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Matéria completa segunda prova de saneamento - Med. Vet.

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Aula Vetores dia 23.06 
Vetores e sua importância na:
- Saúde pública 
- Epidemiologia 
- Saneamento 
Vetor é todo animal invertebrado que funciona como meio de transmissão de enfermidade, fornecendo ao agente etiológico condições de favoráveis de sobrevivência, indispensáveis para que a doença ocorra.
Vetor Invertebrado Participa na transmissão de doenças (enfermidades). O vetor pode fornecer ou não proteção para o agente e às vezes ele atua também como meio onde o agente etiológico sofre as transformações necessárias para causar enfermidades. Muitas vezes sem o vetor a doença não ocorreria.
Duas classificações:
Vetor Mecânico ou Acidental: Animal invertebrado. “Gruda e desgruda”. A mosca, por exemplo, pousa em qualquer superfície e pode carrear o microrganismo ex: salmonella. Esse vetor vai oferecer proteção para o microrganismo, mas não é necessário para que uma doença ocorra.
 *Podemos ter salmonelose através da mosca (que carrega o microrganismo) ou através do ovo da galinha. 
Vetor Biológico ou Obrigatório: Fundamental para que uma doença ocorra. Aumenta o número de microrganismo dentro do inseto. Vetor biológico propagador: Animal invertebrado no qual o agente etiológico obrigatoriamente irá entrar e se multiplicar. Exemplo: Yersinia pestis ou Pasteurella pestis (peste negra ou peste bubônica onde a pulga do rato xenopsylla cheopis está envolvida, sendo o vetor biológico propagador)
*O rato tem a Yersinia na sua circulação, a pulga suga o sangue dos roedores e a Yersinia vai junto, que acaba se multiplicando na pulga. Quando a pulga vai fazer um novo repasto sanguíneo, ela não consegue pois está com o seu aparelho bucal repleto de bactérias e acaba regurgitando esse sangue com bactérias no hospedeiro contaminando-o (rato, pessoa, animal).
Vetor Biológico de Desenvolvimento: Muda de fase. Fundamental para que o agente etiológico sofra alguma transformação para se tornar infectante.
Exemplo: Doença Dirofilariose (doença do coração) Seus principais vetores são mosquitos dos gêneros Culex, Aedes e Anopheles. O mosquito vai sugar o sangue do animal que tenha o parasita na circulação, esse parasita sofre transformações dentro do mosquito.
No vetor biológico de desenvolvimento, o agente etiológico sofre transformação para se tornar infectante.
Vetor Biológico Ciclo Propagador: O agente etiológico vai entrar no inseto/vetor, se multiplicar, mudar de fase (transformação) para se tornar infectante.
Doença na região: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, transmitida por um mosquito (Palha) causador da Leishmaniose que acomete principalmente cachorros. O mosquito é o vetor e o agente etiológico é um parasita do gênero chagas: Leishmaniose visceral.
A Leishmania precisa do mosquito para se multiplicar e mudar de forma para depois causar a infecção em um novo cão ou pessoa.
No caso da Leishmaniose (doença vetorial) ele está em uma forma amastigota no mamífero e vai para uma forma promastigota no vetor.
Controlar o mosquito é importante para controlar a enfermidade.
Animais Sinatrópicos (em volta, em torno de): Animais que convivem com o ser humano, mesmo que o ser humano não tenha interesse.
Aquele animal que alberga o agente etiológico sem ser prejudicado é chamado de reservatório
Vetores: Relação direta com sanemanto básico.
Animais Insetos Filo arthropoda 
Insetos/Invertebrados/Vetores: Corpo dividido em 3 partes: cabeça (olhos e antenas), tórax (três pares de patas) e abdômen. Cada parte do corpo é chamada de tagma e o conjunto se chama tagmata.
A classe insecta tem em torno de 32 ordens, 1,4 milhões de insetos para cada pessoa.
Ordem díptera: 2 pares de asas, mosca e mosquito
Ordem hemíptera: Criatomoneos, Barbeiro doença de chagas
Ordem anoplura: Piolhos
Ordem siphonaptera: Pulgas, aparalho sugador em forma de sifão 
Mosca: Vetor mecânico. Transmissão da enfermidade onde o agente etiológico se gruda nela. Atraves das patas ou do corpo ela pode ter aderido o agente etiológico e esse agente ao chegar em um outro hospedeiro ou superfície ele se desgruda, sai da mosca e vai contaminar outro hospedeiro ou superfície.
Outra maneira é quando a mosca regurgita a sua enzima digestiva na superfície, quando está digerida ela suga novamente e vai servir de alimento para ela. Porém, quando a superfície onde ela regurgitou está contaminada, ao sugar o alimento de volta acaba carregando bactérias junto, e em uma próxima regurgitação as bactérias vão ser disseminadas para outras superfícies.
A mosca transmite enfermidade ou dissemina agente etiológico colado/ligado/preso ao seu corpo através da regurgitação e também através da defecação. Toda vez que ela defeca aquele microrganismo que ela ingeriu junto com o alimento acaba sendo eliminado com as fezes. Mesmos mecanismos que acontecem com a barata.
Moscas tem uma relação direta com o meio ambiente: Destino inadequado de resíduos, esgoto, são mecanismos que a mosca utiliza para conseguir sobreviver. A mosca tem um ciclo completo: Ovo, larva, pupa e adulto. A larva precisa entrar no solo para pupar e depois se transformar em pupa
Se a gente cortar o ciclo de transmissão ou evitar que existam condições ambientais para que uma larva vire pupa, nós conseguimos reduzir a presença de mosca em um determinado local.
O chorume ele vai afogar a larva da mosca evitando que ela vire pupa, quando ela penetra nas fezes procurando o solo para sofrer a transformação em pupa ela acaba sendo afogada.
Mecanismos: Acabar com as condições ambientais para ela não completar o ciclo; Ou utilizar produtos químicos para destruir a forma adulta do inseto.
Relação direta entre temperatura ambiental e condições de desenvolvimento da mosca = quando diminui a temperatura ambiente, diminui o número de mosquitos, moscas e carrapatos. 
(Antigamente a temperatura ambiente fazia um controle de determinados insetos, hoje não temos mais essa condição) E a medida que a gente aumenta a temperatura ambiente juntamente relacionada com a umidade do ar, conseguimos fazer uma redução significativa no tempo necessário para a multiplicação desses animais (multiplicam-se mais rápido)
Quanto mais calor, mais moscas.
Como controlar a mosca: Medidas temporárias (inseticidas e dedetização), Métodos permanentes (remover o lixão e remover o acúmulo de matéria orgânica)
A mosca também pode causar Miiase: Bicheira (Cochliomia hominivorax), Chrysomyia (mosca varejeira)
Dermatobia chamada de mosca berneira, abdômen verde metálico. Berne tipo de miiase. 
Biontófoga miíase acomete tecido vivo, não precisa ter lesão no tecido. Ocorre em prepúcio, vagina, orelha, ânus, comissura ocular, boca.
Necrobiontófoga acomete tecido morto, necrosado.
Mosca berneira, ovo da Dermatobia. Berne em tecido vivo. Vive em locais de campo sujo. Uma vez fecundada ela procura outros insetos, mosquitos, moscas pequenas. Quem larga os ovos na superfície da pele do animal não é a mosca do berne e sim outro vetor (vetor forético) insetos que vão levar o ovo da dermatobia no seu abdômen. Uma vez encontrando um hospedeiro (ex: bovinos, pois sua temperatura coporal e sua eliminação de Co2 da pele são fatores que auxiliam para a eclosão dos ovos dando origem a larva) essa larva cai no solo e vira pupa.
Problemas do berne: Problema clinico, irritação do animal, problema no couro, deprecia o couro e causa problema econômico. Quadro de infecção na pele do animal. Essa miiase inicial causada pela dermatobia pode abrir caminho para presença de moscas que vão causar a miiase necrobiontofoga. Berne não é a mosca que coloca os ovos no local
Chrysomyia: mosca varejeira parecida com a Musca domestica, tem faixas transversais no tórax.
Stomoxys calcitrans: Mosca dos estábulos, parecida com a mosca doméstica, faz sua postura na cama das vacas onde contem fezes. Relacionada com a transmissão de patologias e também um agente chamado de anaplasma um dos responsáveis pela tristeza parasitária bovina. Não causa miiase, mas é hematófaga que leva a quadros de transmissão devírus parasitas para animais.
Haematobia irritans: Mosca do chifre. Não causa miiase, é hematófaga, causam irritação pela sucção do sangue e é nas fezes dos animais seu local predileto para realizar a postura.
A Stomoxys e a Haematobia não causam miiase, causam problema pela sucção do sangue. 
Mosquitos
Passam por uma fase que necessita de água. SEM água não vamos ter a presença de mosquitos.
Culex: Envolvido na disseminação da doença do verme do coração (Dirofilariose). Wuchereria bancrofti parasita transmitido pelo mosquito culex (Culex quinquefasciatus), doença elefantíase. 
Aedes
Dengue Doenças coirmãs
Febre amarela
Zica 
Chikungunya 
Febre amarela possui ciclo urbano e ciclo silvestre. O ciclo urbano quem mantem é o Aedes. 
Doenças Negligenciadas: São todas as doenças que acontecem normalmente em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Industria não possui interesse em produzir medicamentos para essas doenças.
Flebotomineos: Responsável pelos quadros de mortalidade de Leishmaniose
Sabethes: Trasmissão de maiara. Junto com o Haemagogus são responsáveis pela manutenção do ciclo silvestre da Febre amarela.
Anopheles: Agente etiológico é o Plasmodium transmissor da malária. 
 
Esquema das formas de controle do mosquito: Slide de vetores.
Ordem Siphonaptera
Pulga é o hospedeiro intermediário na transmissão de doenças
Menor pulga tem um milímetro que é o Bicho do pé 
A pulga tem o corpo achatado lateralmente para facilitar sua passagem entre os pelos dos animais 
Ciclo: Ovo, larva, pupa, adulta. 
A pulga tem a capacidade de entrar em uma forma de resistência e formar um casulo chamado de fase pré adulta.
A pulga vai ao animal para fazer o repasto sanguíneo, o sangue dos animais ou do ser humano é fundamental. As fêmeas procuram os animais para fazer o repasto sanguíneo, fazem a postura e esse ovos caem ao solo, esses ovos dão origem as larvas que inicialmente são pequenas minhocas brancas que precisam se alimentar de componentes do solo como poeira, fezes semidigeridas de pulgas adultas ricas em sangue. Então se tornam escuras, avermelhadas, escurecidas. A partir dai em função das condições ambientais elas podem ir para a fase adulta ou formar casulo e ficarem na fase pré adulta esperando as condições ambientais melhorarem. Se não tiver um hospedeiro ela consegue ficar na fase de pré adulta por um longo período.
As boas condições ambientais são: Tensão de Co2 da nossa pele ou do animal, temperatura corporal e pressão física são fundamentais para que a fase pré adulta atinja a fase adulta. 
Pulgas: Hospedeiras. Atividade parasitária resulta em hematofagia, que em quadros mais avançados podem levar a quadro de anemia. Para cada espécie animal existe uma pulga especifica.
Dermatite alérgica à picada de pulga (DAPP) se da em função de uma proteína presente na saliva da pulga. Em um primeiro momento sensibiliza o organismo e em uma segunda picada acaba levando a uma reação alérgica forte. 
Existe uma situação parecida em pessoas: Prurigo de Hebra que é uma reação de hipersensibilidade bastante forte na pele.
Pulga do pé ou Tungíase, penetra no pé, suga e aumenta de tamanho (chega a meio centímetro de diâmetro), entra na fase adulta e faz postura.
Pesquisadores relacionam as mesmas alterações que acontecem pelo parasita do mosquito na Leishmania poderiam acontecer nas pulgas do gênero Ctenocephalides spp.
Resolver o problema da pulga:
- Limpar o ambiente
- Banho nos animais
- Inibidores do desenvolvimento de insetos, onde os ovos da pulga ficam inférteis.
Na época de 50-60 começou a se desenvolver produtos inseticidas de uso profissional: Inseticidas microencapsulados. Onde o o principio ativo fica dentro de uma capsula, essa capsula cola na pulga quando ela sai da fase pré adulta e caminha pelo ambiente, então estoura na pulga o produto.
Baratas 
Ordem: Blattodea
4 mil espécies no mundo, 35 espécies são conhecidas
Espécies silvestres ou de mato e Espécies domésticas ou domiciliares. 
Espécies domésticas são essas 4, as 3 primeiras são encontradas no Brasil.
Periplaneta americana: É a maior, barata do esgoto, carapaça ocupa todo dorso, faz a sua postura e vai embora 
Blatella germânica: Cola no corpo da gente, carrega ovos até o momento da eclosão, só liberando os ovos no momento da eclosão, sucesso de sobrevivência é maior. Está presente em tudo que é local onde se produz alimento, precisa de uma temperatura ambiente entre 25 e 35 graus C.
Se afasta quando as condições não estão boas, como por ex presença de inseticidas, inseticidas encapsulados que acabam com essa espécie 
Blatta orientalis: também conhecida como Barata-nua, é uma barata cosmopolita, de hábitos domésticos e com coloração marrom-negra. Geralmente habita lugares escuros e úmidos. Ela também pode ser encontrada em restos orgânicos em decomposição por ter um comportamento detritívoro. Carrega os ovos com 18 horas após a facundação
Supella longipalpa
AULA 04.07 
PRÁTICA - ANÁLISE DA ÁGUA 
Preparo do meio de cultura
Recomendações: Não deixar amostra a temperatura ambiente e nem congelar, conservar em um isopor/bolsa térmica com gelo ou na geladeira. Entre a coleta e a análise na aula não pode passar 24h.
O que é necessário ter em qualquer laboratório de microbiologia? equipamentos, materiais, EPI’s, geladeiras (p/ conservar amostras), estufas (p/ meio de cultura e desenvolvimento dos microrganismos), equipamentos ligados a segurança da amostra e do manipulador:
- Câmara de fluxo laminar: dentro dela liga o fluxo de ar, tem um sistema de filtro que “puxa” o ar (corrente de vento) de baixo p/ cima filtrando antes de largar na atmosfera, é sempre utilizado para trabalhar com material biológico pq esse ar vai fazer uma barreira evitando que contaminação externa chegue a amostra e essa tenha contato com manipulador (segurança microbiológica) 
- Bico de Bunsen: deve-se trabalhar atrás da chama, serve para proteger a amostra de tudo que tem contaminação, inclusive perdigotos, e também proteger o manipulador de se expor ao microrganismo manipulado
- Autoclave: alta temperatura de autoclavação/esterilização 121°C/15min pra eliminar qualquer tipo de microrganismos no material, é uma grande panela de pressão, se coloca água para obter calor úmido, é fechada hermeticamente e a pressão começa a subir pq vapor não tem pra onde escapar. Material que já tem crescimento microbiológico (sujo) também é esterilizado antes de ser descartado, existem duas autoclaves no laboratório: a) limpa: para preparar meios de culturas, materiais, vidrarias, plásticos b) suja: para autoclavar meios já usados, amostras contaminadas, sangue (diminuindo assim o risco biológico de se manipular os resíduos)
O material que entra em contato com amostra deve ser livre de contaminação se não altera nas contagens finais: frascos para coleta, placas de petri embaladas em papel pardo, pipetas, tudo autoclavado.
Frasco para coleta de água: tem em loja especializada mas é muito caro então pode usar como alternativa qualquer material que aguente a temperatura de autoclavação, utiliza-se muito frequentemente potes de conservas, não deixa vazar e nem contaminar a amostra. A campo ou em casa simula uma autoclavação imergindo o frasco em água e fervendo durante +- 10 min. Não se toca mais na parte interna do frasco. *Clorofina ou água, pode ser usado p/ desinfetar o frasco de coleta? Não, por causa do resíduo que fica (e se passar água para retirar o resíduo estará fazendo recontaminação do frasco).
Preparo do frasco: embalado em papel pardo amarrado barbante/elástico e vai p/ autoclave, após, p/ estufa de secagem para tirar a umidade e fica fechado até a hora do uso.
Meio de cultura com nutriente (carbono, ferro, açúcar, etc) específico pro microrganismo que se quer desenvolver, normalmente o meio vem em frasco liofilizado (em pó), deve ser preparado misturando com água destilada (destilação para remoção do excesso de sais, evita limo, alteração ph, etc, - não é esterilizada,só tem diminuição de sais)
Pesagem de um meio de cultura: todo meio de cultura vem com uma “bula”, então, nesse caso, pesar 16g para preparar 1 litro – ajustar pra quantidade desejada. 
Metodologia dos tubos múltiplos: 15 tubos de ensaio pra cada amostra, sabe-se que vamos colocar 5 ml do meio de cultura pronto em cada tubo, quanto precisaria para 1 amostra? 15 tubos x 5 ml = 75 ml é a quantidade total de meio de cultura.
16 g ------- 1000ml
 X ------ 75 ml = 1,2 g 
Bula de meio de cultura mesmo em inglês é possível calcular. E pra saber o que esse meio de cultura faz? Por dedução: (não sei o que – em inglês) coliform = coliformes / Broth= caldo
Os meios de cultura existem na forma de ágar e caldo, qual a diferença? ágar fica solido na temperatura ambiente e o caldo é liquido.
Nesse teste vamos quantificar coliformes totais e escherichia coli da água (esse tipo de teste foi desenvolvido especificamente pra água).
Quanto pode ter de coliformes? discutiremos na próxima aula e na leitura dos resultados.
PREPARO DO MEIO: 
Pesar o meio de cultura 1,2 g e medir 75 ml água destilada na proveta
Dissolver em um Becker – primeiro coloca o meio de cultura em pó no Becker, o que sobra no pote onde pesou lava, e joga no Becker também, pode misturar com a própria pipeta
Distribuir 5 mL em cada tubinho e “chuchar” bem a borrachinha (tampar o tubo vedando bem)
Meio de cultura será autoclavado 
Aula 11-07 
Colimetria da água: 
É a determinação de coliformes totais e de Escherichia coli pelo método do número mais provável (NMP), utilizando meio de cultura contendo substrato enzimático cromogênico e fluorogênico (ONPG/MUG). 
Coliformes totais: são bacilos Gram negativos, não esporulados, aeróbios facultativos, oxidase negativa, capazes de se multiplicarem na presença de sais biliares. Fermentam a lactose, com produção de gás a 35 a 37°C em 24 a 48h. Fazem parte deste grupo espécies dos gêneros Enterobacter, Citrobacter, Klebsiella e a Escherichia coli. Sua presença não indica necessariamente poluição de origem fecal, pois este grupo de microrganismos é encontrado naturalmente no ambiente como na água “in natura”, solo, insetos e vegetais. Os coliformes totais indicam principalmente má qualidade higiênica da água. 
Coliformes termotolerantes: subgrupo das bactérias coliformes totais que atuam como indicadores de poluição fecal, devido à sua ocorrência restrita às fezes do homem e dos animais homeotérmicos. Sua presença evidencia o risco da presença de organismos patogênicos (causadores de doenças) de origem fecal. Estes microrganismos fermentam a lactose, com produção de gás a 44,5 a 45,5oC em 24h. Fazem parte deste grupo principalmente a Escherichia coli e algumas espécies de Klebsiella e Enterobacter. 
Escherichia coli: cerca de 95% dos coliformes existentes em fezes humanas e de animais são E. coli. Dentre as bactérias de habitat reconhecidamente fecal, dentro do grupo dos coliformes termotolerantes, a E. coli é a mais facilmente diferenciada dos membros não fecais. As tendências atuais de análise de microrganismos indicadores de contaminação fecal em água se direcionam no sentido da detecção específica da E. coli. 
Meios de cultura: 
Diluente: água peptonada 0,1% esterilizada (tb pode ser feita com solução salina a 0,9%); caldo contendo substrato enzimático cromogênico e fluorogênico. 
Os meios de cultura servem para pesquisar coliformes! 
OBS: se usarmos água destilada podemos matar bactérias, e não podemos causar injúrias nas bactérias para não interferir na contagem. Logo, não podemos usar água destilada. 
OBS 2: álcool é antisséptico e desinfetante pois serve para tecidos vivos e inanimados. 
OBS 3: peptona é um diluente, não meio de cultura. se deixar na estufa vai crescer, mas não é meio de cultura. 
Diluição da amostra de água: 
- Homogeneizar bem a amostra (inverter o frasco) 
- Transferir 1,0 mL da amostra para um tubo contendo 9,0 mL de água peptonada a 0,1% esterilizada (diluição 10-1 ). Homogeneizar bem a diluição. 
- Transferir 1,0 mL da diluição 10-1 para um tubo contendo 9,0 mL de água peptonada a 0,1% esterilizada (diluição 10-2 ). Homogeneizar bem a diluição. 
Inoculação do meio de cultura: 
- Inocular 1,0 mL da amostra de água (não diluída) em uma bateria de 5 tubos (1,0 mL em cada um dos 5 tubos) com caldo contendo substrato enzimático cromogênico e fluorogênico 
- Inocular 1,0 mL da diluição 10-1 em uma bateria de 5 tubos (1,0 mL em cada um dos 5 tubos). 
- Inocular 1,0 mL da diluição 10-2 em uma bateria de 5 tubos (1,0 mL em cada um dos 5 tubos). 
- Incubar em estufa a 35oC por 24 horas. 	
Sobre o Fluorocult, que ele perguntou o que era e a composição, achei isso:
 O caldo Fluorocult contém tampão de fosfato garantir uma elevada taxa de crescimento de coliformes totais. Lauril sulfato para inibir a flora Gram-positiva acompanhante. O caldo preparado é claro e amarelo.A detecção simultânea de coliformes totais e E.coli é possível. A mudança da cor do caldo de amarelo para azul-verde indica a presença de coliformes. Além disso, uma fluorescência azul sob luz UV permite a rápida detecção de E. coli. 
Composição típica (g/litro): 
Triptose 5.0; 
Sódio cloreto 5.0; 
Sorbitol 1.0; 
Triptofano 1.0; 
Di-potássio hidrogeno fosfato 2.7; 
Potássio di-hidrogeno fosfato 2.0; 
Lauril sulfato de sódio sal 0.1; 
5-bromo-4-cloro-3-indolil-ß-D-galactopiranoside (X-GAL) 0.08; 
4-methilumbelliferil-ß-D-glucuronide (MUG) 0.05; 
1-isopropil-ß-D-1-tio-galactopiranoside (IPTG) 0.1. 
Preparação: 
Em alimentos: 
Suspender 17g em 1 litro de água purificada. Aquecer a fervura até completa dissolução. Encher com 20ml os tubos. Autoclavar por 15min a 121°C. 
Em águas: 
Se 100ml de amostra forem testados, suspender 34g em 1 litro de água purificada. Aquecer a fervura até completa dissolução. Transferir 100ml para frascos de 250ml de capacidade. Autoclavar por 15min a 121°C. 
pH: 6.8 ± 0.2 a 25 °C
Água na produção animal 14/07
Deve-se saber o quanto é gasto de água, então é necessário ter uma estimativa do tipo de atividade executada, quantos animais existem, a quantidade de água ingerida por animal (se é gado de leite, deve-se saber quanto de água é gasto para produzir um litro de leite). Toda essa noção de gasto de água é útil em época de estiagem para que não haja falta de abastecimento de água (chove menos, rio diminui o volume e ocorre um problema de distribuição de água, ou em época de seca diminui o lençol freático e o poço não consegue suprir toda a necessidade).
Se o animal consome muito concentrado pode dobrar o consumo de água dele, então até o manejo alimentar vai influenciar na ingestão de água. O animal que consome bastante água, digere melhor o alimento sólido e consequentemente ganha mais peso, se desenvolve melhor.
Manejo sanitário: água é necessária para limpeza de resíduos, dejetos, restos de aborto, dos locais que abrigam animais doentes (fazer desinfecção). Também, para limpeza dos equipamentos, como o tarro que se estiver sujo comprometerá a qualidade do leite, o leite contaminado sofre uma série de alterações físicas e químicas, não terá o rendimento esperado na indústria (exemplo: se antes era necessário 7 litros de leite de boa qualidade para fazer 1kg de queijo, serão necessários 10 litros de leite de má qualidade para fazer 1kg de queijo), a questão do rendimento também não é interessante para o produtor, e quanto melhor a qualidade do leite mais o produtor receberá.
Água residuária é toda água que sobra cheio de resíduos que vem do processo de desinfecção. Esta água tem impacto ambiental (polui o solo, rios, ar, transmite doenças aos próprios animais, às pessoas).
Então deve-se pensar na água nos 3 pontos que ela interessa no manejo da produção animal
Água tem fins múltiplos, então dependendo da finalidade da água, ela pode ser de melhor qualidade ou pior qualidade. A água mais pura é a destinada para o consumo humano (toda água usada por humanos como a de beber, do banho que é o uso mais nobre) em seguida a água de consumoanimal, a legislação brasileira permite que exista uma certa contaminação (até 1000 coliformes) na água de consumo animal - o ideal é que a água para animais seja tratada. Tem a água para fins de recreação (praia, piscina), água acima dos padrões de balneabilidade é uma água imprópria para banho.
Também existe um padrão de qualidade para produção de peixes, se estes forem produzidos em água contaminada a carne estará contaminada também. Muitos estudos comprovam que a contaminação do peixe cru é a mesma da fonte de água; estudos genéticos conseguem traçar informação e relacionar a carne com a água onde o peixe foi criado, isto é chamado de Epidemiologia Molecular, consegue-se traçar o caminho da contaminação.
Água utilizada para irrigação de hortaliças, toda questão da Cisticercose ser transmitida pela água com dejetos humanos; deve-se atentar para as verduras, que podem vir de hortas que tiverem dejetos animais como adubo.
Todo processo de matança e divisão de carcaça devem ter uma rigorosa limpeza atestada pelo médico veterinário para seguir a produção. Isso envolve o uso da água e agente químicos para desinfecção dos equipamentos. O teto da vaca deve ser limpo antes da ordenha, o úbere não deve ser limpo, somente o teto, porque a água do úbere vai escorre para o teto e contaminar o teto e o leite durante a ordenha. Deve-se fazer o pré-dipping, e em seguido o pós-dipping, para fechar o canal mamário e evitar a contaminação do teto e possível risco de mastite. A teteira deve ser limpa também. Limpeza do tarro, o próprio ambiente, em tudo é necessário o uso da água.
A água deve alcançar padrões de potabilidade, esta é isenta de contaminantes químicos (fertilizantes, nitrogênio, agrotóxico), físicos (pelo, areia...) e biológicos (bactérias, parasitas, fungos, protozoários...). As doenças transmitidas normalmente são de rotas fecal-oral, são caracterizadas pelo agente etiológico ser eliminado através das fezes e sua porta de entrada ser a boca. Essa contaminação das fezes alcança a água, e por ela outras pessoas e animais se contaminam, que virarão fontes de infecção e o ciclo segue.
Alguns tipos de agentes etiológicos comumente transmitidos, causadas pelo consumo de água, como a Bactéria Colera, que ainda existem surtos no mundo (Brasil não), Febre Tifoide, Leptospirose, várias gastrointerites causadas E. Coli, Shigella, protozoários como Giardíase ou Giardíose, são várias doenças com importância animal e na saúde humana.
Existe perda de bezerros por diarreia causada por E. Coli, que é eliminada pelas fezes e contamina solo, cochos, balde de leite, água.
O rotavírus causa diarréia, muitas vezes essa doença é autolimitante, depois de uma semana o organismo se recupera.
Hepatite infecciosa tipo A, transmitida por água e alimentos (via fecal-oral); hepatite B e C via sexual ou sanguínea. Na hepatite o fígado fica muito comprometido, deve-se evitar álcool, certos medicamentos porque pode evoluir para cirrose.
Poliomielite, erradicado no Brasil (dec. 70 >), causa paralisia infantil, facilmente transmitida pela água.
Sempre que há problemas com a água, devemos resolver. Ir ao local e analisar a ação humana que está em volta da fonte de água que muitas vezes pode ser a fonte de contaminação.
Embalagens de agrotóxicos devem ser lavadas 3 vezes e serem devolvidas à cooperativa para dar o destino adequado àquela embalagem.
Desmatamento perto de um rio influi diretamente na qualidade da água porque a água não será filtrada, e a contaminação que está ao redor irá diretamente para a água. A terra que fica na volta vai indo para dentro do rio e o fundo fica aterrado, reduzindo a quantidade de água, com o tempo o rio pode desaparecer. Em local que tem lençol subterrâneo as raízes servem como esponja, elas seguram a água na terra e com o tempo faz a “recarga” do aquífero.
Quanto menor a distância entre o solo e o lençol freático maior é a chance de contaminação. Solos arenosos são mais susceptíveis à contaminação.
O poço deve ser construído na área mais alta do terreno e longe dos locais de poluição. Existem dois tipos de fontes de poluição: as pontuais e as difusas. As Pontuais são localizadas, únicas, fáceis de visualizar e fácil de resolver; já a difusa está localizada com o escoamento de um local, por exemplo a lavoura, há aplicação de agrotóxicos e quando chove, toda essa contaminação vai para a lagoa mais próxima, numa área urbana quando chove, toda poluição também é escoada para o rio mais próximo. A difusa é de difícil controle, a melhor forma de evitá-la é a prevenção, utilizando agrotóxicos de maneira correta
A água não tratada (de poço) sempre terá uma contaminação “natural” esperada, alguns tipos de bactérias e fungos são aceitáveis, os microrganismos que não podem estar presentes na água são os de contaminação fecal e os patógenos. Ex: dependendo da sepa da Pseudomonas e da imunidade da pessoa, ela pode se tornar patógena e não só deteriorante.
Os microrganismos que devem ser pesquisados são os coliformes que indicam contaminação fecal. Trabalha-se com a possibilidade de haver patógenos naquelas fezes. Os coliformes fazem parte da microbiota natural, a E. Coli, comensal do microbiota do nosso organismo, auxilia na digestão, manter o equilíbrio, o problema é quando a E. Coli é de sepa patogênica. Como características dos coliformes: elas são bastonetes Gram negativos, fermentam lactose, acidificam o meio de cultura, produzem CO2.
Procura-se os coliformes totais (qualquer grupo de coliformes - mais de 20), pra ter uma noção da contaminação mas não pode-se afirmar a presença fecal. Deve-se procurar nesse grupo, os coliformes termotolerantes (coliformes fecais), eles toleram a alta temperatura, sobrevivem a 44,5 graus, os totais sobrevivem a 35 graus. O termotolerantes são exclusivos de contaminação fecal. A legislação quer que procure a E. Coli, porque ela é fidedigna da contaminação fecal. Procura-se as mesófilas também.
Coletar no mínimo 250 ml de água para avaliar, antes da coleta desinfetar a mão com álcool 70. Para água que recebe cloro é necessário adicionar tiossulfato de sódio 10%. Colocar 0,1 ml para cada 100 ml de amostra coletada, para inativar o cloro, inativando o cloro as bactérias não vão morrer. Na hora da coleta deve-se limpar o bico da torneira por dentro e por fora com álcool 70%, deixar a água escorrer de 3 a 4 minutos para eliminar a água parada e coletar. Para água de consumo animal podem ter até 1000 E. Coli ou coliformes termotolerantes a cada 100 ml e para água de consumo humano deve ter ausência de E. Coli e Coliformes termotolerantes. Na avicultura é obrigatório o uso de água clorada, que dificilmente terá uma contaminação tão grande. Quanto menor a quantidade de coliformes, melhor será para o animal.
O tipo do bebedouro também influencia na qualidade da água, pois ele pode estar contaminado e causar uma depreciação desta água. Bebedouros automáticos são melhores que cochos e potes.
Em um local com grande contaminação na alimentação do animal deve-se atentar à destinação dos dejetos, que provavelmente não está sendo feita.
É comum na criação extensiva uma depressão ou irregularidade no solo e na época de chuva enche de água, onde os bovinos vão consumir água. Para diminuir a contaminação pode-se alternar para criar bebedouros para estes bovinos e controlar a qualidade da água.
Carcaças jogadas em açudes podem contaminar a água com Clostridium Botulinum, se o animal possui esta bactéria, na hora que o animal morre começa a ser degradado e estas bactérias vão para o ambiente aquático, quando ocorre uma seca a bactéria vai esporular, depois chove o esporo volta para o estagio vegetativo, liberando a toxina botulínica, quando os outros animais forem beber a água, eles ingerem a toxina, eles se contaminam e morrem. A carcaça deve ter um destino correto e nunca ser jogada no açude.
Cuidados com a água de consumo animal: água de boa procedência, poço protegido, tratamento da água. Deve-se esvaziar o cocho, lavar e encher novamente com água limpa.
Nem toda águaprecisa de tratamento, o ideal é fazer uma analise da água a cada 6 meses para saber se é necessário tratar aquela água ou não. Na época da seca a contaminação tende a diminuir, em épocas de chuvas a contaminação tende a aumentar, as primeiras chuvas infiltram a contaminação no lençol freático, no fim da época de chuva o lençol freático tem bem mais água e acaba diluindo essa contaminação, aí a contaminação é menor.
So é necessário tratar para consumo humano, deve-se ferver por 5 minutos e mexer para misturar o oxigênio; pode ser o filtro de barro desde que possua a vela; ou então usar substancias químicas, como o cloro (mais barato), hipoclorito de sódio (2 gotas em 1 litro).
Pela legislação deve haver até 0,5mg de cloro na água que chega na nossa torneira. Existem protozoário como a Giárdia que forma no seu ciclo cisto ou oocistos que é como um “capa” que impede a entrada de cloro, para eliminar estes protozoários deve-se filtrar a água também. É muito comum ter Giárdia na zona rural, bovinos jovens são os principais portadores deste protozoários e acabam se tornando contaminadores.
Existe o cloro em pó (colocar todos os dias) e a pastilha (dura 30 dias) que podem ser usadas na caixa d’água. A caixa d’água deve estar sempre limpa (limpar a cada 6 meses) para receber a água tratada.
Cálculo: P é a quantidade de produto ou grama que vai na caixa d’água; C é a concentração de cloro desejada, que pode ser 50, 100 ou 200; V é o volume de água; porcentagem de cloro é a concentração de cloro ativo no produto comprado para ser utilizado como desinfetante.
Toda água vai gastar o cloro adicionado nela, isso é chamado de demanda de cloro. Como o cloro é uma substância oxidável tudo que entra em contato ele se oxida e desaparece, então na água turva que tem excesso de matéria orgânica, quando adicionado cloro são consumidos pelo cloro, mas o cloro também desaparece, mas o que interessa é que depois de toda essa demanda de cloro para oxidar substancias indesejáveis ainda reste um pouco de cloro, chamado cloro residual, é quantidade de água que sobra que vai manter ela desinfetada até a água do consumo (0,5 até 2mg de cloro é o cloro residual).
Quanto mais turva a água for, maior será a demanda de cloro desta água.
A medição do cloro é feita para saber se há os 0,5 de cloro na água.
Para tratar uma grande quantidade de água é mais fácil filtrar primeiro para depois clorar. Existe o filtro leto de areia (pedras grossas, britas, pedras finas, areia grossa, areia intermediária, areia fina) quando a água sai dessa filtro ela já sai com a turbidez diminuída, pode-se acumular essa água em caixas d’água para depois clorar.
18/07
Relembrando....
Levamos amostras de água e, ao chegar no laboratório:
*obs: para coletar a água é necessário que se acrescente no frasco TIOSSULFATO DE SÓDIO a 0,1% (para inativar cloro residual – caso contrário, ele poderá seguir atuando).
3 “tubinhos”:
Tubo 100: amostra pura
Tubo 10-1: 1 ml de água em 9 ml de diluente (água peptonada 0,1%)
Tubo 10-2: 1 ml da diluição do tubo 10-1 em 9 ml de diluente (água peptonada a 0,1% )
3 Placas: PESQUISA DE MESÓFILOS AERÓBIOS E ANAERÓBIOS FACULTATIVOS 
1 ml do tubo 100 colocado em uma placa esterilizada. Após, colocado ágar (12 a 15 ml)
1 ml do tubo 10-1 colocado na placa esterilizada, após, colocado ágar.
 1 ml do tubo 10-2 colocado na placa esterilizada, após, colocado ágar.
Posteriormente todas as placas foram homogeneizadas em forma de 8 até solidificar o ágar. Após, inverte-se as placas para que a condensação não interfira na contagem, e vai para estufa. 37ºC/48h.
15 tubos: COLIMETRIA: PESQUISA DE COLOFORMES TOTAIS E E.COLI
5 tubos para cada diluição: 100, 10-1 e 10-2.
Foi passado 1 ml das amostras 100, 10-1 e 10-2 em cada tubo. Depois de homogeneizar os tubos, colocar na estufa a 37ºC/24h.
Pesquisa dos mesófilos aeróbios e anaeróbios facultativos:
No meio de cultura PCA ou “ágar padrão pra contagem”, o que tem na composição? Série de fontes de nutrientes que são responsáveis pelo crescimento microbiano, de toda e qualquer bactéria que consegue crescer a 37ºC (por isso são mesófilos). 
Como faz a contagem das placas? NUNCA SE ABRE A PLACA LONGE DO BICO BUNSEN, POIS QUALQUER ORGANISMO CAPAZ DE CRESCER EM FAIXA DE 37ºC CRESCERÁ. Escolhe-se uma placa que tenha entre 25 à 250 pontinhos (critério padrão pra contagem) e conta-os (menos de 25 não tem significado estatístico e mais de 250 seria muito difícil a contagem). As placas têm crescimentos diferentes entre si (quantidade de pontinhos), pq foram feitas diferentes diluições. Cada pontinho nas placas são COLÔNIAS microbianas que, posteriormente serão contadas e teremos um número “X” de UNIDADES FORMADORAS DE COLÔNIA/ML. 
Exemplo: um grupo achou 168 com diluição 10-2. A técnica diz o seguinte: multiplicar o valor total dos pontos por 102 (ou seja, 168 x 100 = 16.800 unidades formadoras de colônia/ml). Se fosse na diluição 10-1 seria: 168 x 10 = 1680 ufc/ml. 
Obs: o valor de pontinhos achados não chamamos de unidades formadoras de colônia, pois está diluído, só passamos a usar o ufc depois de fazer o cálculo em relação a diluição utilizada (10-2 ou 10-1).
Como saber se a água está apta ou não para o consumo? Para consumo humano, água vindo de um local onde há tratamento de água, é permitida uma água com até 500 ufc/ml. Se a água for de poço, mina ou vertente (sem tratamento): sem limite legal, mas o ideal é que se aproxime o máx possível das 500 ufc/ml. Água de consumo animal: sem parâmetro legal. 
O que um produtor pode fazer para melhorar a ufc/ml, se for muito alta? Clorar, filtrar, limpar reservatório (caixa d’agua). Local de construção do poço: distante de fontes contaminantes, no lugar mais alto do terreno da casa.
Coliformes totais
Também é necessário que se faça a análise para E.coli e coliformes totais. 5 tubos de ensaio com meio de cultura fluorocult (com substâncias biliares – sais e ácidos biliares – para simular ambiente do intestino, favorecendo o crescimento de bactérias gram negativas). Ainda existem 3 substratos diferentes nesse meio de cultura:
 X-Gal (5-Bromo-4-Cloro-3-Indolil beta -D-Galactopyranoside)
IPTG (1-isopropil beta d 1-tio- galactopiranoside) 
 MUG (4 metil 1 beliferil beta d glucuronide)
Inicialmente, o meio de cultura quando inoculamos 1ml da amostra, era amarelinho claro. Após o tempo da estufa, quando formos ler esses resultados precisamos atentar se houve alteração na cor do meio de cultura. Os coliformes totais, quando presente na amostra de água, produzem uma série de enzimas para usar em benefício próprio. Uma dessas enzimas é a GALACTOSIDASE, que atua sobre o X GAL, quebrando esse X GAL, sendo catalisada pelo IPTG, resultando em uma coloração azul-esverdeada. Então, toda vez que tivermos uma amostra de água que sofreu diluições e foi inoculada, havendo a presença de coliformes totais, a cor passará de amarelo clara para azul-esverdeada ou verde-azulada.
Como saber a quantidade de coliformes, quando a amostra estiver verde-azulada? Observa-se quantos tubos dos 15 (5 de cada diluição) modificaram as cores, exemplo: 5-3-0 (5 tubos de uma diluição – pode ser 10 na 0 / 3 tubos da diluição que pode ser 10 na menos 1 / 0 tubos da diluição 10 na menos 2). Após, utiliza-se a TABELA DO NÚMERO MAIS PROVÁVEL e procuramos a combinação 5-3-0. Na tabela está indicado que a combinação 5-3-0 apresenta um resultado de 79 , ou seja, o número mais provável de coliformes totais na amostra é de 79 coliformes totais para cada 100 ml. 
A legislação diz que: água tratada para consumo humano NÃO PODE HAVER presença de coliformes totais. A água não tratada pode haver presença de coliformes totais, desde que não haja presença de E.coli. Para consumo animal não existem parâmetros, apenas não pode haver E.coli. TODA E.COLI É UM COLIFORME, MAS NEM TODO COLIFORME É UMA E.COLI.
Como saber se há presença de E.coli no meio? Toda vez que houver E.coli presente na amostra, ela produzirá uma enzima chamada BETA D GLUCORONIDASE, que quebra o MUG, promovendoa formação da 4 metil 1 beliferona, e o meio fica FLUORESCENTE. Então, a presença de fluorescência num meio de cultura, quando submetido a radiação UV de 360 nanômetro, indica que o meio ESTÁ POSITIVO COM E.COLI.
Então, são DUAS VERIFICAÇÕES NA TABELA. Primeiramente se verifica a alteração na cor dos tubinhos para verificar a presença de coliformes totais (azul-esverdeado ou verde-azulado), a combinação dos tubos é o que procuramos na tabela ( ex: 3-5-1). Depois, faz-se o teste para fluorescência dos tubos e procura-se novamente na tabela, dessa vez queremos a combinação de tubos que estão positivos para fluorescência (ex: 2-3-1). Não necessariamente todas as amostras que alteraram cor e têm presença de coliformes totais terão presença de E.coli, por isso esses números da combinação dos tubinhos pode ser diferente para cada um dos testes.
RESUMINDO:
-> Para consumo humano: ausência de coliformes totais, ausência de E.coli e ATÉ 500 unidades formadoras de colônia/ml de bactérias mesófilas. 
-> Para consumo animal: a legislação não fala sobre bactérias mesófilas e nem coliformes totais, diz apenas que podem ter até 1.000 coliformes termotolerantes ou 1.000 de E.coli em 100 ml de água. 
-> Quando a água é para consumo humano e não é tratada pode haver coliformes totais independentemente da quantidade, desde que não haja E.coli. A lei também não diz nada sobre bactérias mesófilas em água para consumo humano não tratada.
*PRESENÇA DE E.COLI SUGERE QUE HÁ PRESENÇA DE CONTAMINAÇÃO POR FEZES NA ÁGUA, já os coliformes totais são naturais do próprio ambientes e microbiota da água, então haverá essa contagem microbiológica de coliformes totais em água não tratada.
21/07/17
Higienização em ambientes de produção animal
Medidas para prevenir que uma doença ocorra.
 De que maneiras a profilaxia atua colaborando com a saúde animal?
- Evitando a introdução de um agente patogênico (infeccioso) num local onde ele não existe
- Cuidando nas fronteiras para que doenças do exterior não cheguem no Brasil
- Cuidando para evitar que “entrem” doenças na propriedade 
Ex: Se usa medidas profiláticas para evitar que a tuberculose ocorra no rebanho
Medidas profiláticas podem ser usadas tanto a nível internacional, nacional, regional, quanto a nível local dentro das propriedades
Ainda dentro da profilaxia, é objetivo uma vez que ocorreu a introdução (existe o agente naquele local), controlar para evitar o aparecimento de novos casos (disseminação)
Ex: Como se evita a transmissão de mastite? Se faz a higienização, se ordenha as vacas com mastite por ultimo para evitar a contaminação dos tetos das vacas sadias, etc
Com a profilaxia também se pode diminuir a sintomatologia dos animais quando os mesmos entram em contato com o agente infeccioso, através da vacinação 
ETAPAS DA PROFILAXIA
Medidas de prevenção: São todas aquelas que evitam que o agente infeccioso chegue em determinado ambiente
- SANEAMENTO: prevenção no aparecimento de doenças
- QUARENTENA: situação em que se mantem um animal isolado dos demais por um período correspondente ao tempo de incubação de terminada enfermidade 
- IMUNOPROFILAXIA: utilização de vacinas para prevenção de enfermidades
- QUIMIOPROFILAXIA: utilização de antibióticos em rações animal por exemplo, com a finalidade de evitar o aparecimento de determinada enfermidade
- DIAGNOSTICO PRECOCE: identificação dos animais doentes antes de afetar o restante do rebanho e a partir dai evita-se a introdução do agente no local
- VIGILÂNCIA SANITÁRIA: conhecimento das doenças que estão ocorrendo
- EDUCAÇÃO SANITÁRIA: ensino das medidas de prevenção
Medidas de controle: Uma vez que o microrganismo está presente nós temos que lançar mão de medidas para que diminua a chance de transmissão da doença de um animal para outro
- DESINFECÇÃO
- ISOLAMENTO ANIMAL: evita-se a contaminação de outros animais
- INTERDIÇÃO: situação em que órgãos governamentais/de saúde fecham determinada propriedade rural para evitar que a doença se dissemine para as demais 
- NOTIFICAÇÃO: comunicação dos casos de suspeita ou confirmação de determinada enfermidade 
- DESTRUIÇÃO DE CADÁVERES: os cadáveres albergam agentes infecciosos, faz-se a destruição para evitar a proliferação de enfermidades
Medidas de erradicação: Visam acabar com a circulação do microrganismo em determinado local
- DIAGNÓSTICO E SACRIFÍCIO: profissional capacitado pelo ministério da agricultura, ao fazer o teste de diagnostico para brucelose por exemplo, ao detectar um animal que apresente a doença é obrigatório o encaminhamento do animal para fazer o abate sanitário no frigorifico de inspeção federal 
- ELIMINAÇÃO DE VETORES: moscas, mosquitos, carrapatos (tristeza parasitaria bovina), etc
Medidas de controle: DESINFECÇÃO 
Higienização: Processo que compreende duas etapas:
- Limpeza: remoção da matéria orgânica presente nas superfícies, muitas vezes acaba removendo grande parte dos microrganismos também, mas não é essa sua finalidade
- Desinfecção: 
Agentes de limpeza: soluções (ou substâncias) capazes de fazer o processo de limpeza
Água é o principal agente de limpeza de utilizamos 
Devem ter a capacidade de fazer:
- Saponificação: capacidade de solubilizar substâncias normalmente insolúveis, principalmente partículas de gordura. Ex: detergente alcalino (hidróxido de sódio - soda caustica 0,1%)
- Emulsificação: capacidade de evitar que as partículas que foram quebradas pela dispersão se juntem, para facilitar sua remoção pelo agente de limpeza
- Molhagem: são detergentes (quaternários de amônia) que fazem com que a tensão superficial da água diminua (permite que a água entre em contato com toda a superfície do equipamento por exemplo, facilitando a remoção da sujidade)
- Suspensão: evitar que as partículas se depositem na superfície 
- Dispersão: evitar que as partículas que foram emulsificadas voltem a se juntar
Detergentes: 
- Tensoativos: diminuem tensão superficial
- Alcalinos: remoção de gordura
- Ácidos: remoção da “pedra do leite” formação do biofilme bacteriano
- Fosfatos: fazem com que o pH da água seja adequado para o processo de limpeza em si
- Sequestrantes: 
Detergentes: substâncias utilizadas para fazer a remoção de matéria orgânica
Desinfetantes: substâncias utilizadas para fazer a destruição dos microrganismos patogênicos capazes de causar enfermidades e diminuir consideravelmente o número de microrganismos presentes nas superfícies de maneira geral
Meios para se obter a desinfecção (sempre precedida da limpeza):
- Físicos: Calor úmido (autoclave, água em ebulição, pasteurização); calor seco (estufas, fornos, incineração); radiação ultravioleta (sol)
- Químicos: Desinfetantes 
*Esterilização: remoção de todos os microrganismo (patogênicos ou não)
*Substância fungicida: destrói fungos
*Substância viricida: destrói vírus 
*Substância esporocida: destrói esporos
*Substância bactericida: destrói bactérias
*Substância bacteriostática: controla o crescimento de bactérias (não destrói)
*Anti-séptico: remoção de microrganismos patogênicos e diminuição dos demais microrganismos em TECIDOS VIVOS 
*Desinfetante: remoção de microrganismos patogênicos e diminuição dos demais microrganismos em AMBIENTES FÍSICOS 
Características desejáveis de um bom desinfetante:
- Ser germicida
- Ter baixo custo
- Atóxico para o homem e animais
- Estável: se mantém eficaz em temperaturas altas, em baixa umidade do ar, na presença de radiação ultravioleta 
- Solúvel em água
- Não conferir odor ou sabor a alimentos
- Ter poder residual: ação por tempo prolongado 
- Fácil aplicação
- Apresentar poder de penetração
- Apresentar rapidez de ação: agiliza procedimentos 
- Não ser corrosivo
- Biodegradável: não cause danos à natureza
Técnicas de desinfecção
- Pedilúvio: higienização das botas 
- Rodolúvio: higienização das rodas dos veículos
- Imersão: imersão de superfícies ou das mãos em recipiente com solução desinfetante 
- Pulverização: deposição do desinfetante em superfícies em “jatos”- Fumigação: feita basicamente com formol (fumaça)
Fatores limitantes da desinfecção
- Tipo de microrganismos
- Tipo de material
- Dose infectante: se reduz a dose infectante com detergente, então, quanto menos microrganismos mais fácil o desinfetante vai atuar
- Concentração dos desinfetantes: existem substâncias que atuam como detergentes e também como desinfetantes, conforme a concentração utilizada (hidróxido de sódio: 0,1% - detergente; 2% - desinfetante)
- Temperatura: derivados de formol não conseguem atuar em temperaturas muito baixas; cloro volatiliza em temperaturas altas
- Tempo de atuação: pré e pós dipping no mínimo 30 seg
- Inculturação: falta de cultura (conhecimento), não respeitar as concentrações indicadas para cada substância 
Formas de desinfecção
- Desinfecção de prevenção de ocorrência: Limpeza; aplicação do desinfetante
- Desinfecção de prevenção de disseminação: Aplicação do desinfetante; limpeza; nova aplicação do desinfetante
Desinfetantes comumente utilizados na área pecuária 
- Fenóis: atuam nas bactérias alterando a permeabilidade da membrana celular e fazem a precipitação de proteínas 
Fenol: primeiro desinfetante utilizado, serviu de base para outros compostos. 
Hoje em dia não é mais utilizado como desinfetante pois apresenta uma alta toxidez, baixa eficiência (necessita de altas temperaturas), forte odor
Cresol (creolina): derivado do fenol. Apresenta boa atuação contra mycobacterium (tuberculose), 2,5x mais eficaz que o fenol, menos tóxico que o fenol. Utilizado para desinfecção de ambientes, pisos e é considerado desodorizante para matérias em putrefação. 
É menos toxico que o fenol mas ainda assim apresenta alta toxidez, não atua sobre esporos e tem pouca ação viricida, baixo poder residual (inativado na presença de sol), contaminam alimentos, irritam pele e mucosa
Hexaclorofenos (fenóis halogenados): derivado do fenol. Halogênios unidos ao cresol; o fenol é facilmente solúvel em substância alcalina, acetona, etc. Por ter essa característica de ser solúvel em solução alcalina, quando se junta o fenol, com compostos halogenados e hidróxido de sódio se faz sabão, tornando o fenol solúvel em água. O nome comercial desse sabão é FisoHex utilizado para fazer a limpeza pré cirúrgica (em animais é mais utilizado álcool iodado). Inativa o mycobacterium em 30min em solução 3%
- Alcalinos: alteram o pH tornando o meio inviável para sobrevivência das bactérias
São altamente tóxicos, não tem atuação sobre esporos, não são biodegradáveis, baixo custo. São bastante utilizados para desinfecção de ambientes (pisos, paredes, etc)
Soda caustica (hidróxido de sódio – 2%): 20g de soda caustica – 1L de água, a reação para dissolver soda caustica é uma reação isotérmica (libera calor) violenta.
Carbonato de sódio 4%: Juntamente com a água
Cal: Precisa ser hidratado (em pó). Leite de cal (9kg de cal – 2,5L de água) e Água de cal (4 partes de água – 1 cal)
- Aldeídos: 
Formaldeído: Não atua em temperatura ambiente abaixo de 16° e quando a umidade relativa do ar está abaixo de 60%, limitante quando é utilizado para fazer fumigação (fumaça). 15ml formol – 1m3, atuação de 6 a 8h. Processo utilizado em salas cirúrgicas, laboratórios, etc
Glutaraldeído: Muito utilizado para desinfecção de material cirúrgico. É biodegradável e atua sobre esporos, porém é mais caro que os demais desinfetantes.
- Halogenados: 
Iodo:
Iodóforos:
Cloro:
Aula prática dia 25.07 
Halogenados : Halogênios comumente utilizados na área pecuária
Desinfetantes: Não se utiliza em tecidos vivos 
Limpeza: remoção mecânica, física ou química algumas vezes.
Detergentes: Muitas vezes são formulados na propriedade. Alcalino remove gordura, proteína dos locais onde passa o leite
A limpeza sempre precede/antecede a desinfecção ou a antissepsia
Se faz a tricotomia no animal e em seguida passa um antisséptico 
Desinfetantes: Fenois (fenol, creolina: cresol principio ativo, fenol halogenado), alcalinos (soda caustica, carbonato de sódio, cal), aldeídos (formaldeído e o glutaraldeído)
Fenol: “Vaporzinho”, precisa ser aquecido para funcionar. É tóxico para mucosa, pele
Derivado (creolina): A creolina tem 10% de cresol. Lisol (produto comercial) tem 40% de cresol.
Creolina é um desinfetante para buçal, superfícies, pisos, paredes e utilizam também em bicheiras (erroneamente).
Bicheira: Miíase (larva da mosca)
Fenois
Fenol ou ácido carbólico
Ác cresilico/ cresol
Hexaclorofeno: Fenol misturado com substâncias halogenadas: cloro, iodo, cromo
Fenol é pouco solúvel em solução ácida, em solução aquosa dá origem ao sabão comercial fisiohex que é para pele antes da incisão cirúrgica: Antissepsia.
Halogenados em desinfetantes: Clorofina e derivados de Iodo
3 possibilidades de concentração de cloro 
Produtos:
Hiploclorito de sódio: Clorofina/Kboa
Variam de 100%, onde o cloro nessa concentração é muito tóxico; 70% é o cloro da piscina; 25% água sanitária/alvejante/clorofina. A clorofina é muito utilizada em desinfetantes, é barata, fácil aquisição, porém é corrosiva e tem inconvenientes como: irritação de olhos, e sua inalação faz mal.
Cloro é um desinfetante ambiental.
Heloganados são antioxidantes
Cloro é tóxico para animais que possuem escamas como répteis por ex
O cloro é volátil, se aquecer ele evapora.
Outro desinfetante é o Iodo, porém ele mancha e é tóxico quando puro.
Se utiliza Iodo metálico: Forma de iodo que serve para formação de outras coisas.
Álcool iodado antes da vacina serve para Antissepsia
Iodo facilmente solúvel em outras substâncias
Álcool iodado: inicialmente precisa formular uma substância que utiliza 10 g de iodo metálico e 30 g de iodeto de potássio, tritura esses dois produtos e depois acrescenta água destilada 100 ml. Com isso se formula a soluçõo mãe para utilização do álcool iodado.
Para fazer álcool 70% se utiliza álcool 96%, água destilada e o alcoômetro ou alcodensímetro, que é densímetro para água.
Todo densímetro altera de acordo com a temperatura, eles são graduados em uma certa temperatura de 15° a 20°C
Álcool 70% com finalidade de desinfetante e antissepsia, utilizado em bancadas, para passar na mão. Esse álcool tem melhor facilidade de penetração na estrutura celular bacteriana, o álcool remove a gordura da parede celular e consequentemente levando a morte celular: Plasmólise.
Se estivesse sendo feito álcool iodado
Álcool 96% e 1 a 7 % do volume total da solução mãe 
Então se acerta com o alcoômetro.
Álcool 40% serve para limpeza, remoção de gordura SEM fazer desinfecção.
Carregadores de iodo: iodóforos. São substâncias que junta o iodo. Iodo metálico e iodeto de potássio junto com ácido fosfórico e estabilizante.
Soluções a base de iodo não servem para desinfetar locais que tenham pH alcalino.
Biocida carreador de iodo/iodóforo cujo principio ativo é o iodo utilizado com as mais variáveis finalidades. É utilizado na vet para limpeza das mãos antes de uma cirurgia.
Aldeídos: cloro/ iodo
Derivados do Fenol
Pré cirúrgico: álcool iodado
PVPI: mais denso, mais grosso, utilizado pós sutura 
Clorexidine: Antisséptico no pré e no pós-dipping tbm é desinfetante. Pouco tóxico. É um produto caro, por isso não se usa para fazer desinfecção, só como antisséptico.
Aldeídos: Formaldeídos, formulação comercial de 37 a 42 % chamado de formol, marca comercial Formalina
Conservante, formol quando aquecido volatiliza e vira fumaça.
Formaldeído como desinfetante de ambiente de 4 a 10%, é tbm utilizado no tratamento de foot-rot em ovelhas e em doenças podais em bovinos.
Se utiliza em ambientes: 
m³ se calcula ex: 10x5x3 = 150 m³ se utiliza 15 ml de formol por m³
100m³ x 15ml= 1500mililitros ou 1,5 litros
Se veda todo ambiente e deixa fechado de 6 a 8 horas para desinfecção.
Se utiliza álcool 96% como fonte para queimar
Derivados do formaldeído: Glutaraldeído que é menos tóxico, biodegradável utilizado para fazer desinfecção por imersão. 
28/07
 “Aspectos de interesse na produção higiênica de leite.”RIISPOA – Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Origem Animal. Foi o primeiro normativo que tentou fazer uma série de limitações para produtos de origem animal (leite, carnes, ovos). Esse conjunto de leis foi criado em 1952, sendo uma contemplação de normas para regulamentar. Estabelecia critérios como gordura, acidez, bacilos totais…
O que é a Instrução Normativa 51? Estabelece índices para a produção de leite, assim como o RIISPOA, mas trouxe uma adequação com relação ao número de células somáticas, sendo essa a grande diferença em relação ao que determinava o RIISPOA. Diziam que após a Instrução Normativa 51 que nenhum produtor conseguiria produzir leite de qualidade, e não foi bem isso que se observou. Na verdade se observou que se consegue produzir leite observando os critérios de higiene.
	A Instrução Normativa 62 estabeleceu algumas datas para gente trabalhar, cuja data final era 2016.
	Quando se tinha o RIISPOA em 1952 como as informações eram passadas de uma pessoa para outra? Era tudo por rádio antigamente. Hoje em dia já é diferente, temos a notícia na hora pela internet. Mas hoje já sabemos por exemplo que o lote de leite tal, tem problema! Todas essas modernidades, fizeram com que tivéssemos que nos adequar à qualidade do leite.
	É verdade que nos tivemos uma série de notícias e uma série de jornais e de manchetes que traziam informações sobre alterações e qualidade do leite. É responsabilidade nossa justamente saber todas as etapas, alterações e fraudes que podem existir no leite.
	Leite sem outra especificação é o produto que obtemos de uma ordenha completa e ininterrupta. O que é uma ordenha completa e ininterrupta? Por causa da ocitocina. Se não for de forma completa vamos deixar leite dentro do animal, se não for interrupta não vamos aproveitar a ocitocina, consequentemente probabilidades de se ter infecções nas glândulas mamárias.
	Vacas sadias, bem alimentadas e descansadas é primordial, além de tudo isso o leite deve ser obtido em condições de higiene. Pensando nessa definição de que o leite deve ser obtido em condições de higiene, com vacas sadias, descansadas e bem alimentadas, com ordenha ininterrupta, quanto o Brasil produz de leite? Muito pouco se enquadra nessa definição, mas nós temos a responsabilidade de garantir que isso seja mantido e assegurar a produção de qualidade do leite.
	Nós vivemos no dia a dia uma série de modificações na cadeia produtiva do leite que acabam influenciando o leite também. Primeira coisa, o preço do leite: escutamos sempre a mesma história de que o preço do leite para o produtor é muito baixo, que ele não está conseguindo pagar as contas, que terá que sair da sua produção… Então pessoal, o preço do leite é estabelecido por uma série de fatores. Outra questão que vive se brigando é a questão de subsídios, que é o que precisa se comprar para produzir. Em alguns locais do mundo, o governo ajuda o produtor com o valor. Nos EUA eles tem mais ou menos o subsídio de U$ 1 dólar por vaca ordenhada e aí surgiu um problema no mercado internacional, países como o nosso onde o produtor não tem subsídio, consequentemente o produtor não tem apoio para produzir, seu custo será mais elevado para produzir. Dessa forma, muitas vezes é complicado conseguirmos competir no mercado internacional com a produção de leite, porque os nossos custos de produção não são cobertos, não tem uma fonte do governo que subsidie o financiamento para conseguir baixar nosso preço de leite. Por isso que muitas vezes entra leite em nosso país vindo de países como Austrália e EUA com preço mais competitivo.
	Outra coisa que devemos levar em conta quando pensamos em qualidade é a segurança alimentar de pessoas. Qual é a segurança alimentar do ponto de vista higiênico, não do ponto de vista nutricional? nossa preocupação sempre será qualidade de segurança alimentar do ponto de vista microbiológico, particularmente bactérias patogênicas capazes de atravessar os cuidados que nós temos na produção de leite e chegar na mesa do consumidor.
	Uma das coisas que influencia bastante a produção leiteira é a mastite. Mastite é a inflamação da mama, sendo a doença mais cara do rebanho leiteiro. Perdas econômicas com a mastite são duas vezes mais elevada do que aquelas causadas pela infertilidade.
Por que a mastite é tão cara? Pelo seguinte aspecto: quando nós temos animais com mastite o principal reflexo vem a ser a redução na produção de leite. Por que ele diminui a produção? O animal está com uma inflamação e teremos uma substituição de tecido secretor por tecido fibroso. Tudo isso leva a perda de produção!
* 14% é da fatia de descarte do animal. O que é “descarte”? Animal que já tem repetidos casos de mastite subclínica.
* Vaca morre por mastite? Sim, pode levar a um quadro de septicemia e existem bactérias gram-negativas que produzem endotoxinas, podendo levar a um choque séptico.
* Poderemos ter também perda por leite descartado, perdas por tratamento. Alguns autores dizem que os gastos com veterinário e tratamento correspondem a 8% das despesas de mastite.
* Mastite ainda é uma enfermidade que apresenta risco à saúde pública. Por que tem essa relação com saúde pública? Pois o leite pode estar contaminado por células somáticas, bactérias. Mas a pasteurização não tem efeito aqui? Se o leite for pasteurizado acabou o problema? A grande finalidade da pasteurização é fazer destruição de bactérias como a micobactéria (tuberculose – mycobacterium) e brucella (brucelose). Só que existem alguns microrganismos capazes de produzir toxinas, e as toxinas muitas vezes são resistentes ao processo de pasteurização, dessa forma podemos ter alguns problemas na nossa vida.
	Então, mastite já comentamos que provém de mama e inflamação, resultando em inflamação da glândula mamária. Lembrando que mamite é a mesma coisa.
	Quem causa a Mastite? Em geral staphylococcus e streptococcus. A mastite pode ser causada por qualquer microrganismo, como a própria Brucella, Leptospira… Não é usual, mas pode acontecer!
	Lembrado que mastite além de ser causada por microrganismos, também pode ser causada por fatores físicos. Nem todo processo inflamatório e infeccioso! Alguns livros dizem “a neve é um dos fatores que leva à mastite física”.
	Como no Brasil podemos ter mastite casos de mastite física? Retirada da teteira de forma abrupta, utilização de água gelada para fazer a lavagem… Esses fatores podem ocasionar mastite do tipo física, causando também um processo inflamatório.
	E a mastite causada por fator químico? Existe desinfetantes e antissépticos, o hidróxido de sódio é um bom desinfetante na concentração de 2%, aí fazemos um pré-dipping ou pós-dipping e causamos uma mastite de origem química. Ninguém vai fazer uma solução com soda cáustica, eu fui agressivo, mas nada impede que façamos uma dissolução inadequada de hipoclorito de sódio. Dessa forma, mastite de forma geral pode ter essas três causas, mas principalmente a microbiológica.
	A mastite pode ser classificada em mastite clínica: dor, calor, rubor e tumor (sinais cardeais da inflamação); mastite subclínica: o animal diminuiu a produção e não conseguimos observar os sinais.
	Muitas vezes se chega na propriedade rural e o produtor diz que não há casos de mastite, mas indo a fundo, geralmente se chega ao diagnóstico de mastite subclínica.
	Qual a outra forma de se classificar mastite? Ela pode ser contagiosa ou ambiental. Como o ambiente é capaz de fornecer microrganismos para doença mastite? Leite sujo, com fezes. A forma contagiosa passa de um animal para outro através da ordenha, sem higienizar as teteiras, por exemplo.
	Como explicar para o produtor rural que aquele animal que ele me disse que não tinha mastite, tem mastite e que é causada por um microrganismo? Então nossos problemas começam aí, explicando que pode ser causado por um germe, uma bactéria...
	Tradicionalmente os grupos de bactérias são classificados em psicrófilos, mesófilos, termófilos, entre outros. O que são microrganismos mesófilos? São aqueles capazes dese multiplicarem em temperatura ambiente, do corpo humano. A maior parte de bactérias patogênicas estão na faixa de mesófilos. O que são microrganismos termófilos? Sobrevivem e se multiplicam em altas temperaturas. Os psicrófilos sobrevivem e se multiplicam em temperaturas baixas. Todo microrganismo possui uma temperatura ótima de multiplicação, com uma temperatura em que sua multiplicação estará inibida e uma temperatura que é letal para esse microrganismo. Toda vez que nós temos um descuido com nossos produtos ambientais, em curto período de tempo, nós teremos a multiplicação rápida dos microrganismos.
	Ainda surgiram as bactérias psicrotróficas, que são micro-organismos que se multiplicam otimamente na faixa dos mesófilos, mas em situações adversas consegue se multiplicar no frio.
 	[Em uma pesquisa do professor, ele identificou uma bactéria esporulada e psicrotrófica chamada Bacillus Cereus. Essa bactéria não é muito adaptada ao leite, sendo mais adaptada em grãos, farinhas e etc. O leite utilizado na pesquisa foi um leite desnatado. Se observou nessa pesquisa que 3% das amostras apresentaram mesófilos aeróbios facultativos, acima do permitido. Comprava-se leite de caixinha e abria-se no laboratório para fazer análise. Na cidade onde eu estava era muito quente, com temperaturas variando entre 35ºC. Além disso, 13% das amostras apresentavam bactérias com características do Bacillus Cereus. Bacillus Cereus não é uma bactéria que nasce do nada, é uma bactéria que está no ambiente. O Bacillus Cereus sobreviveu ao processo de pasteurização e conseguiu se multiplicar dentro da caixinha do leite UHT (termodúricos e esporuludas). Então isso prova pra nós que as questões ambientais são fundamentais para que nos consigamos ter um produto de qualidade. Então a mastite, mais cedo ou mais tarde acaba chegando no leite, ou na forma de micro-organismo ou na forma de toxina.]
	Então a mastite é causada principalmente por Staphylococcus ou pelos microrganismos coliformes. O que são coliformes? São aqueles microrganismos das fezes, geralmente gram negativas. 
 	*Importante: O Bacillus Cereus não causa mastite, mas ele atua de forma emética e diarreica: produz toxina emética na fase de crescimento exponencial, produz toxina diarreica na fase de declínio.
	Então, um dos grandes problemas causadores de mastite é o Staphylococcus Agalactis.
	Staphylococcus Aureus e o Staphylococcus Coagulase Positiva são microrganismos que tem índices bastante preocupantes hoje pela característica de produzirem uma toxina que não é destruída pela pasteurização, nem fervura. O Staphylococcus Aureus é bem manipulado, estamos cheios dessa bactéria nas mãos, na pele, por exemplo, então é uma bactéria facilmente disseminada.
	O Mycobacterium se admitia ter na glândula mamária porque ele competia com o Staphylococcus Aureus, e hoje a gente já sabe que não é bem assim, porque ele também é um grande causador de mastite.
	*A frequência de mastite por micoplasma é pequena, mas porque eu coloquei o micoplasma aqui no slide? Pessoal, eu tenho lá no meu sítio 12 vacas em lactação e estão com mastite, o que eu faço? Vamos comprar um antibiótico, mas o problema é que essas bactérias criam resistência, ou por exemplo como no caso do Mycobacterium que não tem parede celular, o antibiótico nem funcionará, dessa forma contaminarei o leite com antibióticos e terei que descartá-lo, sem resolver o problema.
	Durante muito tempo se escutou falar em mastite ambiental e alguns cientistas/autores fizeram algumas classificações. Nós temos microrganismos ambientais e contagiosos (staphylococcus agalactis). Só que nesse meio do caminho nós temos uma série de microrganismos que embora sejam contagiosos são ambientais e uma série de microrganismos que embora sejam ambientais, são contagiosos.
	Staphylococcus Aures é contagioso, mas pode ser também ambiental.
	Staphtlococcus Uberis é ambiental, mas pode se transformar em contagioso.
	Pensando em mastite ambiental, pensando em aspectos positivos, quando eu for contratado por um produtor rural que está pensando em produzir leite, vamos utilizar equipamentos que nos favoreçam a vida e diminuam a contaminação. De preferência devo ter material de metal galvonizado, estruturas de concreto, piso impermeável, telhado... Tudo isso seria perfeito, mas muitas vezes vamos encontrar produtores de leite que não tem condições de fazer tudo isso. Resumindo, tenho que facilitar o processo de limpeza das estruturas onde a ordenha é feita. É muito mais fácil fazer limpeza com jatos de água, levando a sujeira para canaletas que levam para uma esterqueira líquida.
	[Em Dom Pedrito se estabeleceu alguns aspectos com uma cadeia de produção animal. Era um projeto de produção de leite do qual eu fazia parte e o outro que era produção de carne bovina. Saímos viajar pela fronteira e em Santa Fé encontramos uma propriedade com piso impermeável, estrutura metálica, paletes para evitar o contato de materiais, facilidade na remoção de fezes... Então, vocês terão que usar dos conhecimentos básicos para adequar o local de produção. Por exemplo, essa ração que está no chão (imagem do slide) é um alimento perfeito para roedores e vetores. São coisas que agente consegue mudar, não vamos conseguir chegar em uma estrutura como a da Embrapa, mas vamos adequando conforme às condições.]
	[(Slide com imagem da propridade da Unesp de Botucatu) – Essa propriedade é acompanhada pela universidade de Botucatu, e aí se diz o seguinte: se o produtor produzir um leite e se adequou em CBT e quantidade de células somáticas e CBT é exigido que tenha uma série de preparações no local da ordenha, será que não tem como produzir leite de qualidade num local assim? Qual é a contaminação que se tem no leite? Baixa, média, alta, quanto? Então, é uma estrutura de piso de chão batido, vinham dois animais por vez nesse piso, com estrutura bem rústica. Então um animal ordenhava de cada vez. Se acontecia de um animal defecar ou urinar durante a ordenha, se raspava o piso e se colocava cal virgem onde aconteceu o fato. Ao final de cada ordenha se colocava hipoclorito (água sanitária) no chão. Se conseguiu produzir leite nesse local com 10.000 UFC/ml. Isso é muito ou pouco? A instrução normativa 62 fala que é 100.000 UFC/ml. Em condições ambientais higienicamente notadas, consegue se produzir um leite com baixa contagem bacteriana;
	Então o que eu quero dizer é que não são as condições econômicas do produtor que vão definir se ele produzirá um leite de qualidade ou não. Nós podemos ter uma estrutura como a da Embrapa, mas não adianta se não soubermos manejar. O que leva a uma produção de leite de qualidade não é uma estrutura avançada e sim condições higiênicas no local de produção.]
	“A ordenha em si”
	Quais os cuidados básicos que devemos ter na ordenha em si, rotineiramente? Deve-se fazer o pré-dipping, pós-dipping, tirar o leite, refrigerar.
	Antes do pré-dipping devemos fazer o teste da caneca de fundo preto, semanalmente. Usamos o segundo e o terceiro jato, porque o primeiro é para tirar o que estava mais sujo na camada superficial. Esse teste serve para identificar se há mastite clínica. O pré-dipping é feito para higienizar o teto e remover CBT. O que importa nesse teste é que temos o contraste do leite branco com o fundo preto, podendo observar alterações no leite.
	Quando a gente faz o teste da caneca de fundo preto e colhe os primeiros jatos, o que começa nesse momento? Inicia a liberação da ocitocina. Alguns fatores que interferem na liberação de ocitocina, como: o cheiro do local de ordenha, o barulho do equipamento, o tratador por perto, são fatores que influenciam na liberação de ocitocina, Ao contrário, quando há pessoas estranhas, cachorros, por exemplo, ocorrerá a liberação de adrenalina que é vasoconstritora e concorre com o sítio de ligação da ocitocina e consequentemente não teremos uma liberação total do leite.
	Alterações que podem acontecer em caso de mastite clínica: presença de coágulos, passagem grande quantidade de sangue,presença de pus no leite.
	IMPORTANTE: Como a gente faz para identificar a mastite subclínica no leite? Na clínica usamos o teste da caneca de fundo preto, mas na subclínica usamos o CMT (Califórnia mastite teste) ou o teste da raquete, que consegue detectar mastite logo no começo, ou seja, em seu estado subclínico. Para realização do teste é necessário uma raquete contendo quatro cavidades e o reagente CMT. Logo após o teste da caneca de fundo preto, onde se utilizam os primeiros jatos de cada teto, faz-se o CMT. De acordo com a quantidade de células somáticas do leite CCS, forma-se um gel, de espessura variável. Células somáticas são células da própria escamação. Em animal sadio vão ter células somáticas 90% são células de escamação e 10% são células são polimorfonucleares (macrófagos, neutrófilos). Quando se tem um processo infeccioso, 90% serão células de defesa e 10% vão ser as células de escamação, por isso aumentam as células somáticas.
	O teste de CMT não conta, mas ele estima quantidade de células somáticas presentes no leite no animal. Como a gente faz o teste de CMT? Precisamos da raquete (recipiente), vaca, leite e o reagente que vamos usar. Coleta-se 2 ml de leite de cada teto e vamos inclinar a raquete observando a marquinha, sendo que o que ficou em excesso escorrerá para fora. Após isso, vamos colocar o reagente. O que esse reagente faz? Esse reagente nada mais é que um indicador de pH, se usava muito o ODD, detergente. Qual a função do detergente nesse reagente? Ele rompe a parede celular das células de defesa (neutrófilos, macrófagos, linfócitos). Então ele rompe a parede da célula e libera o DNA. Quando o DNA chega no seu PI (ponto isoelétrico), o pH onde aquela estrutura/proteína coagula. Então, o reagente libera o DNA, o DNA ou proteína, essa proteína quando alcança seu ponto isoelétrico precipita. Então, quanto maior o número de células de defesa maior vai ser a formação de grumos, maior o ponto que pode geleificar mesmo o nosso reagente. Essa variação de formação de grumos até geleificar, solidificar, ficar mais espesso, significa maior quantidade de células de defesa. Isso varia de negativo, uma cruz, duas cruzes. O princípio do reagente é esse: romper células de defesa e depois liberar o DNA que precipitará ocorrendo alterações no teste de CMT. Importante salientar que deve homogeneizar o leite na raquete fazendo movimentos circulares; o líquido que demorar mais para escorrer significa que possui maior número de células de defesa, ou seja, estará mais espesso e terá maior número de células somáticas. O ideal é que sempre a mesma pessoa faça o teste de CMT porque o que pode ser uma cruz ou duas cruzes (teste positivo), pode ser muito subjetivo.
	Quando fica bastante coagulado, indicando até uma mastite clínica, mas geralmente o da mastite clínica se faz pela caneca de fundo preto.
	Quanto maior o número de células somáticas, maior vai ser a geleificação.	
	Após fazer os testes, temos que fazer a higienização do teto. Nós falamos para fazer os testes antes, porque fazendo o teste antes qualquer respingo de leite que por ventura aconteça, vai ser removido junto com micro-organismos no pré-dipping. É indicado manter o pelo ao redor do teto cortado, isso são orientações para evitar uso de água durante a ordenha. Se tiver que utilizar água durante a ordenha, deve-se utilizar apenas para os tetos. Se faz a imersão do teto em solução antisséptica.
	O que se utiliza para fazer pré-dipping? Solução a base de iodo com concentração de 0,5%, solução de 0,5% de clorexidina, solução com concentração de 2% hipocloreto de sódio. Modernamente vamos encontrar esses nomes com nomes comerciais. Existe um chamado Dermopre, tipo uma espuma que se coloca no teto que é a base de ácido lático. Deve-se utilizar esses produtos até mais ou menos 30 segundos.
	Qual é a finalidade do pré-dipping? A finalidade é diminuir a contaminação do teto, evitando que sujidades passem para o leite, elevando a sua CBT (contagem bacteriana total).
Se ao invés de fazer o pré-dipping se utilizasse água, as gotinhas desceriam para teteira?
	Depois de fazer o pré-dipping devemos fazer a secagem do teto com papel toalha, evitando o uso de toalhas para não ocorrer contaminação. Por que secamos? Para não ficar resíduos no leite, nem entrar líquido na teteira.
	O antisséptico deve ficar no mínimo 30 segundos, pois é o tempo de ação da substância.
	Feito o pré-dipping, secado os tetos, vamos colocar as teteiras com vácuo fechado até debaixo do animal. Esse momento deve ser observado, porque se cair a teteira contaminará o insuflador e contaminará o leite. O sistema a vácuo no caso de entrada de ar, cria um mecanismo de gradiente de pressão regressa (GTR), fazendo com que o leite que estava indo retorne, então daqui a pouco nós estamos fazendo em um teto que tinha mastite por Staphylococcus, ele foi lá e voltou e passará para outro teto. Para evitar que caia a teteira deve-se secar bem o teto e a teteira.
	Desde que começamos a manipular o teto até a teteira, deve-se passar o menor tempo possível, respeitando o tempo dos desinfetantes.
	As teteiras são retiradas quando caem por perda de vácuo, não podemos puxá-las, pois poderá levar a um quadro de mastite física.
	Uma ordenha manual bem-feita, às vezes e melhor que uma mecânica mal feita, pois se for mal higienizada, sem uso de hipoclorito, não trocor as borrachas das teteiras, com certeza isso vai refletir na qualidade do leite. Nessas condições seria melhor ter uma ordenha manual bem feita, do que uma mecânica mal feita.
	E depois que eu fiz a ordenha e tirei a teteira, farei o pós-dipping para selar o teto. Usarei substâncias antissépticas como o iodo, clorexidina, hipocloreto disseminadas, fazendo com que isso forme uma substância viscosa. Existem hoje substâncias que são selantes de fato, que são substâncias bem viscosas, selando bem e evitando a entrada de microrganismos.
 	Após tais processos, devemos fazer a higienização do material de ordenha. Faremos a limpeza, retirando matéria orgânica, utilizando substâncias detergentes alcalinas. Se fosse um sistema canalizado de ordenha, nós passaríamos água clorada, eliminando açúcar, proteínas, vitaminas lipossolúveis. Nós precisamos utilizar produtos que são os detergentes, para remover matéria orgânica e matéria inorgânica. E existe um detergente que é capaz de fazer saponificação, emulsificação e solubilização, chamado detergente alcalino. Se for sistema canalizado se passa água e passa o detergente alcalino. Esse detergente alcalino usa temperatura de 70° até 75°C. Tempo, temperatura e turbilhonamento são os três T que nos indicam se o processo está sendo bem conduzido. Se for um campo de expansão vou ter que pegar uma vassoura só para isso e fazer limpeza da minha expansão. Se for estrutura de canalização, deve-se deixar correr toda a substância. Ressalto que toda limpeza de material de ordenha deve ser feita com detergente alcalino.
Após a remoção de substâncias, depois dos 30 segundos, vamos abrir o sistema e deixar sair a solução e fazer o processo de desinfecção.
	O que é a desinfecção? Remove os microrganismos, passando água clorada, deixando secar, até a próxima ordenha.
	Uma vez por semana em alguns locais onde a água é dura (possui sais de cátion que são insolúveis em água e reagem com os ânions dos sabões), é interessante fazer a utilização de produtos que removam a matéria inorgânica. Essa matéria inorgânica, ela se junta com os metais da água e acaba formando a chamada “pedra do leite”. Para remoção de “pedra do leite” deve-se utilizar detergente ácido 0-1% em uma temperatura elevada de 70°C/5 min e entra com hipocloreto, fazendo esse procedimento uma vez por semana.
Detergente alcalino deve-se utilizar toda ordenha, para “pedra do leite” se faz com detergente ácido. 
Aula 01/08/2017
PRODUTOS QUIMICOS E SUAS RELAÇÕES COM A SAÚDE:
Vamos falar tanto de produtos químicos que são utilizados na área urbana como no meio rural:
- Exemplos de produtos químicos: agrotóxicos, sulfato de cobre

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