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ADMINISTRATIVO – 16/02/2017 OBRIGAÇÃO CONTRATUAL Negócio Jurídico (Bilateral) Obrigações e Efeitos Autonomia de vontade EXTRACONTRATUAL (Lei, unilateral) Obrigação Negativa (nemenem laedere): é a proibição de causar dano a 3º. Obrigação Derivada: tem por objetivo que a parte que lesou o dano, que faça o retorno ao status quo ante A responsabilidade nasce do descumprimento do Contrato, então a responsabilidade é uma obrigação derivada. O ressarcimento do dano pode se dar de 2 formas: Reparação ou Compensação. Reparação: Perdas e danos. Lucros cessantes e danos emergentes. Danos Materiais. Compensação: nasce para o dano moral e para o dano estético. PONTES DE MIRANDA Princípio da Incolumidade das Esferas Jurídicas: Pontes de Miranda trabalhou com a ideia simples de cada indivíduo está dentro de uma esfera jurídica de proteção ligada a seus direitos essenciais. A doutrina tem chamado de NUCLEO RIGIDO da dignidade da pessoa humana (direitos fundamentais). Quando em conflito (direito lesado), terá de ressarcir o dano (reparação ou compensação). ATENÇÃO: Para o STJ, Dano moral não é mensurado mais por dor e sofrimento. BASE CONSTITUCIONAL do ressarcimento: Artigo 5º, inc V e X Inciso V – Direito proporcional de resposta. Quando alguém lesa a honra ou imagem, a CF garante o direito de resposta Inciso X – Indenização. Art 37, §6º CF/88 – (colocar o artigo aqui!!!!!!) BASE LEGAL do ressarcimento: Código Civil, artigos 40 a 43. Teoria da Responsabilidade Civil: 3 momentos 1º Teoria da Irresponsabilidade 2º Teoria Privada Atos de Império e atos de gestão Responsabilidade Comum 3º Publicistas Culpa Administrativa/ culpa anônima Teoria do Risco Risco Administrativo Risco Integral. TEORIA DA IRRESPONSABILIDADE: Absolutismo, a regra é a inerrância. O rei é enviado de Deus na Terra, logo o rei não erra, e se não erra não pode ser responsabilizado (the king can do not wrong). TEORIA PRIVADA ATOS DE IMPÉRIO - Jus Imperium - Atos de soberania - Atos pautados na supremacia do interesse Publico - O Estado continuava Irresponsável pelos atos. ATOS DE GESTÃO - Não são soberanos - São praticados por quem trabalha para o Estado - Não tem soberania do interesse publico - Gestão, conservação, execução de serviços. - Nos atos de Gestão o Estado responde!!!! Essas teorias (império e gestão) traz a TEORIA DA DUPLA PERSONALIDADE DO ESTADO, que diz que o Estado tem uma personalidade que atua com Supremacia e a outra personalidade atua SEM Supremacia. Críticas: 1ª – o Estado é PJ de direito Público que só detém 1 personalidade. Que nenhuma lei estabeleceu o Estado com mais de uma personalidade. 2ª – com a evolução da complexidade dos serviços públicos prestados, ficou difícil diferenciar o que é ato de império do que é ato de gestão. (quando o estado está praticando ato de império ou quando está praticando ato de gestão). Quando se tem dificuldade de identificação, tem-se a insegurança jurídica, o que levou ao abandono dessa Teoria. Não se fala mais dessa teoria desde o Código Civil de 1916. ATUAL ENTENDIMENTO QUE VIGORA: O Estado detém 1 personalidade jurídica e esta personalidade jurídica é exercida sob 2 regimes jurídicos, que chamamos de regime jurídico ADMINISTRATIVO (público) e regime jurídico da ADMINISTRAÇÃO (privado misto – Petrobras, BB, Caixa, Eletrobrás). TEORIA DA RESPONSABILIDADE COMUM: Neste momento o Estado responde igual ao particular. Filtros da Responsabilidade Civil -> conduta/dano/nexo. Conduta sob a ótica religiosa, dolo e culpa só tem 1 função na estrutura jurídica: aumentar a pena ou aumentar o quantum da indenização. A responsabilidade subjetiva, o estado responde igual ao particular. EUA e Inglaterra continuam utilizando esta Teoria. A regra de transição para teorias publicistas é: Caso Blanco: Agnes Blanco, que morava em Bordô/França, e ela foi atropelada por um vagonete da CIA de Fumo Francesa, em 08 de fevereiro de 1873. O pai da criança entrou com ação de indenização fundada na ideia de que o Estado é civilmente responsável pelos prejuízos causados a terceiros na prestação de serviços públicos. O Aresto Blanco foi o primeiro posicionamento definitivo favorável à condenação do Estado por danos decorrentes do exercício das atividades administrativas. Por isso, o ano de 1873 pode ser considerado o divisor de águas entre o período da irresponsabilidade estatal e a fase da responsabilidade subjetiva. TEORIA PUBLICISTA CULPA ADMINISTRATIVA Culpa anônima Faute du Service (falta Serviçal) Culpa Especial: presunção de culpa em desfavor do Estado, quando 3 situação ocorrem: Omissão: quando tiver o dever legal de agir. Parcial: Atuação errada: ele fez tudo errado Ainda é pautada na resp subjetiva, mas é a teoria de transição para responsabilidade objetiva 22/02/2017 b. TEORIA DO RISCO Caracteristica : filtro conduta -> dano CULPA = culpa ampla -> dolo ->culpa estrita: imperícia (técnica), imprudência e negligencia (dever legal) Causa é quem praticou o evento que gerou o dano. O código Penal que utiliza essa forma. “Teoria da causalidade adequada no seu subprincípio necessidade”, que não é a mesma teoria que o código penal adotou (que é a sine qua non). Exemplo da funcionaria que machucou a mão no tear: A responsabilidade civil nesse modelo não atende o atual anseio, foi ai que nos afastamos do direito penal e começamos a aprender que a teoria do risco envolve a “atividade”. O risco da atividade começa a aparecer e então não se observa mais o risco do empresário, mas sim se a tividade que ele desempenha gera risco. Como ele está assumindo o risco, faz-se uma estrutura de presunção e dispensa a prova de culpa, nascendo então a responsabilidade objetiva. O mero exercício da atividade já coloca numa situação de risco, e estando nessa situação de risco, não há necessidade de falar em culpa, pois o risco foi assumido. 2º momento: a conduta agora está proporcionando um dano, então só deve se falar do nexo. A conduta passa a ser a própria atividade. Nasce a responsabilidade objetiva. O estado é o garantidor da ordem pública, conforme a CF/88. O estado deve responder quando seus agentes praticarem ato ilícito, e tb deve indenizar por atos LÍCITOS (pq muitas vezes a atividade estatal é licita, mas esta lesando direitos). Atos lícitos indenizáveis-> 1º LEIS que são declaradas inconstitucionais (exemplo das fábricas de sacola plástica, quando SP promulgou lei proibindo as sacolas plásticas. 2º OBRAS PÚBLICAS – muitas vezes a obra é lícita, mas está gerando prejuízo (exemplo: obra da Leitão da Silva). Art 186 e 187 do CC PRINCIPIOS DA TEORIA DO RISCO: São dois. 1º PRINCÍPIO DA IGUALDADE: a atividade estatal traz ônus e bônus. Deve ser garantido a igualdade entre todos do ônus e bônus. Ônus: toda vez que tivermos o ônus desigual, quebra-se o princípio da igualdade. Os ônus devem ser distribuídos de forma igualitária. 2º PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE: traz a ideia de que toda a coletividade deve ser responsável pelos ônus e bônus da atividade estatal. Quem vai responder de forma igual e solidária é TODA a COLETIVIDADE. Quem ressarce esse ônus e bônus é a sociedade. 02/03/2017 Função que a Responsabilidade Civil exerce: 1ª Reparatória: em danos materiais 2ª Compensatória: não Restitutio in integrum” Não status quo ante Danos -> Morais Estéticos 3ª Preventiva: função social da Responsabilidade Civil. Caráter inibitório em relação aos danos (inibir que o dano aconteça). Vai ser postulado uma indenização e um valor a mais para que a pessoa sinta inibida de praticar o dano. O quantum indenizatório vai ter um aumento, exatamente com caráter pedagógico para evitar que o dano aconteça novamente. “Punitive Damage” * Função Preventiva Social: Dano moral coletivo. Dano moral está ligado a dor e sofrimento psíquico. E como a coletividade sofre? A partir de agora o dano moral é uma quebra de direito fundamental!!!! Se o Dano Moral é quebrade Direito Fundamental (1ª, 2ª e 3ª dimensão “transindividuais”), é natural que agora encontremos o DANO MORAL COLETIVO. (dano moral ambiental, consumidor, idoso, ECA, Deficiente e Trabalho). STJ: O juiz não pode aplicar DANO MORAL de ofício. STF: Só quem pode pedir DANO MORAL COLETIVO é o Ministério Público. 4ª Divisão de Riscos: é uma tentativa de interiorizar as externalidades negativas. “toda atividade é coberta de risco, e esse risco eleva o preço das coisas. Exemplo: se eu tenho que fazer um frete do RS para o ES. É natural que o frete exija seguro (por conta das BR´s), assim, a seguradora vai cobrar um absurdo. Ainda tem o ICMS. Todo esse valor é embutido no produto, encarecendo a revenda final”. Posto isto, criam-se maneiras para diminuir esse risco e diminuir o valor => DPVAT, é uma tentativa de compartilhamento de riscos. E esse seguro exerce uma função social de amenizar o problema, recebendo o valor antecipadamente. Súmula 257 STJ: tem direito a receber o DPVAT ainda que não tenha pago. Elementos/Pressupostos da Responsabilidade Civil: Filtros: 1. Conduta, 2. dano e 3. nexo de causalidade. Subjetiva: tem que ser provada a culpa ampla (se divide em dolo e culpa estrita [imprudência, negligencia e imperícia]). Imperícia é uma forma de negligencia técnica. Objetiva: sem culpa. CONDUTA Ação ou Omissão. Art. 37, §6º CF: as pessoas jurídicas de direito público e privado prestadoras de serviço responderão pelo dano que seus agentes causarem. STJ e STF: A CF está apresentando uma conduta apenas de ação, visto que causar é agir/fazer alguma coisa. Doutrina e jurisprudência entendem que na conduta de ação a responsabilidade é objetiva Na omissão, a responsabilidade é subjetiva. Quando a omissão for específica ou Geral: Específica: dever legal de agir. Tem o dever legal de agir e não está agindo, o estado vai responder. Geral: Quando há o dever de coletividade. Políticas Públicas. Segurança Pública é a discussão mais ferrenha. A omissão geral NÃO É INDENIZÁVEL. STF: O Estado NÃO É ONIPRESENTE, logo não conseguirá fazer a segurança de todos. RESPONSABILIDADE TEORIA FUNDAMENTO AÇÃO Objetiva Risco Administrativo Art. 37 §6º CF OMISSÃO Subjetiva Culpa Adm STJ/STF AÇÃO/OMISSÃO Objetiva Risco Integral Casos Específicos DANO É lesão ao direito fundamental. Características: Jurídico: quebra ou lesão a direito, podendo ser, direito a intimidade, honra, imagem, propriedade, incolumidade física e etc. Não enquadramos como dano a lesão meramente econômica. O dano econômico pode ou não ser uma consequência. Mero dano econômico que não advém de quebra de direito, não é indenizável. Exemplo: CPC – assistência. Não cabe assistência quando não houver interesse jurídico. A está processando B, e C é credor de B. Logo o C entra no processo na qualidade de assistente nos moldes do 319 CPC. O juiz nega pq o interesse é meramente econômico e não jurídico. CREDOR DE RÉU NÃO TEM INTERESSE JURIDICO PARA ASSISTENCIA. STJ: Inadimplemento contratual não gera dano moral. Ao lesar direito individual, passa a ter o dano moral. STJ 2016: contrato em cadeia/rede/coligados. Quebra da boa-fé contratual, que está dentro da liberdade de contratar, que por sua vez, está dentro do exercício de pessoalidade. Evidencia a quebra de direitos e o STJ manda indenizar o dano moral. Anormal: quando o dano faça uma quebra das regras normais de convivência em sociedade. Danos sempre vai existir, mas para ter o direito de indenização, tem que extrapolar a normalidade. Exemplo: condomínio determina que os proprietários não podem ter animais de estimação. É um dano normal de convivência em sociedade. STJ Teoria do mero aborrecimento: Porta giratória em bancos, Fila do banco (ver dano moral). Específico: 1. Vítima individualizada, 2. Grupos (direitos coletivos e individuais homogêneos) e 3. Coletividade (ligados a direitos difusos). MODALIDADE DE DANOS. Modalidades: 1º Dano Material: Dano Emergente: o que você perdeu. Lucros Cessantes: o que deixou de ganhar. Busca Reparação (restitutio in integrum). EXCEÇÃO: bens infungíveis (que pode ser aferido valor, mas tb é insubstituível), terá que ter reparação e compensação. 2º Dano Moral: quando não consegue fazer o “restitutio in integrum”, nem retorno ao “atato quo ante”, então tem a compensação. Dano moral NÃO é mais dor e sofrimento psíquico. Sergio Cavalieri Filho -> o dano moral vai acontecer quando tivermos a quebra de direito fundamental. 08/03/2017 Categorias para Dano Moral ser desenvolvido. 1ª Dano Moral Objetivo: é aquele que a doutrina chama de Dano Presumido. O famoso dano “in re ipsa”. Este dano é bastante conhecido e as categorias desse dano é: a) inclusão do nome nos cadastros negativos (CADIN, SERASA, SPC); b) Dano a dignidade humana, logo, não há necessidade de fazer prova; c) Danos Estéticos. STJ diz que dano contra crianças é dano “in re ipsa”, usando o artigo 17 do ECA. 2ª Dano Moral Subjetivo: ligado a algum tipo de quebra de direito fundamental. Existe uma imensa tradição que liga MORAL a MORALIDADE (elementos morais e éticos), principalmente religiosa. Maior crítica que a doutrina exerceu sobre o dano moral é a SUBJETIVIDADE. Dano moral é o que está na cabeça do magistrado, analisando o dano moral pelo critério do que o juiz acha que é. STJ: expedientes criados pelo tribunais superiores para impedir o andamento de recursos: Jurisprudência defensiva: Sumula 7 do STJ, que o STJ não analisa questões de fato. Mas para o dano moral ele abriu exceção para análise da razoabilidade e proporcionalidade. Análise que deve ser feita pelo juiz: 1 – se há lesão a algum direito fundamental. 2 – extensão do dano. Aspecto social e pessoal, e não mais o quanto sofreu (dor emocional e psíquica). Sistema Bifásico do Dano Moral: Critérios do STJ de análise do Dano moral. 1º gravidade do fato e suas consequências; 2º o dolo ou a culpa do agente; 3º participação da vítima; 4ª a capacidade econômica do agente (utilizando a razoabilidade); 5ª condições especiais da vítima. SISTEMA BIFÁSICO: critério objetivo para fixação do quantum da indenização de dano moral. 1ª Fase: utilizar os precedentes dos tribunais superiores que já trazem valores. Precedentes de casos semelhantes. 2ª Fase: analisar as peculiaridades do fato, que podem aumentar ou reduzir a indenização. 2.2 Dano por Ricochete: Vem do Direito Francês, conhecido como dano reflexo, dano indireto. É o dano que vai atingir terceiros estranhos ao fato. Na prática, acontece para as famílias das pessoas que oram mortas em algum evento. Há nexo de causalidade entre o dano e o prejuízo sofrido pelo terceiro. 3º Danos Naturais: A doutrina tem entendido que animal não é mais mero bem semovente, sendo agora parte do núcleo familiar. Deve ser analisado a extensão do dano para mensurar o quantum indenizatório. 4º Direito de 2ª geração – MORADIA: Não é só morar, tem direito de ter descanso no lar, paz dentro do lar. 5º Dano Existencial: vai se dividir em 2 vertentes: Perda do Projeto de Vida: quando temos de muita importância no ser humano, a auto realização (executar e concretizar seu projeto de vida). Se traduz na coexistencialidade. Nasce no direito do Trabalho. (ex: prender pessoa por tempo a mais do que previsto; e prender pessoa que não devia – homônimos), abuso moral e sexual configuram dano existencial. Perda do Direito de Convivência: convivência familiar, com colegas de faculdade, escola, lazer. Mexem com a essencialidade da pessoa. “Coping” -> é uma expressão que se utiliza muito na psicologia e psiquiatria. Instrumentos que são criados para superar problemas/traumas. Está sendo usado principalmente ligado aos danos estéticos, pra saber como será a sobrevida após o dano estético. Exemplo: se gerar uma lesão permanente, vc terá que prestar caução/fundo que seja uma garantia para que possa indenizar a pessoa como forma de fazer valer o dano permanente que gerou nela. O dano permanentepode ser parcial ou total. 6º Perda de uma Chance: Tire da mente a “mera expectativa de direito”. Conexão é elemento interno da estrutura da aviação, logo é fortuito interno da administração. Elemento Objetivo: onde está o Dano? O ato deve estar objetivamente obstruindo o direito. Nexo de Causalidade: Só se fala de perda de uma chance quando não houver expectativa de direito. Tem que existir o nexo de causalidade. Expressão: “Dano Moral” Está ligado ao liberalismo, como se fosse próximo do dano patrimonial, estético. A doutrina tem entendido que não está mais cabendo a expressão dano moral, e os artigos que tratam desse assunto citam o autor Jose Carlos Sossarejo, que tem trabalhado com a expressão “Dano a Pessoa” em substituição ao Dano moral, pra facilitar o enquadramento. Esse Dano a Pessoa pode ser Objetivo e Subjetivo Objetivo: bens Subjetivo: quando atinge as próprias pessoas DANO MORAL PARA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO Vamos olhar para a PJ sob o critério: fins lucrativos e não tem fins lucrativos. Teoria orgânica da pessoa jurídica e a PJ como um aspecto organizacional (separa a estrutura dos sócios da empresa, enxerga a empresa como um outro ente – pessoa dotada de elementos de personalidade jurídica). Súmula 227 STJ – PJ pode sofrer dano moral. Mexer com o nome ou marca da empresa, mas deve fazer prova do prejuízo. DANO MORAL PARA PJ DE DIREITO PÚBLICO O município acabou sendo acusado de estar praticando ato de improbidade adm, o MP abriu inquérito civil e mandou pro juiz (ação civil pública de improbidade) e o juiz não receber alegando que não existia elementos suficientes. O prefeito ajuizou ação em nome do município, alegando que toda o interesse público havia sido quebrado e pediu dano moral. A discussão foi pro STJ que em 2015 se pronunciou: não há dano moral quando se fala de interesse público, pq há controle interno e externo. (ouvir o áudio e terminar essa história). Faz parte do interesse público e por isso não gera dano moral. CUMULAÇÃO DE PEDIDOS Sumula 37 e 387 do STJ: na P.I pode pedir dano material e a Pessoa (moral e estético). NEXO DE CAUSALIDADE Conduta -> dano -> nexo Toda conduta que causa dano, vai gerar responsabilidade. Causa e Efeito: nessa estrutura nasce o NEXO. NEXO: é um liame, ligação, entre a conduta e o dano. Teorias do Nexo de Causalidade: 1ª Relevância Jurídica: A conduta que da causa tem que ser relevante praquele dano. Condutas pequenas ou de pouca relevância, não geram nexo. Aula 09/03 - continuação 2ª Teoria Sine qua non “sem a qual não há”: Equivalente condições, Equivalente de causalidade. Causa é todo o evento que desencadeia o resultado. Código Penal 13. Regresso infinito. Conduta + dolo ou culpa -> é a conduta que vc praticou, mais dolo ou culpa. 3ª Teoria da Causalidade Adequada: ela faz um binômio. Para que a causa tenha um efeito, a causa tem que ser adequada + necessária. Adequação: que tem condições reais de produzir efeito pretendido. A jurisprudência brasileira adotou a teoria da causalidade adequada no seu subprincípio Necessidade. Necessidade: a causa é direta e imediata que causou o dano. CONCAUSAS É uma causa independente que interfere na linha causal, interferindo e produzindo resultado naturalístico. Essa causa independente gera resulta, e quem passa a responder é esse terceiro que produziu o resultado. Você responde ate onde praticou o ato. Quando a causa independente interfere, o outro continua com o resultado que produziu. A concausa tira a relação direta e imediata. Exemplo: decisão do STJ – um carro e moto colidiram. O piloto da moto estava vivo aguardando atendimento deitado na pista. Nesse momento um terceiro, em alta velocidade, atropelou o piloto que estava deitado na pista. O primeiro, paga só a moto, enquanto o terceiro indeniza a morte do piloto. EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE Responsabilidade subjetiva: não tem culpa, não agiu dolosa ou culposamente. A defesa na materia de responsabilidade subjetiva é a ausência de culpa. As excludentes são aferidas para a responsabilidade Objetiva. A função é fazer a quebra do nexo de causalidade. Culpa Exclusiva da Vítima: A conduta que gerou o dano é a conduta da própria vítima. Há uma isenção do Estado em indenizar/ressarcir. Vítima inteiramente culpada Exemplos: o surfista de trem – culpa exclusiva da vítima; STJ – aquele que buscar pular no trem (pegar o trem em movimento) e fica pendurado do lado de fora e se machucar é culpa exclusiva da vítima; Suicídio é culpa exclusiva da vítima – se o suicídio for de cidadão é culpa exclusiva da vítima, mas se for suicídio de preso é de Responsabilidade objetiva do Estado. Culpa Concorrente: aqui a culpa é, do agente público e da vítima. Vítima parcialmente culpada. O Estado vai responder na proporção da sua culpa. A modalidade aqui é subjetiva, pois se deve aferir a culpa do agente e da vítima para estabelecer a indenização. Feito por meio de perícia dentro de processo. Exemplo: Pingente – pessoa que vai grudada no ônibus de porta aberta. A culpa será dividida entre o motorista e a criatura que está pendurada na porta; TREM – a concessionaria tem que fazer uma proteção na linha do trem para evitar que a criatura se pendure no trem. Culpa de Terceiro: Nem autor nem vítima, é um terceiro que produziu. O nexo de causalidade é do terceiro, e terá que indenizar o autor e a vítima. Exemplo: A dá uma fechada em B que acaba por colidir no carro de C. A terá que indenizar B e C. Exemplo: Atos de Multidão: o estado atua em responsabilidade de risco administrativo, admite as excludentes de responsabilidade. Nos atos de multidão a jurisprudencia tem entendido que a multidão atua como terceiro. Afinal, vc terá a vitima, uma possível omissão estatal e entao tentaria fazer o nexo de causalidade. O Estado alega que o ato praticado pela multidão se enquadra na culpa de terceiro para excluir a responsabilidade do estado, pq não foi omisso, afinal, não há PREVISIBILIDADE dos atos. Pq não tem como conter. O Estado não atua em risco integral, mas tao somente em risco administrativo. Exceção: quando o Estado se omitir em fazer a segurança, há responsabilidade subjetiva, devendo demonstrar a negligencia estatal. Dano Multitudinário: não configura excludente, mas é de GRUPOS. É quando nós temos uma modalidade plurissubjetivo, uma exigência entabulada na lei de participação de duas ou mais pessoas. Quando o estado negligenciar em separar a briga. Exemplo: Rixa, art 137 CP. Todos responderão por rixa. Responsabilidade Objetiva Caso Fortuito (ato humano) ou Força Maior (força da natureza): não se esta conseguindo definir os limites do que seri caso fortuito ou força maior, entoa passam a adotar o modelo de Augustinho Alvin. A partir de agora temos Fortuito Interno e Fortuito Externo. Fortuito Interno Fortuito Externo Gera responsabilidade, o Estado vai responder. Está dentro do risco da atividade É um imprevisto previsível Exemplo: extravio de bagagem; Exemplo 2: Súmula 187 STF – culpa de 3º em acidentes de transporte de pessoas interestadual, faz parte do fortuito interno da concessionária, devendo a empresa indenizar o passageiro e depois ir atrás de quem causou o dano. Exclui a responsabilidade Não está no risco da atividade É o imprevisto imprevisível, pq não está no risco da atividade. Exemplo: Roubo em ônibus em viagem interestadual, é fortuito externo, logo, a concessionária não tem que indenizar. Exceção: lugar conhecidamente como lugar de assalto, passa a existir a previsibilidade e por consequência o dever de indenizar. Exemplo 2: arrastão Aula 15/03/2017 ATOS DA NATUREZA Exclui a responsabilidade do Estado. Critério da PREVISIBILIDADE. Quanto mais previsível, mais razoável as medidas que o Estado tem que tomar. Exemplo: é previsível que vai chover 30mm o mês, mas chove tudo isso no final de semana, o Estado não tem como prever. Exceção: quando este ato da natureza for ligado a negligencia do Estado. Provandoa negligencia Estatal o Estado fica obrigado a indenizar STJ: uma cidade do interior teve uma grande chuva e inundou o centro da cidade e destruiu várias lojas. Os comerciantes tinham uma associação e processaram o município alegando que este não fazia limpeza nos bueiros a muito tempo. Foi comprovado que de fato o Estado não fazia a limpeza dos bueiros, agindo então com negligência. Desta feita, se tem que provar a negligencia a responsabilidade é subjetiva. As 4 formas que excluem responsabilidade do estado: culpa exclusiva da vítima, culpa de 3º, fortuito externo e atos da natureza RESPONSABILIDADE DO ESTADO COMO GARANTIDOR O Estado como garantidor é a relação de custódia do Estado. 1ª Dever de Incolumidade: É um dever de proteção mais agravado, e a doutrina chama de Responsabilidade objetiva AGRAVADA. Pq na relação de custodia o Estado não pode alegar, como matéria de defesa, culpa de terceiro (só pode alegar culpa exclusiva da vítima, fortuito externo e atos da natureza). Quem são os custodiados do Estado? A criança na creche, o aluno na escola, o doente no hospital, o doido no nosocômio, o idoso que está no asilo, aquele que está no programa de testemunhas, a mulher no Maria da Penha. PRESO Tem uma proteção a mais, chamada de Responsabilidade Objetiva AGRAVADÍSSIMA. O Estado perde a oportunidade de defesa da culpa exclusiva da vítima em caso de suicídio, e culpa de terceiro. REBELIÃO Se matarem o preso, o Estado responderá pelas rebeliões. FUGA DO PRESO “Foragido”, preso fugido, cometeu novo crime, o Estado deve responder? SIM. O Estado responderá de forma OBJETIVA, pois tinha o dever legal de agir, deixando de manter o preso preso. Não é omissão. É um fazer mal feito. Manter o preso enclausurado é uma obrigação estatal. O STF faz duas ponderações, nos dois casos temos a quebra do nexo de causalidade. 1ª Muito tempo entre a fuga e o cometimento do crime, quebra o nexo de causalidade. 2ª No caso de concurso de pessoas, (teoria monista), quebra o nexo de causalidade. Se o preso liderava: Teoria do domínio do fato (não é aceita no Brasil), é uma exceção que o STF usou no caso do José Dirceu. SAIDÃO DO PRESO É responsabilidade Subjetiva, devendo demonstrar a negligencia do Estado. PARCERIA PÚBLICO PRIVADA – PPP´s (lei 11.079/2004) O estado tem uma infraestrutura horrorosa. Só para contrato acima de 20 anos e acima de 25 milhões de reais (longa duração e valores altos). Amenizar o risco do particular e poder incentivar ele a investir. Os presídios estão sendo privatizados por meio de PPP´s. O primeiro presidio privatizado é o do Paraná. Se um preso foge, a responsabilidade é da empresa que está prestando serviço ou do Estado? No primeiro momento a responsabilidade é da EMPRESA, e não tendo condições de responder, deve então chamar o Estado de forma subsidiária. STF Fevereiro 2017: decisão que cabe indenização por dano moral quando o preso está em cela superlotada. É uma competência Estadual e municipal. CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE: O STF USA A CONVENÇÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS, Regras de Bangcok. RESPONSABILIDADE DAS CONCESSIONÁRIAS E PERMISSIONÁRIAS DE SERVIÇO PÚBLICO Artigo 37, §6º CF – as PJ de direito público E as PJ de direito privado prestadoras de serviço público. São as delegatárias: concessionárias, permissionárias de serviço público e as autorizadas de serviço público. Concessionaria – RODOSOL Também está sob responsabilidade Objetiva. STF 2004: Responsabilidade objetiva é para o caso de quem está usando o serviço público. Há diferença entre usuário (responsabilidade objetiva) e o não-usuário (a responsabilidade será subjetiva). STF 2009: Usuário e não usuário, a responsabilidade é objetiva. ANIMAL NA PISTA STJ: Se a prestação de serviço for de concessionária, ela deve responder. E se a pista não é de concessão, a responsabilidade é do DNIT (Estado). DANOS AMBIENTAIS STJ: Se a concessionária está produzindo danos ambientais, é sinônimo de que o Estado não está fiscalizando a sua concessão. Neste caso há uma quebra da regra, e nos danos ambientais a Concessionária e o Estado respondem SOLIDARIAMENTE. RESPONSABILIDADE DAS ESTATAIS O estado tem 2 empresas: sociedade de economia mista e a empresa pública, art 173 CF. Empresa pública: o capital é todo público Sociedade de Economia Mista: Capital é misto. Banco do Brasil PJ de direito Privado!! A instituição empresa pode ser pertencente a pessoa privada ou pessoa pública. As empresas do Estado sempre serão pessoas jurídicas de direito PRIVADO. Exploradora da atividade econômica: Responsabilidade Subjetiva Prestadora de serviço público: Responsabilidade Objetiva -> art 37, §6º CF Bem, serviços e produtos com habitualidade e intuito de lucro, responderá OBEJTIVAMENTE. Sumula 297 STJ. Exemplos: Cesan -> S.E.M -> Objetiva -> 37, §6º CF Banestes -> S.E.M -> subjetiva -> 37, §6º CF Na relação de consumo, onde o Banestes oferece produtos, ele responderá conforme o CDC (lei 8078/90, art 14), ou seja OBJETIVAMENTE. APLICAÇÃO DO CDC NOS SERVIÇOS PÚBLICOS Artigo 6º -> Serviço Público Qualidade Artigo 22 -> continuidade do serviço público Existem 2 tipos de formas de remuneração do Serviço Público: Preço Público: Tarifa (ônibus, energia, celular). Tarifa tem natureza contratual, e será reajustada na forma do contrato feito com o Estado. Nasce de uma relação de direito privado – contratual. Às tarifas não se aplicam os principais princípios tributários (Legalidade e Anterioridade). Qualquer um que tiver prestando serviço público para o estado. Pessoa Jurídica de Direito Privado. Taxa: 145, I CF 77 CTN Não contratual Legal Tributo vinculado Aplicam-se os princípios tributários. Temos 2 tipos de taxas: Taxa de Serviço Público e Taxa de Poder de Polícia. STJ: Só se aplica o CDC para serviços públicos remunerados por meio de TARIFA. A tarifa tem natureza privada. O CDC no artigo 1 diz que é norma de ordem pública inderrogável, mas deve prestar reverencia para a supremacia do estado, neste caso o próprio CDC se rende. RESPONSABILIDADE POR DANOS AMBIENTAIS O direito ambiental tem previsão no artigo 225 CF. E o STF declarou o artigo 225 uma cláusula pétrea Atópica (que não está no rol das cláusulas pétreas). STJ 2014: não sera risco administrativo, mas sim RISCO INTEGRAL, e em assim sendo é responsabilidade OBJETIVA. E, em razão de ser um direito de toda sociedade, é ainda, IMPRESCRITÍVEL. DANO AMBIENTAL FEITO PELA DELEGATÁRIA Delegatária: transfere o serviço e a execução. Culpa in vigilando: ausência de fiscalização Responsabilidade do Estado como SOLIDÁRIA. RESPONSABILIDADE DO ESTADO POR ATOS LÍCITOS A teoria adota pelo Brasil é a Teoria do Risco (igualdade + solidariedade), e há uma divisão entre bônus e ônus da atividade Estatal. Havendo ônus desigual, não importa de onde nasceu (licita ou ilícita), o particular será indenizado. Exemplo: Obras Públicas – atividades licitas do Estado, mas muitas vezes pode gerar prejuízo. Obra na Leitão da Silva. Os comerciantes estão sofrendo o ônus da demora da obra, por isso, devem ser indenizados. RESPONSABILIDADE DO ESTADO POR OMISSÃO Quando o estado está numa conduta de Ação – Risco Adm -> objetiva – Art 37, §6º da CF. Omissão – Culpa Adm -> Subjetiva – construção do STF e STJ Omissão Geral Omissão Específica - Tipos de serviços que são para toda a população. - Não há responsabilidade, pq não pode garantir a plenitude do serviço. - O Estado não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Exemplo: Segurança Pública - Quando o Estado tem o dever legal de agir - Aqui o Estado passa a ter a obrigação de indenizar. STJ 2015: Exemplo: buraco, bueiro aberto. Se o município tem convenio com o DETRAN. A competência é do detran. O município não tem competência pra multar. SEGURANÇA PÚBLICA Trata-se de uma omissão geral, e a regra é que o Estado não tem obrigação de indenizar. STF 2007: no estadoPE a policia já tinha informado que o local era ocorrência de furto e roubo. Uma pessoa estava no ponto de ônibus, vem o assaltante, rouba as coisas da vítima e dá um tiro na pessoa. A Vítima ficou tetraplégica, e então ajuizou uma ação contra o Estado e chegou no Supremo. Decidiu: O Estado vai indenizar e oferecer um home care pra vítima, até ele falecer. STJ: menina foi pra aula na escola (publica), chegando lá, a escola havia paralisado. A criança voltando pra casa, foi estuprada. Família processou o estado. O STJ decidiu que o Estado deve indenizar pq havia o direito legal de agir, pois a criança deveria estar na escola, que não deveria ter paralisado. Bala Perdida: menino de 16 anos com um fuzil na favela, começa a atirar a ermo. A bala atingiu uma pessoa. Existem decisões que entendem que é OMISSÃO GERAL. O STJ entende que é dever legal de agir e, portanto, deve indenizar, visto que ninguém pode ter arma no Brasil. Aula 22/03/2017 RESPONSABILIDADE DOS CARTÓRIOS STF/STJ – Os cartórios têm responsabilidade objetiva – art 37, §6º CF; art 236 CF; art 14 CDC. CONTUDO, COM A ALTERAÇÃO PELA Lei 13.286/16, artigo 22, faz uma alteração e passa a responsabilidade dos Cartórios para Subjetiva com prazo prescricional de mero 3 anos. DANOS DE OBRAS Há 2 tipos: 1º Dano só pelo fato da obra: existe simplesmente pela existência de uma obra. Não exige prova de irregularidade da obra. Responsabilidade Objetiva e alcançam tanto o Estado como o particular (as prestadoras de serviço público - concessionárias). Obras que estejam ligadas a serviço púbico gera dano só pelo fato da obra (Risco Integral). Exemplo: fazer o metrô, construção de estrada. 2º Dano de Obra: tem que provar a irregularidade da obra. É uma empresa que venceu uma licitação e vai fazer uma obra pública. Se o dano for pelo Estado, será objetiva (conduta de ação), ou subjetiva (conduta de omissão). Se o dano for da empresa privada o dano será subjetivo. Art 70 da lei 8.666/93 (lei de licitação), vai dizer que é responsabilidade da contratada, e exclui qualquer possibilidade de alegação de culpa in vigilando. DIFERENÇA: vc esta pagando alguma coisa? NÃO. Então não é serviço público. Exemplo: 3ª ponte tem pedágio, é serviço público. Empresa tem que reformar a orla da praia de camburi, o cidadão não paga tarifa/pedágio/taxa, então não é serviço público. RESPONSABILIDADE PENAL, CIVIL E ADMINISTRATIVA. Temos as esferas de julgamento no Brasil: penal, civil, administrativa e improbidade administrativa. Regras: 1ª há autonomia entre as esferas; 2ª as decisões das esferas não interferem uma na outra. Exceções: Penal -> a esfera penal consegue interferir nas demais, quando tiver absolvição com provas (ausência de materialidade ou autoria do crime). Atenção!!! Na absolvição SEM provas (quando houver dúvida – in dubio pro réu), neste caso a esfera penal não influenciará as outras esferas. CULPA RESIDUAL – Sumula 18 do STF Dentro da estrutura penal surge uma questão adm que é a culpa residual. Conceito: a pessoa foi absolvida na esfera penal, mas o fato continua como infração administrativa. Exemplo: servidor é acusado de furto (peculato furto), abre-se um processo penal e um PAD. Posteriormente encontram o bem jogado num canto. O processo penal referente ao furto será extinto, mas o servidor ainda será penalizado administrativamente por culpa residual, por não ter guardado o bem. STF 2017: DEMISSÃO SERVIDOR-> infração administrativa. Só perde o cargo se fizer referência ao cargo que está ocupando. DANOS DECORRENTES DE ATOS LEGISLATIVOS Tese da Irresponsabilidade, se sustenta em 3 situações: 1º Independência do poder legislativo 2º Norma Geral e Abstrata -> não tem destinatário específico, dano específico. 3º Escolha do Povo: então o povo tem que arcar com a escolha dele. Essa tese é utilizada por Hely Lopes Meirelles. Tese da Responsabilidade 1º Não tem independência da Constituição Federal, art 37 §6º (danos praticados pelos agente políticos e administrativos). 2º A norma é geral e abstrata, mas se contrariar a CF, tem o Estado o DEVER de indenizar. 3º Obrigação de produzir atos conforme a Lei. Essa tese é defendida pela Maria Sylvia Di Pietro. TIPOS DE ATOS LEGISLATIVOS QUE PODEM GERAR DANO 1º Lei Inconstitucional: para ser inconstitucional temos que ter -> engano especial (nexo de causalidade); pressuposto -> declaração de inconstitucionalidade da Lei; Exemplo: Proibição de venda de mercadoria dentro do país; lei que está cobrando tributos. 2º Lei Material: a lei é formalmente ato legislativo, materialmente ato administrativo. Lei concreta e individual é função administrativa. Exemplo: Desapropriação indireta -> sem seguir o procedimento Legal da desapropriação. Direito ambiental, o Estado tem a possibilidade de fazer uma limitação administrativa (modalidade de intervenção do Estado na propriedade). Por meio de Lei e estabelece a limitação, logo é uma lei material pq vai especificar a área que vai sofrer a limitação. Uma limitação tão intensa que no fundo está escondendo uma desapropriação. É um desvio de finalidade. Ação cabível: ação anulatória. 3º Omissão Legislativa: quando a CF determina que o Estado produza uma lei e não o faz. É uma norma de eficácia contida (oferta um direito constitucional, mas o exercício pleno será feito quando for regulamentado por lei). Norma de eficácia limitada (precisa de lei pra exercer), ajuíza-se Mandado de Injunção OU ADIN por Omissão. Exemplo: Artigo 37, X, CF -> a remuneração do servidor dever ser feita por lei e deve sofrer uma revisão periódica e anual. Só que essa lei é de iniciativa do chefe do executivo. STF: o aumento que está determinado no inciso X é aumento formal e não material (cada estado poderá fazer aumento de acordo com a sua capacidade orçamentária). Cabe ADIN por omissão para o STF, que por sua vez, abre prazo pra sanar a omissão. Aula 23/03/2017 CONTROLE DE LEGALIDADE Se a Lei (norma primária) for declarada inconstitucional, o decreto (norma secundária) tb o será (inconstitucionalidade reflexa). Neste caso se verá a declaração de inconstitucionalidade de norma secundária. A regra, contudo, é que norma secundária não sofre controle de constitucionalidade, mas apenas controle de LEGALIDADE. RESPONSABILIDADE CIVIL Danos serão decorrentes de atos administrativos (decreto, instruções, portaria e etc). Ação: 1º pedido a) declaração da ilegalidade da norma; pedido sucessivo b) Danos. 2ª Hipótese: ADIN que está discutindo uma lei, e vc está querendo discutir o Decreto que está colado na Lei. Neste caso, se o artigo do decreto for um artigo que está repetido na Lei, o Magistrado não poderá decidir a ação, portanto deverá suspender o processo até o STF decidir quanto a ilegalidade da Lei. Agora, se o artigo não tiver nada a ver com a Lei, o juiz pode declarar a inconstitucionalidade da norma secundária. RESPONSABILIDADE POR ATOS JURISDICIONAIS Se um juiz fizer merda, pode-se processar o Estado? 1ª situação: Atos Internos do Judiciário - > atos de servidor (motorista do desembargador, técnico, analista), aplica-se o art 37, §6º em sua plenitude. Ação -> objetiva; omissão -> subjetiva. 2ª situação: Atos do Juiz -> se subdividem em: ato interno (gestor do cartório); Poder de Polícia (dentro da audiência); Decisão Judicial (Poder Jurisdicional). Em questão de ato interno a jurisprudência já firmou que o juiz, de forma desleixada, conduz erroneamente o processo, esses atos internos podem gerar obrigação do Estado em indenizar. ERRO JUDICIÁRIO Provoca ou não provoca responsabilização pelo Estado? PENAL Art. 5º LXXV – o estado reponde por erro em caso de erro de condenação. Erros mais comuns: 1º Preso por mais tempo que deveria (dano existencial) 2º Homônimos – é muito fácil prender em função de nomes iguais. 3º Inquéritos – seja dolo ou culpa, gera responsabilização. 4º Prisão Preventiva – em discussão pela doutrina STJ: não se pode alegar erro judiciáriose o juiz está cumprindo requisito da Lei. STJ: se o cidadão esta preso preventivamente e o juiz penal fala que não recebe a denúncia por ausente a justa causa (lastro mínimo de autoria e materialidade), então prendeu sem PROVAS!!!! CIVIL Essa modalidade de erro judiciário não tem descrição expressa na CF. Se o juiz começar a responder quando errar, poderá acontecer: 1º Independencia do Juiz: senão gera medo de julgar. 2º Agente político: então não pode ser condenado. 3º Soberania do Poder Judiciário 4º Altera a Coisa Julgada Em função disso, a doutrina vem pregando que o agente político não responde com Culpa, mas tão somente com Dolo. CARVALHO FILHO -> se o juiz errou no curso do processo, a parte tem total direito de entrar com Recurso, na ausência do recurso, há preclusão temporal ou consumativa. MARIA SYLVIA DI PETRO -> não haverá alteração da coisa julgada, pq, o que está fazendo o dano acontecer não é a decisão, mas sim quando a parte cumprir a decisão, aí acontecerá o dano. O dano vai surgir no cumprimento da decisão errada. Na prática, a jurisprudência (STJ) é vacilante. A modalidade de culpa ainda há uma irresponsabilidade do Juiz. Na modalidade dolo, ele responderá, e deve ser provado (art 43, LOMAN). Exemplos de jurisprudências: juízes que destratam as partes; prejuízo expresso – ordem judicial errada. PRAZO PRESCRICIONAL PARA AJUIZAR DEMANDA CONTRA O ESTADO NORMA GERAL NORMA ESPECIAL Código Civil 2002 03 anos Decreto Lei 20.910/32 05 anos STJ 2011: Principio da Especialidade. O estado continua sendo regido por norma Especial. Súmula 150 STF - prescreve no mesmo prazo a pretensão executória e a punitiva – 5 anos. PRAZO PARA PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO Empresa Pública/Sociedade de Economia Mista -> Descentralização outorga. Concessionária, permissionárias e autorizadas -> Descentralização delegação. As prestadoras de Serviço publico -> 5 anos Agora em 2015 o STJ diz: tb será aplicado a norma especial, 5 anos Prestando serviço público -> 5 anos OBS: E.P e SEM, que faça exploração de atividade econômica, o prazo é de 3 ANOS (norma geral). AÇÃO REGRESSO ART 37, §6º, última parte: “(...) ressalvado por direito de regresso no caso de dolo ou culpa”. Exigência de prova de CULPA. Por isso a ação de regresso é SEMPRE responsabilidade SUBJETIVA. Culpa ampla: que se divide em dolo e culpa estrita (imprudência, negligencia e imperícia) AULA 29/03/2017 OBS: Lei 13.303/16 – EC 19/98 alterou o artigo 173, §1º. Pra fazer o Estatuto Jurídico para as Exploradoras de atividade econômica. Prazo de 6 anos pra entrar com a ação. PRESCRIÇÃO ACTIO NATA Direito objetivo: normas agendes, são as regras. Direito subjetivo: que é um vínculo que se faz entre objeto e o titular No momento que ocorre o descumprimento da relação jurídica, faz nascer uma pretensão, que tem que ser exercida dentro de um prazo de prescrição. Princípio do Actio Nata: é adotado pelo STJ. O nascimento da ação não se dará da data do fato, mas do conhecimento do dano. Não se ajuíza a ação da data do fato, mas sim do conhecimento do dano – da extensão do dano. Altera-se o marco inicial da contagem do prazo de prescrição, para o momento efetivo do conhecimento do dano. Exemplo: aceito pelo CDC – art 27 – prazo de 5 anos a contar do conhecimento do dano; CC 2002 – art 189, 456 §1º - prescrição e vícios redibitórios (oculto). DENUNCIAÇÃO DA LIDE Forma de ação de regresso antecipada, eventual e condicionada. A denunciação da lide respeita o Princípio da Celeridade e da Economia Processual. Quando tiver denunciação da lide, teremos que numa mesma sentença, a decisão das 2 relações jurídicas de forma sucessivas, na mesma sentença (autor -> réu / denunciante-> denunciada). E O Estado? o agente reponde na ação de regresso quando atuar com dolo ou culpa. O estado tem 2 opções: denuncia a lide o agente público, ou espera o processo terminar e entra com ação de regresso contra o servidor. Questões a serem enfrentadas: 1ª A denunciação da lide é facultativa ou obrigatória? O estado é obrigado a denunciar o servidor à lide? STJ: Não é obrigatória, podendo escolher entre denunciar a lide ou esperar ao final da ação para entrar com ação de regresso contra o Servidor Público. 2ª O juiz tem obrigação de aceitar a denunciação à lide? STJ: não é para o juiz, obrigatoriamente, aceitar. O juiz deve analisar a denunciação a lide em nome do princípio da celeridade, a questão da demora do processo mesmo. Responsabilidade subjetiva precisa comprovar, produzir provas e percebendo que a perícia será muito grande/complexa, o magistrado pode negar a denunciação a lide e o Estado depois entra com ação de Regresso. AÇÃO DE REGRESSO POR DANO AO ERÁRIO PÚBLICO Artigo 37, §5º CF: a Lei vai regular os prazos para aplicação de penalidade aos servidores. “Ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento”. O STF entende que a ação que gere dano ao erário público é IMPRESCRITÍVEL! Fundado na Supremacia do Interesse Público. É uma aberração jurídica, pois gera a quebra da segurança jurídica. Tornando imprescritível, gera instabilidade no sistema jurídico. STF 2016: Ministro Teori Zavaski, Overruling: quando houver dano ao erário público, de natureza civil, a partir de 2016, tem prescrição e o Estado tem 5 anos pra entrar com a ação de regresso. Já os danos ao erário público, decorrentes de infração penal, continua IMPRESCRITÍVEL (ação de ressarcimento). Para os atos de improbidade também é imprescritível. OUTROS PRAZOS IMPRESCRITÍVEIS 1º Dano decorrente de ato da ditadura. 2º Dano ambiental 3º Dano ao erário penal 4º Dano ao erário por improbidade. TEORIA DA DUPLA GARANTIA STF: a vítima processa o Estado por ter mais garantia do que o servidor, e o Estado tem a ação de regresso contra o agente, que por sua vez tem que ter agido com dolo ou culpa. A teoria evita o cruzamento das vias, impedindo que a vítima processe diretamente o agente público. A garantia do agente é que a vítima será processada pelo Estado. Uma garantia do servidor e do Estado. CELSO ANTONIO, 2013: art. 37, §6º CF é uma garantia constitucional para a Vítima!!! Não para o Estado nem para o agente. Por isso a vítima tem direito de escolher se quer processar o Estado, o agente ou os dois. Agente – subjetiva Estado – ação – objetiva Omissão - subjetiva STJ 2014: Precedente: Celso Antonio - VÍTIMA TEM O DIREITO DE ESCOLHA. STF 2017: Ministro Marco Aurélio chamou em Repercussão Geral. Aula 05/04/2017 INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE O Estado faz tipos de intervenção: Economia e Propriedade. Economia: pq nós somos um Estado Diligente, a constituição é diligente. Parte de 2 princípios, de forma direita (Exceção – art 173 CF) ou indireta (regra – art 174 CF). Na intervenção indireta o Estado faz regulação, fomento e fiscalização. Na direta, atua com prestação e serviço público ou explora atividade econômica (S.E.M ou Empresa Pública). Propriedade: o faz em nome da Supremacia do Interesse Público, atuando também com poder de polícia e exercício da função social da propriedade (art. 5º inciso XXIII, XXV CF; 170, IV CF; 184 a 186 CF; 191 CF; 1228, §§3º e 4º CC/02). Quais são as funções que a propriedade exerce hoje? 1º Econômica – começa com São Tomás de Aquino, a propriedade não pode ser só acumulo de riquezas, mas tb exercer função social. Com finalidade específica: direito urbanístico, direito de vizinhança, vigilância sanitária. Hoje tb temos uma exigência muito forte do DIREITO AMBIENTAL. A doutrina mais moderna diz que a função social é um instituto fluido, pq ele vai se adaptando as novas realidades sociais, econômicas e ambientais, de conteúdo polissêmico (dar vários significados). A propriedade como um instrumento/elemento de desenvolvimento social. Propriedade: MATERIAL MOVEIS, IMÓVEIS E SEMOVENTES IMATERIAL: marcas e patentes, títulos valorados (ações), fundo de comercio de empresa (ponto, clientela, nome,aviamento [capacidade produtiva/técnica da empresa]). FORMAS DE INTERVENÇÃO: Pode ser restritiva ou supressiva Restritiva: cria apenas uma limitação ao exercício da propriedade. Em regra, o Estado não é obrigado a indenizar pela limitação criada. 1ª) Limitações Administrativas 2ª) Requisição Administrativa 3º) Ocupação Temporária 4º) Tombamento 5º) Servidão Supressiva: é a única forma de intervenção que gera a perda da propriedade. Em regra, o Estado deve indenizar. MODALIDADES DE INTERVENÇÃO RESTRITIVA 1ª) Limitações Administrativas: O fundamento está na Supremacia e, principalmente, no Poder de polícia. Características: 1ª - é geral e abstrata (uti universi), pode ser feita por lei ou por ato administrativo. 2ª - É definitiva. 3ª – em regra, não vai gerar direito de indenização. 4ª – vai incidir sobre bens imóveis. E existe uma discussão se essa limitação administrativa vai atingir bem móvel. Exemplos: Direito Ambiental (área de preservação permanente e Área de preservação ambiental) é uma restrição ao exercício; Direito Urbanístico (lei 10.257/01); patrimônio histórico cultural brasileiro (art 216 CF – direito de preempção [preferencia] se não exerce, a administração ajuíza ação de anulação do negócio jurídico e multa de 20%). Área non aedificandi: áreas que não se pode construir, por questões de segurança (postes, gasodutos, Torres, rodovias), por questões ambientais áreas obrigatórias (construções na beira do rio, da praia) e áreas facultativas (lei de loteamentos urbanos 6766/66 – art 4º e 5º). STJ 2014: construir imóvel em área de não edificação, quando o Estado retira, tem direito a receber benfeitorias? Necessárias, úteis e voluptuárias. Para quem atua de má-fé, não terá direito a nenhuma espécie de benfeitoria, nem útil, nem necessária nem voluptuária. AULA 06/04/2017 OBRIGAÇÕES DECORRENTES DAS LIMITAÇÕES – são 3, positivas, negativas e de suportar. Positivas: tb chamadas de fazer. Função Social da propriedade. Teremos obrigações de fazer e também de desfazer. Negativas: tb chamada de não fazer. Em regra, são obrigações de não fazer. De Suportar: tb chamadas de permissivas. É a obrigação de suportar fiscalização. INDENIZAÇÃO: Regra: limitação administrativa não gera direito de indenização. Exceção: limitação que gerem supressão ao direito de propriedade. LEGALIDADE AMPLA RAZOÁVEL: é a regra do direito público. A aplicação da lei mesmo tendo direito de fazer limitação administrativa, deve ser razoável. Pode criar limitações que gere condicionamento do direito de propriedade ou alguma regra que gere redução ao exercício do direito. Condicionamentos (concessão de licenças) para exercício da propriedade, traz uma série de requisitos e exigências como forma de condicionamento para o exercício de propriedade. Pode estabelecer altura de prédio, recuo de imóvel, zona de comércio no Plano Diretor Urbano, o que acaba reduzindo o exercício do direito de propriedade. Se a limitação cause SUPRESSÃO do direito de propriedade gera quebra da razoabilidade PODE CONDICIONAR E REDUZIR, NUNCA SUPRIMIR.!!!!! Exemplo: DESAPROPRIAÇAO INDIRETA – é a supressão do direito de propriedade sem o procedimento legal. Poderá ser de FATO ou de DIREITO. FATO: Esbulho Administrativo – Ação de Reintegração de Posse. DIREITO: quando se cria uma limitação administrativa que impede o uso da propriedade. Exemplo: tem uma área ambiental, a prefeitura não tem dinheiro para desapropriar de modo legal, então edita lei dizendo que só pode utilizar a área mediante autorização de órgão especial. Essa limitação SUPRIME o direito de propriedade. Art 37, §6º CF – fundamento da ação, requerendo danos referentes à obstaculização do exercício de propriedade. PRAZO: segue o mesmo modelo do decreto 20.910/32, qual seja, 05 anos. LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS DE URGÊNCIA Hely Lopes Meirelles: em caso de urgência, poderemos ter uma atuação administrativa de limitações mesmo que não esteja previsto em Lei ou norma administrativa. Utilizando a Razoabilidade Exemplos: enchentes, desastres naturais. 2º) Requisição Administrativas: Características 1º Temporária 2º urgência: Iminente Perigo 3º Bens Imóveis/móveis 4º Em regra, não gera indenização 5º Formalizado por Decreto. 6º é um direito pessoal (direito subjetivo) da administração, pressuposto de perigo iminente,indenização a posterior, é transitória COMPETENCIA PARA LEGISLAR – ART 22, III, CF. Somente Lei Federal poderá regulamentar Requisição Administrativa. Modalidades: 1º Militar: origem da requisição. A militar pode ser para tempo de guerra e tb pode ser feita em tempo de paz. 2º Civil: Posterior a militar. Para a civil é em Iminente perigo Finalidade: objeto de requisição - Bens móveis e imóveis A requisição administrativa é AUTOEXECUTÓRIA, independe de autorização judicial. BASE CONSTITUCIONAL – art 5º, inciso XXV CF. Bens Atingidos: Que podem ser requisitados 1º bens móveis, bens imóveis ou serviços 2º Aeronaves 3º Leitos de Hospital – em situação de pandemia ou endemia. O Estado deverá ser indenizado. 4º Serviços Essenciais para a população De 1ª necessidade para a população, tb serão indenizáveis. INDENIZAÇÃO Regra: a requisição não é indenizável. Contudo nas seguintes situaçãos (Leitos de Hospital e Serviços essenciais para a população), será indenizável. Indenização Condicionada: só indeniza de posteriormente provar o dano. 3ª Ocupação Temporária: Características: não tem caráter real, não é um ônus real sobre o bem. Só sobre bem IMÓVEL Temporária ATENÇÃO: Diferença: Lei 8.666/93 (Lei de Licitações) tem expediente de ocupação temporária, nos casos de descumprimento do contrato, que gera a extinção do contrato. Antes da extinção, a administração ocupa temporariamente os bens móveis e imóveis de quem esta fazendo o serviço público. É medida preventiva a ser tomada antes de a extinção do contrato, necessários a prestação do serviço público, garantindo desta forma a proteção ao princípio da continuidade do serviço público. MODALIDADES DE OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA 1º Obras públicas ligadas à desapropriação: art 36 do decreto Lei 3365/41. É indenizável. Se a obra é seguida de desapropriação, então deverá ser indenizada. Se a obra for tão somente do terreno para guardar equipamentos, então não precisa indenizar. Requisitos: a) antecedida de desapropriação; b) ocupação de terrenos vizinhos da obra; c) terrenos vizinhos, desocupados e sem contrução; d) terá de indenizar; e) Possibilidade do Estado prestar caução 2ª Obra Pública: não antecedida de desapropriação, não tem direito de indenização. 3ª Necessidades Públicas Temporárias: escolas para utilizar em campanhas temporárias. Exemplo: para vacinação, concursos, eleição e etc. 4º Parque Arqueológico ou Jazida de Minério: são bens da União. Ocupação temporária para estudos arqueológicos. Se achar pedras, comprovando a existência de minérios, o Estado desapropria e paga Royalties. Se não encontrar nada, só indenizará se ficar comprovado prejuízo (indenização condicionada). Aula 12/04/2017 4º) Tombamento Art 216 CF- bem móvel e imóvel. Art 215, §3º Cf – EC 48/05 -> estabelece o Programa Nacional de Cultura Diferença entre: TOMBAMENTO REGISTRO É de bens materiais, podendo ser móvel ou imóvel. É de bens imateriais. São costumes Brasileiros. São 4 livros de registro, que estão no IPHAN. Exemplo: Paneleiras de Goiabeiras; baianas do candomblé da Bahia. É do Direito Português, pq ia no Livro do Tombo, onde guardavam na Torre do Tombo. É uma defesa do patrimônio artístico cultural brasileiro. Direito fundamental de 3ª geração (metaindividual). Ministério Público Ação Civil Pública Ação Popular Ação civil pública de improbidade administrativa A Lei de ação Popular (4717/65) foi reformada para proteger o patrimônio histórico cultural. Também é ato de improbidade administrativa o gestor o público que ignora o patrimônio histórico. ÁREA DE QUILOMBO Vão sertombadas pelo patrimônio histórico automaticamente e, após, será desapropriado. É ato vinculado (obrigatório) da administração, determinado pela CF, ADCT 68. CF 216, §5º tombamento. Tombar -> desapropriar É o tombamento constitucional, o tombamento quilombola. Tombamento em sentido amplo Tombamento em sentido estrito É o procedimento do tombamento É o ato do tombamento. Princípio da Hierarquia: é aplicado para o caso de desapropriação de bens públicos. É um princípio de via única. A união pode desapropriar terreno do Estado, e o Estado por sua vez, desapropria do município. O caminho inverso não é possível. Vai aplicar esse princípio para o tombamento???? Na questão do tombamento trabalha-se de forma diversa, e não aplica esse princípio. Portanto no tombamento, os entes federativos podem tombar patrimônio entre eles sem restrição quanto a hierarquia (via dupla). REGISTRO O TOMBAMENTO exige que vá à registro no Registro de imóveis. É obrigatório. Maria Sylvia: Tombamento pode ser feito por meio de lei, não precisando do registro, por ser a lei dotada de publicidade. Crítica – Carvalho Filho – lei é geral e abstrata e não pode regulamentar regras de tombamento, visto que tem que ser por decreto administrativo. Modalidades do Tombamento Pode ser feito tombamento por Lei e por ato administrativo. STF: decidiu que não pode ser feito por lei, mas só por ato administrativo, sob pena de invasão de poderes. Tb pode instituir tombamento por ação judicial (ação popular ou ação civil pública). Obrigações Decorrentes do Tombamento Não é pra indenizar o tombamento. Tudo tem que ter autorização da Administração. O particular tem que oferecer pra administração, e em não aceitando, pode vender para terceiro. Na prática, se não tem dinheiro pra manutenção, a administração desapropria o bem. 5º) Servidão 1º Só faremos servidão de bens imóveis. 2º É um ônus real no imóvel. 3º É permanente, perpétua, enquanto o interesse público durar. Princípio da hierarquia: na servidão aplica-se o princípio da hierarquia. Objeto da Servidão Para ter serviço de interesse público e para obras públicas. Servidão não é autoexecutória!!!! Ou será bilateral (acordo de vontades) ou por ordem judicial (unilateral). Perceba que a administração não institui servidão por processo administrativo. Registro da Servidão É uma exigência, pois é o que vai dar publicidade, que faz segurança jurídica com efeito erga omnes. Sumula 415 STF – ela relativiza parcialmente a questão da servidão ao dizer, que a servidão aparente decorrente de obras públicas sem registro é reconhecida para efeitos possessórios. Indenização da Servidão Em regra, não há indenização da servidão. Indenização condicionada: caso haja prejuízo muito grande ao bem, pode-se pedir a indenização. STJ: desapropriação de área ambiental -> o STJ determinou que deveria ser indenizada toda a área de floresta e tb a área ao redor (que não tinha nada) por ser área de servidão. PRAZO: 5 anos Extinção da Servidão Acontecerá quando o bem desaparecer Perda do interesse publico Quando o bem for incorporado ao estado (exemplo: tombamento)
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