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reatorio de estagio - formação continuada

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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM DOCÊNCIA DAS DISCIPLINAS PEDAGÓGICAS E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
 BRUNA VALERIO GARCIA DA SILVA DOS SANTOS
CURITIBA
2017
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM DOCÊNCIA DAS DISCIPLINAS PEDAGÓGICAS E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Relatório exigido como parte dos requisitos
para conclusão da disciplina de prática de 
ensino e estágio supervisionado em docência das disciplinas pedagógicas e educação profissional.
Professora: Ângela Maria Paiva 
 
 Curso: Pedagogia
 CURITIBA
2017
	
INTRODUÇÃO
Este relatório irá descrever minha experiência de estágio na Escola de Educação Infantil Pés no Chão, com o objetivo de vivenciar o cotidiano da pedagoga neste ambiente escolar, observar e analisar as práticas da pedagoga e coordenadora, confrontar teoria e prática, auxiliar as atividades propostas pela pedagoga e coordenadora e analisar o projeto politico pedagógico. 
Eu, Bruna Valerio Garcia da Silva dos Santos, matrícula 201603035184, estudante de pedagogia no polo de Curitiba ,realizei o estagio supervisionado no CEI Pés no Chão é situada à Rua Carlos Augusto Cornelsen, 279, fundos com a Rua Albano Reis, 862, em Curitiba – Paraná, durante o período de 14 de agosto a 5 de setembro de 2017 no período da tarde. 
No primeiro capítulo serão descritos a caracterização da escola e seu cotidiano, explicarei um pouco sobre o funcionamento da escola, como também o significado do cuidar, educar e brincar para os membros da instituição.
Já no segundo capítulo descreverei sobre as turmas que a acompanhei com a coordenadora, suas características, as atividades que observei como também as atividades em que realizei na escola, mostrando um pouco deste ambiente tão inspirador, que me motiva.
Iniciei o estagio muito empolgada com a experiência, ansiando por vivenciar estes momentos tão significantes que são ofertados em nossa formação, agradecida pela oportunidade de confrontar a teoria com a realidade, descobrir o real significativo dos estudos realizados até o presente momento.
CAPÍTULO I - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DO COTIDIANO
 O CEI Pés no Chão, situado no Bairro Bom Retiro, a clientela é proveniente de famílias, a maioria delas, de classe média, que são moradoras das imediações e em bairros próximos. Localizada próxima a Pedreira Paulo Leminski, parque São Lourenço e bosque do Papa. Espaços culturais que enriquecem e favorecem o convívio de nossa clientela. Contam com um comércio bastante ativo com grandes hipermercados como Mercadorama e Condor. Grandes redes de escolas de ensino fundamental como: Santa Maria, Bom Jesus e Opet, que ajudam a valorizar e contribuir para o crescimento do bairro.
 A CEI Pés no Chão é situada à Rua Carlos Augusto Cornelsen, 279, fundos com a Rua Albano Reis, 862, em Curitiba – Paraná. Com o fone 32537431 e 32525338 /e-mail pesnochao@pesnochao.com.br. Seu CNPJ é 04185517/0001-53 e a direção pedagógica é feita pela professora Roberta Obladen.
A escola é um estabelecimento com 3070m² de área sendo 1060m² de área construída,360m² de área coberta e 1650m² de área verde e livre contando com uma infraestrutura em:
 I – Sala de Artes
Espaço para modelagem em argila, artesanato com sucata, pintura, escultura, atividades de educação artística, etc.
II- Sala de expressão corporal
Espaço para musicalidade e expressividade adequado para aulas de dança, judô, teatro (temos um acervo de fantasias disponíveis a criança neste ambiente), etc.
III – Mini-Zoo
Espaço para que as crianças possam conhecer e reconhecer nossos animais que vivem no CEI: coelhos, passarinhos, galinha e um aquário com peixes e tartaruga.
IV – Salas de aula: 
2 salas de troca;
1 refeitório;
8 banheiros;
10 salas de aula;
4 salas de aula de berçário;
1 sala de informática;
2 salas de coordenação;
2 salas de direção;
1 sala de secretaria;
1 área coberta;
4 parques com brinquedos.
1 almoxarifado;
EQUIPAMENTOS DISPONÍVEIS
Aparelhos de som;
Aparelho de TV;
Computadores;
DVDs;
1 retroprojetor.
CALENDÁRIO DO CEI E FREQUÊNCIA
“O Calendário Escolar obedece a seguinte orientação de acordo com a Lei Federal no. 12.796/13: Dias letivos e carga horária anual de 200 dias e 800 horas para todas as crianças frequência mínima de 60% para o pré-escolar”.
O CEI Pés no Chão atende: Berçário (de 4 meses a 1 ano e 11 meses), Maternal I (2 anos), Maternal II (3 anos), Pré I (4 anos), Pré II (5 anos) e pré III(6anos).
Possuem professores especializados em educação infantil que conduzem as atividades pedagógicas e as atividades complementares de educação artística, informática, teatro, recreação, contação de histórias, horta e música.
Ofertam aulas de educação física, capoeira e inglês sem custo adicional. As aulas são ministradas no período de aula, por profissionais habilitados nestas áreas.
Temos aulas opcionais ofertadas após o horário de aula, uma vez por semana, são elas: informática, judô, futebol e ballet. 
REGIME DE FUNCIONAMENTO
O CEI atende nos períodos:
Manhã: das 08h00min às 12h00min (4 horas).
Tarde: das 13h30min às 17h30min (4 horas).
Intermediário: das 13h00min às 19h00min (6 horas).
Integral: das 07h30min às 19h00min.
EQUIPE PEDAGÓGICO- ADMINISTRATIVA
	Nome Completo
	Função
	Turno
	
	
	Manhã
	Tarde
	Roberta Obladen Guerra
	Diretora
	X
	X
	Leopoldo Obladen
	Diretor Administrativo
	X
	X
	Rosicléia Messias
	Secretária
	X
	X
	Ana Cristina Kruger da Luz
	Coordenadora Pedagógica
	X
	X
EQUIPE DOCENTE
	Nome Completo
	Função
	Grupos
	Turno
	
	Professor
	Formação Acadêmica
	
	Manhã
	Tarde
	Luzia de Fátima Fiori
	X
	Magistério no Colégio Rui Barbosa e Pedagogia na 
PUC-PR.
	0 a 1 ano
	X
	X
	Márcia Pereira da Cruz
	X
	Pedagogia na Universidade Tuiuti do Paraná.
	0 a 1 ano
	X
	
	Karin Patrícia Rodrigues
	X
	Magistério na Divina Providência.
	1 a 2 anos
	X
	X
	Terezinha Bavaresco
	X
	Magistério no Colégio Est. Joaquim Mª Machado de Assis.
	1 a 2 anos
	X
	X
	Angela Valéria Bernardinelli de Melo
	X
	Cursando o 6º período de pedagogia na Faculdades OPET.
	2 a 3 anos
	X
	X
	Márcia Pereira da Cruz
	X
	Pedagogia na Universidade Tuiuti do Paraná.
	2 a 3 anos
	
	X
	Ana Paula Ribas Stoer
	X
	Cursando pedagogia na UFPR.
	2 a 3 anos
	
	X
	Bruna Viela dos Santos
	X
	Cursando o 3º período de pedagogia na PUC-PR.
	2 a 3 anos
	
	X
	Debora Cristina Antonio
	X
	Pedagogia na FALEC.
	2 a 3 anos
	
	X
	Paula Azevedo Pessoa
	X
	Pedagogia na 
PUC-PR.
	2 a 3 anos
	X
	
	Paula Azevedo Pessoa
	X
	Pedagogia na 
PUC-PR.
	3 a 4 anos
	
	X
	Dulcemara Erthal
	X
	Pedagogia na Universidade Castelo Branco.
	3 a 4 anos
	
	X
	Marina de Britto Obladen
	X
	Cursando o 5º período na Faculdades OPET.
	3 a 4 anos
	
	X
	Sara Brígida dos Santos
	X
	Cursando o 7º período de pedagogia na FALEC.
	4 anos
	X
	
	Cláudia Regina dos Santos
	X
	Magistério no Instituto de Educação do Paraná e Pedagogia na Universidade Tuiuti do Paraná
	6 anos
	X
	X
	Debora Cristina Moreira da Silva Fávero 
	X
	Pedagogia na Universidade Castelo Branco.
	5 anos
	X
	
	Debora Cristina Antonio
	X
	Pedagogia na FALEC.
	5 anos
	X
	
	Debora Cristina Moreira da Silva Fávero 
	X
	Pedagogia na Universidade Castelo Branco.
	5 anos
	
	X
EQUIPE DE APOIO
	Nome Completo
	Função
	Atuação
	Turno
	
	
	
	Manhã
	Tarde
	Hilda de França
	Cozinheira
	Pré-Escola
	X
	X
	Paulina Popadiuk
	Zeladora
	Pré-Escola
	X
	X
	Márcia Regina de Brito
	Zeladora
	Pré-Escola
	X
	X
	Gláucio José Rizzardi
	Zelador
	Pré-Escola/ 
	X
	X
	Waldirce da Silva
	Cozinheira
	Berçário
	X
	X
	Maria Inês de Lima
	Zeladora
	Berçário
	X
	X
EQUIPEDE OUTROS PROFISSIONAIS
ATIVIDADES ESPECÍFICAS – ART. 25 Deliberação CME nº 02/12
	Nome Completo
	Função
	Atuação
	Turno
	
	
	
	Manhã
	Tarde
	Debora Artioli Copede
	Nutricionista
	Pré-Escola/Berçário
	X
	
	Joaquim Guedes da Silva Alcoforado Neto
	Prof. Capoeira
	Pré-Escola
	
	X
	Julia Mara Valenga
	Profª Educação Física
	Pré-Escola
	
	X
	Ana Carolina Manfrinato
	Profª Música
	Pré-Escola
	
	X
	Ana Cláudia Baka
	Atendente Infantil
	Berçário
	X
	X
	Daniela de Siqueira
	Atendente Infantil
	Berçário
	X
	X
	Jaqueline Baka
	Atendente Infantil
	Berçário
	X
	X
	Jucimara de Faria
	Atendente Infantil
	Berçário
	
	X
	Monique Evellyn Salles Fabrício
	Atendente Infantil
	Berçário
	X
	X
	Debora Ribeiro do Carmo da Cruz
	Auxiliar de Professora
	Pré-Escola
	
	X
	Barbara Rodrigues Gonçalves
	Auxiliar de Professora
	Pré-Escola
	
	X
	Fabiele Faria de Lara
	Auxiliar de Professora
	Pré-Escola
	
	X
	Leidiane Carmo da Silva
	Auxiliar de Professora
	Pré-Escola
	X
	
	Loraine Ricce
	Auxiliar de Professora
	Pré-Escola
	
	X
	Meire Marques Cardoso
	Auxiliar de Professora
	Pré-Escola
	X
	
	Patrícia Cordeiro dos Santos
	Auxiliar de Professora
	Pré-Escola
	
	X
	Suelly Rafaela Fagundes Alves
	Auxiliar de Professora
	Pré-Escola
	
	X
	Rosemari Festa
	Auxiliar de Professora
	Pré-Escola
	
	X
AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM
 DIAGNÓSTICA
O objetivo da avaliação no CEI Pés no Chão, é levar a criança a compreender o mundo onde vive, apropriar-se de informações, estudar, pensar, refletir e dirigir suas ações. Portanto a avaliação leva em conta a vivência da criança, os conhecimentos e os valores adquiridos, logo deverá ser contínua e cumulativa, resultando sempre em um instrumento para reorganização de objetivos, conteúdos, procedimentos, atividades, e como forma de acompanhar e conhecer cada criança e seu desenvolvimento no processo educacional. A fim de formalizar este processo, são realizadas reuniões bimestrais com a presença dos pais para entrega do parecer descritivo, documento de registro de avaliação, que fica arquivado no CEI. Nele são descritos os objetivos trabalhados e o desenvolvimento da criança, seu desempenho durante o bimestre.
1.2 - CUIDAR, EDUCAR E BRINCAR
	Não existe qualidade sem o cuidar e o educar, a criança deve ser vista como um todo necessita de cuidados para que aprenda de maneira saudável em um ambiente acolhedor e que satisfaça suas necessidades sociais e emocionais. Para que isto seja possível é preciso atenção do educador em atender as necessidades de sua criança. Ele precisa ser ouvido e atendido prontamente, assim, cuidar da criança é, sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está em contínuo desenvolvimento e crescimento. 
Educar significa proporcionar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas e formação integrada que possa contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal que deve ser e estar com outras em atitude básica de respeito e confiança e o acesso, pelas crianças, ao conhecimento mais amplo da realidade social e cultural. Processo que auxilia o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perceptiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. 
Considerando-a como um ser histórico que faz parte de uma sociedade, portanto deve ser respeitada em seus contextos sociais, ambientais e culturais. Proporcionar condições de interação que propicie seu desenvolvimento individual a fim de que aos poucos construa sua identidade e que seja aceita pelo grupo como é. Isto vai ocorrer naturalmente no ambiente escolar, através de jogos e brincadeiras realizadas em nosso dia a dia, de maneira integrada ao processo de educação infantil. 
As aulas são ministradas por professores especializados formados em pedagogia. Ofertam aulas no período da manhã e tarde.
Quando em período integral a parte pedagógica é no período da tarde. Durante a manhã as crianças participam de atividades mais livres como: oficinas de artes, música, sucata e horta. Após o almoço tem um momento destinado para o descanso destas crianças. Afim de não sobrecarregá-los, as tarefas de casa do período integral, podem ser realizadas no período da manhã com a supervisão do professor da manhã.
O período intermediário permanece no CEI por até 6 horas, sendo pela manhã ou à tarde. A parte pedagógica é de 4 horas e 30min, conforme legislação do horário de trabalho do professor, após este horário, as crianças realizam atividades lúdicas com os professores auxiliares.
CAPÍTULO II - DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS
2.1 – CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E DAS ATIVIDADES OBSERVADAS
O estágio foi realizado no CEI Pés no Chão, situado no Bairro Bom Retiro, com clientela proveniente de famílias, a maioria delas, de classe média, que são moradoras das imediações e em bairros próximos. A turma da professora que entrevistei é composta por 18 crianças que completam 4 anos.
 O planejamento da professora é feito semanalmente, com a correção da coordenadora da escola, o conteúdo programáticos são entregues para as professoras no inicio do ano, com os conteúdos a serem trabalhados, divididos em bimestres, os quais a professora deve aplicar em sala.
 O projeto político pedagógico do CEI Pés no Chão, tendo como objetivo, a formação do cidadão, a filosofia é a de preparar a criança para que atinja seu desenvolvimento integral nos seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, exercitando sua capacidade de pensar, refletir, agir, sentir, participar e colaborar, em todas as fases de sua vida, de uma educação voltada para a realização humana, para a solidariedade, para a responsabilidade e para a criatividade, estimulando o interesse do mesmo pelo processo do conhecimento de ser humano, da natureza e da sociedade.
O CEI Pés no Chão concebe o conhecimento como sendo o produto de um enfrentamento do mundo realizado pelo ser humano, que só faz sentido na medida em que se produz e se retém a compreensão da realidade, que venha facilitar e melhorar sua qualidade de vida.
Dentro de uma concepção sociointeracionista, as crianças procuram, de forma ativa, compreender aquilo que vivenciam e explicar aquilo que lhes é estranho, construindo conhecimentos através de sua interação com o meio.
Contextos que lançam desafios às crianças são potencialmente mais estimulantes para o desenvolvimento cognitivo. Sendo assim, eles veem a criança como autor do seu conhecimento, tendo a responsabilidade de orientá-lo para melhor proceder antes de novas escolhas, bem como, estimular o gosto pelas descobertas, valorizando suas experiências. Ao considerar que a criança constrói progressivamente novos conhecimentos e formas de pensamento, o CEI passa a dar maior ênfase ao processo de aprendizagem da criança. Não é desejável que a criança simplesmente saiba coisas, mas sim que pense competentemente sobre elas. O objetivo, assim, é capacitá-los a elaborar seu próprio saber. 
Nos fundamentos didático-pedagógico, as diretrizes para uma pedagogia de qualidade apontam para três focos: a identidade, que envolve um pensar dialético a partir da totalidade social, visando orientar a concentricidade do cotidiano escolar que de cada sujeito manifestada no cotidiano escolar pelas formas concretas de representação social, através das quais age, se posiciona, se perde ou se recupera, ao longo do processo educacional; a autonomia, no sentido de preservar suas características determinadas histórica e socialmente, fortalecendo novas formas de agir e pensar.
“É essencial que a criança aprenda a ser, a conhecer, a fazer, a viver.” Esta abordagem é apoiada por materiais didáticos diferenciados, trabalhando os diferentes tipos de linguagem: oral, escrita, visual e corporal. Ao mesmo tempo, a criança é estimulada a raciocinar, a construir relaçõese a socializar-se, e através de jogos e brincadeiras que estimulam o ato de pensar, cooperar, trocar, respeitar, ela é colocada em contato com conceitos básicos presentes em seu dia a dia.
A função do conhecimento é servir ao homem como meio para melhorar e/ou transformar sua realidade, os conceitos propiciarão ao educando o caminho para a autonomia. 
 Para que a criança aprenda, ela tem necessidade de interagir com outros seres humanos, ou seja, com adultos e com outras crianças mais experientes. Nessas interações a criança amplia sua forma de lidar com o mundo e vai construindo significados para as suas ações e para as experiências que está vivendo. Neste processo contínuo, a avaliação no CEI se dá de forma processual, sem objetivo de promoção nem do preparo para o ensino fundamental. A criança é acompanhada visando seu desenvolvimento, sem comparações com outra, ela é comparada com ela mesmo. O parecer descritivo e o boletim é o documento que registra seu desempenho, ele é vistado pelos pais bimestralmente e fica arquivado no CEI.
Já a concepção do desenvolvimento humano no CEI observado é a de Vygotsky que trabalha com a ideia de zonas de desenvolvimento. Todos temos uma zona de desenvolvimento real, composta por conceitos que já dominamos. A Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), é a distância entre o nível de desenvolvimento real, ou seja, determinado pela capacidade de resolver problemas independentemente, e o nível de desenvolvimento proximal, demarcado pela capacidade de solucionar problemas com ajuda de um parceiro mais experiente. São as aprendizagens que ocorrem na ZDP que fazem com que a criança se desenvolva ainda mais, ou seja, desenvolvimento com aprendizagem na ZDP leva a mais desenvolvimento, por isso que, para Vygotsky, tais processos são indissociáveis.
É justamente nesta zona de desenvolvimento proximal que a aprendizagem vai ocorrer. A função de um educador escolar, por exemplo, seria, então, a de favorecer esta aprendizagem, servindo de mediador entre a criança e o mundo. Como foi destacado anteriormente, é no âmago das interações no interior do coletivo, das relações com o outro, que a criança terá condições de construir suas próprias estruturas psicológicas.
Vygotsky estabelece três estágios na aquisição desses conceitos.
- Conceitos Sincréticos: ainda psicológicos evolui em fases e a escrita acompanha. Uma criança de, aproximadamente, três anos de idade, escreve o nome da mãe ou do pai, praticando a Escrita Indecifrável.
- Escrita Pré-silábica (aproximadamente aos 4 anos), que pode ser Unigráfica: semelhante ao desenho anterior, mas mais bem elaborado; Letras Inventadas: não é possível ser entendido, porque não pertence a nenhum sistema de signo; Letras Convencionais: jogadas aleatoriamente sem obedecer a nenhuma sequência lógica de escrita.
- Escrita Silábica (aos 4 ou 5 anos) - as crianças entram nesta fase, que é quando as letras convencionais representam sílabas, não separa vogais e consoantes, faz uma mistura e às vezes só maiúsculas ou só minúsculas.
- Escrita Silábica Alfabética (aos 5 anos) - Neste momento a escrita é caótica, faltam letras, mas apresenta evolução em relação à fase anterior.
- Escrita Alfabética (aos 5 anos): a criança já conhece o valor sonoro das letras, mas ainda erra. Somente com o hábito de ler e escrever que esses erros vão sendo corrigidos.
No primeiro dia de visita a sala de aula, a diretora da instituição fez o acolhimento e fui bem recebida na sala aula. Nesse dia, fiz uma breve análise da estrutura da escola e seus funcionamentos.
De acordo com Moretto (2003, p. 79),
	
Quando o sujeito observa, ele faz comparações entre experiências; as já vividas e cuja representação construída constitui suas estruturas cognitivas (seus conhecimentos), com a experiência que ele faz no momento, isto é, a representação que ele está construindo na sua interação com o mundo das limitações.
Desse modo, a observação serve de base para conseguirmos informações, ou seja, é um momento de verificação de como ocorre na prática à rotina escolar.
Barreira & Gebran (2006, p. 99), esclarece que “no estágio de observação da sala de aula, a exemplo da escola, deve-se estar atento ainda, como observar e como registrar, para elaborar o diagnóstico que orientará as ações do estagiário na sala de aula”. 
Ao entrar na sala de aula, fui recebida com alegria pela professora e com curiosidade pelas crianças, que queriam saber o motivo da minha presença ali. A professora explicou que se tratava de experiências e contribuição de estagiária, logo em seguida, ela deu um tempo para que eles se familiarizassem comigo, feito isso, ela deu continuação com as atividades diárias.
A coordenadora me deixou ficar um período na sala conversando com a professora e nos demais dias fiquei na sala da coordenação, acompanhando sua rotina diária. 
Nesta conversa com a professora regente, indaguei-a sobre a formação continuada, ela disse que eles têm formação continuada, ofertadas na semana pedagógica, quando todos os professores da instituição se reúnem para discutir temas relevantes, participam de palestras do interesse escolar e oficinas de criação.
Essa semana pedagógica acontece 3 vezes, no inicio, meio e fim do ano, nestas semanas elas recebem informações sobre a adaptação, palestras sobre o cotidiano escolar, melhorias na prática escolar, cursos da atualidade e etc., algumas destas palestras são ministradas pela pedagoga da escola outras por pedagogas convidadas. 
A escola também oferta a oportunidade das professoras participar de cursos fora da escola, normalmente no SINEPE, (sindicato das escolas particulares de Curitiba) que são pagos pela escola e de participação obrigatória. 
A professora me descreveu alguns cursos de que participou e acreditou lhe acrescentar na prática escolar:
Curso sobre autismo
Curso sobre síndrome de Down
Curso sobre TDHA
Curso de primeiros socorros
Curso sobre limites
Curso sobre alfabetização e letramento
Curso sobre jogos e brincadeiras na educação infantil
Curso sobre psicomotricidade relacional
Oficina sobre contação de história
Oficina de brincadeiras para sala de aula
2.2 – ATIVIDADES REALIZADAS PELO ESTAGIÁRIO
 Após entrevistar a professora da sala do pré I sobre a formação continuada, analisei o projeto politico pedagógico da escola onde consta que a instituição oferece formação continuada para seus professores.
A coordenadora disse que as professora precisam ser bem dinâmica e com bastante controle da turma, além de saber como cativar os alunos, como prender a atenção deles. Na maioria das salas de aulas tem algum aluno autista, ou com déficit, síndrome de Donw, TDHA e etc. Então os cursos de formação continuada ajudam muito nas rotinas diárias destas professoras, elas precisam conhecer as peculiaridades de cada um, para fazer a aula funcionar.
É função do coordenador pedagógico, articular e mediar à formação continuada dos professores buscando alternativas para conciliar as atividades de apoio e formação dos professores, considerando todas as novas exigências educacionais (OLIVEIRA, 2009).
A correção do planejamento é semanal, realizada pela coordenadora, com sugestões, recados e contribuições para um melhor proveito de todas aulas. Segundo ela, as professoras costumam cumprir com suas obrigações, são criativas e participativas, visando o melhor de seus alunos. 
A Escola trabalha com projetos pedagógicos, é elaborado por todo equipe pedagógica e corpo docente, pois é escolhido a partir de um tema gerador, buscam trabalhar conteúdos flexíveis, concretos, associados à realidade da clientela, garantindo o bom ensino. A Coordenadora pedagógica conduz seu trabalho, valorizando a s ideias e estimulando a participação de todos os professores na construção dos projetos e no processo de ensino e aprendizagem. Segundo Freire (1996, p. 52) "saber ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção."O coordenador pedagógico deve mobilizar os diferentes saberes dos profissionais que atuam na escola para levar os alunos ao aprendizado. Freire (1982) defende essa ideia ao descrever que o coordenador pedagógico é, primeiramente, um educador e como tal deve estar atento ao caráter pedagógico das relações de aprendizagem no interior da escola. Ele leva os professores a resinificarem suas práticas, resgatando a autonomia docente sem, se desconsiderar a importância do trabalho coletivo.
 Observei que a coordenadora tem muitas responsabilidades na escola, o tempo todo tem pai ligando na escola pra saber dos filhos, informar falta ou querendo alguma informação sobre a programação. Ela precisa se manter atenta em várias coisas ao seu redor ao mesmo tempo, precisa resolver conflitos, atender pais dentre outras funções. 
O objetivo do coordenador pedagógico é oferecer subsídios para ajudar seus professores a entender melhor sua prática e dificuldades encontradas no dia a dia escolar, além de ser um forte articulador na educação continuada dos mesmos. Ao possibilitar a articulação dos conhecimentos, o coordenador pedagógico abrirá oportunidades para que seus professores façam uma reflexão da suas ações, além de conduzi-los a terem um olhar mais profundo sobre o contexto escolar onde atuam (OLIVEIRA, 2009)
No que diz respeito a formação continuada dos professores, a equipe gestora reúne mensalmente com o corpo docente na escola para buscar juntamente ampliar os estudos no campo teórico referentes as suas prática s pedagógicas. Bruno e Almeida ( 2008) afirma que a formação continuada para todos os profissionais funciona como instrumento de favorecimento na apropriação de conhecimentos e introduz uma inquietação contínua com o já conhecido. 
Franco (2008, p. 120) complementa que:
Para trabalhar com a dinâmica dos processos de coordenação pedagógica na escola, um profissional precisa ter, antes de tudo, a convicção de que qualquer situação educativa é complexa, permeada por conflitos de valores e perspectivas, carregando um forte componente axiológico e ético, o que demanda um trabalho integrado, integrador, com clareza de objetivos e propósitos e com um espaço construído de autonomia profissional. Percebemos que o coordenador é um profissional dinâmico, que precisa conhecer a realidade e transformá-la.
 Vejamos então, quem é este profissional na visão de alguns autores. Iniciemos com Lomanico (2005, p. 105) 
O coordenador pedagógico é o elemento do quadro do magistério em que pertence a um sistema de supervisão de ensino estadual, de estrutura hierárquica definida legalmente, desempenha funções de assessoramento ao diretor da escola a quem está subordinada. Sua situa- ção funcional é definida legalmente, para exercer suas atribuições dispõe de autoridade por delegação e pela competência.
 Para Libâneo (2001), o coordenador pedagógico é aquele que responde pela viabilização, integração e articulação do trabalho pedagógico, estando diretamente relacionado com os professores, alunos e pais. Junto ao corpo docente o coordenador tem como principal atribuição a assistência didática pedagógica, refletindo sobre as práticas de ensino, auxiliando e construindo novas situações de aprendizagem, capazes de auxiliar os alunos ao longo da sua formação. 
Nas palavras de Franco (2008, p. 128)
 Essa tarefa de coordenar o pedagógico não é uma tarefa fácil. É muito complexa porque envolve clareza de posicionamentos políticos, pedagógicos, pessoais e administrativos. Como toda ação pedagógica, esta é uma ação política, ética e comprometida, que somente pode frutificar em um ambiente coletivamente engajado com os pressupostos pedagógicos assumidos. 
Observamos diante do exposto, é que há uma discrepância entre a teoria e a prática do coordenador, ou seja, no campo teórico houve grandes avanços e passamos do simples ato de fiscalizar para o ato de articular uma práxis pedagógica. É uma tarefa árdua a concretização deste trabalho tão complexo como o do coordenador pedagógico, é preciso criatividade, muito estudo, organização, ser leitor e ouvinte, aberto aos conhecimentos e inovações e também, não podemos deixar de mencionar, o aspecto das relações interpessoais inerentes à convivência humana no cotidiano do universo escolar. Entretanto, fica claro que sua formação, tanto inicial como continuada, são vitais para o desenvolvimento de um trabalho eficaz, visto que, os problemas educacionais são vastos e se modificam constantemente. 
Segundo relato da coordenadora a atenção aos pais demanda muito do seu tempo, ela precisa prioriza-los, para sentirem seguros ao deixar seus filhos na escola e irem trabalhar tranquilos, sua função muitas das vezes é passar esta segurança, estimular a interação entre a família e a escola. 
E quanto a formação continuada sabemos que a formação continuada é uma necessidade essencial para os profissionais da educação, sendo parte de um processo permanente de desenvolvimento, que deve ser assegurado a todos. Ela deve promover atualizações, aprofundamentos das temáticas educacionais, e apoiar numa reflexão sobre a prática educativa, promovendo um processo constante de auto -avaliação, que consiste a construção continua da competência profissional.
A coordenadora pedagógica busca oferecer condições para que os professores possam desenvolver continuamente suas competências, garantindo a capacidade de reflexão. 
Também realizei algumas atividades pedagógicas com as crianças da turma do pré I como: historia, ilustração e recreação. 
Com relação às atividades que realizamos, percebemos que as crianças são participativas e bastante socializadas, elas realizavam atividades em duplas e em grupos , conversavam, brincavam, emprestavam objetos para os colegas, algumas delas apresentaram maiores dificuldades na área cognitiva, mas em compensação possuem grandes habilidades motoras. Logo foi visível que o desenvolvimento humano não e linear. 
As atividades realizadas foram sempre apropriadas para a idade deles, as crianças encontram um ambiente onde a cooperação a afetividade e a participação das famílias permeia todo o aprendizado. 
Percebe-se que a escola oferece um ambiente propício para desenvolver a aprendizagem. Para (Davis e Oliveira 20 10) a escola deve ser um ambiente acolhedor, que promova a liberdade de pensamento, que incentive a ousadia nas formas de expressão e valorize a descoberta.
CAPITULO III- CONSIDERAÇÕES FINAIS
A reflexão sobre a prática é o ponto inicial para os professores buscarem o aperfeiçoamento educacional juntamente com a contribuição do coordenador pedagógico, na busca de novos rumos pedagógicos. Entretanto, mesmo diante das teorias que afirmam a contribuição do coordenador pedagógico frente a seus professores, não podemos esquecer os problemas e as complexidades que esse profissional encontra por diversos motivos. Por não existir fórmulas prontas a serem reproduzidas, é que o coordenador pedagógico e demais profissionais da educação devem buscar, sistematicamente, uma formação continuada para tentarem solucionar de forma adequada os problemas que surgem no contexto escolar.
É nesse contexto, que o coordenador pedagógico está inserido, pois uma das principais atribuições desse profissional está diretamente associada ao processo de formação continuada de seus professores. A formação continuada faz parte de uma busca sistemática de conhecimentos, de capacidades de reflexões das práticas pedagógicas dos educadores envolvidos em um contexto educacional. Por isso, de nada adianta o coordenador pedagógico trabalhar em busca de uma qualidade profissional, se os demais não participarem dessa ação efetiva no resgate de uma educação de qualidade. Esta não é uma tarefa fácil, visto que a maioria dos professores tem jornada dupla ou tripla, devido à desvalorizaçãosalarial e não sobra muito tempo para as reflexões tão necessárias e significativas. Além da assistência ao grupo de professores, o coordenador pedagógico busca integrar a comunidade em geral em todos os aspectos relacionados à qualidade e melhoria do ambiente escolar. Seu papel e suas atribuições vão além do que muitos conhecem e dizem.
Para contribuir com a formação dos professores, o coordenador não pode adotar uma postura autoritária, e sim respeitar a individualidade de cada um, bem como a diversidade de posicionamentos. Através de imposições, ele nada conseguirá, por isso, é muito importante que o cenário escolar seja palco da dialogicidade. Além da sua atualização, capacitação e formação permanente, o coordenador precisa estar ciente que a escola é um todo, e somente através do trabalho coletivo é que realmente se efetivará um ensino de qualidade.
Percebemos o quanto é desafiante o trabalho do coordenador pedagógico que, além de mediar e assessorar os seus professores, busca relacionar de maneira profissional com os assuntos referentes à realidade sociocultural, que envolvem cada indivíduo participante do ambiente escolar.
Consideramos que o papel do coordenador é favorecer a construção de um ambiente democrático e participativo, onde se incentive a produção do conhecimento por parte da comunidade escolar, tendo como resultado deste processo uma educação de qualidade para todos.
REFERÊNCIAS 
BARREIRO, Iraíde Marques de Freitas; GEBRAN, Raimunda Abou. Prática de Ensino e Estágio Supervisionado na Formação de Professores. São Paulo: Avercamp, 2006. 
DAVIS, C. OLIVEIRA, Z. Psicologia na Educação. São Paulo: Cortez, 1994 
FRANCO, Maria Amélia Santoro. Coordenação pedagógica: uma práxis em busca de sua identidade. Revista Múltiplas Leituras, v. 1, n. 1, p. 117-131, jan./jun. 2008. Disponível em: . Acesso em: 21.out.2017 
FREIRE, Paulo. Educação: Sonho possível. In: BRANDÃO, Carlos R. (Org.). O educador: vida e morte. 2. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1982.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e de gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 2001.
LIMA, Paulo Gomes; SANTOS, Sandra Mendes dos. O coordenador pedagógico na educação básica: desafios e perspectivas. Educere et educare: Revista de Educação, v. 2, n. 4, p. 77-90, jul./dez. 2007. Disponível em: . Acesso em: 21 out. 2017.
LOMANICO, Arce Ferreira. A atribuição do coordenador pedagógico. 3. ed. São Paulo: Edicon, 2005.
MORETTO, Vasco Pedro. Construtivismo: a produção do conhecimento em aula. 4 ed. Rio de janeiro: DP&A, 2003.
OLIVEIRA, Luiza de Fátima Medeiros de. Formação docente na escola inclusiva: diálogo como fio tecedor. Porto Alegre: Mediação, 2009.

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