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Tipos de Fibras - Alterações dos Tipos de Fibras Muscular Pelo Treinamento Físico. Karlos Handelmo C. Pereira. O corpo humano é formado por mais de 600 músculos esqueléticos que permite ao homem ser capaz de se movimentar rapidamente, reagir a estímulos em velocidade, gerar potência durante um chute ou um soco e suportar horas de exercício físico, como uma prova de maratona por exemplo. Cada músculo do corpo é formado pelas chamadas fibras musculares que podem ser rápidas, lentas e outras com características intermediárias entre as rápidas e lentas. As Fibras Musculares: São estruturas cilíndricas, alongadas, localizadas em toda a extensão do músculo. Cada fibra muscular é inervada por uma única terminação nervosa que se localiza no centro da fibra. Introdução Cada fibra é composta por inúmeras miofibrilas que internamente contém os filamentos de actina e miosina, tendo aproximadamente 1500 unidades de miosina e 3000 unidades de actina, que vão desencadear a contração muscular após todo um processo de estímulos e potencial de ação. As fibras de uma unidade motora não ficam agrupadas no músculo, mas sim dispersas por todo o músculo. E estão intercalados entre si com microfeixes de diversas unidades motoras, e isso faz com que unidades distintas se contraiam uma em apoio à outra. Tipos de Fibras Musculares O músculo esquelético não contém apenas um grupo homogêneo de fibras com propriedades metabólicas e contráteis semelhantes. São classificados em dois tipos distintos de fibras por suas características contráteis e metabólicas. Sendo classificadas Tipo I e Tipo II. Tipo I Fibras de Contração Lenta. Tipo ll Fibras de Contração Rápida. Fibras de Contração Lenta Características: 1° - Baixa atividade de miosina ATPase. 2° - Capacidade de manipulação do cálcio e velocidade de encurtamento lentas. 3° - Capacidade de glicolítica menos bem desenvolvida que as fibras de contração rápida. 4° - Mitocôndrias grandes e numerosas. As fibras de contração lenta são caracterizada por ter altos níveis de resistência a fadiga e perfeitamente apropriadas para o exercício aeróbico prolongado. As fibras receberam a designação de Fibras LO (lentas-oxidativas) para descrever sua velocidade de encurtamento lento e sua dependência do metabolismo oxidativa. Modalidades que utilização fibras de contração lenta: Maratona, Ciclismo, Triatlo etc. Fibras de Contração Rápida Características: 1°- Alta capacidade para a transmissão eletroquímica dos potenciais de ação. 2° - Alta atividade de miosina ATPase. 3° - Liberação e captação rápidas de Ca por um retículo sarcoplásmico eficiente. 4° - Alta taxa de renovação das pontes cruzadas. 2 + Várias subdivisões caracterizam as fibras musculares de contração rápida. Fibra Tipo II a: intermediarias exibe um alta velocidade de encurtamento e uma capacidade moderadamente bem desenvolvida para a transferência de energia das fontes tanto aeróbicas e anaeróbicas. Essas fibras representam as fibras rápidas-oxidativas glicolíticas(ROG). Fibras Tipo II x: possui o maior potencial anaeróbico e a velocidade de encurtamento mais rápida ou fibra rápida glicolítica (RG). Fibras Tipo II c: normalmente raro e indiferenciado, pode contribuir para a reinervação e a transformação da unidade motora. As fibras de contração rápida confiam em um sistema glicolítico a curto prazo bem desenvolvido para a transferência de energia. A ativação das fibras de contração rápida predomina nas atividades de alta velocidade tipo anaeróbicas . Por exemplo: Futebol, Natação, Hóquei e Atletismo Provas de – 100 m – 200 e 400 m. Constituição Fisiologia Distintas de Fibras Musculares Alguns músculos podem ter maior distribuição de Fibras Rápidas do que outros músculos. As Fibras Rápidas respondem melhor a hipertrofia. Esquema de Classificação dos Tipos de Fibras dos Músculos Esqueléticos. Tipos de Fibras Características Contração Rápida Contração Lenta Tipo II B Tipo II A Tipo I Cor Branca Branca/vermelha vermelha Volumes Mitocondrial Baixo Intermediário Alto Miosina ATPase Alta Alta Baixa Manipulação de Ca Alta Média/alta Baixa Capacidade glicolítica Alta Alta Baixa Capacidade Oxidativa Baixa Média/alta Alta Velocidade de Contração Rápida Rápida Lenta Vel. de Relaxamento Rápida Rápida Lenta Resistência á Fadiga Baixa Moderada/alta Alta Capacidade de Gerar Força Alta Intermediária Baixa 2 + 12 Alterações dos Tipos de Fibras Muscular Pelo Treinamento Físico As fibras musculares mudam de um tipo para outro com a treinamento de Força? Os mecanismos de adaptação biológica são vistos como processos que possibilitam uma reorganização orgânica e funcional do organismo frente a exigências internas e externas , dirigida à melhor realização das sobrecargas que induz. Obedecendo ao agente estressor, o funcionamento do mecanismo homeostático pode mudar e os sistemas biológicos estimulados entrarem em um novo estado funcional. E possível converte tipos de fibras em condições de inervação cruzada. Onde uma unidade do tipo II é artificialmente inervada por um motoneurônio de tipo I ou vice-versa. Do mesmo modo, a estimulação nervosa crônica de baixa frequência transforma unidades motoras de tipo II em unidades motoras de tipo I em algumas semanas. Pesquisas realizadas em mulheres, foi encontrada evidências de transformação do tipo de fibra como resultado do treinamento de força. Durante 20 semanas - MMIF. Fibras do Tipo II x = Fibras do Tipo II a = Vários estudos verificaram transição de fibras do Tipo II x para fibras do tipo II a com o treinamento de força. Treinamentos de força em alta intensidade e trabalho de velocidade em curtos intervalos pode promover a conversão de fibras do tipo I para fibras do tipo II a. Alterações nas Fibras Musculares Referências Bibliográfica Fisiologia do Esporte e do Exercício – Jack H. Wilmore, David L. Costill e W. Larry Kenney. Fisiologia do Exercício; Energia, Nutrição e Desempenho Humano – William D. McArdle, Frank I. Katch e Victor L. Katch Obrigado
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