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3 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO JOELMA DE ARRUDA SILVA RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO EM EDUCAÇÃO INFANTIL Licenciatura em Pedagogia São Paulo - SP 2019 4 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO JOELMA DE ARRUDA SILVA RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO EM EDUCAÇÃO INFANTIL Licenciatura em Pedagogia Relatório Final desenvolvido como requisito para aprovação na disciplina de Estágio Curricular Obrigatório em Educação Infantil para o curso de Licenciatura em Pedagogia da Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). Tutor: Prof.ª Dra. Deise Aparecida Peralta São Paulo - SP 2019 1 2 RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO EM EDUCAÇÃO INFANTIL Ficha de Identificação Nome: Joelma de Arruda Silva - RA.: 1773342 Licenciatura: Pedagogia - Polo: CEU Vila Curuçá Professor Mentor: Prof.ª Dra. Deise Aparecida Peralta. Supervisor de Estágio: Claudia Martins Solamine. Período do estágio: 02/05/2019 a 14/06/2019 Local do Estágio: CEI Céu Estrelado 3. Endereço: Rua Eloá do Vale Quadros, 716. Fone: (11) 2516-9944 - Cidade: São Paulo – SP E-mail: ceiceuestrelado3@hotmail.com 3 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 5 2.1 Caracterização da Instituição ............................................................................. 5 2.2. Atividades desenvolvidas no estágio ............................................................... 6 2.2.1 Análise dos documentos oficiais da escola .................................................. 6 2.2.2. Entrevista com a Coordenadora Pedagógica ............................................... 7 2.2.3. Observação de aula na Educação Infantil ..................................................... 7 2.2.3.1 Observação do Berçário ............................................................................... 7 2.2.3.2 Observação do Microgrupo .......................................................................... 9 2.2.4. Auxílio na elaboração de plano de aula e proposta de intervenção ......... 11 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 16 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 19 ANEXOS ................................................................................................................... 20 4 1.INTRODUÇÃO Este relatório final de Conclusão do Estágio Supervisionado em Educação Infantil aqui apresentado foi realizado no Centro de Educação Infantil Céu Estrelado 3, pelo período de 50 horas compreendido entre os dias 02/05/2019 e 14/06/2019. O estágio em Educação Infantil é essencial, pois é através dele que nós, formandos em Pedagogia, estabelecemos relação entre a teoria e a prática, bem como temos a oportunidade de conhecer e analisar a atuação do profissional de Educação Infantil em sua ação pedagógica. A teoria apresentada durante as aulas do curso de Pedagogia proporciona um enfoque científico da verdadeira realidade vista na escola, podemos ver assim, a complexidade que há entre a teoria e a prática no trabalho de um professor da Educação Infantil. O Estágio Supervisionado é uma oportunidade concreta da vivência e exercício da profissão. Ele nos prepara para o mercado de trabalho, fazendo com que realizemos uma atuação transformadora na realidade escolar, ajudando no desenvolvimento integral do aluno. Os objetivos deste estágio são: aprimorar a prática em sala de aula, propiciar a aproximação da realidade profissional por meio da participação em situações reais de trabalho e promover o aprendizado de competências próprias da atividade profissional à contextualização curricular. É no estágio que temos a oportunidade de vivenciar tudo aquilo que aprendemos nas vídeos-aulas, de refletir sobre quais práticas vamos escolher futuramente, quais as formas de agir dentro de uma sala com crianças da educação infantil. É tempo de conhecer, analisar e experimentar as práticas tão mencionadas teoricamente. Com o estágio, é possível também, que nós, alunos, aprimoremos nossas escolhas de sermos professores, a partir do contato com as realidades de nossa profissão. 5 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Caracterização da Instituição Fui apresentada ao Centro de Educação Infantil Céu Estrelado 3 com acolhimento feito pela coordenadora e professores. O estágio supervisionado em educação infantil teve como supervisora a Coordenadora Claudia Martins Solamine. Trata-se de uma creche conveniada ao poder público municipal em atividade na zona urbana da cidade de São Paulo, como dependência administrativa privada (filantrópica), regulada pelo órgão municipal que oferece alimentação, possui ensino regular e também atendimento em período integral às turmas. A instituição funciona em um prédio de dois pavimentos, situado na Rua Eloá do Vale Quadros, 716 Conj. Hab. Santa Etelvina II, São Paulo/SP, CEP: 08485- 130. O primeiro pavimento constitui-se de recepção, sala da Direção e Coordenação, pátio interno, refeitório, cozinha, despensa, quatro salas de aula (duas salas de Minigrupo II e duas salas de Minigrupo I), dois banheiros infantis, banheiro adulto, almoxarifado, pátio externo (área gramada) e área de serviço. O segundo pavimento constitui-se de refeitório, brinquedoteca, seis salas de aula (quatro salas de Berçário II, uma de Berçário I e uma de Minigrupo II), dois banheiros adulto e um solário. Há um ambiente de afetividade e respeito entre todos, que proporciona às crianças acolhimento e segurança ao se sentirem amadas e respeitadas. As salas são organizadas em espaços diversificados e flexíveis, pois permitem modificações no decorrer do ano, essa organização propicia espaço de convivência, oportunidades para que assumam pequenas responsabilidades, tomem decisões, discutam seus pontos de vista, façam escolhas, expressem seus pensamentos através de diversas linguagens. A parceria com a Prefeitura da Cidade de São Paulo visa o desenvolvimento pleno da comunidade atendida. O Centro de Educação está preparado para atender crianças entre zero e três anos, e tem como principal objetivo destacar a função da entidade que é cuidar e educar. Solidifica desta forma, seu papel social, possibilitando às crianças o sucesso educacional, preservando seu bem-estar físico, e estimulando aspectos cognitivo, emocional e social. O convenio com a prefeitura permite atender 233 crianças e estas são organizadas em grupos da seguinte maneira: 6 Sala 01 – Micro Grupo II A e B – 36 crianças com três anos de idade – Professoras Responsáveis: Edja e Elisangela; Sala 02 – Micro Grupo I A e B – 24 crianças com dois anos de idade – Professoras Responsáveis: Eliene e Maria Sueli; Sala 03 – Micro Grupo I C e D – 24 crianças com dois anos de idade – Professoras Responsáveis: Eliene e Maria Sueli; Sala 04 – Micro Grupo II E - 25 crianças com três anos de idade – Professora Responsável: Francisca; Sala 05 – Berçário II D - 09 crianças com um ano de idade – Professora Responsável: Maria e Nazaré; Sala 06 – Berçário II A, B e C - 27 crianças com um ano de idade – Professoras Responsáveis: Gislaine, Maria Aparecida e Roselene; Sala 07 – Micro GrupoII C e D - 37 crianças com três anos de idade – Professoras Responsáveis: Eleana e Nívea; Sala 08 – Berçário II E e F - 16 crianças com um ano de idade – Professoras Responsáveis: Claudete e Silvia; Sala 09 – Berçário I A, B e C - 21 crianças com zero a onze meses de idade Professoras Responsáveis: Aurici, Célia e Eliane; Sala 10 – Berçário II G e H - 14 crianças com 1 ano de idade – Professoras Responsáveis: Ângela e Sueli. 2.2. Atividades desenvolvidas no estágio 2.2.1 Análise dos documentos oficiais da escola Iniciei meu estagio analisando a documentação da escola, no que diz respeito ao Projeto Político Pedagógico (P.P.P) do Centro de Educação Infantil Céu Estrelado 3 foi atualizado no ano início de 2019, baseado na realidade da escola e da comunidade. Para a sua confecção contou-se com o apoio da comunidade escolar (pais e colaboradores) e corpo docente. Após a leitura e análise deste documento foi possível perceber que o Projeto Político Pedagógico da escola segue os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e que as práticas curriculares estão de acordo, porém, após toda análise e observação completa, é perceptível que este projeto necessite de ajustes no tocante 7 a sua disponibilidade, pois ele não contempla muitas das especificidades necessárias para um bom andamento e para a concretização do mesmo, pois, segundo Veiga (2004, p 14): Nessa perspectiva, o projeto político pedagógico vai além de um simples agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas. O projeto não é algo que é construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova do cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola. Pois importa salientar que o Projeto Político Pedagógico deve constituir-se como um documento que possa ser manuseado, e não apenas um documento que fique guardado e fora do alcance das pessoas, feito valer e não apenas um documento burocrático e obrigatório dentro de uma instituição, ou seja, como algo sem valor. 2.2.2. Entrevista com a Coordenadora Pedagógica A entrevista realizada com a coordenadora pedagógica do Centro de Educação Infantil Céu Estrelado 3 mostrou a variedade de atribuições pedagógicas dadas ao coordenador, entre elas: verificar o caderno de plano de aula, atender as necessidades pedagógicas, providenciar os recursos didáticos, organizar apresentações, promover reuniões de pais, organizar encontros pedagógicos, etc. Referente à organização do trabalho didático na escola são realizados encontros pedagógicos no começo e no meio do ano decidindo o que será feito no decorrer do semestre e que melhorias devem ser feitas para promover a qualidade da escola. Além de decidir com qual frequência o plano de aula será corrigido. Diante disso, o trabalho realizado pela coordenadora se mostra bem amplo, abrangendo diversos afazeres. Dentre eles, o que se torna mais relevante à qualidade educacional é ajudar o professor a refletir sua prática pedagógica ancorada no conhecimento teórico e estimular o seu contínuo desenvolvimento. 2.2.3. Observação de aula na Educação Infantil 2.2.3.1 Observação do Berçário Minha observação em sala de aula começou no dia vinte e três de maio, por seis horas, acompanhei a rotina do Berçário II D, a sala é composta por nove bebês com um ano de idade e possui duas professoras. 8 O berçário é decorado com cartazes em que se encontravam figuras geométricas, cartazes com imagens de instrumentos musicais e atividades realizadas pelos próprios bebês, feita com tinta guache utilizando as pontas dos dedos das crianças. O planejamento é semanal e a cada semana uma professora fica responsável por fazê-lo. Segundo o planejamento do dia, estavam descritas todas as disciplinas do eixo temático, porém a rotina sempre é a mesma. As crianças chegaram às 06h30min da manhã, onde as educadoras trocaram as roupas dos bebês e colocaram em uma caixa, no momento da troca a educadora conversava muito com os bebês, incentivando-os a adquirir independência como tirar as meias sozinhos, ficaram dentro dos berços, desde esse momento até depois de aproximadamente uma hora, recebendo a atenção em alguns momentos das professoras, depois foram então distribuídas as mamadeiras e todos mamam sozinhos. Ao longo da manhã vi que as práticas do educar e cuidar estavam em patamares diferentes, a preocupação no cuidar físico, da alimentação e do banho estavam acima de todo o resto e cuidar e a transmissão de afeto são deixadas para momentos quando, por exemplo, vão ser colocados para dormir. Essas demonstrações de afeto e comunicação são extremamente importantes para as crianças dessa faixa etária. Assim, os espaços de Educação Infantil precisam garantir a educação de forma plena, além de reconhecer, inclusive, a dimensão do cuidado, seja ele com o corpo ou com o sujeito criança em todas as suas necessidades, como parte do processo educativo. Após os bebês se alimentarem começaram os banhos que são escalados uma professora a cada dia. No banho a professora conversava continuamente com as crianças, mostrando as partes do corpo e as tratavam bem. O momento do banho deve ser sempre algo prazeroso tanto para as crianças como para a educadora. Depois de banhadas e vestidas as crianças eram colocadas no colchonete, para poderem engatinhar, andar, brincar, dançar e se socializarem nesse momento foi colocado o DVD da Galinha Pintadinha, notamos que algumas crianças “cantavam” e dançavam, demonstrando ter costume com aquela rotina. Nono (2010, p 02) afirma essa necessidade da criança se movimentar e interagir-se com outras: 9 É fundamental que as práticas de cuidado estejam interligas as práticas em que se educa, em que se proporciona a conquista da linguagem, a exploração do próprio corpo e dos movimentos, o desenvolvimento da autonomia, a percepção do mundo e a atuação sobre ele. Foi realizada uma atividade com os bebês pelas professoras em comemoração às festividades juninas, as professoras levaram um cartaz com uma fogueira desenhada e passavam cola para que as crianças colassem no desenho bolinhas de papel crepom vermelho, muitas gostaram e um dos bebês não gostou de ter sujado a mão de cola, sentiu estranhamento, preferiu amassar os papéis participando assim desse momento. Notei que há uma grande preocupação em relação a produção material e concreta das atividades e exposição das mesmas no berçário. Portanto, o ambiente onde estão inseridos os bebês, deve ser aconchegante, as interações entre adulto-criança e criança-criança devem acontecer e garantir o bem-estar físico e psicossocial, pois são essenciais no processo de construção do sujeito, do conhecimento e do desenvolvimento das potencialidades da criança. O Educador deve sempre cuidar e educar com prazer, inovando e recriando novas práticas e novas metodologias tornando seu trabalho mais gratificando tanto ao mesmo como a criança. 2.2.3.2 Observação do Microgrupo No dia vinte e nove de maio, por quatro horas observei a rotina do Microgrupo II E, composto por 25 crianças com três anos de idade, dirigido por uma só professora. Quando me aproximei da turma fui recepcionada pela professora titular, ela estava organizando sua turma para ir para a sala de aula. Observei que as atividades realizadas pelas crianças ficam em exposição, os materiais ficam ao alcance e elas fazem parte também da organização da sala. Esses espaços favorecem o desenvolvimento da autonomia da criança ao escolherem o espaço desejado para realizarem suas atividades em pequenos grupos ou individualmente. Elas têm a oportunidade de criar, imaginar, fantasiar, brincar de diferentes maneiras, contribuindo para o desenvolvimento da imaginação, representação, linguagem e socialização.Também descentraliza a figura do professor, onde a criança é a figura principal na ação pedagógica. 10 De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001, p 61), em seu volume introdutório: ... a autonomia é tomada ao mesmo tempo como capacidade a ser desenvolvida pelos alunos e como princípio didático geral, orientador das práticas pedagógicas (...). Uma opção metodológica que considera a atuação do aluno na construção de seus próprios conhecimentos, valoriza suas experiências, seus conhecimentos prévios e a interação professor-aluno e aluno-aluno, buscando essencialmente a passagem progressiva de situações em que o aluno é dirigido por outrem a situações dirigidas pelo próprio aluno. A rotina diária da sala de aula é estabelecida pela professora no começo da aula, na roda de conversa, onde são mostradas às crianças fotos das atividades que serão realizadas no dia, colocadas no relógio da rotina, proporcionando as crianças certa autonomia, e organização, pois estão conscientes das atividades que vão realizar no dia. Para dar início à aula a professora cantou a música do BOM DIA. Logo em seguida ela começou trabalhando os dias da semana, achei muito interessante a criatividade da professora, ela fez sete casinhas e cada uma de uma cor, de forma que ela trabalhou os dias da semana, cor e o calendário. Nessa atividade as crianças interagiram com a professora e entre si. Após essa atividade ela distribuiu massinha para cada criança, elas foram muito criativas, pois fizeram a primeira letra de seu nome, dentre outros. E nessa atividade elas ficaram todas sentadas até o horário do lanche. Quando deu o horário previsto a professora pediu que todos fizessem bolinhas da massinha, para que ela recolhesse. Na hora do lanche ela organizou as crianças em fila, e todos foram ao banheiro e lavaram as mãos, e em silêncio se dirigiram ao refeitório para fazer a primeira refeição. Lá eles sentaram também em coletivo, pois tem duas mesas grandes, lancharam em torno de 20 minutos. Após o lanche no refeitório, eles fizeram fila e dirigiram para a sala de aula. Quando retornaram a professora deu uma atividade onde trabalhou a primeira letrinha do nome de cada aluno, onde houve interação entre eles descobrindo a sua própria letra e a letra do outro. A professora fez um crachá com o nome para cada um dos seus alunos, e dessa forma facilitou mais o aprendizado. Emília Ferreiro (2001, p 21) ressalta que: “A escrita é um objeto de conhecimento, levando em consideração as tentativas individuais infantis, a interação, o aspecto social da escrita, onde a alfabetização é um processo discursivo”. 11 Logo em seguida ela repartiu jogos pedagógicos e eles ficaram alguns minutos se divertindo com essas peças, até chegar um determinado tempo que a professora recolheu. Observei durante a rodinha a prática da linguagem oral e escrita e as crianças brincam com as palavras com muita facilidade. Outra parte interessante é o momento da música onde as crianças interagem entre si, usando o seu tom de voz e se necessário imitando vozes diferentes. Na abordagem das perspectivas de Vygotsky (2004), consideraram-se, em primeiro lugar, as questões referentes ao ambiente social e posteriormente à prática do meio escolar, uma vez que esta promove uma variedade de relações interpessoais cuja importância está em promover a formação e o desenvolvimento das funções que caracterizam o ser humano. As relações interpessoais são o contexto para a construção do eu da criança, da sua consciência. Durante este período, a brincadeira é objetiva, pois ela é uma atividade na qual a criança se apropria do mundo real dos seres humanos da maneira que lhe é possível nesse estágio de desenvolvimento. Outra atividade que ela deu foi de fazer pequenas buchinhas com papel crepom. Quando terminaram, a professora entregou para cada aluno uma folha com o desenho de um gatinho na parte superior da folha, onde eles coloriram o gatinho de amarelo. Ao terminar de colorir, na mesma folha ela deu a atividade relacionada com as buchinhas, onde ela escreveu a primeira letra do nome de cada um, em tamanho médio, e pingou várias gotinhas de cola, onde todos colaram as buchinhas. Na hora de ir embora a professora cantou várias músicas, e eles adoraram, e acompanharam de forma prazerosa. 2.2.4. Auxílio na elaboração de plano de aula e proposta de intervenção Sabendo da intervenção como parte do processo de formação e do estágio, fui orientada pela supervisora e com aval da professora efetiva da sala, a auxiliar na elaboração do plano de aula, ficando responsável por um dos dias da semana, observei o que seria novo para as crianças e com base nos moldes dos planos diários elaborados pela professora efetiva optei pelo planejamento do primeiro dia da semana (segunda-feira) compreendida entre 03 e 07 de junho de 2019, conforme descrito abaixo: 12 PLANEJAMENTO SEMANAL Centro de Educação Infantil Céu Estrelado 3 São Paulo, de 03 a 07 de junho/2019 Público Alvo/Etapa Educação Infantil Professora Francisca Identificação da Turma: Micro Grupo II E Perfil da turma: 25 alunos com 03 anos de idade Dia 1 Segunda-feira dia 03/06/2019 Tema da aula A história dos números Organização da sala A sala é organizada em grupos de cinco alunos Justificativa Esse assunto se faz necessário, pois compreender como se dá a formação dos números ajuda a entender qual é a sua aplicabilidade no cotidiano. Introdução na escrita. Prática da Coordenação motora Objetivos Fixar conceitos matemáticos através da brincadeira. Brincar de amarelinha para que ao aluno desenvolva a noção de seriação matemática. Inserir as vogais (A). Componente curricular e conteúdo Matemática – números (contagem). Linguagem Oral/Escrita. Movimento – brincadeira. Procedimentos de ensino: 1º momento: Fazer a leitura da história dos números para os alunos: “Vocês sabem como e quando o homem começou a utilizar os números? Desde a pré-história, o homem vem desenvolvendo a capacidade de identificar quantidades e registrá-las, mas isso aconteceu de forma bem lenta. No princípio, para cada animal que saía do cercado era colocada uma pedrinha em um saco. No fim do dia, para cada animal que era trazido de volta, uma pedrinha era retirada. Dessa maneira, o 13 Procedimentos de ensino: homem conhecia as quantidades sem conhecer os números. Para se chegar aos números que conhecemos demorou muito tempo. Assim, foi preciso que a mente humana evoluísse e que a linguagem se tornasse mais clara. Com o aperfeiçoamento da escrita, o ser humano foi criando diversas maneiras de representar os números”. 2º momento: O texto será discutido entre professor e alunos, para entendimento do que foi lido e será feita a contagem dos números expostos na parede da sala de aula (0 a 10). 3º momento: Utilização da amarelinha da escola, para que os alunos brinquem, identificando os números. 4º momento: Escrevo no quadro a letra A bem grande. E procuro sempre desafiá-los pedindo que eles pronunciem e circulem reescrevam no quadro a vogal A. 5º momento: Atividades: 1 – Circule os números na sequência abaixo: (3 - - 8 - - 2 - ) 2 - Conforme “A História dos Números”, a contagem era feita com pedrinhas. A - Desenhe uma pedrinha para cada animal que está no cercado. Figura 1 - Imagem de animais Fonte: (CanStockPhoto, 2019) 14 3- Pedir que as crianças circulem as vogais A que estão na frase abaixo: NO FIM DO DIA, PARA CADA ANIMAL QUE ERA TRAZIDO DE VOLTA, UMA PEDRINHA ERA RETIRADA. Recursos didáticos: Folha xerocopiada. Amarelinha. Lápis. Quadro e giz Avaliação: Os alunos serão observados no decorrerdos procedimentos de ensino, respeitando a individualidade, as limitações e o tempo de aprendizagem de cada um. Será registrada a socialização dos alunos durante a brincadeira de amarelinha e durante as atividades, que serão corrigidas individualmente e no quadro. A aplicação do plano de aula se desenvolveu bem, de modo geral, foi realizado como esperado, procurei tratar de assuntos que fazem parte do cotidiano das crianças. Quando fiz a leitura da “A História dos Números”, os alunos ficaram entusiasmados por saberem como foi que surgiu a contagem das coisas. Este assunto foi discutido por todos, dando outros exemplos de como se pode contar, usando pedrinhas. Toda a aula de regência me mostrou a importância de vivenciar na prática como é dar aula. A reação dos alunos é diferente em relação aos conteúdos trabalhados. Alguns têm mais dificuldade com os números, outros com as letras e outros ainda nas brincadeiras, por serem muito tímidos. O que se pode fazer para minimizar esses problemas é manter uma relação de afeto, carinho e respeito mútuo com os alunos, acolhendo-os em suas diferenças. Trabalhar o lúdico com os alunos torna a aula mais descontraída e menos obrigatória. O jogo, os brinquedos e as brincadeiras são instrumentos que oferecem ao professor diferentes possibilidades educacionais. Por isso, a brincadeira não deve ser entendida como um passatempo, mas considerado como parte da vida do ser humano, fazendo desenvolver a linguagem e a imaginação do indivíduo. 15 A criança nesta faixa etária está preocupada em compreender o mundo que a cerca. Devemos possibilitar a elas conhecerem o mundo da leitura e escrita de forma prazerosa. De acordo com o enfoque no Projeto Integrador III e também do RCNEI (BRASIL, 1998, p. 58) que destaca a importância de se valorizar atividades lúdicas na Educação Infantil, visto que “as crianças podem incorporar em suas brincadeiras conhecimentos que foram construindo”. Ainda se observa no RCNEI a valorização do brinquedo, entendidos como: componentes ativos do processo educacional que refletem a concepção de educação assumida pela instituição. Constituem-se em poderosos auxiliares da aprendizagem. Sua presença desponta como um dos indicadores importantes para a definição de práticas educativas de qualidade em instituição de educação infantil. (BRASI, 1998, p.67. v. 1). Outro aspecto importante a ser lembrado no desenvolvimento de uma aula é respeitar o tempo de cada um, o estágio em que se encontra. Para isso têm-se os estudos de Piaget sobre o desenvolvimento mental da criança. Ele é assim definido: Período sensório-motor: a criança está centrada nela mesma, capaz de agir diretamente sobre a realidade. Período pré-operatório: aparecimento da linguagem e apresentação simbólica da realidade. Período operatório: coordena as ações mentais. Período das operações concretas: aparecimento das operações concretas. Período das operações abstratas ou formais: surgem as operações intelectuais. O trabalho de Piaget (1987) complementa o fazer pedagógico, pois possibilita ao educador compreender as necessidades da criança pelo seu estágio de desenvolvimento. A interação professor aluno, tanto abordado nos estudos de Vygotsky (1994), também é um aspecto de grande relevância ao trabalho do professor, já que para esse teórico o ser humano se constitui na relação social com o outro. Assim o professor tem o papel de mediador no ensino-aprendizagem. Contudo, considerar os estudos desses e de outros teóricos que refletiram tanto na educação, faz com que o professor não se perca em sua prática pedagógica, mas que desenvolva um trabalho comprometedor com o desenvolvimento integral da criança. 16 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Um dos propósitos do Estágio Supervisionado na Educação Infantil é possibilitar ao graduando conhecer e vivenciar na prática a experiência de ser professor, momento enriquecedor, pois é nessa fase da formação acadêmica que surge a oportunidade de interagir os conhecimentos teóricos com a prática. Esse processo de realidade prática me encheu de surpresas, fazendo em alguns momentos improvisar e criar para que o ensino e aprendizado aconteçam de forma significativa. No entanto, foi imprescindível os conhecimentos teóricos na ação docente, isso porque para entender o ambiente da sala de aula senti a necessidade de recorrer alguns teóricos que trabalham assuntos sobre determinadas situações que estão ligadas ao ensinar. Não posso deixar de mencionar uma das dificuldades vivenciadas nesse processo, que se refere aos planejamentos que não se realizaram de acordo com o previsto, isso porque não foi possível estar integralmente com a professora efetiva para planejar, mas isso não foi obstáculo para desenvolvermos um trabalho de qualidade, ou seja, a prática docente é um processo continuo que visa o aperfeiçoamento e constante aprimoramento, neste sentido, estava apta a aprender e colaborar no processo de ensino e aprendizagem dos alunos e resolvemos a questão quando me responsabilizei pela elaboração integral de apenas um dia e com o auxílio da professora efetiva da sala o trabalho foi feito com sucesso. Desenvolver um trabalho na educação infantil pode ser entendido como um encontro de incertezas, medo, implicando também, os prazeres do oficio, de autoconhecimento, de vim a ser e tornar-se professor. Dessa forma, o estágio na educação infantil possibilitou uma rica experiência para a minha formação acadêmica, e para a trajetória de tornar-me professora. Segundo Silveira (2006, p. 50), podem representar a essência do saber fazer: O prazer em atuar como professor é determinante para suportar todas as condições contrárias que permeiam nossa escola pública e tentar fazer dessa escola uma experiência social formadora; o afeto, traduzido no acolhimento daqueles que mais precisam do processo de escolaridade, é determinante na trajetória de suas vivencias pessoais no contexto escolar; nosso compromisso político é determinado quando optamos por fazer da escola um espaço de confronto das contradições que existem em nossa injusta sociedade; o conhecimento é nossa ferramenta para compreender essa realidade e dela apropriar os espaços de luta para conquistar nossos direitos a uma vida digna; trabalhar constantemente amparados em nossas convicções em favor dos mais desfavorecidos, não permitindo que o choque da realidade com a qual nos defrontamos diariamente nas escolas nos 17 embruteça; buscar a competência técnica na superação de dificuldades de aprendizagens dos alunos e de nossas dificuldades em ensinar. Outro enfoque de suma importância para o percurso formativo é a constante reflexão da prática, pois a partir desse processo foi possível melhorar minhas ações, buscando compreender os alunos em toda a sua especificidade. Portanto, o Estágio Supervisionado na Educação Infantil foi um processo que exigiu um aprofundamento dos conhecimentos teóricos e um trabalho de colaboração de todos (coordenadora/supervisora, professoras e alunos), pois nesse percurso tive o ensejo de conhecer as múltiplas relações presentes no âmbito educacional, os alunos na sua especificidade e os dilemas existentes no ambiente da sala de aula. A bagagem teórica recebida durante as vídeo aulas, textos e livros ao longo do curso de Pedagogia da Univesp foi complementada com as observações e a prática pedagógica vivenciada no Centro de Educação Infantil Céu Estrelado 3. Na perspectiva de Barreiro (2006, p. 89-90), considera que, A relação entre teoria e prática, na formação do professor, constitui o núcleo articulador do currículo, permeando todas as disciplinas e tendo por base uma concepção sociohistórica da educação, alguns princípios devem nortear os projetos de estágio supervisionado: a) a docência é a base da identidade dos cursos de formação; b) o estágioé um momento da interação entre teoria e prática; c) o estágio não se resume à aplicação imediata, mecânica e instrumental de técnica, rituais, princípios e normas aprendidas na teoria e d) o estágio é o ponto de convergência e equilíbrio entre o aluno e o professor. Todo esse tempo de observação e atuação comprovou o quanto se faz necessário realizar o Estágio Supervisionado, pois traz benefícios tanto ao estagiário como à escola que o recebe: ao futuro professor que pode compreender melhor o que aprendeu durante o curso, pois a prática vivenciada na escola muda completamente seu pensamento e a escola com a presença do estagiário que aula ganha um novo ajudante que pode intervir, se o professor permitir, nas diversas situações ocorridas no cotidiano dos alunos, aumentando as possibilidades de melhoria do desenvolvimento da aula. Indico que um dos focos principais desse estudo é formar um profissional competente capaz de colaborar para o desenvolvimento do aluno da Educação Infantil, oferecendo atividades novas que iram contribuir no aperfeiçoamento de habilidades motoras, intelectuais e cognitivas, levando à criança a possibilidade de ser um adulto criativo, crítico e que possa agir com autonomia. Nesse sentido, eu uma futura professora, me considero um elemento fundamental nesse processo, mediando e construindo a identidade e despertando os 18 interesses e as capacidades das crianças. O mundo infantil é surpreendente. Ao mesmo tempo em que ensinamos, também aprendemos com elas. Sendo assim, concluo que o processo de ensino-aprendizado consiste em participar e atuar ativamente no ambiente escolar lado a lado com as elas para facilitar aprendizagem. Foi gratificante vivenciar essa realidade na Educação Infantil e receber o carinho sincero de uma criança, assim como, poder contribuir no processo de aprendizagem de ambas. Quando há comprometimento do profissional, planejamento das aulas e metas a ser alcançada, a atividade de estágio passa a ser um prazer e não apenas mais uma disciplina a ser estudada. 19 REFERÊNCIAS BARREIRO, I. M. de F. Prática de ensino e estágio supervisionado na formação de professores. São Paulo: Avercamp, 2006. BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasilia, MEC/SEF, 1997ª, v.1.Edição, 2001. BRASIL. Referencial Nacional para a Educação Infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998, vol. 1. COLEMATT. CanStockPhoto, 2019. Disponível em: < https://www.canstockphoto.com.br/fazenda-madeira-atr%C3%A1s-de-animais- 46060488.html> . Acesso em 01/06/2019. Il.color FERREIRO, E. Cultura escrita e educação. Porto Alegre, 2001. HISTÓRIA da contagem e os sistemas de numeração. Colégio Web, 2019. Disponível em:<https://www.colegioweb.com.br/matematica/historia-da-contagem-e-os- sistemas-de-numeracao.html>. Acesso em 03 jun. 2019. ILVA, Flávia Gonçalves da; DAVIS, Claudia. Conceitos de Vygotsky no Brasil: produção divulgada nos Cadernos de Pesquisa. Cad. Pesqui., set./dez. 2004, vol.34, n.123, p.633-661. NONO, Maévi Anabel. Educar e cuidar nas creches e pré-escolas. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNIVESP. Unesp – Departamento de Educação – Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas. Disponível em: <http://acervodigital.unesp.br/handle/123456789/230>. Acesso em: 09 jul. 2019. PIAGET, J. A psicologia da criança. Ed Rio de janeiro: Bertrand Brasil, 1998. SILVEIRA, M. F. L. O início da docência: compromisso e afeto, saberes e aprendizagens. In: LIMA, E. F. (Org.). Sobrevivências no início da docência. Brasília: Líber Livro Editora, 2006. VEIGA, Ilma, (2004). Passos Alencastro. Educação Básica: Projeto Político Pedagógico; Educação Superior: Projeto político pedagógico. Editora Papirus. 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Garantir a realização semanal do horário de trabalho pedagógico coletivo, organizar encontros de docentes por área e por série, dar atendimento individual aos professores, fornecer base teórica para nortear a reflexão sobre as práticas, conhecer o desempenho da escola em avaliações externas, orientar o professor dentro das dificuldades que ele se encontra referente a cada realidade de sala de aula, assessoria permanente e continuada ao trabalho docente, acompanhar o professor em suas atividades de planejamento, docência e avaliação, promover reuniões, discussões e debates com a comunidade escolar no sentido de melhorar sempre mais o processo educativo; promover reuniões de pais, organizar encontros pedagógicos, ente outros 3. Qual seria o papel mais relevante no trabalho do professor coordenador na escola? Com certeza é estimular os professores a desenvolverem com entusiasmo suas atividades, e encorajar aos profissionais de sala de aula que é preciso percepção e sensibilidade para identificar as necessidades dos alunos, tendo que se manter sempre atualizado, buscando fontes de informação e refletindo sobre sua prática. 21 ANEXO 2 - CONTROLES DE FREQUÊNCIA 22 23 24 ANEXO 3 – INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO PARA O PROFESSOR MENTOR 25 ANEXO 4 – INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO PARA O SUPERVISOR DE ESTÁGIOS RELATORIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO Instrumento de Avaliação para o SUPERVISOR DE ESTÁGIOS Identificação: Nome: Joelma de Arruda Silva RA:1713342 Licenciatura: Pedagogia Pólo: CEU Vila Curuçá Professor Mentor: Claudia Martins Solamine Período do estágio: 02/05/2019 a 14/06/2019 Local do estágio: CEI Céu Estrelado 3 Endereço: Rua Eloá do Vale Quadros, 716 – Jardim Santa Etelvina Fone: (11) 2516-9944 Cidade: São Paulo Estado: SP Email: ceiceuestrelado3@hotmail.com 1. Avalie o relatório do estágio: Fatores D R B E Apresentação estrutural Clareza textual Atividades realizadas Qualidade da conclusão (D) Deficiente (R) Regular (B) Bom (E) Excelente Data de entrega da nota: __/__/__ Nota do relatório: ___________ Assinatura do Tutor: __________________________________________________ 1.INTRODUÇÃO 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Caracterização da Instituição 2.2. Atividades desenvolvidas no estágio 2.2.1 Análise dos documentos oficiais da escola 2.2.2. Entrevista com a Coordenadora Pedagógica 2.2.3. Observação de aula na Educação Infantil 2.2.3.1 Observação do Berçário 2.2.3.2 Observação do Microgrupo 2.2.4. Auxílio na elaboração de plano de aula e proposta de intervenção 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS ANEXOS ANEXO 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA COM A PROFESSORA COORDENADORA ANEXO 2 - CONTROLES DE FREQUÊNCIA
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