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Resumo Direito Processual Penal Aula 08 Acao Penal em especie Guilherme Madeira

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Delegado de Polícia Civil 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Processual Penal 
Professor: Guilherme Madeira 
Aula: 08 | Data: 01/09/2017 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
 
SUMÁRIO 
 
1. Ação Penal em Espécie 
 
 
1. AÇÃO PENAL EM ESPÉCIE 
 
 Ameaça (Art. 147-CP): 
 Crime de Ação Penal Pública condicionada a Representação. 
Art. 147 do CP. Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou 
qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação. 
 
 
 Lesão Corporal (art. 129) 
Art. 129 do CP. Ofender a integridade corporal ou a saúde de 
outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 Grave ou gravíssima: Ação Penal Pública Incondicionada. 
 Lesão leve ou culposa: Ação Penal Pública Condicionada (art. 88 da Lei 9.099/95). 
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, 
dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de 
lesões corporais leves e lesões culposas. 
 Crimes contra Honra (Art. 145-CP) 
 Art. 145 do CP. Nos crimes previstos neste Capítulo somente se 
procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da 
violência resulta lesão corporal. 
 
 
 
 Página 2 de 4 
 
 Como regra é Ação Penal Privada. 
 Exceções: 
1- Injúria Racial: Ação Penal Pública Condicionada (art. 145, § único c.c art. 140, § 3° - CPP) 
2- Injúria Real: Ação Penal Pública 
3- Honra de funcionário público em exercício da função: súmula 714-STF. Legitimidade concorrente do 
ofendido mediante queixa ou do MP mediante representação. Cuidado: se o ofendido representar 
fica fechada a via da Ação Privada, ou seja, se o promotor propuser o arquivamento não pode o 
ofendido propor a queixa-crime. 
Súmula 714 do STF. É concorrente a legitimidade do ofendido, 
mediante queixa, e do ministério público, condicionada à 
representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a 
honra de servidor público em razão do exercício de suas funções. 
 
 Lei Maria da Penha – Lei 11.340/2006 
 Premissa importante: fica afastada a Lei 9.099 (art. 41). 
 Lesão corporal leve ou culposa: fora da Lei Maria da Penha é Ação Penal Pública Condicionada (art. 88 da 
Lei 9.099). 
 Agressão dentro da Lei Maria da Penha: Será Ação Penal Pública Incondicionada. Súmula 536-STJ. 
Súmula 536 do STJ. A suspensão condicional do processo e a transação 
penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei 
Maria da Penha. 
 Não muda a ação penal nos demais crimes, esteja ou não na Lei Maria da Penha. 
 
 Extinção da Punibilidade: 
Art. 107 do CP. Exntingue-se a punibilidade: 
I – pela morte do agente; 
II – pela anistia, graça ou indulto; 
III – pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como 
criminoso; 
IV – pela prescrição, decadência ou perempção; 
 
 
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V – pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos 
crimes de ação privada; 
VI – pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite. 
IX – pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. 
 Morte (art. 107, I-CP): 
 A morte se prova com Atestado de Óbito (art. 62-CPP). 
 O atestado de óbito falso não faz coisa julgada material. HC 104998 0 Dias Toffoli – Dje 06.05.12 
 
EMENTA 
Dados Gerais 
HC 104998/SP 
Relatora: Ministro Dias Toffoli 
Julgamento: 14/12/2010 
Publicação: DJe 06/05/2011 
Decisão: EMENTA "HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE AMPARADA EM CERTIDÃO 
DE ÓBITO FALSA. DECISÃO QUE RECONHECE A NULIDADE ABSOLUTA DO DECRETO E DETERMINA O 
PROSSEGUIMENTO DA AÇÃO PENAL. INOCORRÊNCIA DE REVISÃO PRO SOCIETATE E DE OFENSA À COISA JULGADA. 
PRONÚNCIA. ALEGADA INEXISTÊNCIA DE PROVAS OU INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA EM RELAÇÃO A CORRÉU. 
INVIABILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS NA VIA ESTREITA DO WRIT CONSTITUCIONAL. 
CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE. ORDEM DENEGADA. 1. A decisão que, com base em certidão de óbito 
falsa, julga extinta a punibilidade do réu pode ser revogada, dado que não gera coisa julgada em sentido estrito. 2. 
Não é o habeas corpus meio idôneo para o reexame aprofundado dos fatos e da prova, necessário, no caso, para a 
verificação da existência ou não de provas ou indícios suficientes à pronúncia do paciente por crimes de homicídios 
que lhe são imputados na denúncia. 3. Habeas corpus denegado. 
 
 Renúncia e Perdão (art. 107, II-CP): 
Renúncia Perdão 
Pré-Processual Processual 
Independe de concordância 
autor do fato. 
Depende concordância de réu. 
Expresso ou Tácito Expresso ou Tácito 
 
 Tácito: é a prática de um ato incompatível com a vontade de processar ou de continuar 
processando. Ex.: coligações políticas. 
 
 
 
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 Perempção (art. 60 -CPP): 
 
 Só se aplica para os casos de Ação Penal Privada personalíssima e propriamente dita, ou seja, não 
se aplica aos casos envolvendo Ação Penal Privada Subsidiária da Pública. 
 Art. 60 do CPP. Nos casos em que somente se procede mediante 
queixa, considerar-se-á perempta a ação penal: 
 I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o 
andamento do processo durante 30 dias seguidos; 
 II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua 
incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, 
dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem 
couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; 
 III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo 
justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou 
deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;

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