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Semiologia - Sistema urinário

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SEMIOLOGIA 11/07
SISTEMA URINÁRIO
Função do sistema urinário: Regulação dos níveis de minerais do organismo, mantém todo equilíbrio sanguíneo através da retenção e excreção de substâncias. Um dos principais sistemas que precisam estar funcionando adequadamente para que o organismo consiga manter sua homeostase, apesar de ser um sistema “curto” (poucos órgão para serem avaliados) tem uma importância muito grande. 
Dentro dos acometimentos eles tem uma maior ou menor gravidade principalmente com se tem acometimento do ducto ou dos dois rins. Normalmente quando se tem acometimento de apenas um dos rins o organismo consegue compensar e manter o seu equilíbrio através do funcionamento do outro órgão, porém, quando os dois rins estão acometidos de uma forma mais grave, ocorrem desequilíbrios da homeostase.
Órgãos que compõem o sistema urinário:
- Rins
- Ureter: fazem o direcionamento da urina para a bexiga
- Bexiga: faz o armazenamento da urina
- Uretra: eliminação da urina 
*Todos esses órgãos precisam ter funcionamento adequado para que se tenha excreção das substâncias
*Qualquer processo obstrutivo que tenha em um desses órgãos tubulares, vai se ter retenção de urina e não vai ter excreção de substâncias, elas vão acabar sendo reabsorvidas para corrente sanguínea cansando desequilíbrios.
O rim ele tem um formato bastante variável entre as espécies, mas a composição básica do órgão é igual para todos: região medular, região cortical, pelve renal onde vão estar os vasos sanguíneos. Na pelve vai ser depositada urina que vai ser excretada pelo ureter. 
Capsula renal: Limita a expansão do órgão. Em processos inflamatórios onde se tem edema do órgão, esse edema faz com que a capsula fique esticada ao máximo e isso causa dor extrema, por isso que as alterações renais são extremamente dolorosas.
Tamanho do órgão: Variável de acordo com a espécie, sendo que para pequenos animais o tamanho do rim vai ser estabelecido em relação ao tamanho da segunda vertebra lombar (L2). 
Posição do órgão: Semelhante em todas as espécies. Porém no gato, os ligamentos que fazem a sustentação dos rins são mais frouxos então o rim do gato é palpável mesmo em animais sadios, o órgão fica pendular dentro da cavidade abdominal. Nas outras espécies ele fica mais fixado no dorso da cavidade abdominal, embaixo dos processos transversos das vertebras lombares e não é possível fazer a palpação externa, somente quando existir alteração e ele estiver aumentado de volume. 
Formato do órgão: pequenos animais (formato de feijão), equino (formato de coração), bovino (lobulado) 
Proximidade com o sistema reprodutivo, então qualquer alteração que se tenha no trato reprodutivo com acumulo de conteúdo inflamatório (presença de bactérias), isso pode acabar de forma ascendente contaminando uretra e bexiga. Mais comum em fêmeas (possuem a uretra bastante curta) e não é muito comum nos machos (possuem a uretra extremamente comprida, o que dificulta a entrada ascendente de bactérias). Por isso que a cistite é muito mais comum em fêmeas do que em machos.
Identificação do animal:
Idade do animal: Animais jovens mais comum alterações congênitas (alterações que surgem durante o desenvolvimento fetal, malformações de órgãos, etc); animais idosos mais comum alterações degenerativas
Animais de produção que tenham um desenvolvimento (crescimento) muito rápido, principalmente animais de porte que possuem massa muscular muito ampla, os animais castrados tem mais predisposição a ocorrência de urolitíase (obstrução do trato urinário por urólitos: cálculos, são estruturas solidas que se depositam no trato urinário obstruindo o órgão). Esses animais que tem desenvolvimento muito rápido e são castrados, possuem menor diâmetro do trato urinário. Quando castra o animal (principalmente nos machos), existe diminuição da testosterona que é quem dá o calibre, faz o desenvolvimento de troto trato genitourinário. 
Incontinência urinaria: Relacionada com a idade do animal. Em animais jovens está bastante relacionada ao ureter ectópico (órgão fora da sua posição anatômica fisiológica), o ureter estando em posição inadequada não permite que se tenha uma deposição de urina dentro da bexiga, então vai estar sempre extravasando urina e o animal não tem controle sob o ato de micção. Em animais adultos a incontinência está bastante relacionada com a castração, ocorre déficit hormonal, com a diminuição dos níveis de hormônios em função da castração, ocorre diminuição da contratilidade dos órgãos do trato genitourinário. 
Avaliação do rim: Nos animais de grande porte o rim é avaliado por palpação retal, a palpação abdominal só é possível quando existe alteração e o órgão está muito aumentado de tamanho ou então apenas para detectar se o animal está sentindo dor naquela região. Através da palpação retal, se coloca o braço até a porção mais anterior da cavidade abdominal e próximo aos processos transversos (no alto da cavidade abdominal) se consegue palpar o rim. Os rins não estão localizados em paralelo, o rim direito é um pouco mais anterior (cranial) e o rim esquerdo é um pouco mais caudal em relação ao direito. Normalmente o rim que se consegue palpar é o esquerdo (quem tem o braço comprido consegue palpar também a ponta do rim esquerdo), mas é difícil conseguir palpar os dois rins inteiros num animal adulto. 
Como o rim tem a limitante da capsula que não permite que ele expanda muito e o órgão é muito sensível, normalmente se o animal estiver com dor, só de colocar a mão perto da região do rim o animal já vai demonstrar dor extrema. 
Determina-se: 
Tamanho do órgão
Posição
Sensibilidade 
Consistência (a consistência normal é tensoelástica, é flexível mas não é mole)
- Processos degenerativos: órgão se torna mais mole
- Processos inflamatórios: órgão se torna mais duro (fibroso)
Nos animais de pequeno porte a avaliação é por palpação abdominal. Coloca-se as mãos pelas laterais do abdômen e procura-se a localização do órgão. No cão só é localizado se estiver aumentado de volume e no gato é possível a localização mesmo em animal saudável.
Ureteres: Canalículos que vão fazer pressionamento da urina conduzindo dos rins até a bexiga. 
Por serem canalículos é difícil de localizar por palpação retal em grandes animais pois são muito fininhos, então, a não ser que se tenha aumento de volume do órgão (processo obstrutivo que impeça a passagem de urina e se acumule no ureter) não é possível palpar em grandes animais. O método que se tem para avaliar o órgão é por raio-x contrastado (injeta-se o contraste no animal e quando o contraste passar pelo trato urinário é possível detectar no raio-x se o órgão está no seu tamanho/posição normal ou não). Porém em animais adultos de grande porte, se tem problemas em fazer o raio-x abdominal, pois não se consegue uma imagem boa/clara o bastante para se detectar alteração. Para neonatos de animais de grande porte e animais de pequeno porte a avaliação por raio-x funcionada de maneira eficiente.
Bexiga: Facilmente avaliada. Em pequenos animais por palpação abdominal e em grande animais por palpação retal (não consegue-se avaliar por palpação abdominal pois a bexiga está localizada no alto da pelve).
Nos pequenos animais coloca-se o animal em decúbito dorsal e é possível fazer a avaliação e percussão da bexiga (detectar presença de liquido).
Determina-se:
Tamanho do órgão:
Presença de conteúdo: vazio (parede rugosa e localizada na cavidade pélvica), repleto de urina (parede lisa e deslocado para cavidade abdominal)
*Baloteamento da bexiga: Quando repleta de urina, a bexiga fica semelhante ao um balão, então consegue-se fazer com o órgão se movimente fazendo um pouco de pressão sobre ele, isso além de detectar presença de liquido, permite também detectar presença de urólitos que se movimentam junto com a urina
Sensibilidade: Se o animal possui processo inflamatório é possível detectar
Espessura da parede: Em processos inflamatórios também vai ocorrer um aumento no espessamento da parede do órgão
Uretra:No macho existe a parte da uretra peniana que é possível palpar externamente. A forma mais fidedigna de se detectar se há processo obstrutivo é através da sondagem uretral
*Apêndice vermiforme carneiro: muito comum deposição de urólitos nessa região. É comum encontrar carneiros sem o apêndice vermiforme porque já tiveram alguma crise de urolitíase (função reprodutiva prejudicada pois não vai espalhar corretamente o sêmen na entrada da cervix da fêmea) 
*S peniano no bovino, caprino e carneiro: fator predisponente para urolitíase nessas espécies
Relação trato genital x trato urinário
 Vaca com retenção de placenta: Os envoltórios fetais precisam ser eliminados num período de até 12h após o parto, passando disso é caracterizado como retenção de placenta, essa placenta vai se tornar um meio de cultivo para bactérias e como vai estar exposta fazendo um caminho entre o útero e o meio externo, vai permitir que bactérias entrem de forma ascendente pela uretra, bexiga e acabe levando a um quadro de cistite. 
Prolapso de vagina e prolapso de útero: Mucosa lisa vai ser vagina e quando é útero diferencia-se presença dos cotilédones (bovino). A mucosa vaginal estando invertida faz pressão sobre a uretra e o animal não consegue urinar
Se observa a integridade da mucosa para saber se é possível reverter o processo de prolapso ou se vai ser necessária retirada do órgão.
TVT (tumor venéreo transmissível): Aumento de volume na região de vulva e vagina, muitas vezes acaba fazendo obstrução da entrada da uretra e levando a alterações no trato urinário secundários a isso
Balanopostite: Inflamação do prepúcio e pênis, normalmente durante o processo reprodutivo no momento das montas o animal acaba se machucando ou animais que possuem um prepúcio muito longo (principalmente raças zebuínas) quando são mantidos em ambientes com pasto muito sujos (com muito gravata por exemplo) acabam machucando a região do prepúcio formando lesão e causando a balanopostite. Processo inflamatório vai fazer com que o edema “feche” o prepúcio e assim o animal não vai conseguir urinar.
Avaliação da produção de urina 
A produção de urina é difícil de ser avaliada, não existe uma forma exata para determinar. A não ser que o animal esteja sondado e seja coletada toda a urina que ele produz. Então, é preciso ter uma noção da produção fisiológica para cada espécie. 
Bovino: produz normalmente de 6-12L, mas pode produzir até 25L. Por exemplo, uma vaca leiteira que tenha alta produção de leite, ela precisa ingerir muita agua, com isso, vai produzir mais urina do que uma vaca de corte.
Porte do animal: cão grande vai produzir mais urina que um cão pequeno por exemplo.
Frequência de micção: No cão macho é extremamente variável pelo fato da demarcação de território, na cadela pode variar de 2-4 vezes ao dia. Isso vai variar também com os hábitos de cada animal, por exemplo um animal que já se acostumou a urinar somente quando sai para passear 2 vezes ao dia, vai se adaptar a reter urina e urinar somente essas 2 vezes. 
Termos relacionados a frequência de micção: 
Oligúria: Diminuição da produção de urina
Pode estar relacionada a menor ingestão de água, desidratação (animal está perdendo liquido por alguma via, por exemplo diarreia, o animal vai produzir menos urina pois já está perdendo líquido pelas fezes) ou doenças renais (onde se tem a retenção do liquido e o animal produz menos urina)
Poliúria: Aumento da produção de urina
*Nessas lesões renais as consequências são variáveis, em algumas alterações renais se tem aumento da produção de urina (o rim não consegue fazer a retenção da agua) e em outras se tem menor produção de urina. Mas em geral o que se tem na insuficiência renal crônica, principalmente na pielonefrite (processo inflamatório) aumento da produção de urina. 
*Porque na diabetes se tem poliúria? Existe a presença de muita glicose na corrente sanguínea, então ela vai ser eliminada pelo trato urinário, vai atrair agua e ocorre aumento da produção de urina.
Polaquiúria: Sinal clássico de cistite. O animal urina várias vezes e em poucas quantidades. Não tem alteração na produção de urina, tem alteração na retenção de urina, a bexiga vai estar inflamada e com isso o animal tem sempre a sensação de que precisa urinar, então ele vai ficar sempre urinando e em pequena quantidade porque não vai dar tempo da bexiga ficar repleta de urina.
*Cistite, uretite, vaginite, postite
Iscúria: Não existe eliminação da urina, a produção pode estar normal, mas o animal não consegue eliminá-la. Quando se tem processos nervosos que influenciam na contratilidade da bexiga, isso faz com que o animal não contraia a bexiga, não contraindo não vai eliminar urina. Em casos de obstrução uretral também, a uretra estando obstruída não vai conseguir eliminar a urina.
*Obstrução uretral, paresia do detrusor 
Incontinência urinária: O animal não consegue fazer o controle do ato de micção, então a qualquer momento o animal vai estar eliminando urina. Acontece normalmente quando o animal faz peso sobre a bexiga, quando está deitado ou sentado por exemplo. 
*Comprometimento nervoso, distúrbios hormonais em cadelas castradas, cistite crônica grave, ureter ectópico, persistência do úraco 
- Persistência do úraco: O cordão umbilical possui artéria, veia e o úraco. O úraco é por onde é eliminada a urina do feto. Após o nascimento, quando é feita a secagem do cordão umbilical, essas estruturas vão se fechar e ai o animal para de eliminar o sangue e a urina através do cordão. Se não tiver o fechamento adequado dessas estruturas, o animal pode ter hemorragia e se o úraco não tiver bem fechado ele fica eliminando urina, no caso da fêmea é fácil de identificar pois vai estar eliminando urina pela região do umbigo que é longe da vulva, mas no macho não é tão fácil pois o umbigo está próximo ao prepúcio. Como o úraco possui ligação direta com a bexiga, ele não faz retenção, o animal vai estar sempre “gotejando” urina.
Anúria: Ausência de produção de urina. Nesse caso seria doença renal grave, significa que os dois rins estão comprometidos num nível em que não se tem mais produção nenhuma de urina.
*Doença renal aguda grave, insuficiência renal crônica, desidratação grave, hipovolemia aguda, hipotensão arterial grave
Disúria: Dor durante o ato de micção. Não necessariamente relacionado ao trato urinário. Qualquer alteração abdominal durante a contração abdominal para o ato de micção que leve a um processo doloroso é disúria. Precisa saber diferenciar, por exemplo, numa peritonite (inflamação do peritônio) quando o animal contrair o abdômen para urinar vai doer (disúria)
*Enfermidades dolorosas da bexiga, uretra, vagina, prepúcio; enfermidades dolorosas de outros órgãos abdominais, peritonite aguda, tumores ou cálculos vesicais, obstruções uretrais
Postura de micção
Cachorro macho: levanta a pata.
Cadela: Se agacha.
Vaca: Em pé, levanta a cauda, arqueia o dorso.
Égua: Abre as pernas, levanta a cauda.
Touro: Não altera posição.
Carneiro: Não altera a posição. 
Garanhão: Põe os membros posteriores para trás.
Gato: Se abaixa. Algumas vezes para demarcar território somente ergue a cauda e urina para trás.
Gata: Se abaixa.
*Somente fêmeas arqueiam o dorso.
*É necessário saber o fisiológico para notar a alteração.
ANÁLISE DE URINA - URINÁLISE 
Para escolher a forma de coleta precisa-se determinar o que se quer avaliar. Por exemplo, se for um quadro de cistite, e se quer fazer isolamento bacteriano, não se pode coletar a urina por micção espontânea, pois essa urina que vai ser elimina no ato de micção veio “lavando” também o trato genital, então vai carregar a contaminação do trato genital, no isolamento não se sabe diferenciar se a contaminação bacteriana era no trato urinário ou genital, então a urina tem que ser coletada diretamente da bexiga.
Se for fazer uma analise bioquímica qualquer não tem problema de ser micção espontânea, pois somente vão ser avaliados constituintes químicos
FORMAS DE COLETA
- Micçãoespontânea: Espera-se o animal urinar
- Massagem prepucial ou vaginal: Região do períneo do animal, na fêmea é feito logo abaixo da vulva, e no macho se faz massagem em movimentos circulares no prepúcio
- Sondagem uretra: Melhores métodos quando se quer fazer isolamento bacteriano. Pode ser feita com sonda flexível ou rígida. De acordo com a espécie e porte do animal se escolhe a sonda. No caso dos machos, ovinos, caprinos e bovinos que tem o S peniano, não é possível passar do S, então se coleta urina somente na porção inicial da uretra. No caso do carneiro só se consegue sondar se for retirado o apêndice vermiforme
- Cistocentese: Tem que ter muito cuidado para não levar a ruptura do órgão, quando o órgão está cheio fica extremamente distendido e frágil, qualquer manipulação excessiva durante o procedimento pode ocorrer ruptura. Onde se tem processos inflamatórios na bexiga, degeneração da sua parede, pode se tornar mais sensível. É feita somente em animais de pequeno porte, não se tem acesso a bexiga nos grandes animais pois o órgão se encontra dentro da pelve
AVALIAÇÃO
Cor: A cor fisiológica da urina é amarelo ouro
Pode-se ter variações de acordo com a concentração de substancia na urina. Se o animal está produzindo mais urina as substâncias vão estar mais diluídas e a urina vai se tornar um amarelo mais claro, se o animal está produzindo pouca urina ou se essa urina ficou muito tempo retida, as substâncias vão estar menos diluídas e a urina vai se tornar um amarelo mais escuro (âmbar)
- Amarelo Claro: Urina diluída
- Amarelo escuro (âmbar): Urina concentrada
- Avermelhada: Extravasamento de sangue ou presença de pigmentos
- Marrom:
- Esverdeada: Processos inflamatórios, quando se tem presença de pús
- Hematúria: Quando há presença de hemácias na corrente sanguínea por hemorragia no trato urinário 
*Se tiver uma urolitíase, e durante a passagem do urólito no trato urinário extravasou sangue porque lesionou a parede da mucosa, se tem hematúria
- Hemoglobinúria: Presença de hemoglobina, é gerada pela ruptura de hemácias
*É uma alteração na corrente sanguínea, é uma alteração antes do trato urinário que vai ser diagnosticada na urina. Por exemplo, leptospirose, babesiose, anaplasmose, doenças que cursam com a ruptura de hemácias
Para diferenciar as duas se faz centrifugação da amostra de urina
- Se a amostra ficar homogênea: vai ser pigmento, pois não precipita, a amostra vai continuar com a coloração avermelhada
- Se a amostra precipitar: vai ter presença de hemácias, as células vai precipitar no fundo do frasco, a parte de cima vai ficar amarela e embaixo vai ter hemácias 
- Mioglobinúria: Ruptura de células musculares 
*Animal que tenha uma lesão muscular grave, por exemplo, um animal que tenha sido atropelado
Na centrifugação é difícil diferenciar quando é hemoglobinúria ou quando é mioglobinúria pois a coloração é muito parecida, vai se fazer a diferenciação pela historia clinica do paciente 
*Pode se fazer a avaliação bioquímica da urina, no laboratório analisa os níveis para saber se é hemoglobina ou mioglobina, mas é um método caro, normalmente não é feito
ASPECTO DA URINA
- Límpido
- Pouco turvo
- Turvo
O aspecto da urina normalmente é límpido, não pode ser turvo, estando turvo é um indicativo do aumento da concentração de substancias nessa amostra de urina
Normalmente o que se tem é presença de PIÚRIA (pús) na urina, processos inflamatórios que levam a essa turbidez na amostra
*Teste para avaliar se a amostra está límpida ou turva: coloca-se um papel escrito atrás da amostra e tenta-se ler o que está escrito
DENSIDADE DA URINA
A maioria das analises que se faz da urina é possível fazer com fitas reagentes, cada cor é uma analise diferente, porém não é um método tão preciso para determinar densidade, o método mais especifico seria através do refratômetro .
- Isostenúria: densidade normal
- Hipostenúria: densidade diminuída = urina mais diluída
- Hiperestenúria: densidade aumentada = urina mais concentrada
CONCENTRAÇÃO HIDROGENIÔNICA (pH)
O pH possui uma faixa que é fisiológica para cada uma das espécies, que vai ser influenciada pelo pH do sangue. Se o organismo tiver um excesso de ânions ou um excesso de cátions, ele vai eliminar através da urina e vai estar influenciando o pH da urina
- O pH também pode ser avaliado através de fitas reagentes (0-14)
- Peagametro portátil: dependendo do aparelho determina o pH em 1 ou 2 casas após a virgula, avaliação mais precisa
O pH em processos inflamatórios vai estar sempre aumentado. Para diagnostico de cistite é uma avaliação importante. Vai estar aumentado pela presença de bactérias, essas bactérias fazem degradação da proteína, das células que estão presentes na amostra de urina, vai ocorrer uma alcalinização pela produção de amônia
AVALIAÇÃO PELA MICROSCOPIA NA AMOSTRA DE URINA
- Presença de cristais: Esses cristais vão predispor a formação de urólitos
*Urólito é o que a gente consegue ver a olho nu, e os cristais é o que a gente vê na microscopia
Esses cristais quando se depositam sobre uma base de matéria orgânica, geralmente é muco ou escamação celular no trato urinário, vai se formar uma camada externa de cristais que formam os urólitos
A constituição do urólito é diferenciada de acordo com os tipos de cristais ou tipos de minerais que vão ser depositados na urina
PRESENÇA DE CÉLULAS
Pode-se detectar celular decorrentes da descamação da parede do órgão quando apresentar processos inflamatórios, e também pode-se detectar a presença de leucócitos (indicando também que existe presença de processo inflamatório com migração de células de defesa)
*Contagem: determina-se um campo no microscópio para fazer a contagem de células
Avaliação da presença de cilindros: esses cilindros são formados durante o trajeto da urina no trato urinário, possuem formato tubular. 
- Transparente: presença de muco
- Granuloso: formado por células de descamação, indicando que há processo inflamatório
- Misto: muco juntamente com celular epiteliais
- Leucocitário: celular coradas para avaliação dos leucócitos
PARÂMETROS
pH dos carnívoros é extremamente variável de acordo com a alimentação do animal, quando mais proteínas tiver na dieta, mais alcalino vai se tornar a amostra de urina
Na urina do gato é comum a presença de gotículas de gordura, nas outras espécies não é comum
No equino a urina normalmente tem um aspecto turvo, nas outras espécies todas é límpida. O equino tem uma grande produção de muco no trato urinário e esse muco dá essa turbidez
pH nos ruminantes e equinos é mais elevado que nos carnívoros
AVALIAÇÃO BIOQUIMICA DA URINA
 Através de fita reagente: se consegue determinar um grande numero de avaliações
- Proteinúria: Na urina existe uma quantidade moderada, não pode estar muito elevada, como é uma partícula muito grande não é eliminada facilmente através da urina, somente quando se tem lesões renais graves vai se ter grande presença de proteína na urina
*lesões glomerulares e/ou tubulares
- Glicosúria: Presente na diabetes, no animal diabético a glicose vai estar presente em grande quantidade na corrente sanguínea, vai ser extravasada na urina, vai atrair água
- Cetonúria: Aumento dos níveis de corpos cetônicos, quando o animal está em jejum, para manter a sua produção de energia ele vai utilizar suas reservar, primeiro vai utilizar a gordura. Vai quebrar os triglicerídeos, vai jogar na corrente sanguínea os ácidos graxos, esses ácidos graxos vão até o fígado para serem metabolizados, quando há um produção excessiva de ácidos graxos e o fígado não consegue metabolizar tudo, metade vai para o ciclo de Krebs e a outra metade vai por uma rota alternativa que é a formação dos corpos cetônicos, que vão ser eliminados por várias vias. Na urina a gente consegue detectar a presença. 
*Animal que tem diabetes também tem cetonúria, ele não vai estar conseguindo colocar glicose para dentro da célula para consumir energia, então ele também vai começar a degradar as reservas de gordurapara tentar manter a sua fonte de energia. Para diferenciar se é somente pelo jejum ou se é diabetes, é pela presença de glicose.
- Nitritos: Metabólito gerado pelas bactérias, quando se tem contaminação bacteriana na amostra de urina, por exemplo em casos de cistite, pode-se ter o aumento dos níveis de nitritos
- Bilirrubina: pode estar aumentada quando se tem alterações hepáticas
- Urobilinogênio: 
LOCALIZAÇÃO DE HEMORRAGIAS
Definição do local de hemorragia a partir da amostra coletada, dependendo de qual porção da urina se tem maior presença de sangue, pode-se dizer se essa hemorragia é renal, na bexiga, na uretra... em qual porção do trato urinário
- Quando há presença de sangue apenas no primeiro jato de urina: é indicativo de hemorragia na uretra
- Quando há presença de sangue no jato final de urina: é indicativo de hemorragia na bexiga
- Quando há presença de sangue em todos os jatos de urina: é indicativo de hemorragia no rim
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM: principalmente pequenos animais
- Raio-x: detectar processos obstrutivos e presença de urólitos. Pode ser raio-x contrastado 
- Ultrassom: detectar espessura de parede e conteúdo 
AVALIAÇÕES SANGUINEAS QUE IRÃO DETERMINAR FUNÇÃO RENAL
A nível de proteínas: quando se tem extravasamento de proteínas no rim por lesões tubulares por exemplo, vai se ter diminuição das proteínas no sangue, porque elas vão estar extravasando para a urina. Então os níveis de proteínas plasmáticas totais e de albumina vão estar abaixo do fisiológico
- Ureia e creatinina: quando estão aumentados se chama de AZOTEMIA, pode ocorrer por alterações pré renais, por desidratação por exemplo, se o animal está desidratado ele vai ter um menor volume de sangue circulante, vai ter menos sangue passando pelo rim, consequentemente vai estar filtrando menos, e retendo mais ureia e creatinina.
Na insuficiência cardíaca é a mesma coisa, não vai ter circulação de sangue adequada no rim, e consequentemente não haverá filtração dessas substancias
- PRÉ RENAL: desidratação grave, insuficiência cardíaca
- RENAL: doença renal com comprometimento da função
- PÓS RENAL: Obstrução de ureia, ruptura de bexiga, deslocamento de bexiga
PARACENTESE: colega do liquido abdominal por punção quando se suspeita de ruptura de bexiga, coleta-se o liquido e se houve ruptura de bexiga vai se ter sinais bem característicos, principalmente odor 
Diferencia-se de ascite
Ascite: liquido transudato, sem alteração na sua constituição

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