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Ação Penal

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Ação Penal
Legitimidade da Ação Penal
A legitimidade ativa pertence ao titular da ação penal, o que por via consequencial, dependerá se o crime é de ação penal pública ou ação penal privada.
· Legitimidade na Ação Penal Pública: legitimidade é do Ministério Público*, nos moldes do art. 129, I, da Constituição Federal.
*Lembre-se que, ainda que de ação penal pública, se verificada a inércia do MP, surge para o ofendido a possibilidade de propor queixa-crime subsidiária (ação penal privada subsidiária da pública).
· Legitimidade na Ação Penal Privada: legitimidade é do ofendido ou do representante legal.
Condições De Prosseguibilidade Versus Condição De Procedibilidade
	Condições de PROCEDIBILIDADE
	Condições de PROSSEGUIBILIDADE
	Condição necessária para o INÍCIO do processo. 
O processo ainda não teve início, e essa condição precisa ser implementada para que este dê início.
	A condição torna-se necessária supervenientemente. Ocorre quando o processo já está em andamento e esta condição deve ser implementada para que o processo possa seguir.
Exemplo: Representação nos crimes de lesão leve e lesão culposa por ocasião da vigência da Lei nº 9.099/95, passou a se exigir a representação da vítima, para esses dois delitos.
	Lei nº 9.099/95. Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesão corporais leve e lesões culposas. → Condição De Procedibilidade.
	Lei nº 9.099/95. Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir representação para a propositura da ação penal pública, o ofendido ou seu representante legal será intimada para oferecê-la no prazo de 30 dias, sob pena de decadência. → Condição de prosseguibilidade
Classificação das Ações Penais
	Legitimado Ativo
	Ação Penal Pública
	Ação Penal Privada
	Ação Penal Pública Condicionada;
Ação Penal Pública Incondicionada;
Ação Penal Pública Subsidiária da Pública.
	Ação Penal Privada Personalíssima;
Ação Penal Privada Propriamente;
Ação Penal Privada Subsidiária da Pública.
Ação Penal Pública
Ação Penal Pública Incondicionada
Aquela em que não há necessidade do implemento de quaisquer condições para que possa ser instaurada. 
· A atuação do Ministério Público não depende da vontade da vítima ou de seu representante legal;
· A ação penal pública incondicionada é a regra, de modo que, em não falando nada sobre a espécie na lei, presume-se que o crime é processado mediante ação penal pública incondicionada.
Ação Penal Pública Condicionada
Trata-se da ação penal em que a atuação do Ministério Público depende da representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça.
· CPP, Art. 5º. § 4º. O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
Ação Penal Pública Subsidiária da Pública.
Uma vez caracterizada a inércia do Ministério Público, um outro órgão de natureza pública poderia agir.
Exemplos:
1. Crimes de Responsabilidade do Prefeito:
Art. 2º O processo dos crimes definidos no artigo anterior é o comum do juízo singular, estabelecido pelo Código de Processo Penal, com as seguintes modificações:
§ 2º Se as previdências para a abertura do inquérito policial ou instauração da ação penal não forem atendidas pela autoridade policial ou pelo Ministério Público estadual, poderão ser requeridas ao Procurador-Geral da República.
2. Crimes Eleitorais
Art. 357. Verificada a infração penal, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias.
§3º Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo legal representará contra ele a autoridade judiciária, sem prejuízo da apuração da responsabilidade penal.
§ 4º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior o juiz solicitará ao Procurador Regional a designação de outro promotor, que, no mesmo prazo, oferecerá a denúncia.
Ação Penal de Iniciativa Privada
Ação Penal Privada Personalíssima
Nessa espécie de ação penal não há sucessão processual, isto porque o direito de queixa só pode ser exercido pelo próprio ofendido. 
Ação Penal Exclusivamente Privada
É aquela que somente pode ser proposta pelo ofendido ou seu representante legal.
Exemplo: Calúnia. CP, Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo (DOS CRIMES CONTRA HONRA) somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.
	ATENÇÃO AO CADI!
Diferentemente da ação penal privada personalíssima, a exclusivamente privada admite sucessão processual, conforme prevê o art. 31, CPP.
CPP, Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Ação Penal Privada Subsidiária Da Pública
“Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal” (art. 5º, LIX). O cabimento da “ação penal privada subsidiária da pública” está subordinado à inércia do Ministério Público.
	Se o órgão ministerial determinou a devolução dos autos à autoridade policial para a realização de diligências imprescindíveis, se requereu o arquivamento dos autos do inquérito, se suscitou conflito de competência ou qualquer outra medida, não há que falar em cabimento de ação penal privada subsidiária da pública, já que não restou caracterizada a inércia do Parquet.
Princípios Específicos da Ação Penal Pública
	Princípio da Obrigatoriedade;
	Princípio da Indisponibilidade;
	Princípio da Divisibilidade.
· Princípio da Obrigatoriedade
Também denominado de “legalidade processual”, uma vez presentes as condições da ação e havendo justa causa, o Ministério Público é obrigado a oferecer denúncia.
Presentes as condições da ação e havendo justa causa, o Ministério Público é obrigado a oferecer denúncia. Fundamento: o referido princípio pode ser extraído do art. 24 do CPP: 
CPP, Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta SERÁ promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
	O MP pode pedir absolvição? Uma vez feito o pedido de absolvição pelo órgão ministerial, o juiz fica vinculado?
CPP, Art. 385. Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.
· Princípio Da Indisponibilidade
Apresenta-se como um desdobramento do princípio da obrigatoriedade, isso porque, uma vez sendo obrigado a oferecer a denúncia, (se presentes as condições da ação) é também a mesma indisponível após o oferecimento da denúncia.
	Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.
Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.
· Princípio Da Divisibilidade
Pode o MP oferecer denúncia em face de alguns investigados, sem prejuízo do prosseguimento das investigações dos demais autores.
Princípio Específicos Da Ação Penal Privada
· Princípio da Oportunidade ou Conveniência
Mediante critérios próprios de oportunidade ou conveniência, cabe ao ofendido deliberar sobre o ajuizamento ou não da peça acusatória.
Opções para o não exercício do direito de queixa:
· Decadência: perda do direito de ação penal privada em virtude do seu não exercício dentro do prazo legal. O ofendido possui o prazo decadencial de 6 meses para oferecer sua queixa-crime, conforme sua conveniência, se não desejar ajuíza-la, terá a possibilidade de deixar transcorrer esse lapso temporal apenas.
· Renúncia: abri mão de um direito não exercido ainda. A renúncia pode ser tácita ou expressa. É aplicado antes do exercício do direito de queixa. O ofendido pode manifestar expressamente o seu desejo em renunciar ao seu direito de oferecer a queixa-crime.
· Princípio da Disponibilidade
O momento adequado para o seu exercício é após o oferecimento da queixa-crime.
Assim, o princípio da disponibilidadeé aplicável após o exercício do direito de queixa.
Opções conferidas ao querelante para dispor do processo
Perdão do Ofendido: ato bilateral, depende de aceitação do querelado, acarretando, no caso de aceitação a extinção do caso. Mesmo após a instauração do processo criminal, admite-se que o ofendido perdoe o acusado. Assim, se aceitar o processo restará extinto, dispondo o ofendido do mesmo.
Perempção: é a perda do direito de prosseguir com o exercício da ação penal, em virtude da desídia do querelante; art. 60, CPP.
· Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
· Princípio Da Indivisibilidade
O processo contra um dos agentes obriga ao processo de todos. 
	CPP, Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.
CPP, Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.
Representação
Representação é a manifestação do ofendido ou de seu representante legal no sentido de que possui interesse na persecução penal do fato delituoso.
A representação, condição de procedibilidade da ação penal pública condicionada, NÃO EXIGE formalidade.
Natureza jurídica da Representação
A representação pode assumir duas diferentes natureza jurídica, a depender do momento em que ela for exigida: CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE ou CONDIÇÃO DE PROSSEGUIBILIDADE.
	→Trata-se de condição de procedibilidade, em regra.
→Em situações excepcionais, pode funcionar como condição de prosseguibilidade.
Retratação da Representação
Retratar-se significa voltar atrás, arrepender-se de um direito que fora exercido. A retratação pode ser feita até o OFERECIMENTO da denúncia, nos moldes do art. 25, CPP.
CPP, Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. (Logo, se antes, é retratável).
· Retratação da Representação da Lei Maria da Penha
Lei nº 11.340/2006.
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do RECEBIMENTO da denúncia e ouvido o Ministério Público.
	Obs.: Crimes ainda que cometidos no contexto de violência doméstica e familiar, continuam a depender de representação, por exemplo, os crimes de estupro e ameaça.
*Lesão corporal leve (no contexto da violência doméstica) – é ação penal pública incondicionada.
	A retratação no CPP é diferente da Lei Maria da Penha
	Retratação no CPP
	Retratação na Lei Maria da Penha
	Até o OFERECIMENTO
	Até o RECEBIMENTO
	A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
	Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
	Retratação da retratação da Representação: 
É possível desde que observado o prazo decadencial (lapso temporal de seis meses). Situação: Representou (se arrependeu) e se retratou. Se arrependeu da retratação, se retrata e apresenta novamente a representação. É possível, desde que tudo isso aconteça dentro do prazo decadencial que possui o ofendido.
Eficácia Objetiva da Representação
Se oferecida a representação contra um dos partícipes ou coautores do crime, o promotor de justiça deve oferecer a denúncia contra todos aqueles que praticaram o delito. 
Requisição do Ministro da Justiça
É a manifestação do Ministro da Justiça demonstrando que possui interesse na persecução penal.
Os crimes que demandam requisição do ministro da justiça não são tão corriqueiros, mas podemos citar, por exemplo, os crimes contra a honra do Presidente da República ou Chefe de Governo Estrangeiro.
Embora denominado de “requisição”, o termo não é sinônimo de ordem, posto que o Ministério
Público continua sendo o titular da ação penal.
Natureza Jurídica
A requisição do Ministro da Justiça possui natureza jurídica de condição de procedibilidade do processo.
Retratação da Requisição (é possível e até quando?)
A retratação da requisição é possível ATÉ o OFERECIMENTO da denúncia. Ao contrário da representação, a Requisição do Ministro da Justiça não submete-se a prazo decadencial. Não existe decadência do direito de requisição.
Causas extintivas da punibilidade relativas à ação penal privada
Art. 107, CP. Extingue-se a punibilidade:
IV – pela prescrição, decadência ou perempção;
V – pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada.
· Decadência do direito de ação privada (ou de representação)
A decadência atingirá tanto a ação penal privada quanto ao direito de representação (ação penal pública condicionada à representação).
Conceito: É a perda do direito de queixa ou de representação em virtude do seu não exercício dentro do prazo legal.
Natureza Jurídica
É causa extintiva da punibilidade.
Prazo da Decadência: previsão legal
CPP, Art. 38. Salvo disposição em contrário (exceção – art. 236, parágrafo único, CP – crime de induzimento a erro essencial), o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29 (ação penal privada subsidiária da pública), do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
Obs.1: Qual é o prazo decadencial? 6 meses.
Obs.2: Qual é o marco inicial da contagem desse prazo? A regra, é de que o prazo comece a fluir A PARTIR DO CONHECIMENTO DA AUTORIA.
Obs.3: Exceção desse prazo – art. 236, parágrafo único do Código Penal.
· Renúncia do Ofendido ao direito de queixa
Natureza jurídica
Trata-se de causa extintiva da punibilidade.
Conceito: ato unilateral e voluntário por meio do qual a pessoa legitimada ao exercício da ação penal privada abdica do seu direito de queixa.
Espécies de Renúncia
· Renúncia expressa: é uma declaração inequívoca do ofendido abrindo mão do seu direito;
· Renúncia Tácita: pratica de um ato incompatível com a vontade de processar. Exemplo: convidar o agente que praticou o crime em face de sua pessoa e mesmo assim, o convida para ser padrinho de seu casamento.
ATENÇÃO!!! A Lei dos Juizados Especiais trata o recebimento de indenização (composição civil dos danos) como hipótese de renúncia ao direito de queixa ou representação.
Princípio da indivisibilidade
O processo de um obriga ao processo de todos. Assim, se o indivíduo renunciar em face de um dos agentes, se estenderá contra todos.
Momento para manifestação da Renúncia
A renúncia ocorre antes do exercício do direito de queixa.
· Perdão Do Ofendido
O perdão do ofendido é ato bilateral (depende de aceitação do agente) e voluntário por meio do qual o querelante resolve não prosseguir com o processo que já estava em andamento, perdoando o acusado.
Natureza Jurídica
É causa extintiva da punibilidade, nos crimes de ação penal exclusivamente privada e ação penal personalíssima.
Qual o limite temporal para concessão do perdão? ATÉ O TRÂNSITO EM JULGADO DE SENTENÇA CONDENATÓRIA, nos moldes do proposto no §2º, art. 106, CP.
· Perempção
A perempção é a perda do direito de prosseguir no exercício da ação penal privada em virtude da negligênciado querelante, com a consequente extinção da punibilidade (natureza jurídica) nos crimes de ação penal exclusivamente privada ou privada personalíssima.
	Perempção
	Decadência
	É a perda do direito de prosseguir com o processo.
	Perda do direito de dar início ao processo
Causas de Perempção
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal: (não acarreta a extinção da punibilidade no caso da subsidiária da pública).
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos; A contagem desse prazo deve ser feita de forma contínua.
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extingui sem deixar sucessor.
Ação Penal Privada Subsidiária da Pública
A ação penal privada subsidiária da pública tem em sua origem, um crime que é de ação penal pública, possuindo legitimidade para entrar em juízo o Ministério Público.
O pressuposto da ação privada subsidiária é a inércia do Ministério Público.
Ação Penal nas várias espécies de Crimes
· Ação penal nos crimes contra honra
Regra – ação penal privada;
Exceção - Injúria real – pública: se praticada mediante lesão corporal leve: ação penal pública condicionada à representação, e também será se a lesão for grave ou gravíssima.
· Crime contra honra do Presidente da República/Chefe de governo estrangeiro: crime de ação penal pública condicionada a requisição do Ministro da Justiça.
· Crimes militares contra honra: em regra, são crimes de ação penal pública incondicionada.
· Crimes eleitorais contra a honra (durante a propaganda eleitoral): passa a ser crime de ação penal pública incondicionada.
· Crime de Injúria racial: Ação Penal Pública condicionada a representação
Art. 140. §3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: Pena – reclusão de um a três anos e multa.
· O racismo, por ser crime contra a coletividade, é crime de ação penal pública incondicionada.
· Crime contra a honra de servidor público em razão das funções: crime que se procede mediante ação penal pública condicionada à representação. Há legitimidade concorrente do ofendido e do MP para a persecução de crimes contra a honra de funcionário público em razão de suas funções.
· Ação Penal nos crimes de lesão corporal leve praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher: A ação penal, nesse delito, é PÚBLICA CONDICIONADA à REPRESENTAÇÃO. Assim, crimes como, por exemplo, de estupro e ameaça praticados no contexto de violência doméstica e familiar: ação penal pública condicionada à representação.
Súmula 536, STJ: “A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha”.
Súmula 542, STJ: “A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica e familiar contra a mulher é pública incondicionada”.
· Ação Penal nos Crimes contra a Dignidade Sexual:
Regra: ação penal pública condicionada a representação
Exceção: se a vítima for menor de 18 anos ou pessoa vulnerável, a ação penal será pública incondicionada.

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