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Trabalho HIDRÁULICA E RECURSOS HÍDRICOS

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Introdução
Hidráulica: “Hydros” e “aulos”, respectivamente “água” e “condução”. A hidráulica esteve presente na história da humanidade, em função da necessidade da água para a vida humana. Mas como ela é distribuída de forma irregular, houve a necessidade de se transportar essa água a partir do lugar que ela estava disponível. Principalmente em lugares de clima árido, houve a necessidade de criar formas para facilitar a infiltração e recarga de aquíferos e conduzir essa água. 
Em relação a parte técnica da hidráulica, ela trata de estudar os fluidos como a água, em movimento ou em repouso. Envolve muitos cálculos e física para obter por exemplo a vazão de um rio. Ou seja, são técnicas de extrema importância para que o Engenheiro Civil aplique em variados tipos de construção. A Hidráulica se divide em três linhas de estudo: A Hidrostática que envolve cálculos com os fluidos parados. A Hidro cinética que trata do estudo dos fluidos em movimento. E, por fim, a hidrodinâmica que também estuda os fluidos, porém, leva em consideração medidas de pressão, gravidade, viscosidade e outras. 
A hidráulica está envolvida em muitas obras, mas, em relação à hidráulica e recursos hídricos, o Engenheiro Civil atua na construção de obras atuantes por exemplo: em rios, água subterrânea, ou mar, em função de um benefício e qualidade de vida de uma população específica, ou até mesmo para a economia local, regional ou nacional. E se tratando de hidráulica e recursos hídricos, pode-se afirmar que é um tema delicado pois, além das técnicas de hidráulica, as técnicas da mecânica dos fluidos, mecânica dos solos, geologia, gestão ambiental e física são ferramentas adjuntas ao processo de execução de uma obra. 
Objetivo Geral: 
	
	
	9
	Tratar da aplicação da hidráulica em obras de construção civil envolvendo recursos hídricos.
A utilização dos conhecimentos de Hidráulica
A hidráulica é importante para se fazer uma obra de drenagem urbana, construção de hidrelétricas e irrigações no meio rural por exemplo. 
A drenagem nada mais é do que o gerenciamento da água da chuva que escoa no meio urbano. O sistema de drenagem faz parte do conjunto de melhoramentos públicos, ele tem como objetivo, reduzir a exposição da população e das propriedades ao risco de inundações, minimizar os problemas de erosão e sedimentação, proteger a qualidade ambiental e o bem-estar social, e outros mais. 
A hidráulica e utilizada também na construção de usinas hidrelétricas, seu objetivo e transformar a energia cinética da água em energia mecânica e assim em eletricidade. Nada mais é que usar o potencia hidráulico do rio na criação de energia elétrica.
O setor de irrigação agrícola é o que mais consume água, uma pesquisa feita em 2002 apontou que a agricultura e responsável por 70%, seguidos do setor industrial com 22% e um consumo urbano de 8%. Em vista do grande problema da falta de água, há necessidade de gerenciar de forma competente os recursos hídricos, e um bom conhecimento sobre a hidráulica facilita na criação de meios mais econômicos e eficazes.
 A importância da Hidráulica e Recursos Hídricos para a Sociedade e Economia
A água é fundamental à vida e todos os organismos vivos que dependem dela para sua sobrevivência. Sendo o único planeta do sistema solar a Terra tem água nos três estados (sólido, líquido e gasoso), essas mudanças de estado físico da água no ciclo hidrológico são fundamentais e influenciam os processos biogeoquímicos nos ecossistemas terrestres e aquáticos. Somente 3% da água do planeta está disponível como água doce. Destes 3%, cerca de 80% estão congelados nas calotas polares, em estado sólido, 10% estão confinados nos aqüíferos e, portanto, a disponibilidade dos recursos hídricos no estado líquido é de aproximadamente 15% destes 3%. A água, portanto, é um recurso extremamente reduzido. O suprimento de água doce de boa qualidade é essencial para o desenvolvimento econômico, para a qualidade de vida das populações humanas e para a sustentabilidade dos ciclos no planeta. A água alimenta as florestas, mantêm a produção agrícola, a biodiversidade nos sistemas terrestres e aquáticos. Portanto, os recursos hídricos superficiais e os recursos hídricos subterrâneos são recursos estratégicos para o homem e todas as plantas e animais.
Devido a evolução dos tempos a hidráulica começou a preocupar‐se também com os problemas ambientais relacionados com a poluição/contaminação da água, erosão e degradação dos solos, uso eficiente da água na agricultura, mudança climática, entre outros. Isto impacta diretamente na sociedade, pois a água chega a nossas casas pode ser de uma qualidade ruim, devido a vários fatores ambientais.
A água é uma das substâncias mais importantes, pois, dela depende a maioria dos processos físicos, químicos e biológicos nos ecossistemas. Para o homem a água sempre foi determinante no ritmo de sua evolução.
O ciclo hidrológico não possui características homogêneas, o que forma uma distribuição desigual da água no planeta. Existe 26 países com escassez de água e pelo menos 4 países (Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Ilhas Bahamas, Faixa de Gaza – território palestino) com extrema escassez de água (entre 10 e 66 m 3 /habitante).
O Brasil tem aproximadamente 16% das águas doces do planeta, distribuídas desigualmente.
A dependência dos recursos hídricos é enorme para o desenvolvimento econômico. A água funciona como fator de desenvolvimento, pois ela é utilizada para inúmeros usos diretamente relacionados com a economia (regional, nacional e internacional). Os usos mais comuns e freqüentes dos recursos hídricos são: água para uso doméstico, irrigação, uso industrial e hidroeletricidade. De 1900 a 2000, o uso total da água no planeta aumentou dez vezes (de 500 km3/ano para aproximadamente 5.000 Km3/ano). Os usos múltiplos da água aceleram-se em todas as regiões, continentes e países. Estes usos múltiplos aumentam à medida que as atividades econômicas se diversificam e as necessidades de água aumentam para atingir níveis de sustentação compatíveis com as pressões da sociedade de consumo, a produção industrial e agrícola.
A urbanização acelerada produz inúmeras alterações no ciclo hidrológico e aumenta enormemente a demanda de volumes de água, gerando mais custos do tratamento, a necessidade de mais energia para distribuição de água e a pressão sobre os mananciais.
Com o aumento do desenvolvimento econômico, aumenta também os custos sobre os recursos hídricos utilizados, o que faz o governo pensar na introdução de economia de água utilizando meios para diminuir o uso e evitar desperdício.
Os impactos quantitativos nos recursos hídricos são crescentes e produzem grandes alterações nos estoques de águas superficiais e subterrâneas. Há casos muito evidentes de uso excessivo desses recursos, que resultaram na redução quantitativa acentuada e em desastres de grandes proporções, reduzindo de forma desastrosa os grandes reservatórios.
Além dos impactos quantitativos, há muitos outros impactos como a qualidade da águas superficiais e subterrâneas que comprometem os usos múltiplos e que também aumentam as pressões econômicas regionais e locais sobre os recursos hídricos. 
Alguns serviços proporcionados pelos recursos hídricos e devem ser qualificadas aos benefícios à população humana e a outras espécies são, por exemplo, a produção de alimentos, a reciclagem de nitrogênio e fósforo pelos ecossistemas aquáticos, a produção de alimento e o suprimento de água para abastecimento público, são de grande importância para sociedade e economia do país. 
Recursos Hídricos representam um estoque de recursos fundamental para a manutenção da vida no planeta Terra e também para o funcionamento dos ciclos e funções naturais. Recursos Hídricos beneficiam direta ou indiretamente a população humana, principalmente se levarmos em conta os vários benefícios promovidos para o bem estar da população humana e para a sobrevivência de organismos.
 É imprescindível uma nova ética para enfrentar a escassez de recursoshídricos no futuro e para tratar este recurso como um componente fundamental dos ciclos do planeta Terra.
 Os recursos hídricos são compreendidos como fontes de valor econômico essencial para a sobrevivência e desenvolvimento dos seres vivos. Eles são abundantes na natureza e, por isso, durante muitos anos se pensou que a falta de água potável era impossível. Hoje em dia vemos que a situação, e que se a sociedade não se conscientizar em breve a falta de água se tornará uma realidade.
Obras que envolvem a aplicação das técnicas da Hidráulica
Hidrelétrica de Belo Monte
A usina hidrelétrica de Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás da usina de Três Gargantas, na China e Itaipu, na fronteira entre Brasil e Paraguai. Localizada no Rio Xingu, próximo ao município de Altamira, no norte do Pará. Quando ficar pronta, a Usina de Belo Monte deve gerar 41,6 milhões de megawatts por ano, o suficiente para atender ao consumo de 20 milhões de pessoas durante um ano.
A Bacia Hidrográfica do Xingu, que se estende por 450 mil quilômetros quadrados, tem um potencial hidrelétrico de 22 mil megawatts, um dos maiores do país. A Volta Grande do Xingu, uma queda de 96 metros onde o rio quadruplica de largura e forma diversas cachoeiras e ilhas, concentra boa parte do potencial hidrelétrico do rio sendo por isso o local escolhido para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
A Usina Hidrelétrica de Monte Belo envolve obras em três sítios distintos (Belo Monte, Bela Vista e Pimental). Essa característica faz com que o projeto seja original, uma vez que as grandes hidrelétricas geralmente associam, lado a lado, a casa de força e vertedouro no mesmo local de barramento do rio. Os arranjos que envolvem canais de derivação são mais comuns em pequenas centrais hidrelétricas.
Em Belo Monte, o barramento e o vertedouro principal ficarão no Sítio Pimental, onde será instalada também a Casa de Força Complementar, no leito do Rio Xingu, a cerca de 40 quilômetros da cidade de Altamira (Pará). Desse ponto, por meio de canais de derivação, parte da água do rio será desviada para a Casa de Força Principal, no sítio Belo Monte, para formar o chamado “reservatório dos canais”. Para garantir as condições de segurança na operação da Usina, será construído, no sítio Bela Vista, um vertedouro complementar. Complementam o arranjo, um conjunto de diques para o fechamento lateral de pontos baixos no reservatório dos canais. 
Outra importante característica do projeto está no fato de que a quase totalidade de obras poderá e está sendo realizada a seco, uma vez que os sítios Belo Monte e Bela Vista e a região dos diques laterais, dos canais de derivação e do correspondente só serão alagados quando ocorrer o fechamento da barragem principal, no sítio Pimental. Isso só acontecerá quando concluídas todas as obras, para dar início à geração na casa de Força Principal.
Projeto Moisés
A trágica inundação da cidade norte-americana, ocorrida em 04 de novembro de 1966, deixando praças, ruas e casas debaixo de água, fez reavivar as discussões sobre o projeto Moisés, um sistema de diques móveis para evitar que a cidade seja tragada pelas águas do Mar Adriático. A gigantesca obra de engenharia, a cargo do Consórcio Veneza Nova, que agrupa 40 empresas. Calculado em aproximadamente 4,8 bilhões de euros. Veneza é uma das mais belas cidades do mundo, e é ameaçada pela elevação do nível do mar que a rodeia, devido ao derretimento de geleiras, provocado pelo aquecimento global. A cidade foi construída sobre estacas de madeira, em terrenos pantanosos e ilhas da lagoa e está separada do Adriático por um cordão de ilhotas e faixas de terra. A cada ano que se passa Veneza se afunda mais, fazendo com que o índice de inundações aumente.
O sistema Moisés é um projeto de defesa contra as cheias da cidade de Veneza, entrou em funcionamento com teste de operacionalidade das barreiras móveis. Moisés é um sistema de 78 diques móveis divididos em quatro seções nos três acessos à lagoa de Veneza. Esses diques, que tem forma de caixas gigantescas, são inseridos em imensos tanques feitos no fundo do mar. Em caso de maré muito alta, esses diques serão ‘inflados’ com ar sobre pressão e deixarão os tanques para proteger a lagoa, e quando for descartado o perigo, eles voltarão as suas posições iniciais. O projeto Moisés não elimina as causas da água alta e se limita a evitar cheias excepcionais, que podem chegar a 110 centímetros. Isso significa que seria útil somente três ou quatro vezes por ano, enquanto no restante as águas altas invadiriam Veneza’’ disse o ativista Federico Antinori. 
Os diques móveis protegerão a cidade dos perigos das marés altas e das inundações, mas mesmo assim, maioria dos venezianos se mostram insatisfeitos, pelo fato de agredir o meio ambiente.
Impactos Ambientais
Se tratando da intervenção antrópica no meio natural, principalmente nos recursos hídricos, temos inúmeros impactos ocasionados por essa atuação. As construções civis, em especial àquelas de grande porte, interferem de forma significativa no meio natural causando impactos à geomorfologia local, impactos à biodiversidade e, muitas das vezes, impactos sociais e interferências nas relações sociais de um local específico. 
Os diques têm a função de controlar as inundações, permitindo que o nível da água suba sem inundar as terras ao seu redor. Porém, a construção de diques ocasiona vários impactos socioambientais. Um exemplo da aplicação deste é na Usina Hidrelétrica de Belo Monte. 
Esta Hidrelétrica está sendo construída na bacia do Rio Xingu, e é um projeto que trará grandes benefícios para a sociedade local. Será a terceira maior usina do mundo. Porém, desde seu início, o projeto encontrou forte oposição de ambientalistas brasileiros e internacionais e algumas comunidades indígenas. Os mesmos afirmavam que, o projeto traria graves problemas tanto para a sociedade quanto para o meio ambiente.
Um dos problemas seria a inundação da área local, deixando vários ribeirinhos desabrigados, cerca de 20 mil pessoas seriam forçadas a se deslocar da região. O transporte fluvial seria reduzido, e esse é o único meio da população indígena e ribeirinha chegar a Altamira, onde encontram médicos, dentistas e fazem seus negócios, como a venda de peixes e outros produtos.
Defendem também que a hidrelétrica reduzirá o fluxo de água, afetando a fauna e flora local, e a região alagada deverá impactar a vida das árvores, cujas raízes irão apodrecer. Essas raízes servem como alimento para os peixes, e os mesmos fazem a desova nessa região, estima-se que haverá redução das espécies. 
Se tratando dos diques, em Veneza, existe um grande problema que é a questão da inundação da cidade, com o aquecimento global elevado, somado com o afundamento gradual do solo, causa uma elevação do nível do mar, alcançando 20 cm. Além destes problemas, o crescente teor de sal nas águas da laguna vêm ameaçando as fundações da cidade e a morte da vida aquática no fundo da laguna tem transformado o que antes eram canais em condutores de rápidas correntes que invadem a cidade a cada tempestade marítima. O fundo da laguna que antes era rico em cobertura vegetal rugosa é hoje liso e sem vegetação. Além disso, o desenvolvimento da zona industrial nos anos 30 provocou o bombeamento da água subterrânea do pântano o que acelerou o processo de afundamento da cidade.
O impacto ambiental deve-se ao fato de as barreiras impedirem as trocas de água entre a laguna e o mar prejudicando o ecossistema da região
Portanto, deve haver uma gestão bem discutida sobre a real necessidade dos diques ou barragens, além disso, formas de minimizar o seu impacto socioambiental.
Conclusão 
Os recursos hídricos e a hidráulica sempre foram de primordial importância para a vida e desenvolvimento social como um todo. Porém, deve-se ponderar os impactos causados por obras, sendo que as mesmas estejam apoiadas em programas de desenvolvimento, conservação e reversão da poluição, promovendo o equilíbrio entre odesenvolvimento social e econômico.

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