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QUESTIONÁRIO PROCESSO

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QUESTIONÁRIO PROCESSO – 3º ESTÁGIO
Defina processo.
Vem o latim procedere, significa adiantar, dá noção de movimento. É uma atividade estatal de solução de conflito caracterizado por um procedimento legal e dentro dele tem uma relação jurídico processual.
Cite e explique os sujeitos do processo.
Os sujeitos do processo são:
Partes: é aquele que pede e em face de quem se pede. Demandante, é o autor, quem ajuíza a ação, é aquele que pede. Demandado, é o réu, quem contesta, excepciona ou contrapõe, é o em face de quem se pede;
Estado juiz: é um desinteressado, tem que ser imparcial. É o coordenador do processo.
LINEAR: ANGULAR TRIANGULAR (adotada no Brasil)
Autor – juiz autor Juiz
Réu- juiz
Autor – réu Juiz réu
(essa teoria 
Já foi quase autor réu
Esquecida)
Qual o objeto do processo? (o que se pretendo com o processo)
Tutela jurisdicional: é uma medida judicial. Terão: sujeitos parciais (partes), sujeitos imparciais (juiz), auxiliares da justiça, Ministério Público (custus legis/ parquet: raramente atua, é um fiscal da lei)
Bem de vida
Defina procedimento.
É a forma de exteriorização da relação processual.
Cite e explique as espécies de processo.
Conhecimento (cognição): é a regra. Se busca a afirmação do direito. Visa em sentença afirmar um direito controvertido. Tem por finalidade reconhecer a existência de um direito lesado ou ameaçado. É o exame dos argumentos das partes e das provas produzidas, com o intuito de exarar juízos de valor acerca das questões levantadas no processo, resolvendo-as;
Execução (título executivo: judicial ou anti judicial): busca dar cumprimento as tutelas jurídicas, sejam elas judiciais ou extrajudiciais. Já parte do direito. visa a satisfação do direito subjetivo da parte, que busca na atuação do Estado a realização de sua pretensão.
Cautelar: tem uma função instrumental, além de servir a parte, serve ao próprio juízo. Medida cautelar. Se concretiza por meio das medidas cautelares que irão efetivamente prover a conservação da situação de fato ou de direito em risco. Não objetiva a satisfação de direito, mas a preservação do direito. É instrumental no sentido de atender emergencialmente e provisoriamente uma situação, inclusive para assegurar a própria atuação jurisdicional.
Cite e explique as questões prévias do processo.
São os requisitos que o juiz tem que analisar antes de ingressar na lide. São as relevantes que se antepõem antes da sentença, sejam elas postas ad inicio ou no transcurso do processo.
Preliminares: dizem os pressupostos processuais e as condições da ação. Caso falte alguma coisa, impede que o juiz adentre na resolução do mérito;
Prejudiciais do mérito: antecedem o próprio mérito, e necessariamente não são julgadas. Não impedem o exame do mérito. 
O que são pressupostos processuais?
São requisitos para a admissibilidade, as condições prévias para a formação de toda relação processual. São as condições de existência de uma relação processual. 
Cite e explique os pressupostos processuais.
Existência: é o que se precisa para o processo existir. É definitivo.
Subjetivos: juiz de direito (órgão investido de jurisdição), parte (aquele que tem capacidade para ser parte, ou seja, quem tem personalidade jurídica)
Objetivos: demanda (que é dirigira a um órgão judicial), petição (é o pedido).
Validade: é o plano do dever ser. É corrigível. 
Subjetivos: relativo aos sujeitos. O juiz/juízo tem que ser competente para julgar a causa, e imparcial, não podendo ter nenhum interesse na causa; as partes tem que ter capacidade processual (é a capacidade de poder exercer seus direitos em juízo. É estar apto para pleitear.), tem que ter capacidade postulatória (o advogado é quem tem. A constituição do advogado é através de procuração).
Objetivos: relativos a demanda. Intrínsecos (regularidade formal. A petição em que ser válida e a citação regular. Extrínsecos (impedem o desenvolvimento válido regular de um processo. É preciso que não haja: preempção (é a perda do direito de ação pela desídia do autor, que deu causa à extinção do processo sem julgamento do mérito, por três vezes), litispendência (o ajuizamento de duas ações que possuam as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido), coisa julgada (qualidade conferida à sentença judicial contra a qual não cabem mais recursos, tornando-a imutável e indiscutível. Quando já existe uma sentença sobre o mesmo mérito.), convenção de arbitragem (quando já existe uma sentença arbitra. O juiz não pode modifica-la, apenas executá-la).
OBS.: para se iniciar um processo é preciso ter uma petição inicial em juízo e deve ser iniciada por uma parte que tenha capacidade (pressuposto de existência). No ordenamento jurídico brasileiro, só se pode ir a justiça acompanhado pelo advogado. A exceção é em habeas corpus, em juizado de pequenas causas e reclamações trabalhistas.
Conceitue partes.
É quem pede (sujeito ativo) e em face de quem se pede (sujeito passivo) em juízo.
OBS.: Todos são partes, tem interesses contrapostos em juízo, mudando o nome a partir do instante processual.
Quem tem capacidade de ser parte?
Todo ente vivo não tem capacidade para ser parte. Só quem tem capacidade para ser parte é quem tem personalidade jurídica, independente da idade (capacidade de ser parte). A capacidade processual é limitada. Ao menores incapazes relativos ou absolutos precisam de um tutor, os incapazes por doença, que não tenha representante legal e o réu preso precisam de curador (não é igual a parte porque não pode dispor do interesse. Apenas representa o interesse da parte). Os casados para processos referentes aos bens imobiliários para entrar com a ação tem que ter a anuência do cônjuge. Se o cônjuge não outorgar sem uma justificação razoável, o juiz poderá outorgar. 
Como se conhece uma ação no processo?
Observando se tem litispendência, coisa julgada ou preempção.
Quais os deveres das partes e dos que estão em juízo?
Previstos nos artigos 14 e 15 do CPC,  expor os fatos em juízo conforme a verdade; proceder com lealdade e boa-fé; não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de fundamento; não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou defesa do direito; cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final. Devem também cuidar das despesas do processo. Quando agirem de má fé poderão pagar uma multa no valor de 1% do valor da cauda, ou ser responsabilizados pelos danos, pagando uma indenização de 20% do valor da causa. 
O que são as despesas do processo?
São as custas processuais/judiciais. A União edita uma tabela para a Justiça Federal e cada Estado edita a sua. Nem todos que litigam pagam porque existe a justiça gratuita, onde tanta garantir que o hipossuficiente (aquele que não tem nem para sua sobrevivência) possa pedir algo em juízo. Independe de defensor público, pode-se requerer a justiça gratuita mesmo com advogado particular. As despesas são de responsabilidade das parte, mas não se tem a certeza do direito. Nunca se pode dizer que vai ganhar a ação. As custas processuais são antecedidas. Caso ganhe ou perca há o ônus da sucumbência (é o dever atribuído ao vencido de pagar as custas processuais e os honorários advocatícios). O perdedor é quem tem que pagar. E a parte que ganha como já adiantou as custas será ressarcida pelo perdedor. Quem recorre é quem perde, quem ganha só recorre se a sucumbência for parcial, ou seja, se a restituição das custas antecedidas não for total.
Fale sobre a substituição das partes.
A rigor não se pode substituir a parte. A exceção é a substituição das partes que são previstas nos artigos 42 e 43 CPC:quando o bem litigado é alienado e quem adquiriu pode ingressar como assistente. No caso de morte de qualquer das partes, o espólio ou seus sucessores podem dar continuidade ao processo. Depois de citadas as partes, só pode ocorrer desistência caso a outra parte concorde. A desistência unilateral só pode ser feita antes da citação. 
O que são os procuradores?
Procurador, em sentido genérico, é qualquer pessoa que representa outro em algum negócio, mediante autorização escrita do representado. No caso de um processo, refere-se a capacidade postulatória, é a capacidade em juízo de postular em nome de outro. Só quem tem tal capacidade é o advogado ou o ministério público. Ninguém pode ir a juízo sem advogado, exceto em habeas corpus, juizados especiais de pequenas causas e ações trabalhistas. O instrumento para que os advogados postulem em nome de outrem é a procuração que pode ser feita digital e tem que acompanhar o processo. Pode ser firmado sem formalidade especial. Conterá outorgante (quem dá) e outorgado (quem recebe) e os poderes. Só quem recebe procuração judicial é o advogado, estagiário não pode receber.
Explique os poderes gerais e especiais do advogado.
Para um foro em geral a procuração é a ad judicia, que vai habilitar o advogado a praticar todos os atos do processo. Para exercer algumas funções como receber indenização em nome do cliente é necessário de autorização especial na procuração, porém é aconselhável que o advogado não queira tal responsabilidade. 
Como é feita a substituição do advogado?
A parte pode contratar livremente o advogado, da mesma forma pode fazer para substituí-lo. O substabelecimento é o ato pelo qual o procurador transfere ao substabelecido os poderes que lhe foram conferidos pelo mandante. O substabelecimento pode ser feito com reserva de poderes, consistindo na transferência provisória dos poderes, podendo o procurador reassumi-los a qualquer tempo; ou sem reserva de poderes, tratando-se de transferência definitiva, em que o procurador originário renuncia ao poder de representação que lhe foi conferido. O substabelecimento ou a nova procuração sobrepõe a outra. O advogado também pode renunciar a causa, caso isso aconteça ele terá que permanecer na causa até 10 dias após a sua comunicação de renúncia para que a outra parte possa se inteirar da causa. A substituição do advogado ou a renúncia pode ser feita a qualquer tempo. 
Explique litisconsórcio.
Vem de littus cum sortis. São partes complexas em juízo. É o fenômeno processual de cumulação subjetiva de ação gera economia processual e segurança jurídica. Ou seja, é a presença em um dos polos em uma relação jurídico processual de mais de uma pessoa litigando, seja no polo ativo, seja no polo passivo. Muitas vezes é previsto legalmente. É a pluralidade de partes em um processo.
Como se classifica o litisconsórcio?
Quanto a posição processual
Ativo: quando existe duas ou mais pessoas sendo autores da ação;
Passivo: quando existe duas ou mais pessoas sendo réus na ação;
Misto: quando existe duas ou mais pessoas sendo autores e duas ou mais pessoas sendo réus na ação.
Quanto ao momento de sua formação
Inicial/originária: em regra é formado no início. Geralmente na petição inicial já tem quem são as partes;
Ulterior (incidental): formado no decorrer da ação seja por continência, conexão ou intervenção de terceiro.
Quanto a obrigatoriedade
Facultativo: quando não há obrigatoriedade de ingressar na justiça juntos;
Necessário: quando há previsão na lei versando que só poderá ingressar na justiça citando as demais pessoas. É necessário pela natureza da relação jurídica (ex.: investigação de paternidade e o réu morre, a ação não é extinta por causa dos bens, será formado pelo espólio ou pelos herdeiros para formar o litisconsórcio); disposição em lei (ex. usucapião; ações de direitos reais imobiliários).
Quanto ao teor da sentença
Unitário: o teor da sentença será uniforme, valerá para todos igualmente.
Simples: o teor da sentença não necessariamente será igual para todos os envolvidos.
OBS.: cada parte é autônoma e independente entre si. A contagem dos prazos duplicam caso as partes tenham procuradores distintos.
Explique litisconsórcio multitudinário.
É o litisconsórcio em que estejam presentes muitas pessoas e o juiz pode limitar a quantidade, de modo a evitar afetação do direito da parte. Só ocorre no facultativo, a limitação é feita tanto pela pluralidade das partes, bem como pela pluralidade de pedidos.
É obrigatório o litisconsorte ativo necessário?
Para uns autores ninguém é obrigado a entrar na justiça, para outros há o litisconsorte ativo necessário, mesmo que o segundo não queira entrar, o juiz suprirá a sua outorga. Ex.: marido não autoriza a mulher ingressar na justiça com uma causa de direito real imobiliário, o juiz então, poderá substituir a outorga/consentimento da parte e o processo continua.
Explique intervenção de terceiros.
Os terceiros são aqueles que não estão na lide. A intervenção sempre será voluntária. Para o terceiro estar em juízo é necessário que ele tenha interesse. O terceiro vem para ajudar o réu ou o autor porque tem um interesse reflexo (o resultado da ação pode intervir em sua órbita de direitos e obrigações).
Como se classifica a intervenção de terceiros?
Quanto a iniciativa (de intervir no processo)
Espontânea: quando alguém percebe uma ação em juízo e quer entrar, seja por assistência ou oposição;
Provocada: uma das partes em juízo pede que seja citado um terceiro, seja por denunciação à lide ou por nomeação a autoria.
Quanto ao objetivo de ampliar ou modificar
Ad coadjuvandum (assistência): quando alguém decide ir a juízo por livre vontade para auxiliar seja o autor, seja o réu;
Ad excludendum (oposição, nomeação à autoria): é quando uma das partes do processo indica um terceiro, com a finalidade de sair do processo, tirando de si a responsabilidade. Visa excluir ou modificar a parte. 
Quais as modalidades de intervenção?
São formas estabelecidas pelo CPC que permitem que aqueles que originariamente não estão no processo, mas que venham a ele, ou sejam chamados.
Oposição: é a posição do terceiro em face da parte, dizendo que é detentor do direito. É uma pretensão de exclusão em face de um direito posto. Pode ser apresentada até a primeira sentença ser proferida. Ex.: ação de reinvindicação. É pouco frequente, mas juridicamente possível;
Nomeação a autoria: é a correção da legitimidade passiva. É a parte que é citado que busca em duas hipóteses corrigir a nomeação feita. As duas hipóteses são: por não der o possuidor da coisa ou por ter praticado algo por ordem de outrem. Pode se excluir da lide;
Denunciação da lide: é a antecipação de uma ação de regresso. É o ajuizamento de uma ação regressiva antecipada. Antecipa-se uma ação de regresso na própria ação. Tem a capacidade de trazer à relação jurídica posta um terceiro que é responsável. Só é obrigatória nos casos de evicção. Ex.: seguro de carro.
Chamamento ao processo: é uma intervenção de terceiro provocada por um vínculo de solidariedade existente entre as pessoas. (quando o fiador for réu, o devedor pode ser chamado; quando existe mais de um fiador e for chamado só um, os demais podem ser chamados; na dívida solidária, quando for cobrado só de um devedor total ou parcialmente, pode-se chamar os demais.
Obs.: a ação de alimentos, quando houver mais de um responsável e o originário não puder pagar. Ex.: pais não podem, chama-se os avós. Para uns autores é chamamento, para outros não.

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