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Doença crônica Mycobacterium bovis Hospedeiros Definitivo são os Bovinos Acomete ruminantes, suínos, aves, animais silvestres e humanos. Zoonose Lesões nodulares M. bovis Formato de pequenos bastonetes Gram + Curtos Imóveis Aeróbicos Não possuem cápsula e nem esporo Luminosidade (meses) Pastagens (2 anos) Importância econômica A tuberculose bovina é responsável por grandes perdas econômicas: - queda no ganho de peso; - diminuição na produção de leite; - eliminação de animais; - morte de animais; - condenação de carcaças no abate; - comprometimento da comercialização de animais e seus produtos. Patogenia A bactéria alcança o alvéolo pulmonar que será fagocitado pelos macrófagos. Caso os bacilos não sejam eliminados, irão multiplicar-se no interior dos macrófagos até destruí-los. Após cerca de 2 a 3 semanas da entrada do agente no organismo, ele não cessa sua multiplicação, ocorre resposta imune celular e uma reação de hipersensibilidade tardia, passando a haver uma necrose de caseificação para frear o crescimento intracelular das bactérias. Os bacilos presentes na lesão pulmonar migram para os linfonodos regionais, levando à formação de novo granuloma, originando assim o complexo primário. A disseminação para outras partes do organismo pode estar presente durante o desenvolvimento da enfermidade mais tardiamente, devido à queda imunitária do animal. Quando generalizada, esta doença pode apresentar-se sob duas formas: -Miliar: quando ocorre de forma abrupta e maciça, sendo encontrado elevado número de bacilos circulantes. -Protraída: A mais comum, a disseminação ocorre por via linfática ou sanguínea, atingindo pulmão, linfonodos, fígado, baço, úbere, ossos, rins, sistema nervoso central, disseminando-se por praticamente todos os tecidos. Transmissão O animal infectado é a principal fonte de infecção. A M. bovis é excretado pelo: -Ar expirado -Fezes -Urina -Leite e outros fluídos corporais Alimentos e água contaminados Em bovinos adultos a principal porta de entrada é a via respiratória. Transmissão sexual Transplacentária A doença é mais comum em bovinos leiteiros Sinais Clínicos Evolução lenta e sinais clínicos pouco frequentes. Em estágios avançados podem apresentar: -Caquexia -Hiperplasia de linfonodos superficiais e/ou profundos -Dispneia -Tosse -Mastite -Infertilidade -Perda de peso -Febre -Emagrecimento -Dificuldade respiratória -Corrimento nasal -Nódulos na região do pescoço Achados de necrópsia A distribuição das lesões tem forma padronizada. Granulomas tuberculosos encontrados em qualquer linfonodo mas principalmente em nódulos mediastínicos e brônquicos Abcessos miliares nos pulmões Pus de cor do creme ao alaranjado e com consistência de cremosa espessa a caseosa que se esfarela com facilidade Nódulos na pleura e peritônio Diagnóstico Tuberculinização (único método eficiente) Testes Indireto: -teste da prega ano-caudal (prova de triagem, exclusiva em gado de corte) -teste cervical simples (prova de rotina em gado de leite devido sua boa sensibilidade); -teste cervical comparativo (prova confirmatória, em casos de reagentes no teste da prega ano-caudal ou inconclusivos no teste cervical simples). Profilaxia Testes intradérmicos de tuberculina nos rebanhos bovinos. Separar os positivos do rebanho até o sacrifício Na compra de animais, testá-los antes da introdução no rebanho e retestá-los logo após a entrada na quarentena (respeitando um intervalo de 60 dias). Comprar somente animais de rebanhos livres da doença Realizar exames periódicos dos bovinos e bubalinos Beber somente leite fervido ou pasteurizado Ingerir carne bovina ou bubalina bem cozida ou frita Não permitir a presença de cães e gatos no curral, principalmente durante a ordenha. As instalações devem ser adequadas, com boa ventilação e exposição à luz solar Higienizar e desinfetar periodicamente todas as instalações, especialmente bebedouros e cochos, com hipoclorito de sódio 3%, fenol 5%, formol 3%, cresol 5% ou cal (concentração 20%) Controlar fontes de água, cuidando-se das que provenham de fazendas vizinhas sem controle da tuberculose. Tratamento Não existe vacina nem tratamento para a tuberculose bovina, portanto a prevenção da entrada da doença é a chave do controle. Os animais positivos devem ser sacrificados, dentro de no máximo 30 dias depois de realizado o diagnóstico. O recomendado é que esses animais sejam encaminhados para abate sanitário em locais que possuam serviço de inspeção de carcaças. Se esta opção foi inviável, eles podem ser abatidos na propriedade, e esta deve ser acompanhada pelo serviço oficial de defesa sanitária animal.
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