
apresentando a antiga redação do art. 362 do Código de Processo Penal. 
Na nova redação, inserida pela lei nº 11.719/08, verificando-se que o réu 
se oculta para não ser citado, a citação far-se-á por hora certa. Observe e 
relembre o importantíssimo dispositivo legal: 
 
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser 
citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e 
procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida 
nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 
1973 - Código de Processo Civil. 
 
Assertiva II � Incorreta � Mais uma vez a banca apresenta redação já 
revogada do código de Processo Penal a fim de verificar se o candidato 
está atualizado. Observe: 
 
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, 
nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o 
curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a 
produção antecipada das provas consideradas urgentes e, 
se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do 
disposto no art. 312. 
 
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Assertiva III � Incorreta � Contraria o art. 361 do Código de Processo 
Penal: 
 
Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por 
edital, com o prazo de 15 (quinze) dias. 
 
10. (OAB / 2007) Assinale a opção correta acerca da citação. 
 
A) São formas de citação do réu no processo penal: por mandado, por 
edital, por hora certa e por e-mail. 
B) O processo e o curso do prazo prescricional ficarão suspensos no caso 
do réu que, citado por edital, não comparecer ao interrogatório nem 
constituir advogado. 
C) O processo terá completada a sua formação quando ocorrer o 
comparecimento do acusado. 
D) Nos processos penal e civil, é efeito da citação válida a interrupção da 
prescrição. 
 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS: Analisando as alternativas com base na atual legislação: 
 
Alternativa “A” � Incorreta � Está correto afirmar que são formas de 
citação no processo penal o mandado, o edital e por hora certa. Todavia, 
não é cabível a citação por e-mail... Daqui a pouco vão querer citar o réu 
via Twitter..rsrs 
 
Alternativa “B” � Correta � Está em total acordo com o art. 366 do 
Código de Processo Penal. Veja: 
 
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, 
nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o 
curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a 
produção antecipada das provas consideradas urgentes e, 
se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do 
disposto no art. 312. 
 
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Alternativa “C” � Incorreta � Contraria o art. 363 que define que o 
processo terá completada a sua formação não com o comparecimento, 
mas sim com a citação do acusado 
 
Art. 363. O processo terá completada a sua formação 
quando realizada a citação do acusado. 
 
Alternativa “D” � Incorreta � No processo penal, a citação não tem o 
condão de interromper a prescrição. 
 
11. (MPE-RJ / Promotor - MPE / 2008) À luz da sistemática 
processual-penal vigente em relação às citações e intimações, é 
INCORRETO afirmar que: 
 
A) quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz 
processante, será citado mediante carta precatória; 
B) as cartas precatórias ostentam a característica de itinerantes; 
C) se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir 
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional; 
D) se o réu estiver preso, será requisitada, para sua citação, a sua 
apresentação em juízo, no dia e hora designados; 
 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS: Analisando: 
 
Alternativa “A” � Correta � Reproduz o art. 353 do CPP: 
 
Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da 
jurisdição do juiz processante, será citado mediante 
precatória. 
 
Alternativa “B” � Correta � Estando o acusado em lugar conhecido, 
porém em território fora da jurisdição do juiz processante, deverá ser 
citado por meio de carta precatória. é isso o que determina o artigo 353 
do CPP. 
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Depreende-se do artigo 355, caput, do mesmo diploma legal que a citação 
por precatória é feita, em última análise, por meio de mandado, que será 
expedido pelo juízo deprecado. 
Nesse diapasão, deverá o ato preencher os requisitos intrínsecos e 
extrínsecos anteriormente (arts. 352 e 357, CPP), além das formalidades 
específicas constantes no artigo 354, que consistem na indicação do juiz 
deprecado e do juiz deprecante (inciso I), da sede da jurisdição de um e 
de outro (inciso II), do fim para que é feita a citação, com todas as 
especificações (inciso III) e do juízo do lugar, do dia e da hora em que o 
réu deverá comparecer (inciso IV). 
O juiz deprecante, portanto, solicita ao juiz deprecado - num ato de 
cooperação jurisdicional - a expedição do competente mandado de citação 
ao acusado que se encontre na jurisdição deste. Cumprida a precatória, é 
ela devolvida ao juiz de origem. 
É possível, contudo, que o acusado não esteja mais no território de 
competência do juiz deprecado, tendo-se mudado para outra área de 
jurisdição. Nesses casos, sempre atento ao prazo mínimo de 24 horas 
entre a citação e a data do interrogatório, deverá o juiz deprecado 
encaminhar a precatória para ser cumprida pelo juiz em cujo território se 
encontra o acusado. Essa é a chamada precatória itinerante, cuja 
previsão legal encontra-se no §1° do artigo 355 do CPP: 
 
Art. 355. A precatória será devolvida ao juiz deprecante, 
independentemente de traslado, depois de lançado o 
"cumpra-se" e de feita a citação por mandado do juiz 
deprecado. 
§ 1o Verificado que o réu se encontra em território sujeito à 
jurisdição de outro juiz, a este remeterá o juiz deprecado os 
autos para efetivação da diligência, desde que haja tempo 
para fazer-se a citação. 
 
Alternativa “C” � Exige do candidato o conhecimento do art. 366 do CPP 
que dispõe: 
 
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, 
nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o 
curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a 
produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se 
for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do 
disposto no art. 312. 
 
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Alternativa “D” � Incorreta � Nos termos do art. 360, se o réu estiver 
preso, será ele pessoalmente citado. Esta citação ocorrerá no local em que 
o preso está e não através do comparecimento do encarcerado em juízo. 
 
Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. 
 
12. (Analista Processual - MPU / 2007) A respeito da citação de 
natureza processual penal, é correto afirmar que: 
 
A) a citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo 
serviço. 
B) a declaração de aceitação ou recusa da contrafé não precisa constar da 
certidão do oficial de justiça. 
C) O funcionário público será citado através de ofício enviado ao superior 
hierárquico. 
D) é válida a citação por edital de réu preso na mesma unidade da 
Federação em que o juiz exerce a sua jurisdição, desde que seja 
posteriormente interrogado. 
E) a citação far-se-á por edital quando se verificar que o réu se oculta 
para não ser citado. 
 
GABARITO: A 
COMENTÁRIOS: Vamos analisar: 
 
Alternativa “A” � Correta � O artigo 358 do CPP estabelece que a citação 
do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço. 
 
Art. 358. A citação do militar far-se-á por intermédio do 
chefe do respectivo serviço. 
 
Alternativa “B” � Incorreta � Contraria o art. 357, II do CPP que dispõe: 
 
Art. 357. São requisitos da citação por mandado: 
I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da 
contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da citação; 
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II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da 
contrafé, e sua aceitação ou recusa. 
 
Alternativa “C” � Incorreta � O funcionário público será citado 
regularmente por mandado. 
Contudo, visando a evitar que a falta do mesmo traga graves danos ao 
serviço público e também no intuito de que seu chefe superior possa 
substituir o funcionário quando de sua ausência, preceitua o artigo 359 do 
CPP que: 
 
Art. 359. O dia designado para funcionário público 
comparecer em juízo, como acusado, será notificado assim 
a ele como ao chefe de sua repartição. 
 
Alternativa “D” � Incorreta � Contraria a súmula 351 do STF que 
dispõe que é nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da 
federação em que o juiz exerce a sua jurisdição. 
 
Alternativa “E” � Incorreta � Nos termos do art. 362 do Código de 
Processo Penal , verificando que o réu se oculta para não ser citado, o 
oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora 
certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de 
janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. 
 
13. (OAB-DF / 2006) Em relação à citação penal, é correto afirmar: 
 
A) o réu que estiver preso no mesmo Estado em que o Juiz exerce a 
Jurisdição não pode ser citado por edital; 
B) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado 
mediante carta precatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição 
até o seu cumprimento. 
C) Embora não haja previsão no CPP, por analogia ao Código de Processo 
Civil, cabe ao Processo Penal a citação com hora certa; 
D) O diadesignado para funcionário público comparecer em juízo, como 
acusado, será notificado somente ao chefe de sua repartição. 
 
GABARITO: A 
COMENTÁRIOS: Analisando: 
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Alternativa “A” � Correta � Mais uma questão que exige do candidato o 
conhecimento da súmula 351 do STF (é nula a citação por edital de réu 
preso na mesma unidade da federação em que o juiz exerce a sua 
jurisdição). 
 
Alternativa “B” � Incorreta � Conforme o art. 368, trata-se de carta 
rogatória, e não precatória. Veja: 
 
Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar 
sabido, será citado mediante carta rogatória, suspendendo-
se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento. 
 
Alternativa “C” � Incorreta � A possibilidade da citação por hora certa 
encontra-se expressamente prevista no art. 362 do CPP: 
 
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser 
citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e 
procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida 
nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 
1973 - Código de Processo Civil. 
 
Alternativa “D’ � Incorreta � O dia designado para funcionário público 
comparecer em juízo, como acusado, será notificado assim a ele como ao 
chefe de sua repartição. 
 
Art. 359. O dia designado para funcionário público 
comparecer em juízo, como acusado, será notificado assim 
a ele como ao chefe de sua repartição. 
 
14. (TJ-SP / Escrevente Técnico Judiciário - TJ / 2007) Todo 
mandado de citação necessariamente contém: 
 
I – nome completo do réu; 
II – subscrição do escrivão e a rubrica do juiz; 
III – finalidade. 
 
Está correto o contido em: 
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A) III, apenas. 
B) I e II, apenas. 
C) I e III, apenas. 
D) II e III, apenas. 
E) I, II e III. 
 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS: Essa questão exige do candidato o conhecimento 
do art. 352 do Código de Processo Penal que dispõe: 
 
Art. 352. O mandado de citação indicará: 
I - o nome do juiz; 
II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa; 
III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais 
característicos; 
IV - a residência do réu, se for conhecida; 
V - o fim para que é feita a citação; 
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá 
comparecer; 
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz. 
 
Observe que não há obrigatoriedade do nome completo do réu, pois, se 
for desconhecido, poderá ser substituído por seus sinais característicos. 
 
15. (TJ-MG / Técnico Judiciário / 2008 - Adaptada) A precatória 
indicará, EXCETO: 
 
A) O juiz deprecado e o juiz deprecante. 
B) A sede da jurisdição de um e de outro. 
C) O fim para que é feita a citação, com todas as especificações. 
D) O juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer. 
E) A data marcada para a devolução. 
 
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GABARITO: E 
COMENTÁRIOS: Essa questão exige do candidato o conhecimento do art. 
354 que dispõe: 
 
Art. 354. A precatória indicará: 
I - o juiz deprecado e o juiz deprecante;(ALTERNATIVA 
“A”) 
II - a sede da jurisdição de um e de outro; (ALTERNATIVA 
“B”) 
Ill - o fim para que é feita a citação, com todas as 
especificações; (ALTERNATIVA “C”) 
 IV - o juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá 
comparecer. (ALTERNATIVA “D”) 
 
16. (TJ-SC / Oficial de Justiça / 2003) Conforme o Código de 
Processo Penal, se o oficial de justiça certificar, após suas 
diligências, que o réu encontra-se em lugar incerto e não sabido, a 
citação será realizada por edital. Nesse caso: 
 
A) será sempre obrigatória a decretação da prisão preventiva do réu. 
B) o juiz determinará a suspensão do processo e do prazo de prescrição, 
se o réu não comparecer nem constituir defensor para defendê-lo nos 
autos. 
C) o processo terá prosseguimento à revelia do réu. 
D) suspendendo o processo, o juiz não poderá inquirir nenhuma 
testemunha enquanto o réu estiver desaparecido. 
E) N.R.A. 
 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS: A questão exige do candidato o conhecimento do art. 
366 do CPP que dispõe: 
 
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, 
nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o 
curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a 
produção antecipada das provas consideradas urgentes e, 
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se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do 
disposto no art. 312. 
 
17. (TJ-PE / Oficial de Justiça / 2006) As citações que houverem 
de ser feitas em legações estrangeiras serão efetuadas mediante: 
 
A) Carta precatória; 
B) Carta rogatória; 
C) Edital; 
D) Mandado; 
E) N.R.A 
 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS: A questão exige o conhecimento do art. 369 do CPP que 
dispõe: 
 
 Art. 369. As citações que houverem de ser feitas em 
legações estrangeiras serão efetuadas mediante carta 
rogatória.(grifei) 
 
18. (Analista Judiciário - TRF / 2008) Quanto à citação no 
processo penal a doutrina clássica costuma classificá-la em: 
 
A) Ficta, somente; 
B) Real, somente; 
C) Ficta e Real; 
D) Ficta, Real e Eletrônica; 
E) Ficta, Real e por hora certa. 
 
GABARITO: C 
COMENTÁRIOS: A doutrina classifica a citação em dois tipos: a real, 
também chamada pessoal, e a ficta. A primeira é a regra, a segunda, a 
exceção. 
 
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19. (Analista Judiciário - TRE-GO / 2009) Acerca da citação e da 
intimação no processo penal, assinale a opção correta. 
 
A) Estando o réu em liberdade, uma vez intimado por sentença 
condenatória, começa a fluir, nessa data, o prazo para a interposição do 
recurso, independentemente da intimação do advogado constituído. 
B) Comparecendo o oficial de justiça por três vezes na residência do réu 
sem o encontrar e constatando que o réu se oculta para não ser citado, o 
oficial poderá intimar qualquer pessoa da família ou, na falta desta, 
qualquer vizinho, cientificando-o de que no dia seguinte, voltará para 
efetuar a citação, marcando a hora para isso. Comparecendo na hora 
designada, o oficial poderá dar por feita a citação, ainda que o citando não 
esteja em sua residência. 
C) O réu que não for encontrado deverá ser citado por edital, sendo 
imprescindível a transcrição da denúncia ou queixa ou que seja feito 
resumo dos fatos em que esta se baseia. 
D) Estando o réu em local incerto e não sabido, será determinada a 
citação por edital, por prazo a ser fixado pelo juiz, entre 15 e 90 dias. 
 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS: Analisando as alternativas: 
Alternativa “A” � Incorreta � A jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal é no sentido de que

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