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Psicologia juridica

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Texto 1
Sidney Shine
(...) Para o psicólogo Sidney Shine, do setor de Psicologia da Vara da Família e Sucessões do Fórum Central do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, a elaboração de laudos técnicos por peritos e assistentes técnicos precisa ter a preocupação com a saúde mental de todos os envolvidos no processo de guarda de filhos. “O profissional precisa se preocupar com a criança, o alvo principal da disputa legal, mas sem se descuidar dos outros envolvidos no processo, como os pais”, diz Shine. Ele lembra que, na elaboração dos laudos técnicos, o psicólogo não está na função de tratar da saúde mental da criança e ou dos pais, mas no atendimento exclusivo aos questionamentos apresentados pela Justiça (...).
Questão 1
Qual o papel do assistente técnico?
RESPOSTA:
Cabe ao Assistente Técnico, elaborar Parecer Critico a respeito do processo, além dos quesitos que serão respondidos pelo Perito. O Art. 433 do CPC em seu Parágrafo Único diz que: “Os assistentes técnicos oferecerão seus pareceres no prazo comum de 10 (dez) dias, depois de intimadas as partes da apresentação do laudo”. Além disso, ele orientará a parte no que concerne à Perícia, discutirá e responderá o laudo pericial e as respostas dos quesitos por ele formulados.
Questão 2
Busque no código profissional do psicólogo algum impedimento que possa surgir diante de uma perícia.
RESPOSTA:
Art. 2º, k, Código profissional do psicólogo, 2005.
 Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação.
Texto 2
Sidney Shine
Atualmente, cerca de 300 psicólogos atuam dentro de tribunais em todo o Estado de São Paulo. Nas Varas de Família, julgam-se processos de separações conjugais, que invariavelmente envolvem guarda de filhos e horários de visitação. “Quem nos manda os casos e depois recebe o nosso trabalho na forma de laudo psicológico é o juiz, porém os advogados das partes, o promotor público e as famílias também têm acesso ao nosso laudo”, conta Sidnei Shine. Essa solicitação acontece sempre que um juiz necessita, além das provas que as partes apresentam, de uma leitura da situação do ponto de vista psicológico. “Se o advogado de uma das partes alega problemas emocionais ou de negligência, o caso entra na área da Psicologia. Como o juiz é leigo, ele pede a entrada de um psicólogo para obter um parecer técnico”, completa. A análise baseia-se na existência de algum distúrbio psicológico que possa afetar a relação de alguma das partes com a criança. “Uma pesquisa realizada na Espanha comparou as recomendações feitas pelos psicólogos e as sentenças proferidas pelos juízes daquele país, sendo que os números mostraram um resultado de 100% de concordância. Eu desconheço uma pesquisa semelhante realizada aqui no Brasil, mas posso dizer que, uma vez que é o juiz quem solicita o trabalho, é quase certo que ele acate a nossa recomendação”, comenta Sidnei Shine.
Questão 1
Qual o documento que é elaborado pelo psicólogo perito que tem a finalidade de apresentar procedimentos e conclusões da avaliação psicológica com o objetivo de fornecer subsídios à decisão judicial? Por que?
RESPOSTA:
Laudo psicológico.
Este documento é uma apresentação descritiva acerca de situações e/ou condições psicológicas. Sua finalidade é apresentar os procedimentos e conclusões gerados pelo processo da avaliação psicológica.
Questão 2
Pesquisar em nosso ordenamento jurídico normas que fundamentem o argumento do sigilo profissional.
RESPOSTA:
Art. 6º – O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos:
b) Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.
Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.
Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.
Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias.
Art. 11 – Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar informações, considerando o previsto neste Código.
Art. 12 – Nos documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias para o cumprimento dos objetivos do trabalho.
Art. 13 – No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para se promoverem medidas em seu benefício.
Art. 14 – A utilização de quaisquer meios de registro e observação da prática psicológica obedecerá às normas deste Código e a legislação profissional vigente, devendo o usuário ou beneficiário, desde o início, ser informado.

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