Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Estudo das Proteínas Profª Lindinalva Vieira PROTEÍNAS 3 Proteínas • Primeiro nutriente considerado essencial para o organismo; • São macromoléculas presentes em todas as células dos organismos vivos; • Podem ter origem endógena (derivadas da degradação de Proteínas celulares do próprio organismo) e exógena (dieta); • Contém carbono, oxigênio e hidrogênio, mas é o único que possui nitrogênio (16%) junto com alguns outros minerais como fósforo, ferro e cobalto; • São formadas pela combinação dos 20 aminoácidos em proporções diversas. PROTEÍNAS • Palavra de origem grega que significa “de primordial importância”. • Tirando a água, a maior parte do corpo é feita de proteína, ela faz parte da construção da célula e do próprio organismo. • São formadas pelos aminoácidos que são considerados as unidades básicas fundamentais para a construção da proteína. Cada um deles tem sua função específica no organismo. 5 ESTRUTURA • Estrutura Primária – É o nível estrutural mais simples e mais importante, pois dele deriva todo o arranjo espacial da molécula. – A estrutura primária da proteína resulta em uma longa cadeia de aminoácidos semelhante a um "colar de contas", com uma extremidade "amino terminal" e uma extremidade "carboxi terminal". – Sua estrutura é somente a seqüência dos aminoácidos, sem se preocupar com a orientação espacial da molécula. – A estrutura primária de uma proteína é destruída por hidrólise química ou enzimática das ligações peptídicas, com liberação de peptídeos menores e aminoácidos livre. ESTRUTURA PRIMÁRIA ESTRUTURA • Estrutura Secundária: – É dada pelo arranjo espacial de aminoácidos próximos entre si na sequência primária da proteína e é mantida pelas pontes de hidrogênio. ESTRUTURA • Estrutura Terciária • Dada pelo arranjo espacial de aminoácidos distantes entre si na sequência polipeptídica. • Forma em espiral ou helicoidal • É a forma tridimensional como a proteína se "enrola". • Unidas por ligação de hidrogênio. ESTRUTURA • Estrutura Quaternária – É forma como diversas estruturas terciárias ou subunidades se associam; – A estrutura secundária é dobrada sobre si mesma. – Estas subunidades se mantém unidas por forças covalentes. Classificação das proteínas • Quanto a Composição: – Proteínas Simples – Proteínas Conjugadas • Quanto ao Número de Cadeias Polipeptídicas: – Proteínas Monoméricas – Proteínas Oligoméricas Quanto a Composição – Proteínas Simples Por hidrólise liberam apenas aminoácidos. Constituem-se apenas de aminoácidos formando a cadeia polipeptídica. – Proteínas Conjugadas Por hidrólise liberam aminoácidos mais um radical não peptídico, denominado grupo prostético, um grupo que não é de natureza protéica. Ex: metaloproteínas, hemeproteínas, lipoproteínas, glicoproteínas, nucleoproteínas. Quanto ao Número de Cadeias Polipeptídicas: – Proteínas Monoméricas Formadas por apenas uma cadeia polipeptídica. Exemplo: albumina – Proteínas Oligoméricas Formadas por mais de uma cadeia polipeptídica São as proteínas de estrutura e função mais complexas Exemplo: Hemoglobina CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ORIGEM • Proteínas Vegetais: alimentos fontes de origem vegetal: feijão, ervilhas.. • Proteínas Animais: contêm maior quantidade de aa essenciais do que as vegetais, e em geral, tem valor nutritivo mais alto. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM FUNÇÃO BIOLÓGICA CLASSE EXEMPLO Enzimas Lipase, amilase, ribonuclease Proteínas transportadoras Hemoglobina, albumina do soro, lipoproteínas Proteínas contráteis Actina, miosina Estruturais Queratina, colágeno, elastina De defesa anticorpos Hormônios Insulina, hormônio de crescimento De reserva Gliadina, ovoalbumina, caseína • Controle metabólico - enzimas e hormônios • Transporte - hemoglobina, lipoproteínas • Estruturais - colágeno e elastina • Contração muscular - miosina e actina • Proteção imunitária – imunoglobulinas • Armazenamento - ferritina, mioglobina FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS ✓Construção e manutenção dos tecidos ✓Formação de hormônios e anticorpos ✓Fornecimento de energia ✓Regulação de processos metabólicos ✓Formação de enzimas ✓Participa no transporte de Triglicerídeos, Colesterol, Fosfolipídios e Vitaminas Lipossolúveis. ✓ 1 grama fornece 4 Kcal Valor Biológico das Proteínas Proteínas Completas ou de Alto Valor Biológico São aquelas que possuem todos os aminoácidos essenciais na quantidade e relação corretas para manter o equilíbrio nitrogenado e permitir o crescimento e reparo dos tecidos. Fontes Alimentares de Origem Animal: carnes em geral, ovos (clara), leite e derivados (queijos, iogurte). . Valor Biológico das Proteínas Proteínas Incompletas ou de Baixo Valor Biológico São as proteínas que não possuem todos os aminoácidos essenciais. Permitem vida, mas não o crescimento e o desenvolvimento ideal do organismo. Fontes Alimentares de Origem Vegetal: cereais (arroz, trigo, milho, centeio, cevada, aveia): não possuem lisina (aminoácido limitante); leguminosas (feijão, ervilha, grão de bico, lentilha, amendoim, soja) não possuem metionina (aminoácido limitante). 19 CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS CONDICIONALMENTE ESSENCIAIS NÃO-ESSENCIAIS fenilalanina Glicina alanina Triptofano Prolina Ácido aspártico Valina Tirosina Ácido glutâmico Leucina Serina asparagina Isoleucina Cisteína e cistina Metionina Arginina Treonina histidina lisina glutamina FATORES QUE DETERMINAM A QUALIDADE DA PROTEÍNA • Perfil de aminoácidos • Digestibilidade • Relação Protéico-energética • Energia total da Alimentação Desnaturação da Proteína • A proteína desnaturada perde suas propriedades fisiológicas; • Consiste na alteração da estrutura tridimensional da molécula, causada pelo calor ou por diversos agentes químicos ou físicos; • Usada na indústria para inativação de enzimas indesejáveis. • Rompe a estrutura secundária, terciária ou quaternária. Desnaturação da Proteína • Caracteriza-se pela quebra das cadeias lipoprotéicas com a consequente desorganização da estrutura interna da proteína. • Ocorre quando uma proteína é modificada em sua conformação, de tal modo que perde suas funções biológicas. Balanço Nitrogenado É a diferença de nitrogênio (das proteínas) que é ingerido e a quantidade que é excretado. Este balanço pode ser usado para acompanhar a evolução nutricional do paciente Balanço Nitrogenado Balanço nitrogenado equilibrado Quando a quantidade de nitrogênio ingerido é igual a excretado. Ex.: adultos normais que não estão perdendo e nem aumentando a sua massa magra (músculos). Balanço Nitrogenado Balanço nitrogenado negativo Quando a quantidade de nitrogênio ingerido é menor que a excretado. Ex.: estado de jejum, anorexia, dieta pobre em proteínas, dieta restritiva, doenças altamente catabólicas como câncer, AIDS, traumas, queimadura . Balanço Nitrogenado Balanço nitrogenado positivo Quando a quantidade de nitrogênio ingerido é maior que o excretado. Ex.: anabolismo (proteínas usadas para construção) crianças em fase de crescimento, gestantes, realimentação após jejum, treino de musculação com o objetivo de hipertrofia muscular, etc. Digestibilidade Protéica A digestibilidade pode ser entendida como sendo a hidrólise das proteínas pelas enzimas digestivas até aminoácidos e a absorção dos mesmos pelo organismo, os quais estariam biologicamente disponíveis, desde que não houvesse interferência na absorção dos mesmos pelo organismo. Digestibilidade Protéica É avaliada pelo quociente entre nitrogênio absorvido e onitrogênio ingerido da dieta, expresso em percentagem. Porém, o valor nutritivo dos alimentos é comumente afetado pelos vários tipos de tratamentos a que a fração protéica é submetida durante o preparo e armazenamento. DIGESTIBILIDADE • Em geral, as proteínas de origem animal têm digestibilidade ao redor de 90 a 95% (carne, leite, ovos) • A proteínas vegetais têm digestibilidade menor. – Milho: Varia de 82 a 67% para crianças e adultos, respectivamente. – Feijão: Apresenta um valor variável dependendo do tempo de armazenamento (de 50 a 75%) – Condições de armazenamento inadequadas: Digestibilidade menor que 66%. RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS DE PROTEÍNAS • SOCIEDADE BRASILEIRA DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO – SBAN (1990): ✓ 10 a 12 % do VET. • WHO (2002): ✓ 10% a 15% do VET. ✓ Principalmente Proteínas de Alto Valor Biológico(PAVB). NECESSIDADES DE PROTEÍNAS • FAO/OMS (1985) “Nível de segurança de consumo é a quantidade que é necessária para fazer frente às necessidades fisiológicas.” NECESSIDADES DIÁRIAS DE PROTEÍNAS • Sedentários: – 0,8 a 1,0g/Kg/dia • Praticantes de atividade física: – 1,0 a 1,2g/Kg/dia • Atletas profissionais: – 1,2 a 2,0g/Kg/dia • Obs.: incluindo proteína da dieta e suplementos. (IOM, 2002) NECESSIDADES DE PROTEÍNAS • CRIANÇAS, GESTANTES E LACTANTES * recomendação das DRIs Inclui gasto com a formação de tecidos e com a secreção láctea. Fontes Alimentares de Proteínas Carnes – 20 a 25% Cereais – 6 a 15% Leguminosas – 20 a 25% (soja – 40%) Leite de vaca – 3 a 3,5% Obrigada!
Compartilhar