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Ação de Reconhecimento de Paternidade


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DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ
SENHOR DOUTOR JUIZ, DE DIREITO DA ___VARA DE FAMÍLIA DO FORO CENTRAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE COMARCA DE CURITIBA - PR
WANDERLEIA DE FATIMA LUIZ, brasileira, solteira, manicure, portadora do RG nº 9.120.047-3, inscrita no CPF sob nº048.869.919-39, residente e domiciliada na Rua Alberto Fila, nº 10, Bairro Pilarzinho, CEP 82.100-035, Curitiba,PR, telefone (41)99868-6066, (41)99934-9444 -Eliane, (41)99954-5302-Carla, e-mail, assistido pela DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ, cuja procuração é dispensada nos termos do no artigo 16, parágrafo único da Lei Federal n.º 1.060/50, do artigo 156, inciso IX, da Lei Complementar Estadual n.º 136/11, assim como conforme consignado no artigo 128, inciso XI, da Lei Complementar Federal n.º 80/94, por intermédio do órgão de execução da referida instituição que abaixo subscreve, vem, muito respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente
	
AÇAO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE CUMULADA COM PEDIDO DE ALIMENTOS
com fundamento nos artigos 227, § 6°, da Constituição Federal, e 1.606, do Código Civil, em face de CARLOS AUGUSTO D E ABREU, brasileiro, solteiro, qualificações ignoradas, residente e domiciliado na Rua Alberto Krause, nº 203, bairro Pilarzinho, demais pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos
1 – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Inicialmente, afirma a parte requerente em documento anexo, em consonância com os ditames dos artigos 98 e seguintes do CPC/2015, que não tem condições econômicas de arcar com o pagamento das custas judiciais bem como com dos honorários advocatícios, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família, razão pela qual requer que lhe seja concedido o benefício da gratuidade de justiça, e indica a Defensoria Pública do Estado do Paraná para o representação judicial de seus interesses em juízo (Constituição, art. 134).
2 – DOS FATOS
A genitora do menor, Wanderleia de Fátima e a parte ré Carlos Augusto de Abreu, mantiveram um relacionamento no período compreendido entre maio de 2014 a junho de 2014.
O relacionamento entre ambos os genitores, por ter durado apenas um mês, e a genitora pelo fato do relacionamento ter acabado, apagou as fotos do celular.
Desse relacionamento nasceu o infante, Davi Luiz, em data de 28 de fevereiro de 2015, atualmente com 2 anos.
Por oportuno, a parte requerente, manifesta sua concordância em se submeterem à colheita de material para a realização do exame de DNA, colimando a comprovação dos fatos ora alegados. 
3 – DA INVESTIGAÇÃO DA PATERNIDADE
O direito de ver reconhecida a filiação biológica é albergado sem restrições pelo ordenamento jurídico brasileiro, tratando-se de direito indisponível (CRFB/88, art. 227, § 6º e CC, art. 1.606).
Não obstante a existência de provas nos autos, tendo em vista a elevada confiabilidade do exame de DNA, requer-se a sua realização cuja recusa poderá induzir em presunção juris tantum de paternidade (STJ, Súmula 301).
Com efeito, após a instrução do feito, com a realização do exame genético, é de rigor a declaração de paternidade a parte requerente em face da parte requerida, expedindo-se o competente mandado de averbação ao Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais da cidade, a fim de que se façam as devidas anotações, inclusive consignando o direito da parte requerente ao uso do patronímico paterno, conforme dispõem os artigos 97 a 105 da Lei 6.015/73.
4 - DOS ALIMENTOS (CC, art. 1.695)
Do reconhecimento da filiação decorre a sujeição ao poder familiar (CC, art. 1.630), e o consequente dever de prestar alimentos
No caso concreto a genitora do infante possui renda de R$ 1.200,00, conforme comprovantes em anexo.
A renda do genitor é desconhecida pelo fato de não possuir contato com a parte, após a comprovação de seus rendimentos solicita-se o desconto de 25% dos seus ganhos, com desconto em folha, ou em caso de estar desempregado estipula-se o valor de R$ 250,00(duzentos e cinquenta reais).
5- TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA – ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DO PEDIDO PRINCIPAL - PREENCHUMENTO DOS REQUISITOS DOS ARTIGOS 300 E SEGUINTES DO CPC/2015
Consoante o disposto no artigo 294, combinado com o artigo 300 do Código de Processo Civil é cabível o requerimento de tutela provisória, a fim de antecipar os efeitos do pedido pretendido, fundamentado na urgência quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. 
Tendo em vista a própria natureza jurídica da obrigação alimentar, que ostenta caráter de essencialidade, deve-se entender como preenchido o requisito do perigo de dano, na medida em que são indispensáveis para a sobrevivência do infante.
Por outro lado, as provas acostadas nos autos fazem concluir pela probabilidade da paternidade. 
Portanto, pugna-se pela concessão dos alimentos, em sede de tutela de urgência, 25% dos seus ganhos, com desconto em folha, ou em caso de estar desempregado estipula-se o valor de R$ 250,00(duzentos e cinquenta reais).
6 – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:
a) a concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, com espeque nos artigos 98 e seguintes do CPC/2015;
b) a citação da parte requerida no endereço acima declinado, para, querendo, contestar a presente ação sob pena da incidência dos efeitos da revelia quanto à matéria de fato;
c) a intimação do representante do Ministério Público, de todos os atos processuais;
d) A procedência do pedido, para declarar que a parte requerente é pai da parte requerida, com posterior determinação de averbação, à margem do registro de nascimento da parte requerida, do nome do pai e dos avós paternos (artigo 102, §4º da Lei 6.015/73), bem como o acréscimo do patronímico paterno ao nome da parte requerente, de forma que esta passe a chamar-se DAVI LUIZ DE ABREU (art. 29, §1º, “d”, da Lei 6.015/73);
e) requer-se que após a comprovação da paternidade, sejam arbitrados os alimentos no patamar de 25% dos seus dos rendimentos líquidos, , com desconto em folha, ou em caso de estar desempregado estipula-se o valor de R$ 250,00(duzentos e cinquenta reais), devidos desde a data da citação da presente demanda, nos termos da Súmula 277 do STJ, os quais devem ser depositados todo dia 10 de cada mês em uma conta bancário a ser informada pela genitora no Banco da Caixa Econômica Federal, na agência 6277 na conta corrente n.º de titularidade da genitora da parte requerida;
f) a condenação da parte requerida em todas as custas processuais, despesas processuais e honorários advocatícios, devendo estes últimos serem revertidos em favor do FADEP – Fundo de Aparelhamento da Defensoria Pública do Estado do Paraná, e depositados no Banco Caixa Econômica Federal, Agência n.º 3153, conta corrente n.º 78-7, CNPJ n.º 147691890001-96, nos termos do disposto no artigo 230, inciso II, da Lei Complementar Estadual n.º 136/2011;
g) o cadastramento dos defensores públicos atuantes perante a vara para a qual for distribuída a presente ação, a fim de que as intimações sejam feitas em seus nomes e a contagem dos prazos em dobro em favor da DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ nos moldes do disposto artigo 156, inciso I da Lei Complementar Estadual n.º 136/11, bem como conforme estabelecido no artigo 128, inciso I da Lei Complementar Federal n.º 80/94.
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal da parte requerida, sob pena de confesso, a oitiva das testemunhas a seguir arroladas, bem como a realização de exame pericial de DNA.
Atribui-se à presente causa o valor de R$.
	
Pede deferimento.
Curitiba.
DIEGO MARTINEZ FERVENZA CANTOARIO
DEFENSOR PÚBLICO
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DEFENSORIA PÚBLICA DO PARANÁ
Rua Cruz Machado, 58, CEP: 80410-170
Centro, Curitiba - PR