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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE Juliana Dias de Moura Lorena de Faro dos Xavier de Almeida Mikaelle Lucindo do Nascimento Nailys Melo Sena Santos Rafael Rodrigo F. de Lima PAQUÍMETRO E MICRÔMETRO São Cristóvão 2012 2 Juliana Dias de Moura Lorena de Faro dos Xavier de Almeida Mikaelle Lucindo do Nascimento Nailys Melo Sena Santos Rafael Rodrigo F. de Lima PAQUÍMETRO E MICRÔMETRO Relatório de laboratório apresentado à Universidade Federal de Sergipe, Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, Departamento de Física, como um dos pré-requisitos para a formação de nota do componente curricular Laboratório de Física A. Orientador: Profª Suellen Maria V. Novais. São Cristóvão 2012 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 4 1. OBJETIVO ............................................................................................................................ 5 2. MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................................... 6 2.1. MATERIAIS ...................................................................................................................... 6 2.2. MÉTODOS......................................................................................................................... 7 2.2.1. MEDIÇÕES COM PAQUÍMETRO ..................................................................................... 7 2.2.2. MEDIÇÕES COM MICRÔMETRO .................................................................................... 9 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................................. 10 3.1. CÁLCULOS ..................................................................................................................... 14 3.1.1. VOLUMES DO CILINDRO ............................................................................................ 14 3.1.2. VOLUME DA ESFERA .................................................................................................. 16 4. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 17 BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................... 18 Lista de Tabelas Tabela 1: Dados coletados com o paquímetro e com o micrômetro. ....................................... 10 Lista de Imagens Figura 1: Paquímetro .................................................................................................................. 6 Figura 2: Micrômetro ................................................................................................................. 6 Figura 3: Medição do diâmetro interno do cilindro .................................................................... 7 Figura 4: Medição do diâmetro externo do cilindro. .................................................................. 7 Figura 5: Medição da profundidade do cilindro. ........................................................................ 8 Figura 6: Leitura do paquímetro. ................................................................................................ 8 Figura 7: Leitura do micrômetro. ............................................................................................... 9 4 INTRODUÇÃO Desde os primórdios da história da civilização, é perceptível a extrema importância de obter certas medidas. Hoje em dia, tudo ou quase tudo, que está ao nosso redor pode ser medido. Com a globalização e o avanço da tecnologia, têm surgido vários instrumentos modernos, que possibilitam medir com mais exatidão. O paquímetro e o micrômetro são dois exemplos de instrumentos de medida que tem como finalidade obter as dimensões de um dado objeto, como a altura, largura, espessura e profundidade. A importância destes instrumentos consiste na sua utilização para obtenção de medidas precisas (da ordem de centésimos de milímetros). O paquímetro é um instrumento que permite calcular medidas de comprimento, diâmetro e espessura, fornecendo leituras de décimos ou até centésimos de milímetros, através de uma estrutura denominada nônio. Sua origem provém de épocas distantes da civilização grega e do império romano, porém sua concepção é atribuída à Joseph Brown( 1851). O micrômetro é um instrumento que também fornece medidas de comprimentos, diâmetro e espessura, porém com uma precisão da ordem de milésimos de milímetros, sendo por isso muito utilizado pela indústria mecânica. Seus primeiros registros datam do século XVII, e sua concepção foi atribuída à Jean Louis Palmer. É certo que, ao se utilizar esses instrumentos para encontrar medidas os resultados serão precisos, porém, não necessariamente verdadeiros, uma vez que não se pode declarar uma certeza para o resultado de uma medida. Este conceito é denominado “Incerteza de medição”. Há dois tipos de incerteza de medição: a incerteza do tipo A e a incerteza do tipo B. A incerteza do tipo A indica a variação aleatória de uma grandeza, através de uma análise estatística de uma série de observações. Já a incerteza do tipo B é determinada a partir de informações acessórias e externas ao processo de medição. Geralmente o valor da incerteza do tipo B já vem indicado no próprio instrumento, por isso essa incerteza recebe o nome de “incerteza instrumental”. Por fim, os conceitos aqui relatados de incerteza e o conhecimento sobre o paquímetro e o micrômetro serão imprescindíveis para a realização do experimento proposto neste trabalho, que consiste em se obter as dimensões de uma esfera e cilindro para o posterior cálculo de seus volumes. 5 1. OBJETIVO O experimento realizado tem por objetivos calcular os volumes da esfera, do cilindro e da casca cilíndrica, utilizando o conceito de incerteza e os instrumentos paquímetro e micrômetro, uma vez que estes nos darão uma maior precisão nos resultados. 6 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1. MATERIAIS Para a realização do experimento e de seus cálculos foram utilizados os seguintes materiais: Paquímetro universal: é um instrumento utilizado na medição das dimensões lineares internas, externas e de profundidade de um objeto. É constituído de uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual se faz deslizar um cursor; Figura 1: Paquímetro Micrômetro: é um instrumento capaz de fornecer medidas muito precisas, e é utilizado na construção civil para medir espessura. Possui, ainda, grande uso na indústria mecânica, medindo toda a espécie de objetos, como peças de máquinas. Figura 2: Micrômetro Cilindro de PVC preto, tipo 7. Esfera maciça. 7 2.2. MÉTODOS A seguir será exposto o procedimento de como utilizar os instrumentos paquímetro e micrômetro para as de medições dos diâmetros externo e interno e altura. 2.2.1. MEDIÇÕES COM PAQUÍMETRO Posiciona-se o cilindro entre os bicos destinados às medições externas do material. Depois de realizada a medição externa mede-se o diâmetro interno inserindo as orelhas do paquímetro dentro do cilindro e coloca-se a haste dentro da peça para medidas de profundidade.Figura 3: Medição do diâmetro interno do cilindro Figura 4: Medição do diâmetro externo do cilindro. 8 Devem-se mover as partes móveis com o polegar atuando no impulsor até que a parte móvel encoste-se ao cilindro. Figura 5: Medição da profundidade do cilindro. Na leitura do paquímetro deve-se observar a escala fixa, graduada em números inteiros, seguida da precisão fracionária que pode ser calculada coincidindo o traço do nônio com o traço da escala de números inteiros. Multiplica-se, então, o resultado da comparação entre os traços pela resolução do instrumento. Figura 6: Leitura do paquímetro. 9 2.2.2. MEDIÇÕES COM MICRÔMETRO Posiciona-se a esfera entre as pontas fixa e móvel do micrômetro. Gira-se o tambor até que as pontas prendam a esfera, para isso, utiliza-se o parafuso de fricção fornecendo a pressão adequada. Leem-se os milímetros indicados na escala fixa, observando a marcação do meio milímetro, superior ao último milímetro inteiro medido. Lê-se, então, os centésimos de milímetros no tambor. Figura 7: Leitura do micrômetro. 10 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Paquímetro C il in d ro 0 7 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Altura (mm) Diâmetro Interno (mm) Diâmetro Externo (mm) Medida 1 92,0 23,0 29,0 Medida 2 85,0 29,5 34,0 Medida 3 85,5 28,5 32,5 Medida 4 90,0 26,0 29,0 Medida 5 85,0 26,0 27,0 Média 87,5 26,6 30,3 Desvio Padrão 10,8 2,5 2.9 σa 4,8 1,1 1.3 σb 0,03 0,03 0.03 σc 4,8 1,1 1.3 Resultado 82,7 - 92,3 25,5 - 27,7 29,0 - 31,6 Micrômetro E sf e ra m ai o r Diâmetro (mm) E sf e ra _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Diâmetro (mm) Medida 1 19,3 Medida 1 Medida 2 19,3 Medida 2 Medida 3 19,4 Medida 3 Medida 4 19,4 Medida 4 Medida 5 19,4 Medida 5 Média 19,3 Média Desvio Padrão 0,01 Desvio Padrão σa 0,006 σa σb 0,005 σb σc 0,008 σc Resultado 19,292 - 19,308 Resultado ( ± ) Tabela 1: Dados coletados com o paquímetro e com o micrômetro. Com o uso do micrômetro e do paquímetro pudemos efetuar medidas mais precisas dos objetos os quais deveríamos obter o cálculo do volume da esfera, do cilindro e de sua respectiva casca cilíndrica. Retiradas as medidas de cada parte referente ao cálculo dos volumes, tais como diâmetro da esfera e diâmetros externo e interno da superfície circular do cilindro além de sua altura, faz-se uma média das medições, dividindo-as pelo número de medidas, que foram cinco, como mostra a tabela. 5 54321 medidamedidamedidamedidamedida Média 11 O cálculo do volume começa a partir do cálculo das incertezas de suas respectivas grandezas. Depois de calculada a média aritmética de todas as medidas efetuadas em sala de aula, como apresentada acima, faz-se então o cálculo do Desvio Padrão da Medida, que auxiliará no cálculo da Incerteza do tipo A (Desvio Padrão da Média, σa). O desvio padrão da medida mostrará a dispersão entre os dados coletados nas medições, ou seja, o desvio será maior quanto maior for desregular o valor das medidas e é calculado pela seguinte fórmula: 1 )²x( 1 i n x n i É perceptível pela fórmula que quanto mais medições foram feitas, menor será o desvio padrão calculado. Nessa fórmula temos que n corresponde ao número de medições, x corresponde ao valor médio que será subtraído do valore medido pelos instrumentos, representado por xi. Com o valor do desvio padrão, calcula-se agora o valor da incerteza do tipo A pela fórmula: n a A incerteza do tipo B não possui fórmula de cálculo, pois o mesmo é efetuado pelos fabricantes a partir de uma série de fatores, como a calibragem do instrumento utilizado, por exemplo. São então colocados nos instrumentos os menores valores apresentados por ele, e para a incerteza do tipo B, como os instrumentos são analógicos, dividiremos esses menores valores por dois. Para o paquímetro temos (cilindro): mmb 03,0025,0 2 05,0 Para o micrômetro temos (esfera): mmb 005,0 2 01,0 Com as incertezas do tipo A e B podemos calcular a incerteza combinada (σc). Ela será usada no cálculo da propagação de incertezas, que mostraremos posteriormente. )²()²(c ca Agora com as incertezas calculadas faremos o cálculo de propagação de incertezas, o qual partirá de uma função, que no caso que estamos apresentando será o volume tanto da espera quanto do cilindro. 12 A propagação de incertezas vem como uma margem de erro para o cálculo devido à imprecisão das medições causada seja pelo meio, seja pelo instrumento, ou até mesmo pela pessoa que está fazendo as medidas. A fórmula de propagação é: ...)()²( 21 21 xxz x z x z Para o cilindro teremos três cálculos de volume: o volume delimitado pelo diâmetro externo, o volume delimitado pelo interno e o volume da casca, calculado pela diferença dos volumes anteriores. O volume é calculado de maneira normal, usando o diâmetro médio, obtido pela média aritmética. O detalhe é que o diâmetro será dividido por dois, porque para o volume utilizaremos o raio. A fórmula para o cálculo do volume é: hrV ².. Usaremos a denotação Ve para o volume externo do cilindro, Vi para o volume interno do cilindro e Vc para o volume da casca. Comparando com a fórmula de propagação, chamaremos π.h de X1 e r² de X2. Substituindo tais valores, teremos: )²()² ² ( ² hrz h ve r ve Sabemos pelo cálculo de derivadas parciais que h r ve . ² e que ².r h ve . h , nesse caso é a incerteza combinada da altura do cilindro e que ²r é a incerteza combina do r², que não temos e que deveremos calcular da seguinte forma: 4 ² ² d r dddr d d r d r 2 ² )² ² (² 13 Substituindo novamente, teremos: )²²..()². 2 ..( hdz r d h Agora com grandezas que já nos são conhecidas. Essa fórmula será usada para o cálculo da propagação de incertezas para o volume do cilindro. Para o volume da esfera teremos a seguinte fórmula: ³. 3 4 rV Comparando com a fórmula de propagação, chamaremos 3 4 π de X1 e r³ de X2. Substituindo tais valores, teremos: ³³ ³ )² ³ ( rrz r v r v Sabemos pelo calculo de derivadas parciais que 3 4 ³r v e ³r é a incerteza combinada de r³, que deveremos calcular da seguinte forma: 8 ³ ³ d r dddr d d r d r ². 8 3³ )² ³ (³ Substituindo novamente, teremos: dz d ². 8 3 . 3 4 Do mesmo modo que o cilindro, o volume da esfera é calculado da maneira normal, usando o diâmetro médio e posteriormente somando e subtraindo sua propagação de incerteza. 14 3.1. CÁLCULOS 3.1.1. VOLUMES DO CILINDRO Já substituindo nas fórmulas antes apresentadas, teremos a resolução do cálculo do desvio padrão da medida, das incertezas do tipo A, B e Combinada para: Altura mmi 8,10 15 )²0,855,87()²0,905,87()²5,855,87()²0,855,87()²0,925,87( 5 1 mma 8,4 5 8,10 mmb 03,0 mmc 8,4²03,0²8,4 Diâmetro Interno mmi 5,2 15 )²0,266,26()²0,266,26()²5,286,26()²5,296,26()²0,236,26( 5 1 1,1 5 5,2 a mmb 03,0 1,1²03,0²1,1c Diâmetro Externo 15 mmi 9,2 15 )²0,273,30()²0,293,30()²5,323,30()²0,343,30()²0,293,30(5 1 3,1 5 9,2 a mmb 03,0 3,1²03,0²3,1c Os volumes externos e internos do cilindro são: mm³ 48625,2 = V mm³ 63093,3 = V i e As propagações dos Ve e Vi são: )²²..()². 2 ..( hdve r d h ³7,664253,41289649 mmve )²²..()². 2 ..( hdvi r d h ³2,48257,23288745 mmvi Subtraindo as propagações dos volumes, teremos: mm³ 69519,0 = + V mm³ 56667,6 = -V vee vee mm³ 53451,0 = + V mm³ 43799,4 = - V vii vii Para o volume da casca teremos: mm³ 16068,0 = 53451,0 - 69519,0 = V mm³ 12868,2 = 48625,2 - 56667,6 =V c c 16 3.1.2. VOLUME DA ESFERA mmi 006,0 15 )²6,193,19()²6,193,19()²6,193,19()²3,193,19()²3,193,19( 5 1 006,0 5 01,0 a mmb 005,0 008,0²005,0²006,0c ³7,4008.0. 8 ²3 . 3 4 mm d ve mm³ 3768,9 = + V mm³ 3764,9 = - V mm³ 3764,9 = V ve ve 17 4. CONCLUSÃO Com o uso do paquímetro e do micrometro podemos tomar medidas mais precisas e chegar a resultados mais confiáveis de cálculo, além de que com o cálculo das incertezas para chegar à propagação podemos estabelecer uma margem de erro no valor obtido. 18 BIBLIOGRAFIA MAIA, Ana Figueiredo, VALERIO, Mário Ernesto Giroldo, MACEDO, Zelia Soares. APOSTILA DE LABORATÓRIO DE FÍSICA A. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE. CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS: 2008. Disponível em http://msohn.sites.uol.com.br/paquimet.htm, acessado em 12 de março de 2012. Disponível em http://www.cali.com.br/site/index2. php?option=com_content&do_pdf=1&id=76, acessado em 12 de março de 2012.
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