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Dos crimes contra a saúde pública

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Dos crimes contra a saúde pública Espécies dos crimes contra a incolumidade pública
A Aplicabilidade dos artigos 267, 268, 269, 270, 272, 273, 274, 277, 278 E 280, do Código Penal.
O presente trabalho faz alusão aos artigos 267, 268, 269, 270, 272, 273, 274, 277, 278 e 280 do Código Penal brasileiro, artigos esses denominados Crimes Contra a Saúde Pública. A fim de se obter um melhor entendimento, acerca dos mesmos, iniciaremos com uma análise de cada artigo, com foco nos elementos do crime, a aplicabilidade e a existência do mesmo, destacando as diferenças entre cada crime, buscando sempre um maior entendimento sobre este tema.
Palavras-chave: Crimes contra a Saúde Pública. Dolo. Culpa
INTRODUÇÃO
O tema em estudo é objeto de pouca atenção nos manuais de Direito, a abordagem dos crimes contra a saúde pública encontram-se previstos no CP como uma espécie dos crimes contra a incolumidade pública e apresentam algumas características: coletividade como sujeito passivo, utilização recorrente de normas penais em branco e de elementos normativos, antecipação da tutela a uma situação de perigo na maior parte das vezes presumido.
Os bens jurídicos estão previstos na  CF. em seu art. 5º, quando menciona a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Sabe-se que a boa saúde é fator essencial para o ser humano e quando as doenças incuráveis o afeta, uma série de consequências é sentida tanto nele quanto em seus familiares e algumas pessoas diante desta realidade tomam proveito para exercer papeis sociais ilícitos para de algum modo, auferir vantagem da desgraça e desespero alheios.
Como já mencionado, o presente trabalho faz alusão aos artigos Epidemia (267), Infração de medida sanitária preventiva (268), Omissão de notificação de doença (269), Envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal (270), Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produto alimentício (272), Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (273), Emprego de processo proibido ou de substância não permitida (274), Substância destinada à falsificação, Outras substâncias nocivas à saúde pública (277 e 278), Medicamento em desacordo com receita médica, Exercício ilegal de medicina, arte dentária ou farmacêutica (280).
A fim de se obter um melhor entendimento, acerca dos mesmos, iniciaremos com uma análise de cada artigo, com foco nos elementos do crime, a aplicabilidade e a existência do mesmo, destacando as diferenças entre cada crime, buscando sempre um maior entendimento sobre este tema.
1. EPIDEMIA (art. 267 CP)
A epidemia é uma doença transitória causadas por microorganismos (vírus e bactérias) que atinge um grande número de pessoas ao mesmo tempo. O crime de epidemia é de perigo comum, porém não haverá combinação com a norma prevista no art. 258, a pena é de dez a quinze anos de reclusão e pode ser agravada em até o dobro se houver como resultado a morte de alguém. Se o crime for culposo a pena aplicada é detenção de um a dois anos, ou, se resulta morte, de dois a quatro anos.
Elementos Objetivos e Subjetivos do Tipo
Elementos Objetivos do Tipo: Causar epidemia significa provocar doença que surge rápida num local e acomete, sucessiva ou simultaneamente, numerosas pessoas. Propagar significa difundir, disseminar. Germes patogênicos são todos os microrganismos capazes de produzir moléstias infecciosas.
Para a tipificação do fato é necessário que os germes patogênicos disseminados pelo agente acometam de doença infecciosa um número considerável de pessoas, não sendo considerada epidemia as doenças infecciosas que atinjam uma ou outra pessoa, ou que atinjam plantas ou animais.
Elemento Subjetivo do Tipo: É o dolo, ou seja, a vontade de causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos. A descrição típica não indica nenhuma finalidade especial por parte do agente. Basta que o sujeito queira a causação da epidemia, ou que assuma o risco de tal resultado, propagando germes patogênicos. Para GRECO, a epidemia é “uma doença que surge rapidamente em determinado lugar e acomete simultaneamente grande número de pessoas”.
O erro quanto à potencialidade infecciosa de determinados microrganismos exclui o dolo e, consequentemente, o crime (erro de tipo).
O tipo culposo se caracteriza pela inobservância do cuidado objetivo necessário, dando causa ao evento se da conduta culposa resulta morte, o crime é qualificado pelo resultado. O delito de epidemia é material.
Obs.: Epidemia não se confunde com pandemia e endemia. Pandemia é disseminação de uma doença em vários lugares do planeta. Já endemia é a doença que surge frequentemente ou permanentemente em um determinado lugar e lá se mantém.
Sujeitos do Delito
Ativo: Qualquer pessoa (crime comum), independentemente de estar contaminada ou não pelos germes patogênicos.
Passivo: Coletividade (sociedade) que será atingida diretamente pela propagação da doença (tem que ser número indeterminado de pessoas.
Consumação e Tentativa
O delito consuma-se com a ocorrência de epidemia, ou seja, com o surgimento de inúmeros casos de pessoas acometidas com a doença causada pelos germes patogênicos.
Admite-se a forma tentada, que se configura na hipótese de não obstante o agente disseminar germes patogênicos, a epidemia não sobreviver por circunstâncias alheias a sua vontade.
Tipo de Ação Penal
Ação penal pública incondicionada.
Causas de Aumento, Agravantes e Atenuantes.
A causa de aumento de pena está prevista no parágrafo primeiro, e é caracterizada pelo resultado morte. Se ocorrer mais de um resultado morte, o agente continuará a responder por um único crime (não haverá concurso de crimes).
Não se se trata de uma qualificadora stricto sensu, em que o patamar da pena é diferenciado em relação ao crime simples. O dobro da pena aqui é calculado na terceira fase de aplicação da pena.
Ressalta-se que o resultado mais gravoso deve vir a título de culpa. Caso contrário, o agente responderá por concurso formal impróprio (uma conduta, mas com dois resultados são os chamados desígnios autônomos).
Exemplo:
A epidemia de Ebola, que em 2014 fez o mundo ficar em estado de alerta, pois em alguns países do oeste da África a doença matou cerca de 6.400 pessoas. Os países mais afetados foram Guiné, Serra Leoa e Libéria. 
Divergência
Parte da doutrina diverge entre crime de perigo abstrato e outra parte argumenta que o crime é de dano ou seja perigo concreto, pois considera como sujeito passivo as vítimas que contraíram a doença contagiosa. Se o agente agir com dolo com relação ao consequente, aplicar-se-á o concurso formal imperfeito, no qual o agente responderá pelos dois resultados, com a pena equivalente à soma de cada uma delas.
2. INFRAÇÃO DE MEDIDA SANITÁRIA PREVENTIVA (art. 268 CP)
De acordo com o art. 268 o crime corresponde a infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa. O dispositivo protege a incolumidade pública no que concerne à saúde da coletividade. Objetiva-se punir a violação de uma providência de ordem sanitária preventiva, que possa introduzir ou a propagar a doença contagiosa.
É um crime de perigo abstrato, mas é indispensável que seja pelo menos possível, quando não presumível, a pena é de detenção, de um mês a um ano, e multa, que pode ser aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro.
Segundo GRECO,  trata-se de norma penal em branco pois depende de uma norma regulamentadora para produzir seus efeitos, a norma regulamentadora será heterogênea, pois advirá de uma Portaria do Ministério da Saúde, quando à época da conduta, é preciso verificar a existência da portaria, para se determinar se não ocorreu o abolitio criminis.
Elementos Objetivos e Subjetivos do Tipo
Elementos Objetivos do Tipo: Incrimina o fato de alguém infringir (é o núcleo do tipo),determinação do Poder Público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa.
Obs.: A norma só se refere a doenças que acometam os seres humanos, não os animais ou vegetais, mas pode a determinação do poder público recair sobre o cuidado com animais ou vegetais, quando estes possam integrar-se na série causal de propagação de doenças.
Elemento Subjetivo do Tipo: O art. Em estudo, prevê apenas a forma dolosa, o agente tem que ter conhecimento da determinação do Poder Público, para que se incida esse tipo penal. Se o agente não tiver conhecimento da determinação, nem tampouco condições de o saber, incidir-se-á em erro de tipo e, por não haver a modalidade culposa, a conduta será atípica.
Sujeitos do Delito
Ativo: Qualquer pessoa (crime comum).
Passivo: Coletividade (sociedade), uma vez que se trata de crime contra a incolumidade pública.
Consumação e Tentativa
O delito se consuma com o desrespeito a determinação do Poder Público destinado a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa.
É admissível a tentativa, que ocorrerá quando o agente tendo iniciado os atos executórios do crime, é obstado a continuar por circunstâncias alheias a sua vontade.
Causas de Aumento, Agravantes e Atenuantes
Há maior juízo de censura quando a conduta é praticada por esses profissionais (funcionário da saúde pública, médico, enfermeiro, dentista ou farmacêutico).
A doutrina admite que esse é um rol taxativo, não se admitindo interpretação extensiva. Aplica-se também as causas de aumento de pena previstas no art. 258 do CP, de acordo com determinação do art. 285.
Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
Tipo de Ação Penal
Ação penal pública incondicionada.
Exemplo:
Determinação do poder público federal, destinadas a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa, que se encontra prevista na Lei nº 7.649, de 25/01/88, que estabelece o cadastramento dos doadores de sangue bem como a realização de exames laboratoriais no sangue coletado.
Ação Penal: A ação penal é pública incondicionada.
3. OMISSÃO DE NOTIFICAÇÃO DE DOENÇA (art. 269)
A Omissão de Notificação de Doença, consta no deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória, significa que, certas e determinadas doenças, principalmente as infectocontagiosas, tais como AIDS, meningite, tuberculose, dengue entre outras, têm que ser comunicadas às autoridades da saúde pública, sob o risco destas doenças se alastrarem, tendo o medico por consequência o dever jurídico de noticiá-las, nos dizeres de GRECO:
Trata-se de delito omissivo próprio, pois somente o médico pode praticar a conduta omissiva, deixando de levar a efeito o necessário comunicado à autoridade pública, quando toma conhecimento de uma doença cuja notificação é compulsória, a fim de evitar a proliferação da doença.
A pena é de detenção de seis meses a dois anos, e multa, e o crime trata-se de lei penal em branco, necessita ser complementada por outra disposição legal ou em atos administrativos. O objeto jurídico é a incolumidade pública.
Elementos Objetivos e Subjetivos do Tipo
Elementos Objetivos do Tipo: O crime tem como elemento objetivo o fato de o médico não comunicar a autoridade competente a doença, cuja notificação é compulsória.
Elemento Subjetivo do Tipo: É o dolo, vontade de não comunicar a autoridade competente doença cuja notificação é compulsória.
Sujeitos do Delito
Ativo: o crime é próprio, uma vez que só pode ser praticado por médico.
Passivo: Coletividade (sociedade), uma vez que se trata de crime contra a incolumidade pública.
Consumação e Tentativa
O crime consuma-se com a não comunicação da doença, no prazo designado para tanto nos regulamentados ou outros atos normativos que versem sobre a matéria. Trata-se de crime omissivo puro.
A tentativa é inadmissível: ou o sujeito deixa decorrer o prazo designado para a notificação da doença, ou, inexistindo prazo legal para tanto, prática ato inconciliável com a vontade de fazer tal notificação.
Causas de Aumento, Agravantes e Atenuantes
Aplicar-se-ão as causas de aumento de pena previstas no art. 258 do CP, o crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro.
No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
Exemplo:
Determinação do poder público federal, destinadas a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa, que se encontra prevista na Lei nº 7.649, de 25/01/88, que estabelece o cadastramento dos doadores de sangue bem como a realização de exames laboratoriais no sangue coletado.
Divergência Doutrinária
Segundo ROMANO apud NUCCI trata-se de crime próprio e de mera conduta (crime que não possui para a consumação qualquer resultado naturalístico), omissivo, instantâneo. Já para o mesmo autor apud FRAGOSO, ao lembrar que o tipo objetivo do crime consiste em deixar de denunciar (comunicar) à autoridade pública, doença cuja notificação é compulsória, considerou que o crime é omissivo puro (violação de ordem ou mandado e não de proibição), não admitindo tentativa, conclusão com que concordamos. O crime resulta, pois, da violação de um dever de ativar-se, consumando-se com a simples desobediência, pois é omissivo puro.
Ação Penal: A ação penal é pública incondicionada.
4. ENVENENAMENTO DE ÁGUA POTÁVEL OU DE SUBSTÂNCIA ALIMENTÍCIA OU MEDICINAL (art. 270)
Constitui crime o fato de alguém envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância alimentícia ou medicina, destinada a consumo. Três são os objetos materiais desse crime: água potável, de uso comum ou particular, substância alimentícia destinada a consumo e substância medicinal destinada a consumo.
A pena é de reclusão, de dez a quinze anos (pena alterada conforme determinação da Lei n. 8.072/90). Esse crime era considerado hediondo, contudo, com o advento da Lei n. 8.930/94, o delito em apreço foi excluído do rol de crimes hediondos, não estando mais sujeito ao tratamento gravoso da referida lei.
Está sujeito à mesma pena quem entrega a consumo ou tem em depósito, para o fim de ser distribuída, a água ou a substância envenenada. Se o crime é culposo a pena é de detenção, de seis meses a dois anos.
Se o objetivo do agente é envenenar uma única pessoa não se aplica o art. 270do CP, pois a vítima deste crime deve ser a coletividade.
Elementos Objetivos e Subjetivos do Tipo
Elementos Objetivos do Tipo: O núcleo do tipo é o verbo "envenenar", que significa pôr veneno. A conduta deve recair sobre água potável, não sendo necessário que seja pura.
Elemento Subjetivo do Tipo: O dolo genérico, sendo também admitida a modalidade culposa. Na hipótese típica de "depósito de substância envenenada" a lei penal exige, além do dolo, um especial elemento subjetivo, consistente na finalidade de distribuir ao público a substância envenenada.
Sujeitos do Delito
Ativo: Qualquer pessoa (crime comum), independentemente de estar contaminada ou não pelos germes patogênicos.
Passivo: Coletividade (sociedade), uma vez que se trata de crime contra a incolumidade pública.
Consumação e Tentativa
O crime consuma-se no momento em que o objeto material é envenenado, independentemente da superveniência de qualquer resultado perigoso, que é presumido pelo legislador ou com o oferecimento ao público da substância envenenada ou com a guarda do objeto material, independentemente do eletivo consumo ou distribuição do objeto material.
A tentativa é perfeitamente admissível, salvo no caso de culpa.
Causas de Aumento, Agravantes e Atenuantes.
Aplica-se o disposto no art.258 aos crimes, salvo quanto ao definido no art. 267.
Tipo de Ação Penal
Ação penal pública incondicionada.
5. FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE SUBSTÂNCIA OU PRODUTO ALIMENTÍCIO (ART. 272)
Dispõe o artigo acima referido em seu caput, corromper, adulterar, falsificar ou alterar substância ou produto alimentício destinado a consumo, tornando-o nocivo à saúde ou reduzindo-lhe o valor nutritivo, com o objeto jurídico a saúde pública, que a pena para tal crime é reclusão de quatro a oito anos, e multa.
Se o crime é culposo a pena é de detenção, de um a dois anos e multa, na modalidade culposa exclui-se as condutas falsificar e fabricar.
Elementos Objetivos e Subjetivos do Tipo
Elementos Objetivos do Tipo: É um crime de ações múltiplas, corromper, adulterar, falsificar e alterar.
Elemento Subjetivo do Tipo: É o dolo, consubstanciado na vontade livre e consciente de corromper, adultera, falsificar ou alterar substância ou produto alimentício destinado a consumo, tornando-o nocivo à saúde ou reduzindo-lhe o valor nutritivo.
Sujeitos do Delito
Ativo: Qualquer pessoa (crime comum), independentemente de estar contaminada ou não pelos germes patogênicos.
Passivo: Coletividade (sociedade), uma vez que se trata de crime contra a incolumidade pública.
Consumação e Tentativa
Consuma-se com a criação da situação de perigo comum, isto é, quando o agente, ao corromper, adulterar, falsificar ou alterar substância ou pro substancia ou produto alimentício destinado a consumo ou produto alimentício destinado a consumo de um número indeterminado de pessoas, torne-a nociva à saúde ou lhe reduza o valor nutritivo. Assim, não basta o simples ato de corromper, adulterar, falsificar ou alterar, já que se trata de crime de perigo concreto, sendo necessário comprovar que tais atos provocaram a nocividade ou a redução do valor nutritivo do produto ou substância alimentícia. Também não é necessário que este chegue a ser comercializado ou consumido.
A tentativa é perfeitamente admissível.
Causas de Aumento, Agravantes e Atenuantes
Prevista no art. 285: Aplica-se o disposto no art. 258 aos crimes previstos neste capítulo, salvo quanto ao definido no art. 267.
Exemplo:
Empregado na fábrica de cerveja sub – rogados da cevada e do lúpulo, ou adicionando a um vinho determinado corante que, embora nocivo, faça supor melhor qualidade.
Ação Penal
É crime de ação penal pública incondicionada, portando independe de representação do ofendido ou de seu representante legal.
6. FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS (ART. 273)
Segundo CAPEZ[9] o crime consiste em: Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, com pena de reclusão de dez a quinze anos, e multa, a tutela penal do referido crime é a saúde Pública.
Elementos Objetivos e Subjetivos do Tipo
Elementos Objetivos do Tipo: Trata-se de crime de ação múltiplas, que corresponde as mesma do art. 272, difere, no entanto, quanto ao objeto material que são produtos destinados para fins terapêuticos ou seja aquele destinado á prevenção, melhora ou cura de doenças. Inclui-se entre os produtos, os medicamentos, as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes e os de uso em diagnóstico.
Elemento Subjetivo do Tipo: É o dolo, consubstanciado na vontade livre e consciente de corromper, adulterar, falsificar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
Sujeitos do Delito
Ativo: Qualquer pessoa (crime comum).
Passivo: Coletividade (sociedade), uma vez que se trata de crime contra a incolumidade pública.
Consumação e Tentativa
Consuma-se com o ato de corromper, adulterar, falsificar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, presume-se o perigo à coletividade, trata-se, portanto, de crime de perigo abstrato. Não é necessário que o produto chegue a ser comercializado ou consumido.
Admite se a tentativa.
Causas de Aumento, Agravantes e Atenuantes
É punido também quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado corrompido, adulterado ou alterado.
De acordo com CAPEZ, [10] se o crime é culposo, pena de detenção de três anos e multa, a modalidade culposa não abrange a conduta falsificar, prevista no caput desde artigo. A qualificadora para o artigo em estudo aplica-se o disposto no art. 258 CP, salvo quanto ao definido no art. 267.
Ação Penal
É crime de ação penal pública incondicionada. Portanto independe de representação do ofendido ou seu representante legal É cabível a suspensão condicional do processo na modalidade culposa (art. 89 da Lei nº 9.099/95).
7. EMPREGO DE PROCESSO PROIBIDO OU DE SUBSTÂNCIA NÃO PERMITIDA (ART. 274)
Reza o art. 274 do Código Penal: Empregar, no fabrico de produto destinado a consumo, revestimento, gaseificação artificial, matéria corante, substância aromatizada, anticéptica, conservadora ou qualquer outra não expressamente permitida pela legislação sanitária: Pena de reclusão, de cinco anos, e multa. O objeto jurídico tem por tutela a saúde pública.
Elementos Objetivos e Subjetivos do Tipo
Elementos Objetivos do Tipo: consubstancia-se no verbo empregar, Istoé, utilizar, no fabrício, de produto destinado a consumo (objeto material) de um número indeterminado de pessoas, revestimento (é o revestimento que cobre o produto). Trata-se de norma penal em branco, pois seu complemento depende das disposições sanitárias (leis, decretos, regulamentos).
Elemento Subjetivo do Tipo: É o dolo, consubstanciado na vontade livre e consciente de empregar, no fabrício de produto destinado a consumo, revestimento, gaseificação artificial, matéria corante, substância aromatizada, anticéptica, conservadora ou qualquer outra não expressamente permitida pela legislação sanitária.
Sujeitos do Delito
Ativo: Qualquer pessoa (crime comum).
Passivo: Coletividade (sociedade), uma vez que se trata de crime contra a incolumidade pública.
Consumação e Tentativa
Estamos diante de um crime de perigo abstrato, isto é, presume-se o perigo à coletividade com a prática da ação típica. Assim, o crime consuma-se com o emprego, no fabrício de produto, de revestimento, gaseificação artificial, matéria corante, etc., não permitida pela legislação sanitária. É considerado, portanto, crime instantâneo. A tentativa é admissível.
Causas de Aumento, Agravantes e Atenuantes
Aplica-se o disposto no artigo 285, aos crimes previstos neste capítulo, salvo quanto ao definido no art. 267.
Exemplos
Colocar corante não permitido pela legislação sanitária, em refrigerantes ou sucos.
Ação Penal
É crime de ação penal pública incondicionada. Portanto independe de representação do ofendido ou seu representante legal É cabível a suspensão condicional do processo na modalidade culposa (art. 89 da Lei nº 9.099/95), em virtude da pena mínima prevista (reclusão de um a cinco anos).
8. SUBSTÂNCIA DESTINADA À FALSIFICAÇÃO, OUTRAS SUBSTÂNCIAS NOCIVAS À SAÚDE PÚBLICA (ART. 277)
O Código Penal em seu art. 277 defini o crime como: Vender, expor à venda, ter em depósito ou ceder substância destinada à falsificação de produtos alimentícios, terapêuticos ou medicinais: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Elementos Objetivos e Subjetivos do Tipo
Elementos Objetivos do Tipo: Possui tipo misto, se o sujeito realiza mais de uma conduta responde por delito único, o objeto material é a substância destinada à falsificação (alteração ou imitação enganosa) de produto alimentício ou medicinal. Não caracteriza o delito a venda, exposição etc. De máquinas, utensílios, petrechos destinados à falsificação de produto alimentício ou medicinal. Destinação da substância: Pode ser exclusivamente destinada à falsificação ou eventualmente destinada a tal fim. Deve ser destinada a várias e indeterminadas pessoas
Elemento Subjetivo do Tipo: É o DOLO, vontade de vender, expor à venda, ter em depósito ou ceder substância destinadaà falsificação de produto alimentício ou medicinal. É indispensável que o sujeito tenha conhecimento da destinação da substância. Não existe modalidade culposa.
Sujeitos do Delito
Ativo: Qualquer pessoa (crime comum).
Passivo: Coletividade (sociedade), uma vez que se trata de crime contra a incolumidade pública.
Consumação e Tentativa
Crime de Perigo Abstrato: legislador presume a ocorrência do perigo, não sendo necessário que se demonstre, no caso concreto, a sua produção.
Crime Instantâneo: nas modalidades “vender” e “ceder”; se consuma no ato, não existindo continuidade temporal.
Crime Permanente: nas modalidades: “expor à venda” ou “Ter em depósito” a consumação perdura enquanto permanecer a situação decorrente da conduta criminosa.
Ocorre com a venda, exposição à venda, depósito ou cessão de substância destinada à falsificação de produto alimentício ou medicinal. Tentativa: É admissível.
Causas de Aumento, Agravantes e Atenuantes
Aplica-se o disposto no art. 285, salvo quando ao definido no art. 267.
Exemplos
Exs.: (1) manter em depósito sulfito de sódio (substância usada para mascarar carne em estado inicial de putrefação);
(2) uso de farinha de trigo para falsificação de medicamentos.
Obs.: Quando o depósito for de produtos lícitos, deve-se ter especial cuidado ao analisar a ação “expor à venda”, ficando quase impossível enquadrar a hipótese em crime devido à adequação social da conduta.
Ação Penal
É crime de ação penal pública incondicionada. Portanto independe de representação do ofendido ou seu representante legal É cabível a suspensão condicional do processo na modalidade culposa (art. 89 da Lei nº 9.099/95), em virtude da pena mínima prevista (reclusão de um a cinco anos). E o objeto Jurídico do crime é a saúde pública.
9. OUTRAS SUBSTÂNCIAS NOCIVAS À SAÚDE PÚBLICA (art. 278)
Fabricar, vender, expor à venda, ter em depósito para vender ou, de qualquer forma, entregar a consumo coisa ou substância nociva à saúde, ainda que não destinada à alimentação ou a fim medicinal: Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Admite a modalidade culposa, no parágrafo único: “Se o crime é culposo: Pena - detenção, de dois meses a um ano. O objeto jurídico é a saúde pública.”
Elementos Objetivos e Subjetivos do Tipo
Elementos Objetivos do Tipo: Trata-se de crime de ação múltipla, as ações nucleares consubstanciam-se nos verbos fabricar, vender, expor à venda, ter em depósito para vender, de qualquer forma entregar a consumo. O objeto material, no caso é a coisa ou substancia nociva a saúde, ainda que não destinado a consumo.
Elemento Subjetivo do Tipo: É o Dolo, consubstanciado na vontade livre e consciente. Na conduta ter em depósito para vender há o chamado elemento subjetivo do tipo consciente na finalidade de venda.
Sujeitos do Delito
Ativo: Qualquer pessoa (crime comum).
Passivo: Coletividade (sociedade), uma vez que se trata de crime contra a incolumidade pública.
Consumação e Tentativa
A consumação ocorre com a realização de qualquer das condutas descritas, ou seja, com a venda, fabrico ou entrega a consumo público da coisa ou substância nociva à saúde pública. Nas modalidades "expor à venda" e "ter em depósito" a consumação protrai-se no tempo desde o instante em que se reúnem os elementos da descrição típica até que cesse o comportamento delituoso. Trata-se de crime de perigo concreto. A tentativa é perfeitamente admitida.
Causas de Aumento, Agravantes e Atenuantes
Aplica-se o disposto no art. 285, salvo quando ao definido no art. 267. A maior ou menor nocividade da coisa ou substância deve ser levada em consideração pelo juiz na dosagem da pena, nos termos do art. 59 do Código Penal.
Exemplo
Venda de cigarros. Obs.: A ECA, em seu art. 243, pune quem vende, fornece, ministra ou entrega, de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida.
Ação Penal
É crime de ação penal pública incondicionada. Portanto independe de representação do ofendido ou seu representante legal É cabível a suspensão condicional do processo na modalidade culposa (art. 89 da Lei nº 9.099/95), em virtude da pena mínima prevista (reclusão de um a três anos). E o objeto Jurídico do crime é a saúde pública.
10. MEDICAMENTO EM DESACORDO COM RECEITA MÉDICA, EXERCÍCIO ILEGAL DE MEDICINA, ARTE DENTÁRIA OU FARMACÊUTICA (ART. 280)
Segundo CAPEZ[11] Fornecer substância medicinal em desacordo com receita médica perceba que somente a receita médica vincula o fornecedor do medicamento, razão pela qual não configura o crime, por exemplo, a receita fornecida por dentista, o que traduz uma impropriedade por parte do legislador, que deveria ter considerado qualquer receituário emanado de profissional habilitado ao tratamento de pessoas. Pena detenção de um a três anos, ou multa.
Continua o mesmo autor a dizer; se o farmacêutico receber, para aviar, receita manifestamente errada, deve obedecer o preceituado no art. 254 do Regulamento do Departamento Nacional da Saúde, que dispõe:
Para aviar uma receita que lhe pareça perigosa, deverá o farmacêutico consultar o médico, que retificará ou fará declaração expressa e escrita de que assume a responsabilidade da mesma, declaração que o farmacêutico copiará no livro de registro do receituário e na própria receita, que ficará em seu poder.
Porém se o caso for urgente, ou se o médico não for localizado pelo farmacêutico, é lícito a este corrigir a receita, agindo, nos termos do art. 24 do Código Penal, em estado de necessidade, excludente da antijuridicidade da conduta.[12]
Elementos Objetivos e Subjetivos do Tipo
Elementos Objetivos do Tipo: A ação nuclear típica consubstancia-se no verbo fornecer, isto é, entregar, vender, no caso, substancia medicinal (objeto matéria) que esteja em desacordo com a receita médica (elemento normativo do tipo).
Elemento Subjetivo do Tipo: É o Dolo, vontade de fornecer substância medicinal em desacordo com receita médica.
Obs.: Se o sujeito fornece o medicamento em desacordo com a receita médica que lhe foi apresentada, visando à morte do doente, não responde por este delito, mas sim por homicídio.
Sujeitos do Delito
Ativo: Para CAPEZ, [13] a doutrina diverge quanto às pessoas que podem praticar esse delito, 1- qualquer pessoa, não exigindo qualidade especial, como: farmacêutico, balconista, etc. Já para a segunda corrente, trata-se de crime próprio, pois somente o farmacêutico, o prático devidamente autorizado ou o herbanário podem praticá-lo.
Passivo: Coletividade (sociedade), uma vez que se trata de crime contra a incolumidade pública.
Consumação e Tentativa
Consuma-se com a entrega do medicamento em desacordo com a receita médica, não se exigindo dolo específico. É um crime de perigo presumido, e admite-se a tentativa. Não confundir a tentativa com o mero oferecimento de substância medicinal diferente da que foi prescrita pelo médico, sendo este comportamento um mero ato preparatório atípico. De igual forma, não configura tentativa a simples exposição a comércio de medicamentos.
Causas de Aumento, Agravantes e Atenuantes
Aplica-se o disposto no art. 285, salvo quando ao definido no art. 267.
A maior ou menor nocividade da coisa ou substância deve ser levada em consideração pelo juiz na dosagem da pena, nos termos do art. 59 CP.
Se o crime é culposo, pena de detenção de dois meses a um ano. Em decorrência da quebra do dever objetivo de cuidado, a doutrina crítica o fato de na modalidade culposa não ter a pena multa, como na modalidade dolosa, para o referido crime.
Ação Penal
É crime de ação penal pública incondicionada. Portanto independe de representação do ofendido ou seu representante legal É cabível a suspensão condicional do processo na modalidade culposa (art. 89 da Lei nº 9.099/95), em virtude da pena mínima prevista.
ANALISE FINAL
A saúde pública é um bem jurídico tutelado pelo Estado. As condutas que ofendam este bem estão pré-estabelecidas no nosso código penal, em capítulo específicoaos dos crimes contra a incolumidade pública, para que se configure deverá expor a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, deve atingir um número indeterminado de pessoas, caso não ocorra poderá configurar delito diverso do previsto no capítulo.
A ação penal para os crimes em estudo é pública incondicionada. No artigo 285 estão previstos as formas qualificadas dos crimes de perigo comum. O sujeito passivo é a coletividade. O agente atua em prejuízo de um número indeterminado de pessoas. Todos os tipos penais mencionados são assim classificados, mesmo que seja possível a identificação das pessoas lesadas.
Os crimes contra a saúde pública tem origem na percepção de que há certos bens jurídicos que pertencem a coletividade. Aos poucos foram surgindo outras categorias (economia popular, relações de consumo e meio ambiente), que às vezes se sobrepõe ensejando problemas de classificação jurídica das condutas e apresentam algumas características como: coletividade como sujeito passivo, utilização recorrente de normas penais em branco e a situação de perigo na maior parte das vezes presumido.
Sabemos que qualquer prática deve ter seus limites nos bens tutelados na Magna Carta principalmente o direito à vida e saúde nos contornos da dignidade da pessoa humana e proteção da boa-fé e da confiança. Por isso a necessidade de cada vez mais buscar entender e identificar esses possíveis crimes.
REFERENCIAS BIBIOGRAFICAS
CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal, volume 3, parte especial: dos crimes contra a dignidade sexual a dos crimes contra a administração pública (arts. 213 a 359- H), 10. Ed. Saraiva, São Paulo, SP, 2012.
ELA, Wiecko Volkmer de Castilho. Crimes contra a saúde pública. In: FRAGOSO, Heleno Cláudio, Lições de direito penal. v. 3. 3aed., Rio de Janeiro: Forense, 1981. Disponível em:
http://amazonia.fiocruz.br/arquivos/category/48-vigilancia-sanitaria?download=705:crimes-contraasaude-pública. Acesso 03 de maio de 2016.
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Rio de Janeiro. Ed. Impetus, 2011.
MARQUES, Maria Cristina da Costa. A História de uma epidemia moderna. Disponível em: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/epidemia.htm. Acesso. 01 de maio 2016.
ROMANO, Rogério Tadeu. Infração de medida sanitária preventiva e omissão de notificação de doença . Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 19, n. 4118, 10 out. 2014. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/32642/infracao-de-medida-sanitaria-preventivaeomissao-de-notificacao-de-doenca. Acesso em: 6 maio 2016.
TJ-RS - Recurso Crime: 71001940113 RS. Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Cristina Pereira Gonzales, Julgado em 16/02/2009. RECURSO CRIME. INFRAÇÃO DE MEDIDA SANITÁRIA PREVENTIVA. ARTIGO 268 DO CP. SENTENÇA CONDENATÓRIA MANTIDA. AJG INDEFERIDA. Disponível em: http://tj-rs.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/5625470/recurso-crime-rc-71001940113-rs. Acesso em: 03 de maio de 2016.
[1] GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Rio de Janeiro. Ed. Impetus, 2011. P. 742.
[2] Marques, Maria Cristina da Costa. A História de uma epidemia moderna. Disponível em: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/epidemia.htm. Acesso. 01 de maio 2016.
[3] GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Rio de Janeiro. Ed. Impetus, 2011, p. 24 e 26.
[4] TJ-RS - Recurso Crime: RC 71001940113 RS. Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Cristina Pereira Gonzales, Julgado em 16/02/2009.
RECURSO CRIME. INFRAÇÃO DE MEDIDA SANITÁRIA PREVENTIVA. ARTIGO 268DO CP. SENTENÇA CONDENATÓRIA MANTIDA. AJG INDEFERIDA. Disponível em: http://tj-rs.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/5625470/recurso-crime-rc-71001940113-rs. Acesso em: 03 de maio de 2016.
1. Carne abatida e transportada em desacordo com determinação legal, embora sob o argumento de que se destinava a consumo próprio. Trata-se de delito formal e de perigo abstrato, sendo desnecessário para sua configuração a efetiva introdução ou propagação de doença contagiosa ou a comprovação da impropriedade da mercadoria para consumo humano.
[5] Segundo ELA (2008. Apud MENEZES. 2001, p. 33): ELA. Apud. FRAGOSO. Crimes contra a saúde pública. 2008, p.04. In. FRAGOSO, Heleno Cláudio, Lições de direito penal. v. 3. 3aed., Rio de Janeiro: Forense, 1981, p. 206.
[6] GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Rio de Janeiro. Ed. Impetus, 2011.
[7] Segundo ELA (2008. Apud MENEZES. 2001, p. 33): ELA. Apud. FRAGOSO. Crimes contra a saúde pública. 2008, p.04. In. FRAGOSO, Heleno Cláudio, Lições de direito penal. v. 3. 3aed., Rio de Janeiro: Forense, 1981, p. 206.
[8] ROMANO, Rogério Tadeu. Infração de medida sanitária preventiva e omissão de notificação de doença. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 19, n. 4118, 10 out. 2014. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/32642/infracao-de-medida-sanitaria-preventivaeomissao-de-notificacao-de-doenca. Acesso em: 6 maio 2016. S/p.
[9] CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal, volume 3, parte especial: dos crimes contra a dignidade sexual a dos crimes contra a administração pública (arts. 213 a 359- H), 10. Ed. Saraiva, São Paulo, SP, 2012, p. 360.
[10] Capez, Fernando. Curso de direito penal, volume 3, parte especial: dos crimes contra a dignidade sexual a dos crimes contra a administração pública (arts. 213 a 359- H), 10. Ed. Saraiva, São Paulo, SP, 2012, p. 360.
[11] CAPEZ, Fernando, 2012, p. 374. “Receita médica é a prescrição, feita por profissional formado em medicina, por escrito, seja ou não em papel timbrado. Se a receita for de dentista, psicólogo, parteira etc., faltará este elemento objetivo e a conduta será atípica.”
[12] Ibid
[13] CAPEZ, Fernando, 2012, p. 378.
Delizaine Cruz
Esp. Direito Agroambiental e Sustentabilidade
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