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CAPITULO 3 CARACTERIZAÇÃO DA NBR 15270 PARA PREPARAÇÃO E EXECUÇÃO DO ESTUDO PDF

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36 
 
3. CARACTERIZAÇÃO DA NBR 15270 PARA PREPARAÇÃO E EXECUÇÃO DO 
ESTUDO 
 
3.1 Classificação e apresentação do estudo 
 
O presente capítulo ira fazer a apresentação de todos os ensaios que a norma 
estabelece como sendo indispensáveis e obrigatórios para que sejam desenvolvidos durante a 
análise de um lote de blocos cerâmicos de vedação, bem como das amostras coletadas para o 
estudo em questão. Para esclarecimento do publico alvo, durante o transcorrer do estudo será 
desenvolvido, afundo, somente os seguintes ensaios: 
 Verificação dimensional; 
 Absorção de água; 
 Resistência à compressão. 
Os materiais cerâmicos devem atender a varias especificações para que exista um 
mínimo de garantia de qualidade no setor da construção civil no qual irão ser empregados. 
Logo, a qualidade destes produtos é atrelada à conformidade dos padrões pré-estabelecidos 
com base nas normas técnicas que os definem. 
De acordo com a NBR 15270-1 (2005), os blocos cerâmicos não devem conter 
defeitos sistemáticos como quebras excessivas, trincas ou fendilhamentos, superfícies 
irregulares, deformações e alterações de cor; devem atender às prescrições da norma quanto 
às dimensões, à resistência à compressão individual e o índice de absorção d’água. São 
caracterizados por apresentarem furos prismáticos que são dispostos perpendicularmente às 
faces que os contem, estes furos podem ser dispostos tanto na horizontal quanto na vertical 
dependendo da característica da peça. Um bloco para ser classificado como sendo de vedação 
deve resistir somente aos esforços oriundos da alvenaria da qual faz parte. 
 
3.2 Plano de coleta e analise de dados 
 
Para o desenvolvimento dos ensaios laboratoriais foram coletadas 3 amostras de 
blocos cerâmicos de vedação que serão avaliadas de acordo com as Normas Técnicas da 
ABNT, cada amostra contem 13 unidades e foram escolhidas de forma aleatória em três 
empresas ceramistas da cidade de Itapecuru-Mirim, receberam acondicionamento e transporte 
adequado até o Laboratório de Ensaio de Materiais da Universidade Estadual do Maranhão, 
onde realizou-se os devidos ensaios e analises. Os corpos de prova que foram empregados 
37 
 
para realização deste estudo contem seis furos prismáticos e apresentam as dimensões de 
largura (L) 9 cm, altura (H) 14 cm e comprimento (C) 19 cm, respectivamente. 
Para a realização desta pesquisa, os ensaios técnicos estão sendo feitos segundo as 
seguintes normas brasileiras: 
 NBR 15270-1 (2005) que determina os termos e fixa os requisitos 
dimensionais, físicos e mecânicos exigíveis no recebimento de blocos cerâmicos a serem 
utilizados em obras de alvenaria de vedação, com ou sem revestimento. 
 NBR 15270-3 (2005) que institui os métodos a serem usados na execução dos 
ensaios dos blocos cerâmicos de vedação e estrutural. 
Os resultados expressos nos ensaios, foram comparados aos especificados nas 
normas mencionadas acima, assim pode-se ter uma caracterização dos produtos analisados e, 
também, se estes estão de acordo com os padrões de dimensionamento, aos de resistência às 
cargas de compressão e aos de absorção de água. 
 
3.3 Critérios gerais 
 
3.3.1 PROCESSO DE FABRICAÇÃO 
 
Segundo a NBR 15270-1 (2005), deve ser fabricado por conformação plástica de 
matéria-prima argilosa, contendo ou não aditivos, e é queimado a elevadas temperaturas. 
 
3.3.2 IDENTIFICAÇÃO 
 
A NBR 15270-1 (2005), descrimina que os blocos cerâmicos de vedação devem 
trazer em qualquer uma de suas faces externas a identificação do fabricante e das dimensões 
do bloco, ela deve ser em baixo relevo ou reentrância, com caracteres de no mínimo 5 mm de 
altura. 
Para que a identificação respeite os padrões exigidos em norma ela deve conter as 
seguintes inscrições: 
 Dimensões de fabricação dos blocos, na sequência largura (L), altura (H) e 
comprimento (C), na forma (L x H x C), podendo ser suprimida a inscrição da unidade de 
medida em centímetros. 
 Identificação da empresa; 
38 
 
 
3.3.3 UNIDADE DE COMERCIALIZAÇÃO 
 
Para fins de comercialização e controle de produção a unidade utilizada é o 
milheiro. 
 
3.3.4 CARACTERÍSTICAS VISUAIS 
 
Conforme foi relatado anteriormente os blocos cerâmicos não devem conter 
defeitos sistemáticos como quebras excessivas, trincas ou fendilhamentos, superfícies 
irregulares, deformações e alterações de cor para que seu emprego na função especificada não 
seja prejudicado. 
 
3.3.5 CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS 
 
3.3.5.1 Formato 
 
Os blocos cerâmicos para vedação devem apresentar o formato de um prisma reto, 
essa geometria esta indica nas figuras abaixo. 
 
 
 
Figura 3.1 – Exemplo de bloco cerâmico de vedação 
FONTE: Autor, 2015 
 
39 
 
3.3.5.2 Dimensões de fabricação 
 
As dimensões de fabricação dos blocos cerâmicos para vedação podem ser 
visualizadas conforme a seguinte tabela extraída da NBR 15270-1 (2005). 
 
Dimensões 
(L x H x C) 
 
Módulo Dimensional 
(M = 10 cm) 
Dimensões de fabricação (cm) 
Largura 
(L) 
Altura 
(H) 
Comprimento (C) 
Bloco 
principal 
1/2 Bloco 
(1) M x (1) M x (2) M 
9 
9 
19 9 
(1) M x (1) M x (5/2) M 24 11,5 
(1) M x (3/2) M x (2) M 
14 
19 9 
(1) M x (3/2) M x (5/2) M 24 11,5 
(1) M x (3/2) M x (3) M 29 14 
(1) M x (2) M x (2) M 
19 
19 9 
(1) M x (2) M x (5/2) M 24 11,5 
(1) M x (2) M x (3) M 29 14 
(1) M x (2) M x (4) M 39 19 
(5/4) M x (5/4) M x (5/2) M 
11,5 
11,5 24 11,5 
(5/4) M x(3/2) M x (5/2) M 14 24 11,5 
(5/4) M x (2) M x (2) M 
19 
19 9 
(5/4) M x (2) M x (5/2) M 24 11,5 
(5/4) M x (2) M x (3) M 29 14 
(5/4) M x (2) M x (4) M 
14 19 
39 19 
(3/2) M x (2) M x (2) M 19 9 
(3/2) M x (2) M x (5/2) M 24 11,5 
(3/2) M x (2) M x (3) M 29 14 
(3/2) M x (2) M x (4) M 39 19 
(2) M x (2) M x (2) M 19 19 19 9 
40 
 
(2) M x (2) M x (5/2) M 24 11,5 
(2) M x (2) M x (3) M 29 14 
(2) M x (2) M x (4) M 39 19 
(5/2) M x (5/2) M x (5/2) M 24 24 24 11,5 
(5/2) M x (5/2) M x (3) M 
24 24 
29 14 
(5/2) M x (5/2) M x (4) M 39 19 
 
Tabela 3.1 – Dimensões nominais de blocos cerâmicos comuns e especiais 
FONTE: NBR 15270-1, 2005 
 
Conforme foi mencionado acima os ensaios realizados durante este estudo 
utilizaram corpos de prova com as dimensões de 9x14x19 cm, eles são caracterizados por 
apresentarem 6 furos prismáticos e são os mais difundidos no mercado da região. 
 
3.4 Determinação das características geométricas, físicas e mecânicas. 
 
3.4.1 CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS 
 
Segundo a NBR 15270-1 (2005) as características geométricas dos blocos 
cerâmicos de vedação são as seguintes: 
 Medidas das faces – dimensões efetivas; 
 
 
 
Figura 3.2 – Dimensões dos blocos cerâmicos 
FONTE: NBR 15270-3, 2005 
41 
 
O procedimento consiste na verificação da existência de alguma variação 
dimensional do bloco (corpo de prova). É aferido os valores da largura (L), altura (H) e 
comprimento (C), nos pontos especificados, então é observado se ela esta de acordo com o 
que preconiza a norma. Lotes apresentando inconformidades serão prejudiciais para os 
empreendimentos por que geram o emprego de mais peças por metro quadrado do que o 
normal. 
 
 
 
Figura 3.3 – Pontos indicados para aferição das medidas de largura 
FONTE: NBR 15270-3, 2005 
 
 
 
Figura 3.4 – Pontos indicados para aferição das medidas de altura 
FONTE: NBR 15270-3, 2005 
42 
 
 
 
Figura 3.5 – Pontos indicados para aferição das medidas de comprimento 
FONTE: NBR 15270-3, 2005 Espessura dos septos e paredes externas dos blocos; 
 
 
 
Figura 3.6 – Pontos indicados para aferição das medidas de septos e paredes externas 
FONTE: NBR 15270-3, 2005 
43 
 
É analisado o respeito à espessura mínima exigida pela norma (7 mm para as 
paredes externas do bloco e 6 mm para o septo), o bloco é aferido pegando-se no mínimo 4 
regiões do corpo de prova, dando sempre preferência pelos pontos onde o septo apresenta 
menor espessura. Para a realização deste procedimento utiliza-se um paquímetro com 
resolução de 0,05mm. 
 
 Desvio em relação ao esquadro (D); 
 
 
 
Figura 3.7 – Representação esquemática do ensaio de desvio em relação ao esquadro 
FONTE: NBR 15270-3, 2005 
 
Com o auxilio de uma régua metálica e/ou esquadro metálico pega-se o bloco e 
toma-se as faces destinadas ao assentamento e a maior face destinada ao revestimento da peça 
e é verificado o desvio em relação ao esquadro, este valor não pode ser superior a 3mm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 Planeza das faces (F); 
 
 
 
Figura 3.8 e 3.9 – Representações esquemáticas do ensaio de planeza das faces 
FONTE: NBR 15270-3, 2005 
 
A NBR 15270-3 (2005) indica que para a analise da flecha pega-se uma das faces 
destinadas ao revestimento e com auxilio de uma régua metálica ou esquadro metálico toma-
se a aferição da diagonal. O valor da flecha máxima não pode ser superior a 3 mm. 
 
 Área bruta (Ab). 
 
É a área destinada a receber o assentamento do bloco, ela é delimitada pelas 
arestas das peças sem descontar os furos, quando estes existirem. Medem-se os valores da 
largura (L), altura (H) e comprimento (C), nos pontos especificados, e através da expressão L 
x C encontra-se a área bruta (Ab). 
No Folder do Programa Setorial da Qualidade Cerâmica Vermelha - Bloco 
Cerâmico (2008) explica que as peças não conformes são menores e deformados, 
apresentando como resultado o emprego de uma quantidade maior de blocos cerâmicos, mão 
de obra e argamassa de assentamento e revestimento para fazer uma mesma parede que utiliza 
em sua composição blocos que atendem os padrões da norma. Ainda no mesmo estudo foi 
feita uma comparação entre um bloco cerâmico que é conforme e um bloco cerâmico que não 
45 
 
atende a norma para edificar um metro quadrado de parede, tais resultados estão disposto a 
seguir: 
 Os blocos cerâmicos de seis furos com dimensões de comprimento, altura e 
largura que atendem as normas utilizarão 25 blocos e serão necessários 28 blocos quando usar 
os que não atende a norma; 
 As deformações da geometria nos blocos que não atendem as normas trazem a 
consequência de necessitar de um acréscimo de 12% a mais de argamassa; 
 Nos blocos que não atende as normas são constatados mais mão de obra com 
um acréscimo de 12% de homem/hora de pedreiro. 
 
 
 
Figura 3.10 – Folder do Programa Setorial da Qualidade Cerâmica Vermelha 
FONTE: NBR 15270-3, 2012 
 
3.4.2 CARACTERÍSTICAS FÍSICA 
 
Segundo a NBR 15270-1 (2005) as características físicas dos blocos cerâmicos de 
vedação são as seguintes: 
 
 Massa seca (ms); 
 
O corpo de prova é devidamente limpo e levado a uma estufa a 105 °C para que 
seja submetido ao processo de secagem. A cada 1 hora que o bloco passa dentro da estufa é 
medida a sua massa, o processo se finda quando duas medidas consecutivas apresentarem a 
46 
 
diferença de máxima de 0,25%. Vale ressaltar que a aferição da massa é realizada 
imediatamente após o bloco sair da estufa. 
 
 Massa úmida (mu); 
 
Após analise da massa seca temos que verificar a massa úmida do corpo de prova. 
Para determinação deste parâmetro pode-se recorrer a dois procedimentos, no primeiro o 
bloco é colocado em um recipiente que é preenchido com água a temperatura ambiente 
tomando-se o cuidado de manter o bloco totalmente imerso no liquido. Feito isso o conjunto é 
submetido ao aquecimento em chama direta, o tempo de imersão do bloco em água fervente 
será de duas horas. Atingido o tempo retira-se o bloco e enxuga-se com pano limpo e úmido 
para retirada do excesso de água e depois o corpo de prova é pesado para ser aferida a sua 
massa. 
O segundo procedimento é realizado imergindo-se o corpo de prova em água à 
temperatura ambiente e retirando-o após o tempo de 24 horas, depois retira-se o excesso de 
água com um pano limpo e úmido, finalizando com a pesagem do bloco. 
É valido ressaltar que se nos dois procedimentos houver alguma diferença ira 
prevalecer o resultado obtido no primeiro caso. 
 
 Índice de absorção d’água (AA). 
 
O índice de absorção d’água é obtido através da seguinte formula: 
 
 
 
 
 
 
É importante ressaltar que o índice de absorção d’água não deve ser inferior a 8% 
e nem superior a 22%, sendo que a faixa considerável ideal esta entre 18% a 20%. Edificações 
que irão ter em sua alvenaria tijolos fora desses parâmetros especificados em norma podem 
sofrer aumento de carga quando exposta à chuva, culminado em problemas estruturais e 
estéticos da construção. Casas que não apresentam revestimento externo ficam mais 
suscetíveis a tais patologias, isso ocorre devido ao baixo poder aquisitivo desses moradores 
impossibilitando que concluam de forma satisfatória a sua moradia. Além disso, alvenarias de 
tijolos com elevada absorção de água apresentam problemas de aderência da argamassa de 
47 
 
reboco ao bloco de cerâmica, isso por que a água presente na composição da argamassa é 
absorvida rapidamente pela alvenaria resultando em uma massa seca sem poder de fixação. 
 
3.4.3 CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS 
 
A NBR 15270-1 (2005) descreve que a característica mecânica dos blocos 
cerâmicos de vedação é a resistência à compressão individual (fb), ela deve atender os valores 
descritos na tabela a seguir: 
 
Posição dos furos MPa 
Para blocos usados com furos na horizontal ≥ 1,5 
Para blocos usados com furos na vertical ≥ 3,0 
 
Tabela 3.2 – Resistência à compressão de blocos cerâmicos 
FONTE: NBR 15270-1, 2005 
 
 Os fatores que mais influenciam a resistência deste tipo de bloco cerâmico são as 
características da massa (homogeneidade, dosagem da matéria prima), a qualidade de 
secagem e queima e a geometria do componente. 
 
3.4.3.1 Recebimento e preparação do corpo de prova 
 
Os corpos-de-prova devem ser recebidos, identificados, limpos, retiradas as 
rebarbas e colocados em ambiente protegido que preserve suas características originais. 
Após medidas as suas faces prepare-se o corpo de prova para o ensaio de 
resistência à compressão. Essa preparação consiste em: 
 Regularização das faces de trabalho; 
Passa-se pasta de cimento ou argamassa com uma resistência considerável na área 
bruta das faces de trabalho do bloco cerâmico de vedação formando uma espécie de 
capeamento na região. Essa regularização não pode superar os 3 mm de espessura e nem 
apresentar remendos. Esse procedimento pode ser substituído pelo aplainamento em uma 
48 
 
retifica, deixando regular a sua face de trabalho. A duas faces de trabalho (opostas) devem 
estar devidamente regularizadas e o mais paralelas possível. 
 
 
 
Figura 3.11 – Representação do capeamento das faces de assentamento do bloco cerâmico 
FONTE: NBR 15270-3, 2005 
 
 
 
 Figura 3.12 – Exemplo de capeamento em blocos cerâmicos de vedação 
FONTE: Autor, 2015 
49 
 
 Saturação: 
 
Após a argamassa de regularização das faces de trabalho estarem endurecidas o 
suficiente mergulha-se os corpos de prova em água por um prazo de 6 horas ate que atinja-sea saturação ideal da peça. 
 
3.4.3.2 Procedimentos para o ensaio 
 
A NBR 15270-3 (2005) explica que os corpos-de-prova devem ser posicionados 
de forma que a carga seja concentrada na direção do assentamento do bloco, sempre 
perpendicular ao comprimento, simulando assim as sobrecargas de utilização da alvenaria. Os 
corpos de prova devem ser submetidos ao ensaio em sua condição de saturação especificada 
em norma. Devem ser colocados na prensa de forma que o seu centro de gravidade esteja no 
eixo de aplicação da carga dos pratos da prensa. 
 
 
 
Figura 3.12 e 3.13 – Execução de ensaio de compressão em blocos cerâmicos de vedação 
FONTE: Autor, 2015 
50 
 
3.5 Requisitos específicos 
 
3.5.1 TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS 
 
 A NBR 15270-1 (2005) estabelece uma tolerância em relação às medidas padrões 
das dimensões dos blocos cerâmicos para vedação. Essa tolerância é analisada em relação às 
medidas de forma individual ou se retirando a media das três dimensões. As tabelas a seguir 
trazem de forma clara os valores das tolerâncias mencionadas acima. 
 
Grandezas controladas Tolerância individual (mm) 
Largura (L) 
± 5 Altura (H) 
Comprimento (C) 
 
Tabela 3.3 – Tolerâncias dimensionais individuais relacionadas à dimensão efetiva 
FONTE: NBR 15270-1, 2005 
 
Grandezas controladas Tolerância (mm) 
Largura (L) 
± 3 Altura (H) 
Comprimento (C) 
 
Tabela 3.4 – Tolerâncias dimensionais relacionadas à média das dimensões efetivas 
FONTE: NBR 15270-1, 2005

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