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51 4. REALIZAÇÃO DOS ENSAIOS DOS PRODUTOS CERÂMICOS – ESTUDO DE CASO 4.1 Introdução No transcorrer desta etapa do estudo serão apresentados os resultados dos ensaios realizados com as amostras dos produtos cerâmicos coletados. Como foi mencionado no capitulo anterior, foram desenvolvidos somente os ensaios de dimensionamento, resistência à compressão e absorção d’água para as três amostras coletadas de forma aleatória dos blocos cerâmicos de vedação. Os resultados encontrados nos ensaios foram comparados aos especificados nas normas, assim pode-se ter uma analise adequada dos produtos envolvidos no referido estudo. Como foi mencionado no capitulo anterior, a NBR 15270-1 (2005), estabelece que os blocos cerâmicos não devem conter defeitos sistemáticos como quebras excessivas, trincas ou fendilhamentos, superfícies irregulares, deformações e alterações de cor; devem atender às prescrições da norma quanto às dimensões, à resistência à compressão individual e o índice de absorção d’água. 4.2 Ensaios dos produtos cerâmicos Para análise e realização do estudo dos produtos cerâmicos foram ensaiadas as três amostras coletadas, sendo que todas elas apresentavam 13 unidades de blocos cerâmicos de vedação. Cada amostra recebeu uma sigla de identificação com as iniciais da empresa, isso se fez necessário para que fosse possível diferenciar cada amostra, posteriormente foram encaminhadas ao laboratório da Universidade Estadual do Maranhão. A seguir irá ser apresentada as siglas das 3 amostras utilizadas para o estudo. SR; CA; TA. As empresas fornecedoras dos corpos de prova não serão descriminadas por critérios éticos. As imagens abaixo mostram partes das três amostras coletadas, elas receberam transporte e armazenamento adequado afim de que mantivessem suas características originais. 52 Figura 4.1 – Parte das 3 amostras de produtos cerâmicos coletados FONTE: Autor, 2015 Figura 4.2 – Parte das amostras de produtos cerâmicos coletados FONTE: Autor, 2015 53 Os ensaios descriminados a seguir foram realizados seguindo os procedimentos preconizados pelas Normas Brasileiras 15270-3 (2005). Aferição dimensional; Absorção de água; Resistência à compressão. 4.2.1 AFERIÇÃO DIMENSIONAL A aferição das dimensões (largura, altura e comprimento) foi realizada tomando- se a amostragem simples, esta é composta por 13 corpos de prova por amostra que foram colocados sobre uma superfície plana e indeformável. Verificou-se os blocos analisando o valor da média de cada uma das dimensões consideradas, calculado como a média aritmética dos valores individuais, em milímetros. Para realização do ensaio utilizou-se um paquímetro com precisão de 0,05 mm, conforme especifica a NBR 15270-3 (2005). Nas figuras a seguir pode-se visualizar com perfeição a realização do ensaio. Figura 4.3 – Verificação dimensional FONTE: Autor, 2015 54 Figura 4.4 – Verificação dimensional FONTE: Autor, 2015 Figura 4.5 – Verificação dimensional FONTE: Autor, 2015 55 A NBR 15270-1 (2005) especifica para os blocos de vedação diversas classes de dimensões, mas para o desenvolvimento do estudo em questão foi utilizado o tijolo de seis furos com as seguintes dimensões: largura (L) 9 cm, altura (H) 14 cm e comprimento (C) 19 cm, sendo que a tolerância dimensional individual máxima é de ±5,0 mm e a tolerância dimensional relacionada à média das dimensões de fabricação não pode ser maior que ±3,0 mm. Na tabela 4.1 estão especificados os resultados dos ensaios dimensionais das 3 amostras de blocos cerâmicos de vedação. Blocos Cerâmicos - Aferição dimensional Amostras Dimensões (cm) ∑ Largura (cm) Média (mm) ∑ Altura (cm) Média (mm) ∑ Comprimento (cm) Média (mm) SR 116,09 89,30 178,76 137,51 253,49 194,99 TG 117,27 90,21 182,65 140,50 250,41 192,62 CN 117,50 90,38 182,91 140,70 247,53 190,41 Nota: Os dados informados nesta tabela encontram-se no anexo I. Tabela 4.1 – Somatório e média das dimensões individuais FONTE: Autor, 2015 4.2.2 ABSORÇÃO DE ÁGUA Para a realização do ensaio de absorção de água, submeteu-se inicialmente as 6 unidades de cada amostra a secagem em estufa, o equipamento foi regulado a uma temperatura entre 105°C e 110°C. O processo durou 24 horas, isso se fez necessário para que toda a massa líquida retida nos poros do material pudesse evaporar e assim medir a sua massa seca, conforme é ilustrado na figura 4.6 e 4.7. 56 Figura 4.6 – Aferição de massa seca Figura 4.7 – Estufa de secagem FONTE: Autor, 2015 FONTE: Autor, 2015 Após esta etapa colocou-se os mesmos corpos de prova, devidamente identificados, imersos em um tanque com água durante o intervalo de tempo de 24 horas para que seja possível saturar o material e assim possa-se medir a sua massa úmida. A seguir temos as imagens ilustrando este momento. 57 Figura 4.8 – Corpos de prova imersos em tanque FONTE: Autor, 2015 Figura 4.9 – Aferição de massa úmida Figura 4.10 – Vista de tanque com água FONTE: Autor, 2015 FONTE: Autor, 2015 58 Como base na averiguação e análise destes dois parâmetros pode-se fazer os devidos cálculos referentes ao índice de absorção de água. A tabela 4.2 expressa os resultados obtidos com o ensaio de absorção média de água das amostras dos tijolos, onde se observa que houve uma variação de 11,23% a 12,40% nas amostras ensaiadas, a NBR 15270-1 (2005) estabelece que o índice de absorção d´água não deve ser inferior a 8% nem superior a 22%, com um percentual considerado ideal entre 18% a 20%. Blocos Cerâmicos - Absorção Média de Água Amostras Absorção Média Média (%) Coef. De Variação (%) SR 11,23 3,53 TG 12,40 6,82 CN 11,77 6,67 Nota: Os dados informados nesta tabela encontram-se no anexo II. Tabela 4.2 – Absorção média de água dos tijolos cerâmicos FONTE: Autor, 2015 4.2.3 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO Com base na NBR 15270-1 (2005) os blocos cerâmicos com furos na horizontal devem apresentar resistência a compressão igual ou superior a 1,5 MPa. Esse valor é avaliado sobre uma analise adequada de 13 corpos de prova por amostra. Esse parâmetro é observado para que se tenha um mínimo de resistência dos blocos que estão fazendo parte de um mesmo lote de comercialização. A figura 4.11 ilustra a etapa de capeamento dos corpos de prova das amostras com pasta de cimento e areia no traço 1:2, este capeamento respeitou a espessura máxima de 3 mm e os devidos preceitos recomendados, para depois serem submetidos ao ensaio de compressão. 59 Figura 4.11 – Capeamento em blocos cerâmicos de vedação FONTE: Autor, 2015 Depois de o capeamento ter sido realizado e com o fim da etapa de cura da pasta de cimento e areia leva-se os corpos de prova para um tanque com água e os deixam imersos no liquido por um tempo de 24 horas afim de que saturem. A imagem 4.12 ilustra os corpos de prova sendo submetidos à imersão no tanque com água. Figura 4.12 – Blocos cerâmicos capeados imersos em tanque com água FONTE: Autor, 2015 60 Transcorrida às 24 horas deimersão submeti-se os corpos ao ensaio de compressão na prensa. Com base nas figuras 4.13, 4.14 e 4.15 pode-se observar a máquina na qual foram realizados os ensaios de compressão, bem como os corpos de prova sendo submetidos ao referido ensaio. Figura 4.13 – Prensa computadorizada com marcador digital FONTE: Autor, 2015 61 Figura 4.14 – Detalhamento de bloco rompido Figura 4.15–Execução de rompimento de bloco FONTE: Autor, 2015 FONTE: Autor, 2015 Na tabela 4.3 apresenta os resultados do ensaio de resistência à compressão das 3 amostras de blocos cerâmicos de vedação. Blocos Cerâmicos - Resistência à Compressão Amostras Dimensões Resistência à compressão Larg. (mm) Alt. (mm) Comp. (mm) Média (MPa) Desv. Padrão Coef. Var (%) Min. (Mpa) Máx. (Mpa) SR 89,3 137,51 194,99 0,79 0,366 46,54 0,443 1,730 TG 90,21 140,5 192,62 2,28 0,246 10,81 1,691 2,591 CN 90,38 140,7 190,41 2,22 0,655 29,46 1,537 3,699 Nota: Os dados informados nesta tabela encontram-se no anexo I. Tabela 4.3 – Resultados dos ensaios de resistência à compressão FONTE: Autor, 2015
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