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Casos Clínicos: Doença Diverticular, Doença Orificial e Neoplasias de Pâncreas

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CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
DOENÇA DIVERTICULAR DO COLO 
 
IDENTIFICAÇÃO: Masculino, 68 anos, natural e procedente de Porto Alegre, 
bancário aposentado. 
 
MOTIVO DA CONSULTA: Dor abdominal 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente consulta na emergência com queixas de 
dor abdominal na fossa ilíaca esquerda e hipogástrio há 48 horas acompanhada de 
febre de até 38,5oC e parada de funcionamento intestinal. Desde hoje com queixas 
de piora da dor, febre mais contínua e polaciúria. Relata constipação intestinal de 
longa data, com uso esporádico de laxantes, associado a eliminação de fezes 
sibalosas. Refere também distensão abdominal eventual e flatulência, 
acompanhadas de dor abdominal tipo cólica há anos. 
 
REVISÃO DE SISTEMAS: 
a) Gastrite de longa data, controlada com omeprazol diariamente 
b) Hipertensão arterial, em uso de enelapril 10mg duas vezes ao dia. 
c) Depressão: Antidepressivo tricíclico de uso diário há 9 anos 
 
EXAME FÍSICO: 
a) BEG, LOC, FC 90bpm, FR 18mpm, Temp. Axilar 38,1oC. 
b) Ausculta respiratória: Murmúrio vesicular bem distribuído. 
c) Ausculta cardíaca: Normal. 
d) Exame abdominal: Leve distensão generalizada, dor a palpação em todos os 
quadrantes, sendo mais intensa na fossa ilíaca esquerda e hipogástrio, com dor a 
descompressão súbita da parede abdominal nestas regiões mais dolorosas. RHA+ 
mas de intensidade diminuída. 
e) Toque retal: Ausência de fezes na ampola retal, sem massas palpáveis. 
 
DISCUSSÃO: 
1. Elabore uma lista de diagnósticos diferenciais para o caso acima. 
2. Liste os sintomas referidos na anamnese que podem ser relacionados à 
doença diverticular não complicada. 
3. Identifique o(s) sintoma(s) referido(s) na anamnese relacionado(s) a gênese 
da doença diverticular e justifique. 
4. Elabore uma lista de procedimentos diagnósticos para o caso acima que 
poderiam ser usados: 
a. Na fase aguda da doença. 
b. Na fase crônica (antes da complicação). 
5. Elabore um plano terapêutico para o caso acima. 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
DOENÇA ORIFÍCIAL 
 
 
IDENTIFICAÇÃO: Masculino, 42 anos, natural e procedente de Porto Alegre. 
 
MOTIVO DA CONSULTA: Dor anal. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente relata quadro de dor anal intensa de 
início há 24 horas, sem fator precipitante, de característica contínua. Percebeu 
também nódulo na região perianal correspondente ao local de maior intensidade da 
dor. Nega sangramento no momento, mas refere episódios de sangramento 
evacuatório esporádicos ao longo dos últimos seis meses, freqüentemente 
associado com dor anal evacuatória. Hábito intestinal regular, diário, mas com 
fezes de consistência endurecida. Hígido, não faz uso de medicações. 
 
EXAME FÍSICO: 
Bom estado geral, Mucosas coradas 
Exame proctológico: 
Inspeção: Nódulo na região perianal à esquerda, de coloração vinhosa, tenso, 
doloroso à manipulação 
Toque retal: Nódulo restrito a margem anal, sem tumorações no reto. Ampola retal 
vazia. 
 
DISCUSSÃO: 
 
1. Elabore uma lista de diagnósticos diferenciais para o caso acima. 
2. Descreva os procedimentos diagnósticos necessários para avaliação deste 
paciente. 
3. Elabore uma lista de diagnósticos diferenciais para a queixa relatada de 
sangramento evacuatório crônico descrita pelo paciente. 
4. Descreva os procedimentos diagnósticos para avaliação do sangramento 
evacuatório descrito. 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
NEOPLASIAS DE PÂNCREAS E PERIAMPULARES 
 
IDENTIFICAÇÃO: Feminina, 59 anos, branca, comerciante, natural e procedente 
de Tramandaí. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: Desconforto, distensão abdominal e icterícia. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente refere que, há 1 mês, começou com 
sensação de distensão abdominal, mal-estar e emagrecimento de 7 Kg. Há 2 
semanas, observou icterícia associada à colúria e acolia. Ausência de episódios 
prévios. 
 
REVISÃO DE SISTEMAS: HAS e DM2 em tratamento 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: 
Nega alergias 
Nega tabagismo e etilismo. 
Nega internações ou cirurgias prévias. 
 
EXAME FÍSICO 
Bom estado geral, lúcida, orientada, coerente, hidratada, ictérica 
FC: 88bpm TA: 130/90mmHg FR: 21mrpm 
AP: MVUD, sem ruídos adventícios 
ACV: BNF, 2T, RR, Sem sopro 
Abdômen: moderadamente distendido, ruídos hidroaéreos diminuídos, manobras de 
macicez móvel e piparote positivas (suspeita de ascite). Massa palpável em HD, 
com consistência elástica, provavelmente vesícula biliar. 
 
LABORATÓRIO 
Htc 28% Hb 9,5 VCM 82 L 18800 (B6%) Bilirrubina total(BT): 13,8 
BD: 13,4 FAL 1173 (38-126 UI/L) Gama GT: 1052 (12-43 UI/L) 
TP: 62% Albumina 2,4 TGO 42 (14-36 UI/L) TGP: 48 (9-52 UI/L) 
 
DISCUSSÃO 
1. Hipótese diagnóstica 
2. Diagnóstico diferencial 
3. Abordagem diagnóstica 
4. Abordagem terapêutica 
 
CONTEÚDO PARA DISCUSSÃO 
1. Diagnóstico diferencial de icterícia 
 - Obstrução biliar extra-hepática X intra-hepática 
 - Outras causas de icterícia 
2. Neoplasia de pâncreas e periampulares 
 - Estadiamento 
 - Tratamento 
 - Intenção curativa 
 - Paliação (cirúrgica / endoscópica) 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
DRGE/ESÔFAGO DE BARRETT 
 
IDENTIFICAÇÃO: Masculino, branco, 55 anos, casado, engenheiro químico. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: Azia 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente relata pirose há mais de 20 anos, sem 
nunca ter realizado investigação. Veio à consulta por apresentar piora dos 
sintomas, com três episódios de regurgitação noturna associada à tosse e dispneia. 
Vem observando pirose diária pós prandial, de duração aprox. de 30 minutos, com 
alívio na ingestão de água ou leite. Em algumas ocasiões, notou discreta disfagia 
aos sólidos. 
 
REVISÃO DOS SISTEMAS: 
Olhos: óculos há 10 anos 
Orofaringe: pigarro matinal 
Pele: psoríase 
MMII: Varizes em MMII 
Ap. C-Vasc: HAS em uso de bloqueador de canal de cálcio há 4 anos 
Ap. Resp: Tosse Crônica; asma na infância 
Ap. Digest: Pirose há 20 anos; Pensa ter “gastrite nervosa”; Hábito intestinal sem 
alterações. 
Ap. Neurol: Enxaqueca 
Ap. Endocr: Ganho ponderal de 20 Kg em 5 anos 
Ap. Psiq: Muito estressado com o trabalho; viagens freqüentes ao exterior. 
 
ANTECEDENTES MÉDICOS PESSOAIS: Nega cirurgias, transfusão, fumo e álcool 
ocasional. 
 
ANTECEDENTES FAMILIARES: Pai falecido por cardiopatia isquêmica e mãe 
falecida por Ca de mama. Irmãos hígidos. 
 
MEDICAÇÕES EM USO: Paracetamol e nifedipina 
 
EXAME FÍSICO: 
Bom estado geral, mucosas coradas e hidratadas. 
TA 140/100 
FC 100bpm 
FR 12mrpm 
Peso: 100Kg Altura: 1,76m 
Boca: sp 
Pele: psoríase em cotovelos 
Ausentes linfadenomegalias 
AC: bnf rr 2t sem sopros 
AP: mv presente e simétrico sem ruídos adventícios 
AAbd: Abdome globoso, RHA presentes sem visceromegalias 
MMII: edema +/++++ 
 
PROPOSTA PARA DISCUSSÃO: 
1. Manifestações típicas e atípicas de DRGE 
2. Complicações e riscos de DRGE 
3. Métodos de investigação de DRGE. Quem, como e quando? 
4. Obesidade, medicações, hábitos de vida e alimentação na DRGE 
5. Medidas não farmacológicas na DRGE 
6. Medidas farmacológicas na DRGE 
7. Cirurgia na DRGE 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
PANCREATITES 
 
IDENTIFICAÇÃO: Feminina, 42 anos, branca, casada, natural e procedente de 
Porto Alegre, advogada. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: dor abdominal. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente refere sentir há 24 horas dor abdominal 
de forte intensidade (9/10) emregião epigástrica, contínua, com irradiação para o 
dorso, associada a náuseas e vômitos alimentares. Nos últimos dois meses vinha 
apresentando episódios dolorosos no hipocôndrio direito, de menor intensidade, 
usualmente à tarde, após refeições “pesadas”, mas eles sempre se resolviam 
espontaneamente em uma ou duas horas. Dessa vez, a dor não melhorou e ela 
procurou o serviço de emergência. 
 
REVISÃO DE SISTEMAS: aumento de 20 kg nos últimos cinco anos, após 
nascimento último filho. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: uso de anticoncepcionais orais. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: pai com HAS, mãe com história de colelitíase. 
 
HPS: casada, três filhos, sedentária, nega álcool ou fumo. Estressada com as 
atividades profissionais, especialmente no último mês, quando perdeu uma grande 
causa judicial. 
 
EXAME FÍSICO: 
Lúcida, orientada, ictérica, sudorética, apirética. 
TA= 115/70 mmHg, FC= 110 bpm, FR= 25 mpm. 
Abdômen: levemente distendido, ruídos hidroaéreos diminuídos, dor à palpação 
profunda de epigastro e hipocôndrio direito, sem megalias ou sinais de irritação 
peritoneal. 
Demais do exame físico: sem alterações. 
 
EXAMES LABORATORIAIS: 
Hematócrito=46%, hemoglobina=15g/dl 
Leucócitos = 19000 mm3, com 82% neutrófilos e 16% linfócitos 
Bilirrubina total=9,2 g/dl, bilirrubina direta=8,0 g/dl 
ALT=92 UI/l (normal até 42), AST=78 UI/l ( normal até 40) 
Fosfatase alcalina=400 UI/l (normal até 160), gama-GT=80 UI/l (normal até 18) 
amilase=1.249 UI/l 
Radiografia de abdômen mostra padrão de gás inespecífico, sem pneumopertônio. 
 
DISCUSSÃO: 
 
1. Qual é diagnóstico sindrômico deste quadro abdominal agudo? 
2. O diagnóstico mais provável é de pancreatite aguda. Qual a etiologia para 
este caso? 
3. O quadro apresentado contempla o diagnóstico de colecistite aguda? E de 
pancreatite crônica? 
4. Quais os exames subsidiários necessários para avaliar a gravidade do 
quadro? 
5. Qual a classificação clínica das pancreatites agudas - critérios. 
6. Qual a importância de solicitar a lípase sérica? 
7. Qual a conduta clínica inicial no manejo do quadro? 
8. Qual o próximo passo para o diagnóstico? 
9. Qual a importância da tomografia computadorizada de abdômen? 
10. Quando devemos indicar o manejo endoscópico? 
11. Quando está indicada a cirurgia pancreática? 
12. Quando está indicada a cirurgia de colecistectomia? 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
HEPATITES 
 
 
IDENTIFICAÇÃO: Mulher, 40 anos, branca, casada, funcionária pública, natural e 
procedente de Porto Alegre. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: dúvida diagnóstica. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Refere quadro de intensa adinamia, anorexia, 
náuseas e alguns episódios de vômitos, que iniciaram no dia 20/10/07. Nos próximos 
dias notou escurecimento da urina e icterícia. O quadro persistiu por aproximadamente 
15 dias. Nesse período consultou com clínico que solicitou exames laboratoriais e 
ecografia, tendo recebido o diagnóstico de hepatite viral pelo vírus C. Evoluiu com 
melhora completa do quadro clínico, mas com persistência das alterações laboratoriais 
hepáticas. Procurou o serviço de Gastroenterologia da PUCRS no dia 20 de novembro, 
praticamente assintomática, mas com dúvidas sobre o diagnóstico e sobre a conduta 
terapêutica. 
 
REVISÃO DE SISTEMA: Sem outras queixas significativas. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Refere que nos dias 20/09/07 e 03/10/07 sofreu 
duas intervenções cirúrgicas eletivas de correção de miopia/astigmatismo. Não refere 
nenhuma intercorrência associada aos procedimentos cirúrgicos. Nega transfusões 
sanguíneas. 
 
EXAME FÍSICO: encontrava-se em bom estado geral, anictérica, afebril, mucosas 
úmidas e coradas, lúcida, orientada e coerente. O exame abdominal demonstrou apenas 
fígado 3 cm abaixo do rebordo costal direito (hepatimetria de 15 cm), liso, indolor e 
com consistência normal. O restante do exame físico foi normal. 
 
EXAMES LABORATORIAIS: No dia 23/10/07 apresentou alterações significativas das 
transaminases (superiores a 20 vezes o limite superior da normalidade), HBsAg-, anti-
HVA IgM-, Anti-HBc IgM-, Anti-HVA IgG+, Anti-HBc IgG-, anti-HCV fracamente positivo 
e PCR quantitativo do vírus C maior que 5 milhões. 
No dia 15/12/07 as transaminases diminuíram significativamente, sem normalizar e a o 
PCR do vírus C diminuiu para 90.000 cópias. No dia 10/01/08 a contagem viral diminuiu 
para 6.000 cópias e as transaminases permaneciam levemente alteradas e o anti-HCV 
foi positivo. No final de janeiro/08 voltou a sentir alguns sintomas semelhantes ao inicio 
do quadro clínico, mas com menor intensidade. No dia 25/01/08 o PCR quantitativo do 
vírus C se elevou para 800.000 cópias e as transaminases sofreram significativa 
elevação (mais de 10 vezes o LSN). 
 
DISCUSSÃO 
1. Quais as diferenças clínicas e laboratoriais entre um quadro agudo e crônico de 
hepatite? 
2. Frente a um quadro agudo de hepatite viral, quais os primeiros exames 
imunológicos que devemos solicitar? 
3. Quais são os fatores de risco para hepatite viral aguda identificados nesta 
paciente? 
4. Quais são os vírus que acometem secundariamente o fígado dando hepatite 
aguda? 
5. Qual a evolução natural desta hepatite viral C? Há risco de cronificação? 
6. Qual a evolução clínica de uma hepatite viral B? 
7. Qual o tratamento da fase aguda de uma hepatite? 
8. Qual o objetivo do tratamento numa hepatite viral crônica? 
9. Quais são as medidas preventivas para evitar o contágio/disseminação de 
hepatites virais? 
 
CASO CLÍNICO - PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
CIRROSE E HIPERTENSÃO PORTA 
 
IDENTIFICAÇÃO: Masculino, branco, 55 anos, viúvo, pintor, natural e procedente 
de Porto Alegre. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Hospitalizado com queixas de aumento de 
volume abdominal no último mês. Astenia marcada nos últimos dias e edema de 
MsIs. História de uso de álcool sob forma de destilados há mais de 20 anos, tendo 
aumentado ingesta para 120 g/dia nos últimos 5 anos desde a morte da esposa. 
 
REVISÃO DOS SISTEMAS: Fumante 20 cigarros/dia há 40 anos. Tosse crônica 
com expectoração. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Hemorragia digestiva alta por úlcera gástrica 
há 20 anos, tendo sido transfundido. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: Mãe 75 anos cardiopata. Pai desconhecido. 
 
PERFIL PSICOSSOCIAL: Poucos familiares, filha com mau relacionamento 
 
EXAME FÍSICO: 
Regular nutrição, corado, anictérico 
Aranhas vasculares no tronco e região cervical 
Eritema palmar 
PA: 110/70 
Tórax com aumento no diâmetro AP 
ACV: 80 bpm 
Pulmões: roncos esparsos 
Abdome: globoso, circulação colateral tipo porta, volumosa ascite 
MsIs: edema 2/4+ 
 
PROBLEMAS: 
Ascite: edema MsIs 
Etilismo crônico 
Astenia 
Tabagismo 
Tosse crônica 
Histórico de transfusão 
 
QUADRO CLÍNICO / EXAME FÍSICO 
Formas de apresentação: 
Ascite 
Icterícia 
Hemorragia digestiva 
EPS 
Mecanismos fisiopatogênicos: 
Cirrose 
Hipertensão porta 
Ascite PBE hidrotórax 
EPS 
Manejo 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL 
 
 
Feminina, 32 anos, solteira, natural e residente em Porto Alegre. 
Aos 23 anos de idade apresentou, subitamente, edema de membros inferiores, que 
progrediu para anasarca. Consultou médico que, além do edema, verificou a 
presença de leve elevação da pressão arterial (130/90). Solicitou exames. Havia 
proteína (12,3 g/24 horas), bem como hematúria microscópica, nos exames da 
urina. O nível de albumina sérica era 1,8 g/dl e o colesterol era 342 mg/dl. A 
creatinina sérica era 0,8 mg/dl. Após consultacom nefrologista, foi submetida a 
punção biópsia renal, que revelou a presença de alterações compatíveis com 
Esclerose Segmentar e Focal. Foi tratada com corticosteróides por 6 meses, tendo 
reduzido a perda de proteína urinária para 3,1 g/24 horas. Após cerca de 12 meses 
do início da doença, novos exames mostraram uma creatinina de 1,1 mg/dl. Foi 
mantido o tratamento de sua doença. Apresentava, agora, aumento da pressão 
arterial (140/90), também. Retornou a controle com o nefrologista somente após 4 
anos. Sua altura era 162 cm e seu peso era 56 kg. Não havia edema, sua pressão 
arterial era elevada (150/95), e foi outra vez avaliada laboratorialmente. O nível de 
albumina era normal. A creatinina sérica era 1,9 mg/dl. Havia hematúria no exame 
comum de urina. Iniciou tratamento para a hipertensão, usando Enalapril. Manteve-
se em controle clínico regular, a partir de então. Apesar de múltiplas modificações 
do esquema terapêutico, após 6 anos de evolução, sua creatinina era de 2,5 mg/dl. 
Havia proteinúria de 2,7 g/24 horas. Aos 30 anos, em nova avaliação clínica, referia 
cansaço aos médios esforços, seu apetite estava algo reduzido, sua pressão arterial 
era 135/85 e seu peso era 52 kg. Exames mostraram creatinina de 4,9 mg/dl, 
hematócrito de 29% e hemoglobina de 8,2 g/dl. O potássio sérico era de 5,1 mEq/l 
e o fósforo era 5,3 mg/dl. Iniciou o uso de ecarbonato de cálcio, eritropoetina, e 
manteve a medicação anti-hipertensiva. Foi discutido com a paciente a 
possibilidade de iniciar proximamente substituição da função renal (hemodiálise ou 
diálise peritoneal ambulatorial contínua). A paciente implantou um cateter 
peritoneal. Há três meses, em nova avaliação, queixou-se de prurido cutâneo, 
insônia, náuseas ocasionalmente e redução do apetite. Sua creatinina era 5,9 
mg/dl, o hematócrito era 35%, a hemoglobina era 8,3 g/dl, o potássio era 5,6 e o 
fósforo era 6,2 mg/dl. Foi iniciada a substituição da função renal, pelo método 
escolhido pela paciente. Iniciou avaliação para transplante renal, também. 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
EQUILÍBRIO HIDRO-ELETROLÍTICO 
 
IDENTIFICAÇÃO: Feminina, 69 anos, parda, viúva, natural do Rio de Janeiro, 
dona-de-casa. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: Paciente com alteração psíquica (torpor) e incapaz de 
informar corretamente sua história clínica. 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: 
Parentes a levaram à emergência do hospital. Referem que é diabética de longa 
data, com má aderência tanto ao uso de hipoglicemiantes quanto insulina. Nos 
últimos dias vinha bebendo muita água e urinando muito. Um dia antes da 
internação começou a apresentar confusão mental. 
 
ANTECEDENTES: 
Hipertensa leve há alguns anos, controlada com uso de captopril, que usa 
irregularmente. 
EXAME FÍSICO: 
Paciente torporosa, mucosas secas, turgor da pele diminuído. Sinais vitais: PA: 100 
x 84 mmHg, deitada; 100 x 84 mmHg, sentada. Pulso: 92 bpm, deitada e 128 bpm, 
sentada. FR: 22 mrpm: Tax.: 37,5ºC. Aparelho cardiovascular: batimentos em dois 
tempos e regulares; bulhas normais, sem sopros; jugulares colabadas, em 
decúbito; pulsos periféricos palpáveis e finos. Aparelho respiratório: Pulmões com 
som claro e atimpânico, murmúrio vesicular normalmente distribuído, sem ruídos 
adventícios. Aparelho digestivo: Abdome flácido, indolor, sem visceromegalias, 
peristalse presente. Extremidades: sem edema. Úlcera cutânea cicatrizada em MID. 
Sistema nervoso: possível presença de nistagmo. 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
Tabela 01: Sangue (amostras venosa e arterial) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exame Resultado Valores de referência 
Sódio 130 135-145 mmol/L 
Potássio 4,0 3,5-5,5 mmol/L 
Cloro 94 98-107 mmol/L 
Albumina 4,5 3,5-4,7 g/dL 
Glicose 1200 60-110 mg/dL 
Uréia 86 16-40 mg/dL 
Creatinina 1,7 0,6-1,2 mg/dL* 
Ácido úrico 7,0 2,5-7,4 mg/dL 
pH arterial 7,30 7,35-7,45 
Bicarbonato 18 22-26 mmol/L 
pCO2 35 35-45 mmHg 
pO2 100 83-108 mmHg* 
Sat O2 98% > 90% 
Osm. “efetiva” 395 275-305 mOsm/L 
Tabela 02: Variáveis calculadas 
 
Índices calculados Resultado Valores de referência 
Anion-gap sérico 18 8 – 16 mmol/L 
Osm. calculada 391 275-305 mOsm/L 
 
Urina (amostra): pH 5,5; dens. 1030; Hb neg; Prot. +; Leuc. 30-40 p/c; Hem. 0-
1 p/c. 
 
******************************************************************
********* 
 
IDENTIFICAÇÃO: Masculino, 53 anos, branco, casado, natural de Porto Alegre, 
empresário. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: Cansaço e fraqueza. 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Queixa-se de cansaço e fraqueza progressivos há 
3 semanas. Há visceromegalias, ruídos hidro-aéreos presentes. Extremidades: sem 
edema. Sistema nervoso: normal.aproximadamente cinco dias iniciou com vômitos. 
ANTECEDENTES: Tabagista (1 carteira/dia) há 30 anos. 
EXAME FÍSICO: paciente debilitado, sem evidência de sofrimento agudo, mucosas 
normocoradas, turgor da pele diminuído. Sinais vitais: PA: 120 x 80 mmHg deitado, 
e 100 x 70 mmHg em pé. Pulso: 100 bpm deitado, e 118 bpm em pé; FR: 20 rpm: 
Tax.: 36,5 ºC. Aparelho cardiovascular: batimentos regulares, em dois tempos; 
bulhas normofonéticas, sem sopros; jugulares colabadas; pulsos periféricos 
palpáveis, finos. Aparelho respiratório: murmúrio vesicular normalmente 
distribuído, sem ruídos adventícios. Aparelho digestivo: Abdome flácido, indolor, 
sem visceromegalias, ruídos hidro-aéreos presentes. Extremidades: sem edema. 
Sistema nervoso: normal. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
 
Exame Resultado Valores de referência 
Sódio 107 135-145 mmol/L 
Potássio 3,9 3,5-5,5 mmol/L 
Cloro 75 98-107 mmol/L 
Albumina 4,2 3,5-4,7 g/dL 
Glicose 89 60-110 mg/dL 
Uréia 60 16-40 mg/dL 
Creatinina 1,2 0,6-1,2 mg/dL 
CO2 total 22 20-24 mEq/L 
Osm plasmática 263 275- 305 mOsm/L 
RX de tórax – imagem nodular em 
lobo inferior esquerdo, compatível 
com neoplasia primária. 
 
Na urinário 
Osm urinária 
 
58 
431 
mOsm/L 
 
 
1-350 mmol/L 
50-950 mOsm/L 
 
PERGUNTAS: 
1. Qual o distúrbio hidro-eletrolítico que é comum a ambos os casos? 
2. Como se classifica? 
3. Como se classificam os casos apresentados? 
4. Quais as principais diferenças entre os casos apresentados, no que diz 
respeito aos mecanismos subjacentes que levaram ao distúrbio? 
5. Como se encontra o sódio urinário nestes casos? 
6. Como se encontra a osmolalidade plasmática nestes casos? 
7. Como se encontra a osmolalidade urinária? 
8. Como se encontra o sódio corporal total em tais casos? 
9. Como devem ser tratados os pacientes com este distúrbio? 
10. Quais as principais implicações do tratamento? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
DISFUNÇÕES MICCIONAIS 
 
IDENTIFICAÇÃO: Mulher, 41 anos, natural de Santos, procedente de São Paulo, 
casada, secretária executiva. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente refere que perde urina há 
aproximadamente 4 anos; as perdas ocorrem durante os episódios de tosse ou 
espirros e se intensificaram nos últimos meses. Refere também que ao tomar 
banho apresenta pequenas perdas urinárias. Relata urgência miccional esporádica e 
levanta 3 vezes à noite para urinar. Nega incontinência por urgência e utiliza forro 
sempre (absorvente). Gera grande desconforto emocional, prejuízo à atividade da 
vida diária e desgaste no convívio familiar.REVISÃO DE SISTEMAS: 
Geral: discreta obesidade. 
Bom trofismo cutâneo e distribuição adequada de pêlos. 
Cabeça e pescoço: sem anormalidades de nota. 
Cardiorrespiratório: sem antecedentes ou queixas; nunca fumou. 
Gastrointestinal: sem queixas digestivas ou abdominais, bom trânsito evacuatório, 
sem modificações do hábito intestinal. 
Músculo esquelético: sp. 
Gineco-obstétrica: Menstruações regulares, medo de perder urina durante a 
atividade sexual. Duas gestações, sendo um parto vaginal e uma cesariana 
(ligadura tubária). 
 
ANTECEDENTES CLÍNICOS: 
Doenças comuns da infância que não lembra quais. Nega transfusões ou qualquer 
outro tipo de exposição a fluídos biológicos. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: 
Mãe apresentava perda urinária e utilizava paninho para evitar as perdas. Falecida 
por problemas respiratórios. Pai com hipertensão arterial e artroses, dificuldade em 
deambular. 
 
HISTÓRIA PSICOSSOCIAL: 
Secretária executiva com 2º grau completo. Realizou curso de secretariado em 
escola técnica em SP. Casada há l2 anos. 
 
EXAME FÍSICO: 
Obesa, corada, hidratada, bom trofismo cutâneo; 
FC = 84 bpm, PA = l25 X 70 mmHg; 
Pulmões limpos, MV simétrico e bem distribuído; 
Ritmo cardíaco regular, bulhas normofonéticas e sem sopros. 
Abdômen plano, inocente, sem massas, RHA presentes, fígado no rebordo costal, 
baço não palpável; 
Ausência de edemas em MMII, pulsos palpáveis e simétricos; 
Mucosa vaginal trófica; ausência de prolapso de vísceras pélvicas (POP), 
hipermobilidade uretral; 
Nítidas perdas via uretral relacionadas com exercícios provocativos de tosse ou 
esforço abdominal; 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
Eritrograma e leucograma normais, creatinina 1,0 mg%. 
Dosagem de glicose 108 mg%; sedimento urinário com 5 leucócitos e 2 hemácias, 
pH 5,5, sem nitritos redutores ou esterase leucocitária, sem particularidades, 
cultura de urina – ausência de crescimento bacteriano. 
 
ECOGRAFIA ABDOMINAL TOTAL: 
Vísceras abdominais sem anormalidades, aparelho urinária com estrutura 
anatômica conservada. 
Rins sem dilatação das cavidades, nítida transição cortiço-medular. 
Bexiga urinária com paredes lisas e ausência de ecos em seu interior. 
Resíduo pós-miccional desprezível. 
 
URODINÂMICA: 
Fluxo urinário livre - Qmax 18 ml/seg. 
Volume urinado de 350 ml com curva elipsóide regular. 
Ausência de resíduo pós-miccional, 
Cistometria de enchimento mostrou: 
Sensibilidade proprioceptiva presente e conservada; 
Pressão detrusora de perda urinária 55 cm H2O (Bladder leak point pressure); 
Presença de bexiga hiperativa com hiperatividade detrusora idiopática (contrações 
detrusoras involuntárias de média intensidade não relacionada 
com etiologia neurológica) 
Perda urinária com esforço e por contrações involuntárias do detrusor; 
 
 
 
Conclusão – incontinência urinária urodinâmica tipo mista (por esforço e por 
hiperatividade detrusora idiopática). 
 
 
TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO: 
Submetida a sling pubovaginal de polipropileno; 
 
REVISÃO PÓS – OPERATÓRIA: 
Não refere mais queixa de perda urinária, mas ainda apresenta urgência. 
 
CONDUTA: bexiga hiperativa: Anticolinérgico oral como droga de escolha inicial: 
Tolterodina LA 4mg 1 vez ao dia; 
Oxibutinina 10 mg 1 x ao dia; 
Darifenacina 7,5 mg 1 x ao dia; 
 
ALTERNATIVA MEDICAMENTOSA PARA BEXIGA HIPERATIVA REFRATÁRIA 
AOS ANTI ACH. 
Neurotoxina botulínica sorotipo A (Botóx® para injeções intramusculares – 
endovesical – transcistoscópica). 
 
Cirurgia: < 2% realizam ampliação vesical – cistoplastia de aumento. 
 
DISCUSSÃO DO CASO: 
1. Sociedade Internacional de Continência: 
(ICS – Inglaterra) - Nomenclatura e Terminologia das disfunções miccionais 
e dos sintomas do trato urinário inferior – LUTS, Sintomas vesicais de 
armazenamento e de esvaziamento. 
2. Análise funcional do trato urinário inferior. 
3. Incontinência urinária de esforço. 
4. Incontinência urinária por bexiga hiperativa idiopática ou neurogênica. 
5. Incontinência urinária urodinâmica mista. 
6. Incontinência urinária indivíduos idosos. 
7. Urodinâmica = é ferramenta útil na análise das disfunções miccionais? 
8. Necessidade de ser utilizada de rotina em pacientes com incontinência 
urinária de esforço? 
9. O exame físico de paciente portadora de disfunção miccional tem 
importância? 
10. Abordagens terapêuticas conservadoras e cirúrgicas da incontinência 
urinária feminina. 
11. Principais domínios comprometidos na qualidade de vida das mulheres com 
incontinência urinária feminina – questionários estruturados (validados em 
várias línguas) que avaliam o quanto à incontinência urinária traz de 
prejuízo à vida diária das mulheres. 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
LITÍASE URINÁRIA 
 
IDENTIFICAÇÃO: Masculino, 27 anos, branco, natural de São Sebastião do Caí, 
procedente de Viamão, casado, pedreiro, encaminhado pelo Posto de Saúde Municipal de 
Viamão. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: Dor lombar esquerda 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente refere que, há cinco dias e de forma súbita, 
apresentou fortes dores em cólica na região lombar E, flanco E, com irradiação para região 
inguinal E, e que mudanças de posição não interferiam com a intensidade da dor. Há dois 
dias apresentou piora dos episódios dolorosos com náuseas, vômitos e disúria intensa e 
urina de cor avermelhada. Refere dois episódios anteriores de dor em cólica com as 
mesmas características, sendo uma delas acrescida de urina sanguinolenta. 
 
REVISÃO DOS SISTEMAS 
Pele: descamação da pele das mãos pelo contato com o cimento. 
Cabeça: refere cefaléia occipital vespertina; 
Cardiovascular: palpitações com esforço físico maior; 
Gastrointestinal: já teve episódios de dor abdominal em hipocôndrio D, com irradiação 
para flanco D, tipo cólica que melhorou com chás caseiros, 
Genital: uretrites quando jovem; nos episódios dolorosos prévios relata a presença de 
urina turva e avermelhada. 
Músculo esquelético: refere dor lombar bilateral frequente, vespertina e que se altera com 
a posição assumida; 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: 
Doenças da infância: coqueluche e sarampo; 
Imunizações realizadas: contra o tétano, recentemente realizada na empresa; 
Fratura de MIE em acidente do trabalho aos 16 anos; 
Nega transfusões de sangue; 
Medicação prescrita e não usada atualmente: Diclofenaco e Paracetamol 
Hábitos: nunca fumou. Bebe uma dose de cachaça diariamente, ao término do trabalho. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: Mãe hipertensa e obesa, falecida por cardiopatia. Pai hipertenso, 
falecido por AVE; tio paterno com diabetes mellitus. Irmã hipertensa. Avô paterno falecido, 
sem causa sabida. Tem quatro filhos entre um e quatro anos. 
HISTÓRIA PSICOSSOCIAL: Não completou o primeiro grau. Desde os 10 anos auxiliava o 
pai, também pedreiro. Casou-se aos 20 anos, e a esposa é faxineira diarista. Filhos sem 
doença. 
 
EXAME FÍSICO 
Regular estado geral, corado, hidratado, eupneico, anictérico, acianótico. P=120bpm 
PA=120x60 mmhg, FR=16mrpm, Temp axilar = 36,3°C. Abdômen: plano, doloroso à 
palpação superficial e profunda em flanco E e HCE, RHA +. Fígado percutível do 6° EICD 
até a RCD, não palpável abaixo da RCD. Baço não percutível ou palpável. Giordano + à E. 
EXAMES SUBSIDIÁRIOS 
Hb 13 g/dl Ht 38% leuc 7.500 (1-77-3-18-1) plaq: 250.000; uréia 50 mg% creatinina 1,3 
mg% Na 138 mEq/l K 5,0 mEq/l. EQU pH 6,0 hemácias 15/campo leucócitos 30/campo, 
presença de cristais de uratos amorfos. 
Urografia excretora: Moderada dilatação pielocalicinal e ureteral à E acima uma imagem 
quase circular radiopaca de 5 mm de diâmetro. Presença de falhade enchimento de 
aproximadamente 3 mm em grupo calicinal superior E. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCUSSÃO: 
1. Qual é a síndrome? Como se caracteriza o mesmo? 
2. Com que freqüência ocorre? Em que época do ano aumenta sua freqüência? 
Por quê? 
3. Que populações estão em maior risco de sua ocorrência? 
4. Diagnóstico diferencial 
5. Causas mais comuns da litíase urinária 
6. Enumerar os mecanismos de patogênese 
7. Exames complementares na urgência 
8. Tratamento da crise aguda dolorosa por cálculo urinário 
9. Avaliação metabólica e prevenção 
10. Quais as conseqüências de sua ocorrência em curto e longo prazo? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA 
 
IDENTIFICAÇÃO: Masculino, 67 anos, casado, branco, pedreiro aposentado, natural e 
residente em Viamão. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: fraqueza 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente foi trazido ao Pronto-SUS pela família. Há 3 
dias apresentando náuseas, vômitos, diarréia, mal estar e febre. Estava previamente 
bem, tomando as medicações que habitualmente usava. O quadro iniciou há 3 dias, 
após churrasco em que comeu salada de batatas com maionese feita em casa no dia 
anterior. Iniciou com náuseas, vários episódios de vômitos e diarréia abundante e 
malcheirosa. Notou diminuição da diurese. Sentiu tonturas ao levantar, caiu ao solo e 
foi trazido à Emergência pela família. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: faz tratamento para hipertensão arterial, diabetes 
melito tipo II, dislipidemia e é portador de insuficiência renal crônica, toma enalapril 5 
mg 2 vezes ao dia, losartana 1 cp/ dia, sinvastatina 20 mg/dia e insulina NPH 30 UI 
pela manhã e 6 UI à noite. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: Pai falecido aos 75 anos de AVE hemorrágico, era portador de 
hipertensão e diabetes. Mãe falecida aos 85 anos de “velha”. 5 irmãos, 3 mulheres e 2 
homens. Todos hipertensos. Duas irmãs diabéticas. 
 
HISTÓRIA PSICO-SOCIAL: casado, mora com a esposa de 60 anos e dois filhos em 
casa de alvenaria com água corrente e luz elétrica em Viamão. 
 
EXAME FÍSICO: paciente sonolento, apático, com soluços incoercíveis. 
PA 90/60 deitado; FV 120 bpm regulares; temperatura axilar 37,8° C, FR 32 mrpm. 
Pele pálida, seca, com prega cutânea persistente. Mucosas coradas e secas. Ausculta 
cardíaca: bulhas taquicárdicas, rítmicas, normofonéticas, com SS 3+/6 em área aórtica. 
Ausculta pulmonar normal. Abdome flácido doloroso à palpação, com RHA aumentados. 
Fígado, baço e rins impalpáveis. Não apresenta edema de MsIs. 
 
EXAMES LABORATORIAIS: demonstraram Htc 46%, Hgb 12g/dL, 16000 leucócitos 
com 1500 bastonetes. Creatinina 9,0 mg/dL, uréia 198 mg/dL, sódio 119, potássio 5,5 
mEq/L, Co2 12,5MEq/L, CK 1500 mg/dL, glicemia 120 mg/dL. 
Trouxe exames laboratoriais realizados em setembro de 2007 de ambulatório: Htc 
33,5%, Hgb 11,0g/dL, glicemia de jejum 130 mg/dL, Colesterol Total 210 mg/dL, 
Triglicerídeos 190 mg/dL, HDL 20 mg/dL, uréia 65, creatinina 2,5mg/dL , na 138Eq/L, K 
4,5Eq/L e CO2 18mEq/L. 
 
CONTEÚDO PROPOSTO PARA DISCUSSÃO 
1. Causas de Insuficiência Renal Crônica (IRC); 
2. Fases da IRC; 
3. Fase da IRC em que os pacientes necessitam diálise; 
4. Causas da anemia na IRC; 
5. Íons implicados na doença óssea; 
6. Íon que pode levar a parada cárdio-respiratória na IRC; 
7. DCE estimada; 
8. Fatores de descompensação da IRC; 
9. Drogas que podem acelerar a progressão da IRC; 
10. Drogas que podem retardar a progressão da IRC; 
11. Tratamento da IRC fase V; 
12. CERA? 
 
Referência bibliográfica: Mitch WE- Chronic Renal Disease- Cecil Medicine 23rd Ed. 
2008, chapter 131, pg 921. 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
URGÊNCIAS EM UROLOGIA 
 
CASO CLÍNICO 1 - OBSTRUÇÃO URINÁRIA PARCIAL 
 
IDENTIFICAÇÃO: Feminina, 24 anos, branca, empresária rural, casada. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: Dor na região lombar E em forma de peso com irradiação para o 
flanco E e abdômen. 
 
HISTÒRIA CLÍNICA: Relata que há vários anos tem tido episódios de dor semelhante, 
mas que, algumas vezes, a dor se torna mais intensa e se torna muito intensa e se 
acompanha de náuseas e vômitos. Relaciona o aumento da dor à ingestão exagerada 
de mate, mas a dor não intensifica com modificação da postura. Menarca aos 13 anos, 
menstruação normal; faz uso de comprimido anticoncepcional.Refere apendicectomia 
aos 17 anos e doenças comuns à infância l. Pais e dois irmãos vivos e sadios. Não tem 
filhos. 
 
EXAME FÍSICO: TA 120x80 mm Hg. FR:84 b/m. Cicatriz cirúrgica na FID e PPL (+) à 
E. Exame ginecológico recente normal. 
 
EXAMES SUBSIDIÁRIOS: 
Hemograma e dosagem sérica creatinina normais. 
EQU: 6 leucócitos/campo - 14 hemácias/campo. 
Urocultura: ausência de crescimento de germes. 
Ecografia abdominal: dilatação das cavidades pielocaliciais à E. UroCT a importante 
dilatação das cavidades pielocaliciais à E, mas o ureter E não se mostrava dilatado. 
Cintilografia renal com DTPA e furosemide: curva renográfica sugestiva de 
obstrução urinária c/ furosemide EV aumentando a curva renografica nas cavidades e 
sem esvaziamento do radio fármaco. 
Hipótese diagnóstica: 
Cálculo renal - Estenose da JUP - Compressão extrínseca por patologia intra-abdominal 
 
CASO CLÍNICO 2 - OBSTRUÇÃO URINÁRIA AGUDA 
 
IDENTIFICAÇÃO: Masculino, 72 anos, branco, casado, cinematografista. 
QUEIXA PRINCIPAL: Não consegue urinar há mais de 10 horas e dor supra – púbica. 
HISTÓRIA CLÍNICA: Há mais ou menos 8 meses começou a apresentar aumento 
importante do número de micções durante o dia e a noite. Nesta ocasião começou 
também a fazer esforço para iniciar a micção e ao urinar sentia ardência na uretra. 
Tomava medicação para melhorar a micção receitada por médico que lhe disse que 
talvez tivesse que operar a próstata. 
Doenças comuns à infância e uretrites gonocócicas na juventude. 
Cirurgia para úlcera gástrica aos 48 anos. 
Pai faleceu de infarto miocardio e mãe de câncer da mama. 
Cinco filhos vivos e sadios e uma filha morta por assaltante. 
EXAMES SUBSIDIÁRIOS: EQU com 30 hemácias por campo e 15 leucócitos p/campo. 
Hemograma normal, dosagem de creatinina em 1,5 e PSA de 4,2. 
EXAME FÍSICO: TA: 160x 90 mm HG. Cicatriz cirurgia mediana supra-umbilical. 
Abdômen globoso c/ massa infra-umbilical de consistência aumentada. Toque Retal: 
grande massa envolvendo próstata e bexiga. 
TRATAMENTO: Tentativa sem sucesso de cateterismo uretral c/ sonda de Nelaton 14, 
sonda bequillè 16 e filiformes. Punção supra púbica com cistocat e c/ cistostomia 
definitiva. 
 
Hipótese diagnóstica: Retenção aguda de urina. Obstrução urinária 
Hipertrofia benigna de próstata. 
Adenocarcinoma de próstata 
Estreitamento inflamatório de uretra. 
Sarcoma de próstata 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
MORTE E MORRER 
 
IDENTIFICAÇÃO: feminina, 53 anos, branca, casada, natural e procedente de 
Porto Alegre. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: dispnéia e dor torácica 
 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: paciente refere que há três anos foi submetida a 
uma cirurgia para retirada de um “cisto de ovário”. Após a cirurgia realizou “umas 
aplicações” com injeções que lhe provocaram muito mal estar: náusea, diarréia e 
queda de cabelo. Informa que tal tratamento foi indicado para prevenir que sua 
doença se transformasse em “doença ruim”. 
Ficou relativamente bem até 3 meses atrás quandocomeçou a sentir um 
dolorimento no baixo ventre e um certo “endurecimento” na região. 
Na última semana começou a sentir falta de ar e dor localizada em hemitórax 
esquerdo. Esta dor piora quando tosse e quando inspira muito fundo. Desde ontem 
sente respiração “mais curta” que é percebida como dispnéia a médios e longos 
esforços sem ortopnéia. Refere que a dispnéia piora quando deita em decúbito 
lateral esquerdo. 
Informa ter emagrecido 3 Kg nos último mês por ter diminuído o seu apetite. 
 
REVISÃO SISTEMAS 
Geral: emagrecimento e sensação de fadiga. 
Cabeça: nega sintomas. 
Boca: refere apresentar problemas na gengiva e dentes. 
Olhos: sem queixas. 
Nariz e seios paranasais: sem queixas. 
Pescoço: sem queixas. 
Cardiovascular: ver HDA. 
Respiratório: nega tosse ou expectoração. 
Gastrointestinal: constipada crônica que se tornou mais importante nos últimos 30 
dias. 
Geniturinário: nega sintomas urinários. Amenorréia desde a sua cirurgia. Multípara: 
4 filhos de parto natural. Nega abortamentos. 
Endócrino: nega intolerância ao frio ou ao calor, tremores, agitação, sudorese, 
polidipsia, poliúria, polifagia. 
Demais sistemas: sp. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Doenças da infância: somente lembra catapora. 
Imunizações: não sabe informar. 
Cirurgias: apendicectomia aos 15 anos; retirada de “cisto de ovário” há 3 anos. 
Traumatismo: nenhum. 
Hospitalizações prévias: somente para suas cirurgias e partos. Nega transfusões de 
sangue. 
Medicações em uso: óleo mineral e “produtos naturais” para controlar sua 
constipação. 
Alergias: nega. 
Hábitos alimentares: três refeições por dia (café, almoço e janta). Sem 
intolerâncias alimentares. Sono normal. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: Pais vivos e sadios. Irmã mais velha sadia. Filhos vivos e 
sadios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA PSICOSOCIAL 
Mora com o marido e 3 filhas. Marido informa que a paciente não foi informada de 
seu diagnóstico que na realidade se trata de um tumor de útero com invasão de 
estruturas vizinhas segundo o médico teria informado. Acha que mulher não deve 
saber a verdade, porque como se trata de “uma doença ruim” ela não se 
beneficiaria em saber a verdade e poderia ficar muito nervosa. Refere que no início 
foi várias vezes questionado por ela para saber do diagnóstico e que ele sempre lhe 
falou em cisto de ovário seguindo a combinação com seu médico. Paciente está 
animada e acha que com tratamento clínico ela ficará curada para acompanhar a 
formatura de sua filha em engenharia dentro de 2 meses. 
 
 
EXAME FÍSICO: Alerta, lúcida, orientada e coerente. Mucosas úmidas, pouco 
descoradas e anictéricas. Sinais de emagrecimento, mas em bom estado geral. 
Tax: 36,5 C Pulso: 95 bpm Respiração: 24 mpm. 
Peso: 55 Kg Altura: 1,68 m TA: 100/80 mmHg 
Pele e anexos: sp. 
Gânglios linfáticos: micropoliadenopatia cervical bilateral com gânglios macios e 
móveis. 
Cabeça: sp 
Olhos: visão normal. Pupilas isocóricas e normorreagentes. Fundo de olho normal. 
Ouvidos e nariz: sp. 
Boca e faringe: Dentes em bom estado de conservação com falta de algumas peças 
dentárias. Gengiva normal. 
Pescoço: sp 
Ausculta pulmonar: pulmão direito com som claro à ausculta. Ausência de 
murmúrio vesicular à esquerda. Percussão torácica normal a D e macicez à E. 
Ausência de ruídos adventícios. 
Ausculta cardíaca: ritmo regular, dois tempos, sem sopros. 
Abdômen: dor à palpação superficial e profunda em hipogástrio. Palpa-se massa 
dura nesta região. Ausência de dor a descompressão súbita. Fígado e baço 
impalpáveis. Ruídos hidroaéreos normais. 
Músculo-esquelético: normal 
Neurológico: pares cranianos, função motora e reflexos tendinosos profundos sp. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Hematócrito: 30 % Hemoglobina: 10 g % 
Creatinina: 2,5 mg% Glicose: 85 mg% 
Na: 135 mEq % K: 3,9 mEq % CO2: 20 mEq% 
Estudo radiológico de campos pulmonares: extenso derrame pleural à esquerda 
comprometendo todo hemitórax. 
Exame parasitológico de fezes (6 amostras): negativo. 
Ecografia abdominal: massa que ocupa espaço na pelve. Dilatação ureteral e 
hidronefrose bilateral. Cinco nódulos hiperecogênicos difusos no fígado. Ausência de 
outros achados significativos. 
Revisão ginecológica: massa pélvica ocupando todo o fundo de saco de Douglas 
compatível com recorrência de neoplasia maligna uterina. 
Ecografia transvaginal confirma estes achados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTEÚDO PROPOSTO 
Pequenos grupos deverão discutir as seguintes questões, tentando elaborar uma 
justificativa moral para suas respostas. Redigir estas respostas para posterior 
leitura em público frente ao grande grupo. 
1- Está correto omitir a verdade para a paciente? 
2- Quais os cuidados em se transmitir uma má notícia para um paciente? 
3- Considerando que a família mudou de opinião e deseja que a equipe “fale a verdade” 
para a paciente, como encaminhar tal tipo de conversa? 
4- A equipe da ginecologia consulta o Comitê de Bioética para saber se deve ou não 
descomprimir os ureteres da paciente. Qual o parecer do grupo? 
5- Caso a paciente desenvolva insuficiência respiratória aguda ou outra intercorrência 
clínica grave, deverá ser ela encaminhada para a CTI? 
6- Considerando a possibilidade da paciente ter sido informada de seu diagnóstico e ter 
solicitado à equipe a mantivesse viva por pelos menos 2 meses para que possa 
acompanhar a formatura de seu filho, deve este fato ser levado em consideração ao 
se cogitar das estratégias de tratamento da paciente ou devem os médicos definir o 
que é melhor para a paciente? 
7- Caso a dispnéia não melhore (disseminação linfática do tumor) e a dor se torne 
insuportável e a paciente venha a solicitar que seu médico lhe dê um remédio para “ 
acabar com o sofrimento”, está seu médico autorizado a atendê-la? 
8- O preceptor orienta o residente a colocar no prontuário da paciente a orientação de 
SPP (“se parar parou”), sem ter compartilhado essa decisão nem com a paciente 
nem com a família, tampouco com os demais membros da equipe. É correta essa 
decisão? Comente todas as variáveis implicadas nesta decisão. 
 
Sugestão Bibliográfica: http://www.bioetica.ufrgs.br 
ACTA MÉDICA 1999, 383-395. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO 1 – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
TUMORES DERMATOLÓGICOS 
 
 
IDENTIFICAÇÃO: feminina, branca, 74 anos, casada, trabalhadora rural, natural e 
procedente de Santo Antônio. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: mancha em tronco posterior de crescimento 
lento no último ano. 
 
REVISÃO DOS SISTEMAS: paciente na revisão dos sistemas não relatou nada 
digno de nota, além do problema cutâneo. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: hospitalizações prévias para 2 partos normais, 
demais OK. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: marido e dois filhos saudáveis. 
 
HISTÓRIA PSICOSOCIAL: moradora da zona rural refere exposição solar 
prolongada e sem proteção. 
 
EXAME FÍSICO: bom estado geral, lúcida, orientada e coerente. 
T 36,6°C P 48 kg A 158 cm T 120/80 mm Hg. 
Apresenta placa eritematosa com bordo ligeiramente elevado em tronco posterior, 
assintomático e com 3,5 cm de diâmetro. 
Demais OK. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: realizada biopsia cutânea com punch N° 2. 
Resultado AP. carcinoma basocelular superficial. 
Demais: sem alterações 
 
EVOLUÇÃO: tratamento proposto: curetagem da lesão e após crioterapia com 
nitrogênio liquido. Uso contínuo de filtro solar. 
Paciente com boaevolução e alta por cura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO 2 – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
TUMORES DERMATOLÓGICOS 
 
IDENTIFICAÇÃO: masculino, branco, 47 anos, agricultor, casado, natural e 
procedente de Dois Irmãos. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: lesões em face, tronco e membros superiores com vários 
anos de evolução. Refere lesão em braço esquerdo com crescimento rápido nos 
últimos 2 meses. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: paciente refere que há vários anos notou 
desenvolvimento de lesões descamativas em face, tronco superior e membros 
superiores. Nos últimos 2 meses notou crescimento rápido de lesão em braço 
esquerdo com sangramentos esporádicos. 
 
REVISÃO DOS SISTEMAS: nenhuma queixa em outros sistemas ou órgãos, 
referindo somente o problema cutâneo. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: além das doenças de infância, nada mais foi 
encontrado. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: pais, esposa e 3 filhos saudáveis. 
 
HISTÓRIA PSICOSOCIAL: mora e trabalha em pequeno sítio em Dois Irmãos, na 
atividade rural com muita exposição solar e sem nenhuma proteção. 
 
EXAME FÍSICO: bom estado geral, lúcido, orientado e coerente. 
T 36,5° C P 68 Kg A 172 cm TA 120/85 mm Hg. 
Apresenta ao exame físico em áreas de exposição à luz solar, localizada em tronco 
superior, face e dorso das mãos lesões eritematosas recoberta por escamas secas, 
duras, superfície áspera e coloração amarelada formando placas. Em braço 
esquerdo com lesão nodular queratótica infiltrada e endurecida com sangramentos 
esporádicos. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: biópsia cutânea com punch N 4 da lesão do braço 
esquerdo. AP. Carcinoma epidermóide. Demais exames de rotina normais. 
 
EVOLUÇÃO: paciente com diagnóstico clínico de ceratose actínica em áreas 
fotoexpostas e laboratorial de carcinoma epidermóide em braço esquerdo. 
Tratamento proposto: crioterapia com nitrogênio liquido na ceratose actínica e 
excisão cirúrgica com AP para o carcinoma epidermóide. 
Uso continuo de filtro solar FPS 30 com aplicações a cada 2 horas. 
Boa evolução e alta por cura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO 1 – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
TUMORES DERMATOLÓGICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paciente com pele clara, 78 anos, história de longa exposição ao sol durante o 
período em trabalhava na lavoura. Apresenta diversas lesões na face, sendo que a 
mais extensa está localizada na região malar e pálpebra inferior apresentando área 
ulcerada. 
 
CASO CLÍNICO – 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pescador de 46 anos, fumante, apresenta lesão ulcerada no lábio inferior, com 1 
ano de evolução com episódios de sangramento que não cicatrizou com tratamento 
conservador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAUDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 
 
IDENTIFICAÇÃO: masculino, 37anos, auxiliar de pedreiro, pardo, natural e 
procedente de Viamão. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: lesões eritematosas disseminadas. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: lesões eritematosas disseminadas, de 
surgimento recente, acompanhadas de papulas vegetantes na região perianal. 
 
HISTORIA MEDICA PREGRESSA: doenças comuns da infância. 
Imunizações: não lembra 
Cirurgias: nega 
Traumatismos: nega 
Hospitalizações prévias: nega 
Medicações em uso: nenhuma fixa 
Alergias: nega 
Hábitos alimentares: três refeições diárias,uso eventual de álcool 
 
HISTORIA FAMILIAR: Pai. mãe e irmãos (3 saudáveis). 
 
EXAME FÍSICO: Regular estado geral, lúcido, coerente, orientado. 
T=36,5ºC, P=60kg, A=168CM, TA=120/80mmHG. Apresenta exantema 
morbiliforme, não pruriginoso, bem como pápulas nas regiões palmo-plantares. 
Adenopatia generalizada. Paulas vegetantes perianais. Apresenta alopecia em 
clareira e madarose. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
VDRL quantitativo 1/32 
FTABS reagente 
EVOLUÇÃO: face ao diagnóstico de Sífilis secundária foi tratado com penicilina 
benzatina e orientado a retornar ao serviço em três meses para repetir exames. 
 
CONTEÚDO PROPOSTO: 
1. Discutir em pequenos grupos as questões relativas sífilis em particular e as 
demais DST em geral. 
2. Etiologia. 
3. Transmissão e orientações de prevenção. 
4. Diagnóstico, exames complementares. 
5. Diagnóstico diferencial. 
6. Tratamento. 
7. Epidemiologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
HANSENÍASE 
 
IDENTIFICAÇÃO: masculino, 57 anos, pescador, pardo, casado, natural e 
procedente de Itaqui. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: lesões cutâneas de lenta evolução. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: paciente refere que iniciou com lesões de pele há 
10 anos, em forma de ulcerações, dor em queimação evolução para hipoestesia em 
MsIs. Também notou nos últimos anos aumento de volume do pavilhão auditivo 
esquerdo, do nariz e escurecimento geral da pele. Relata dificuldade de 
deambulação devido às lesões em pés. 
 
REVISÃO SISTEMAS: 
Geral: emagrecimento 
Cabeça: sp. 
Boca: lesões em cavidade oral, rouquidão 
Olhos: sp. 
Nariz: aumento de volume 
Cardiovascular: sp. 
Respiratório: tosse, dispnéia aos pequenos esforços, DBPOC, tabagista desde os 15 
anos, média 1 carteira / dia. 
Gastrointestinal: sp. 
Endócrino: sp. 
Pele: ver HDA. 
Demais sistemas: sp. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Doenças comuns da infância. 
Imunizações: não lembra. 
Cirurgias: nega. 
Traumatismo: nega. 
Hospitalizações prévias: duas vezes por infecção respiratória 
Medicações em uso: nenhuma fixa. 
Alergias: nega 
Hábitos alimentares: três refeições por dia, uso de álcool esporádico. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: Pai falecido aos 65 anos por problema cardíaco, Mãe, 
irmãos, filhos e esposa sadios. 
 
HISTÓRIA PSICOSOCIAL: Mora na cidade com esposa e três filhos em casa com 
água, luz e sanitários. 
 
EXAME FÍSICO: Regular estado geral, emagrecido, desidratado, lúcido, orientado, 
coerente, voz rouca. 
T=36,5°C; P=98bpm; R=25 mpm; P=62Kg; A=176cm; TA=130/85 mmHg 
Pele e anexos: seca, apergaminhada, descamativa e escurecida. Madarose caudal e 
ciliar total, espessamento de pavilhões auditivos e fronte. Lesões papulo-nodulares, 
delimitadas, simétricas, esparsas e anestésicas em MsIs e tronco, hipoestésicas em 
MsSs. Espessamento dos nervos ulnar, tibial e fibular bilateralmente. 
Baqueteamento digital, onicomicose extensa em mãos e pés com infecção 
secundária. 
Cavidade oral: Lesões ulceradas em dorso da língua e palato, dentes sépticos. 
Gânglios linfáticos móveis, indolores com cerca de 1 cm em cadeia cervical. 
Olhos: sp. 
Cabeça: sp. 
Ausculta pulmonar: Estertores creptante de base. 
Ausculta cardíaca: ritmo regular, sem sopros. 
Abdômen: Sem dor à palpação, fígado e baço impalpáveis. Ruídos hidroaéreos 
normais. 
Neurológico: sp. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Ht. 36 Hg. 11,5 Leucócitos: 16.000 
Laringoscopia indireta: Ulcerações no bordo superior da epiglote e base da língua. 
Lesões leucoplásicas e hiperemia em pregas vocais, sugestivas de lesões fúngicas. 
Endoscopia digestiva alta: normal 
Raio X de tórax: sinais de DBPOC. 
Anti-HIV: não reagente. 
Pesquisa de BAAR: lóbulo e cotovelo – positiva IB 2 
Lesões tronco – positiva IB 4 com globias 
Reaçãode Mitsuda: negativa 
Rinoscopia: Ulcerações em mucosa septal 
Outros exames: sp. 
 
EVOLUÇÃO: Tratamento com antióticos e antifúngicos tópicos e sistêmicos para 
infecção respiratória, lesões cutâneas impetiginizadas e fúngicas com boa 
resposta. Notificação compulsória da hanseníase virchoviana e tratamento com 
poliquimioterapia multibacilar por 12 meses. 
Prevenção de incapacidades. 
 
CONTEÚDO PROPOSTO: 
1. Discutir em pequenos grupos as questões relativas à hanseníase. 
2. Etiologia 
3. Transmissão 
4. Manifestações clínicas 
5. Diagnóstico 
6. Diagnóstico diferencial 
7. Tratamento 
8. Epidemiologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
LEUCEMIA / LINFOMA 
 
IDENTIFICAÇÃO: feminina, 23 anos, branca, solteira, universitária, procedente de 
Porto Alegre. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: cansaço, adenomegalias e hemograma com anemia e 
leucocitose. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: a paciente refere que há três semanas iniciou 
com dificuldade progressiva em executar exercícios usuais na academia de 
ginástica. Familiares comentaram que ela estaria mais pálida nas últimas semanas. 
Notou febre (37.5 C° a 38.5° C), algumas vezes com sudorese no fim da tarde e 
início da noite há duas semanas. Refere sangramento gengival incomum com o uso 
de fio dental na última semana. Notou algumas equimoses nos membros inferiores 
há dois dias. Sua última menstruação apresentou sangramento mais intenso e 
consultou seu ginecologista três dias atrás que, ao observar alterações no 
hemograma solicitado, encaminhou-a ao clínico geral. 
 
REVISÃO DE SISTEMAS 
Geral: perda de 4kg no último mês. 
Pele: algumas manchas violáceas (equimoses) nos membros inferiores. 
Pescoço: aparecimento de gânglios, indolores, há duas semanas em ambos os lados 
do pescoço. 
Nariz, boca e garganta : refere leve “irritação” na garganta há uma semana 
Ginecológico: menstruação a cada 28 dias, durando 4 dias; a última teve 
sangramento mais intenso usando 3 pacotes de 10 absorventes. 
Respiratório: nega asma ou bronquite; apresentando falta de ar de leve intensidade 
após atividade física moderada (caminhadas em aclive, subir escadas, etc.) 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Fuma 10 cigarros/dia desde os 15 anos. Não 
usa drogas. Nega cirurgias ou uso de medicamentos. Nega exposição a agrotóxicos 
ou radiação. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: Pai falecido de câncer de estômago aos 40 anos. Avô 
paterno falecido de câncer de próstata com mais de 70 anos. Avó materna falecida 
de derrame cerebral aos 60 anos. Tia materna de 42 anos está em tratamento para 
câncer de mama. 
 
 
EXAME FÍSICO: Bom estado geral. Sistema neurológico: lúcida e orientada. 
Mucosas descoradas e anictéricas. Pele: algumas equimoses e raras petéquias nas 
pernas. Cavidade oral: hiperemia de orofaringe; uma bolha de sangue na gengiva 
na região do primeiro molar. Região cervical: dois linfonodos palpáveis na região 
supraclavicular esquerda e três na região supraclavicular direita, todos com 
diâmetro em torno de 2.5 cm, de consistência elástica,indolores e móveis. Sinais 
vitais com PA 130/70mm/Hg, FC 112 bpm, temperatura axilar 37.5 C, FR 18 mpm. 
Pulsos palpáveis e simétricos. Ausculta cardíaca com RR 2T, sopro sistólico em foco 
mitral (2/4). Aparelho respiratório mostrando murmúrio vesicular uniformemente 
distribuído em ambos campos pulmonares, sem ruídos adventícios. Abdômen: 
fígado palpável a 3 cm RCD; baço palpável a 4 cm do RCE, na linha hemiclavicular. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: Hemograma: Ht 25%; Hb 7.7 g%; hemácias 2,99 x 
106 mm3; VCM 83 fl; reticulócitos corrigidos 1,1%; leucócitos 42.200 (Bastões 
5%, neutrófilos 10%, Monócitos 15%, Linfócitos 30%, células mononucleares 
imaturas (células atípicas ou blastos) 40%; plaquetas 10.000/mm³, ácido úrico 11 
mg%, LDH 1.000 UI/L). 
 
 
 
 
 
 
DISCUSSÃO: 
1. Quais as hipóteses formuladas somente com a anamnese e exame físico? 
2. Qual o diagnóstico diferencial de adenomegalias e esplenomegalia? 
3. Quais as características que sugerem neoplasia na avaliação de 
adenomegalia? 
4. Qual é o mecanismo da anemia e da plaquetopenia neste caso? 
5. Qual a importância da avaliação do sangue periférico (esfregaço)? 
6. Qual o diagnóstico diferencial da leucocitose neste caso? 
7. Como costuma ser a apresentação clínica de linfoma? 
8. Qual o diagnóstico mais provável ? 
9. Mais exames laboratoriais são necessários para confirmação diagnóstica? 
Quais? 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
• L. Goldman et al. Cecil. Textbook of Medicine. 21th ed. 
• A Fauci et al. Harrison‟s Principles of Internal Medicine. 14th ed. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
PREVENÇÃO DE DOENÇAS GERIÁTRICAS 
 
IDENTIFICAÇÃO: masculino, 61 anos, branco, casado, economista, natural e 
procedente de Porto Alegre 
 
QUEIXA PRINCIPAL: check-up. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: paciente sedentário, dislipidêmico, fumante e 
estressado consulta geriatra acompanhado da esposa e filha mais velha para check-
up. Refere estar muito bem de saúde e que aceitou se submeter a uma avaliação 
clínica pela insistência da família. Tinha orientação dietética para tratamento de 
hipertrigliceridemia. 
 
REVISÃO SISTEMAS: dislipidemia. 
 
ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES: pai falecido aos 68 por IAM. Mãe 
viva com 84 anos hipertensa. 2 irmãos vivos. Um portador de dislipidemia e outro 
em tratamento para câncer de próstata. 
 
EXAME FÍSICO: bom estado geral, mucosas úmidas e coradas, xantelasmas 
pálpebras superiores 
Altura: 1,73 cm 
Peso: 85 Kg 
CA: 106 cm 
IMC=28 
 SCV: RR, 2T,BNF, pulsos periféricos palpáveis, sem edema MsIs 
 Pressão arterial: 160/95 mmHg (D) 150/95 mmHg(S) 150/95 mmHg (P) 
 SR: presença de roncos esparsos em ambos os pulmões. MV diminuído 
 Demais sistemas: ndn 
 
CONTEÚDO PARA DISCUSSÃO 
1. Importância da Geriatria Preventiva 
2. Níveis de Prevenção 
3. Exames complementares em Geriatria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
 
BIOLOGIA TUMORAL 
 
IDENTIFICAÇÃO: Feminina, 64 anos, branca, casada, comerciante, natural e 
procedente de Bagé. 
QUEIXA PRINCIPAL: „‟massa no fígado‟‟ 
HDA: Paciente relata desconforto abdominal mais intenso em hipocôndrio direito, 
náuseas e anorexia há 1,5 ano. Refere emagrecimento de aproximadamente 20 Kg 
no período. Consultou Gastroenterologista em Bagé que solicitou uma ecografia 
abdominal. Esta demonstrou vesícula biliar contendo barro biliar e cálculo medindo 
1 cm, associado com área hipossônica no lobo direito do fígado com 10x6 cm e um 
nódulo na supra-renal de 1x1cm. Foi encaminhada para uro-oncologia do HSL 
(30/03/2012) que solicitou uma TC-abdome. Dia 24/02/2012 voltou na uro-
oncologia para mostrar resultado da TC (imagem nodular em adrenal direita, 
medindo 1,5x1,4 cm, wash-out de 65%, sugestivo de adenoma. Fígado com lesão 
hipodensa em segmento IV-VI, medindo cerca de 9,5x5,5 cm, com realce nodular 
na fase arterial e venosa. Segmento V com imagem nodular 1,7x1 cm, sugestivo de 
hemangioma. Sem líquido livre e linfadenomegalias abdominais). Solicitado cortisol,metanefrinas na urina de 24h (resultado – 18/05/2012 – normais - nódulo não 
funcionante) e encaminhada para cirurgia geral do HSL. Dia 09/04/12, em consulta 
com a cirurgia geral, foi solicitado nova TC-abdome (08/11/2012 – crescimento de 
massa hepática com surgimento de linfonomegalia sentinela de 2 cm). Internada no 
HSL dia 16/03/2013. 
REVISÃO DE SISTEMAS: Nega vômitos, diarréia, alteração do hábito intestinal, 
constipação, febre, icterícia, melena, enterorragia, hematêmese, disfagia, acolia, 
hipocolia, dispnéia, precordialgia e claudicação intermitente. Ginecológico: G3P1A2, 
mamografia e Papanicolau realizados há 3 anos – normais. 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: 
-Ex-tabagista (20 anos/maço, tendo suspenso o uso há 15 anos). 
-HAS desde os 30 anos. 
-DM 2 há 3 anos. 
- Dislipidemia. 
-Síndrome coronariana aguda há 6 anos, com colocação de stent. 
-Gravidez ectópica em 1985. 
-Uso de anticoncepcional oral combinado dos 22 aos 37 anos. 
-Depressão 
-Nega alcoolismo 
HISTÓRIA FAMILIAR: Pai falecido aos 75 anos por câncer de pulmão. Mão 
faleceu aos 53 anos por câncer de cólon. Irmãs (2) faleceram aos 46 anos por 
câncer de esôfago e aos 31 anos por câncer de útero. 
MEDICAÇÕES EM USO: sinvastatina, clopidogrel, AAS, sertralina, tenadren, 
metildopa, propranolol, metformina, glibenclamida. 
EXAME FÍSICO: 1.60m, 55kg, bom estado geral. Lúcida, orientada e coerente. 
Mucosas 
úmidas e coradas. Anictérica, afebril e eupneica. 
 TA 140/90, FC 80bpm, ritmo regular, 2t. Sopro diastólico aspirativo, +2/+6, mais 
audível em foco aórtico, sem irradiação, aumentando de intensidade com isometria. 
Pulmões limpos. 
Abdômen: plano, simétrico, sem circulação visível, indolor à palpação, RHA+. 
Fígado palpável, com consistência endurecida, medindo aproximadamente 13 cm. 
Baço palpável há 1-2 cm abaixo do rebordo costal direito. 
Ausência de linfonodomegalias inguinais e cervicais. 
Extremidades perfundidas e livres de edema. 
Mamas simétricas, pele de aspecto usual. Não palpo nódulos e linfonodomegalias 
axilares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERNAÇÃO DIA 16/03/2013 
 
Solicitado nova TC-abdome-pelve 19/03/2013 (lesão expansiva heterogênea 
intensamente impregnada e parcialmente necrosada ocupando parte dos lobos 
direito e esquerdo do fígado, medindo 13 cm no seu maior diâmetro. Outras 
pequenas lesões satélites são identificadas no parênquima hepático junto às veias 
supra-hepáticas média e direita) 
Realizado biópsia da lesão hepática: AP-Adenocarcinoma metastático 
Solicitado: 
-RX TÓRAX: normal 
-Colonoscopia: biopsiada lesão polipoide em sigmoide (AP: pólipo hiperplásico) 
-EDA: gastrite erosiva antral leve 
-USG-TV: normal 
-Ecocardio: insuficiência aórtica leve e mitral mínima 
-Mamografia: microcalcificações puntiformes heterogêneas, aparentemente em 
trajeto ductal no quadrante súpero-lateral da mama esquerda, 1,6x1,4 cm. 
Calcificações isoladas bilaterais. Linfonodos axilares de aspecto usual. BI-RADS: IV 
A. 
-Ecografia mamária: o grupo de microcalcificações identificado na mamografia não 
tem tradução ecográfica. Nódulo com calcificações grosseiras 0,5cm na junção dos 
quadrantes laterais da mama direita. BI-RADS US: II. 
-Laboratoriais (18/04/2013): Ht 44,1%; Hb 14,3; VCM 84,6; RDW 14,3%; 
leucócitos 6990 com diferencial normal; plaquetas 202.000; creat. 1,12; ureia 39; 
AST 60; ALT 28; GGT 1550; FA 437; bilirrubina D 0,7; bilirrubinas T 1. 
Realizada embolização do ramo da veia porta direita. 
Após 1 mês da embolização, realizada cirurgia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
 
ANEMIA - INVESTIGAÇÃO 
 
 
IDENTIFICAÇÃO: masculino, 67 anos, branco, casado, natural e procedente de 
Livramento, RS. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: cansaço e palidez. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Refere fraqueza progressiva há 2-3 meses, não 
conseguindo realizar suas caminhadas diárias devido ao cansaço. Em algumas 
situações refere falta de ar. Familiares comentaram sobre sua palidez. Refere 
alimentar-se normalmente, sem perda do apetite. Notou que, nas últimas semanas, 
tem compulsão por alface e notou discreta ardência na língua, motivo pelo qual tem 
mastigado gelo com alguma frequência. Consultou seu médico do posto de saúde 
que lhe solicitou exames laboratoriais e encaminhou para este hospital após ver os 
resultados. 
 
REVISÃO SISTEMAS 
Geral: sensação de fadiga e palidez cutâneo- mucosa. 
Cabeça: nega sintomas. 
Boca: refere apresentar problemas na língua, com algumas pequenas úlceras. 
Olhos: sem queixas. 
Nariz e seios paranasais: refere anosmia leve. 
Pescoço: sem queixas. 
Cardiovascular: ver HDA. 
Respiratório: nega tosse ou expectoração. 
Gastrointestinal: constipado crônico, sem alteração do hábito intestinal nos últimos 
60 dias. Nega dor abdominal, hematêmese, enterorragia, melena, história de 
hemorróidas, de icterícia ou de hepatite. 
Genitourinário: refere freqüência miccional aumentada com noctúria, sem 
alterações do aspecto da urina. 
Endócrino: nega intolerância ao frio ou ao calor, tremores, agitação, sudorese, 
polidipsia, poliúria ou polifagia. 
Hematológico: sem história de anemia ou sangramentos anormais, sem passado de 
transfusões. 
Demais sistemas: sp. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: 
Doenças da infância: catapora. 
Imunizações: não sabe informar. 
Cirurgias: há três anos foi submetido a uma cirurgia de próstata, por hiperplasia 
benigna. 
Traumatismo: nenhum. 
Hospitalizações prévias: somente para cirurgia de próstata. Nega transfusões de 
sangue. 
Medicações em uso: “produtos naturais” para controlar a constipação. Usa 
cloridrato de oxibutinina (incontinência urinária) e sinvastatina. 
Alergias: nega. 
Hábitos alimentares: três refeições por dia (café, almoço e janta), sem intolerâncias 
alimentares. 
Sono normal. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: Pais falecidos (pai por IAM aos 80 anos e mãe por AVC aos 
76 anos). Um irmão mais novo sadio. Filhos vivos e sadios. 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA PSICOSSOCIAL 
Mora com a esposa. Filhos moram em outra cidade, mas os visitam periodicamente. 
Está preocupado com sua saúde e o que poderia estar provocando este problema. 
 
EXAME FÍSICO: Alerta, lúcido, orientado e coerente. Mucosas úmidas, pouco 
coradas e anictéricas. Sem sinais de emagrecimento e em bom estado geral. 
 Pulso: 90 bpm Respiração: 24 
mpm. 
Peso: 72 Kg Altura: 1,72 m TA: 130/80 mmHg 
Pele e anexos: sp. 
Gânglios linfáticos: sp. 
Cabeça: sp 
Olhos: visão normal. Pupilas isocóricas e normorreagentes. Fundo de olho normal. 
Ouvidos e nariz: sp. 
Boca e faringe: Dentes em bom estado de conservação com falta de algumas peças 
dentárias. 
Gengiva normal. 
Pescoço: sp 
Ausculta pulmonar: pulmões com murmúrio vesicular normal. Percussão torácica 
normal e ausência de ruídos adventícios. 
Ausculta cardíaca: ritmo regular, dois tempos, sem sopros. 
Abdômen: Sem dor à palpação superficial e profunda. Ausência de dor à 
descompressão súbita. Fígado e baço impalpáveis. Ruídos hidroaéreos normais. 
Músculo-esquelético: normal 
Neurológico: pares cranianos, função motora e reflexos tendinosos profundos sp. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Hemáceas 3.5 6/l Hematócrito: 27 % Hemoglobina: 9 g % VCM: 77 fl 
Reticulócitos: 1.1 (corrigido 0.6%) Ferritina: 8 ng/ml Ferro: 25 g/dL 
Capacidade ferropéxica: 400 g/dL Saturação da transferrina: 6.25% 
Creatinina: 1,5 mg% Glicose: 85 mg% Na: 135 mEq/L K: 3,9 mEq/L 
Estudo radiológico de campos pulmonares:sp. 
Exame parasitológico de fezes (6 amostras): negativo. 
Ecografia abdominal: Ausência de achados significativos. 
 
CONTEÚDO PROPOSTO 
Pequenos grupos deverão discutir as seguintes questões, tentando elaborar uma 
justificativa moral para suas respostas. Redigir estas respostas para posterior 
leitura em público frente ao grande grupo. 
 
1- Como a queixa do paciente pode ajudar no diagnóstico diferencial de anemia? 
2- Qual a relação do tempo de manifestação dos sintomas com a intensidade e o 
tipo de anemia? 
3- Há possibilidade de haver anemia hemolítica? Quais os dados para não ser 
pensar em anemia hemolítica ou sangramento agudo? 
4- Qual a classificação da anemia? 
5- Qual o diagnóstico diferencial desta anemia? 
6- Qual a conduta a ser seguida após esta constatação, no presente caso? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
 
QUEIXAS MAIS FREQÜENTES NO IDOSO 
 
 
IDENTIFICAÇÃO: feminina, 68 anos, branca, casada, natural e procedente de 
Porto Alegre. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: insônia 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente refere que há aproximadamente 3 
meses, após separação de uma filha, iniciou com dificuldades para iniciar o sono e 
se manter adormecida . Apresenta despertares freqüentes e prolongados durante a 
noite. Ressalta que seu sono não é mais reparador e é de má qualidade. Apresenta 
sonolência diurna, fadiga ,irritação, ansiedade, tensão, redução da memória e da 
concentração. 
 
REVISÃO SISTEMAS: Hipertensão Arterial Sistêmica, Artrose, Dislipidemia, 
Diabetes, Obesidade 
 
CONTEÚDO PARA DISCUSSÃO 
1. Definição de insônia 
2. Causas de insônia em idosos 
3. Tratamento da insônia 
4. Polipatologias 
5. Características das doenças geriátricas 
6. Problemas mais comuns em Geriatria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
 
NEOPLASIA DE ESÔFAGO 
 
IDENTIFICAÇÃO: masculino, 53 anos, branco, procedente de Tramandaí. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: Disfagia. 
 
HMAP: Paciente refere que, há 4 meses, começou com tosse, engasgos e 
regurgitação. Há 2 meses, vem apresentando disfagia e odinofagia para sólidos, 
aceitando somente líquidos por via oral. Emagrecimento 6 kg em 2 meses. 
 
REVISÃO DE SISTEMAS: Nega HAS e DM2. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: 
Nega alergias 
Tabagismo 20 cigarros/dia há 20 anos. 
Etilismo 1.000mL de cachaça/dia nos últimos dias. 
Nega internações ou cirurgias prévias. 
 
EXAME FÍSICO 
Bom estado geral, lúcido, orientado, coerente, hidratado. 
FC: 88bpm TA: 130/90mmHg FR: 22mrpm 
AP: MVUD, sem ruídos adventícios 
ACV: BNF, 2T, RR, Sem sopro 
Abdome: Ruídos hidroaéreos presentes, flácido, depressível, indolor, sem massas 
palpáveis 
Ausência de linfadenomegalias periféricas. 
 
Laboratório 
Htc 42% Hb 14,6 VCM 81fL L 9600 (N47,4%) Bilirrubina total(BT) 0,2 KTTP 
24/25s 
TP 92% RNI 1,06 Albumina 3,8 ASO 22 (14-36 UI/L) AST 18 (9-52 UI/L) 
 
DISCUSSÃO 
1. Hipótese diagnóstica 
2. Diagnóstico diferencial 
3. Abordagem diagnóstica 
4. Abordagem terapêutica 
 
CONTEÚDO PARA DISCUSSÃO 
1 - Diagnóstico diferencial de disfagia 
 - Doenças benignas 
 - Doenças malignas 
2 – Carcinoma epidermóide de esôfago 
 - Estadiamento 
 - Tratamento 
 - Intenção curativa 
 - Paliação (cirúrgica / endoscópica) 
 - Papel Quimioterapia/Radioterapia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
 
NEOPLASIA DE ESTÔMAGO 
 
IDENTIFICAÇÃO: Homem, branco, 65 anos, casado, agricultor. 
 
QUEIXA PRINCIPAL: Dor abdominal. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente relata dor abdominal em aperto em 
região epigástrica há +- 7 meses, sem irradiação. Refere melhora da dor com uso 
de antiácidos. Veio à consulta por apresentar piora dos sintomas, com episódios de 
vômitos alimentares nos últimos 10 dias. Refere emagrecimento de 8 kg no último 
mês. Nega disfagia ou alterações no hábito intestinal. 
 
REVISÃO DOS SISTEMAS: 
Orofaringe: pigarro matinal 
Pele: normal 
Ap. C-Vasc: HAS em uso de bloqueador de canal de cálcio há 12 anos 
Ap. Resp: sem alterações 
Ap. Digest: Ver HDA 
Ap. Neurol: sem queixas 
MMII: Sem alterações. 
Fumante crônico de 1 carteira de cigarros ao dia desde os 16 anos. 
Ingere +- 300 ml bebida destilada / dia. 
Nega alergias. 
Antecedentes Médicos Pessoais: Nega cirurgias, transfusão sanguínea. 
Antecedentes Familiares: Pai falecido por cardiopatia isquêmica (72 anos) e mãe 
falecida por Ca colo de útero (62 anos). Irmãos hígidos. 
 
EXAME FÍSICO: 
Bom estado geral, mucosas coradas e hidratadas. 
TA 130/90 
FC 88 bpm 
Peso: 62Kg Altura: 1,80m 
Cabeça e pescoço: 
Corado, conjuntivas anictéricas, sem lesões orais, pupilas fotoreagentes, 
fundoscopia sem anormalidades. Sem linfadenopatias cervicais ou 
supraclaviculares. Tireóide sem nódulos. 
Pulmão: 
Aumento do diâmetro anteroposterior do tórax. 
Diminuição difusa do murmúrio vesicular bilateralmente. 
Sem frêmito, roncos ou estertores. Percussão timpânica. 
Cardiovascular: 
Não se palpa ictus 
Bulhas hipofonéticas. Ritmo regular em 2 tempos, sem sopros. 
Pulsos periféricos simétricos. 
Abdômen: 
 Flácido, indolor à palpação. 
Punho percussão lombar e percussão dos processos espinhosos sem dor. 
Toque retal: 
Esfíncter com tônus preservado. Próstata levemente aumentada de tamanho 
sem nódulos. 
Extremidades: 
 Sem baqueteamento digital, sem edema 
Neurológico: 
Alerta, orientado, sem sinais focais. Motricidade e sensibilidade preservadas. 
 
PROPOSTA PARA DISCUSSÃO: 
1. Qual o seu diagnóstico diferencial neste caso? 
2. Quais exames iniciais você pediria para investigar este paciente? 
3. Qual a sua conduta após estes exames? 
4. Qual sua conduta após estabelecido o diagnóstico? 
5. Qual o tratamento mais adequado? 
 
 
CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II 
NEOPLASIA DE CÓLON/RETO 
 
IDENTIFICAÇÃO: 65 anos, masculino, natural e procedente de Porto Alegre, 
aposentado 
 
MOTIVO DA CONSULTA: Sangramento evacuatório. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente com história de sangramento 
evacuatório há 6 meses, indolor e misturado com as fezes. Relata também crises 
freqüentes de diarréia no período intercaladas com períodos de constipação 
intestinal. Hábito intestinal prévio diário com fezes normais. Refere história de 
colonoscopia há 16 anos também por sangramento evacuatório, com diagnóstico de 
pólipo de cólon sigmóide e doença hemorroidária, a qual foi operada, e o pólipo 
removido por endoscopia. Não realizou controles clínicos após este episódio. Nega 
emagrecimento ou outros problemas clínico significativos. 
 
REVISÃO DOS SISTEMAS: Sem particularidades 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: Irmão com diagnóstico de neoplasia de reto tratado aos 47 
anos de idade. 
 
EXAME FÍSICO: 
Bom estado geral, mucosas levemente descoradas 
Respiratório e cardiovascular: Normal 
Abdômen: RHA + e normais, sem massas palpáveis 
Proctológico: 
Inspeção: Plicomas anais. 
Toque retal: Ampola retal livre, tônus esfincteriano normal. 
Anuscopia: Doença hemorroidária interna 
Retossigmoidoscopia: normal até 17cm da margem anal 
 
DISCUSSÃO: 
 Quais sintomas descritos pelo paciente se correlacionam com neoplasia colo-
retal? 
 Elabore uma lista de diagnósticos diferenciais para este caso clínico. 
 Qual a relevância do

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