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Universidade Estácio de Sá Curso de Engenharia Física Experimental I - Turma 3171 Queda Livre Movimento Retilíneo Uniformemente Variado Autores: Anna Clara Degliomini 201503393372 Cristiano Carvalho 201512765627 Felipe Machado 201512760111 Rodrigo Heleno 201511226633 Rio de Janeiro, 27/04/16. Introdução O movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV) demonstra que a velocidade varia uniformemente em razão ao tempo. Definido como um movimento de um móvel em relação a um referencial ao longo de uma reta, na qual sua aceleração é sempre constante. Diz-se que a velocidade do móvel sofre variações iguais em intervalos de tempo iguais. No MRUV a aceleração média assim como sua aceleração instantânea são iguais. Sabendo de todos esses detalhes, podemos representar a função horária do MRUV com a expressão [1]: A cinemática é responsável por descrever os movimentos dos corpos sem apresentar qualquer tipo de preocupação com a análise das suas causas, que é retratada pela dinâmica. Algumas dessas aplicações mais comuns são as seguintes: calcular o tempo gasto com viagens, bem como a distância entre lugares, além de aproximar as distâncias de movimentos retilíneos, oblíquos e circulares. O estudo da cinemática é fundamental para profissionais que pretendem atuar em ramos como indústria automotiva, turismo ou transporte aéreo [2]. As aulas de Física experimental têm como objetivo implementar ações que melhorem o interesse dos estudantes pela disciplina e mostrem as possibilidades de utilizar essas aulas como lócus para raciocinar, para compreender as causas e os efeitos que ocorrem no nosso cotidiano. Essa prática, a da experimentação, pode auxiliar, também, na tomada de decisões, porque aprimora a observação, a paciência e a curiosidade, fazendo parte de uma dimensão que perpassa a sala de aula [3]. Por esses motivos citados a Universidade Estácio de Sá tem a cadeira Física Experimental como obrigatória no seu Projeto Pedagógico do Curso (PPC) para os cursos de engenharia. Objetivo Temos como objetivo nesse experimento a determinação do módulo da velocidade escalar e da aceleração do móvel e ainda rever os conceitos básicos de movimentos unidimensionais, tais como: posição, velocidade e aceleração, e obter a dependência da posição em função do tempo dos movimentos MRUV. Determinaremos a aceleração de um corpo em queda livre com seu deslocamento à frente de um painel de queda livre, registrando o tempo e a distância de deslocamento em tabelas e posteriormente aplicando seu resultado em gráfico para demonstrar o conceito de movimento retilíneo uniformemente variado aplicado. Revisão Bibliográfica O movimento uniformemente variado tem as seguintes características: Aceleração constante, a velocidade varia uniformemente com o tempo e o espaço percorrido aumenta proporcionalmente ao quadrado do tempo. Seja v0 a velocidade inicial do móvel no instante de tempo t0 = 0 e v a sua velocidade no instante de tempo t, então a aceleração média de onde se encontra após isolarmos v, a equação de velocidade do MUV dada pela equação Seja s0 a posição inicial do móvel e v0 a velocidade inicial no instante de tempo t0 = 0. Considere também s e v como sendo a posição e a velocidade do móvel no instante de tempo t. Sabendo-se que s = s - s0 é a área abaixo da curva de v(t)xt (um trapézio) e v = v - v0 sendo a velocidade v dado pela equação de onde tiramos a equação horária do MUV dada pela equação Para o MUV pode-se relacionar velocidade, aceleração e espaço percorrido isolando-se a variável tempo na equação de velocidade e substituindo na equação de posição[4]. onde obtém-se a equação de Torricelli. Materiais Foram usados os seguintes materiais: Painel para queda de corpos. (Figura 1) Precisão de 1 mm. Capacidade 840 mm Registro Patrimonial: Seses No:378765 Centelhador Marèchal. (Figura 2) Precisão de 25 milisegundos. Registro Patrimonial: Seses No: 378762 Registrador por Centelha. (Figura 3) Régua. (Figura 4) Precisão de 1 mm. Capacidade 300 mm Corpo de Prova (Figura 5). Material: Esfera de Aço com grampo de latão. Fitas Foto Sensíveis (Fígura 6) Câmera Fotográfica Modelo: Celular Moto MAxx Resolução Fotográfica: 21Mpx Figura 1: Painel de Queda de Corpo. Figura 2: Centelhador Marèchal. Figura 3: Registrador por Centelha. Figura 4: Régua. Figura 4: Corpo de Prova. Figura 5: Fitas Foto Sensíveis. Metodologia Ao iniciarmos a medição da queda livre do corpo utilizando o painel para queda de corpos foi solicitado o certificado de calibração de todos os equipamentos descritos no item anterior, e os mesmo não foram apresentados. Para medirmos o tempo/deslocamento de queda foi utilizado o centelhador Marèchal ajustado para disparar a cada 200 milisegundos onde suas centelhas serão marcadas na fita foto sensíveis de aproximadamente 2,0 metros onde o corpo de prova se encontra preso em sua extremidade. Para iniciarmos a queda do corpo de prova, passamos a fita foto sensível por dentro do Registrador por Centelha, localizado na extremidade superior do painel de queda de corpo devidamente conectado com o Centelhador Marèchal. O corpo de prova é preso na extremidade da fita foto sensível e a mesma fica devidamente pendurada pela fita no zero da medição do Painel de queda de corpo. A queda do corpo é iniciada após mantermos pressionado o botão disparador do Centelhador Marèchal e após 1 segundo largamos a fita foto sensível e o corpo de prova se desloca em queda livre no decorrer do painel tendo seu tempo de queda registrado a cada 200 milisegundos na fita foto sensível. Esse procedimento foi repetido cinco vezes e os resultados do tempo/deslocamento foram inseridos em tabelas para análise do movimento do corpo de prova. Resultados Como resultado da medição do deslocamento 01, temos o registro do tempo de deslocamento nos intervalos entre os sensores na tabela 1. Podemos notar observando os gráficos 1, 2 e 3, que o deslocamento é crescente ao longo do tempo, sua velocidade varia ao longo do tempo e sua aceleração é crescente em função do tempo, devido a atuação da gravidade. Tabela 1 1º Registro Intervalo Tempo (s) Deslocamento (mm) Velocidade média (mm/s) Aceleração (mm/s²) 1 0,200 17 85,00 425,00 2 0,400 270 675,00 2950,00 3 0,600 837 1395,00 3600,00 Gráfico 1: Deslocamento x Tempo Gráfico 2: Velocidade x Tempo Gráfico 3: Aceleração x Tempo Como resultado da medição do deslocamento 02, temos o registro do tempo de deslocamento nos intervalos entre os sensores na tabela 2. Podemos notar observando os gráficos 4, 5 e 6, que o deslocamento é crescente ao longo do tempo, sua velocidade varia ao longo do tempo e sua aceleração é crescente em função do tempo, devido a atuação da gravidade. Tabela 2 2º Registro Intervalo Tempo (s) Deslocamento (mm) Velocidade média (mm/s) Aceleração (mm/s²) 1 0,200 8 40,00 200,00 2 0,400 231 577,50 2687,50 3 0,600 779,5 1299,17 3608,33 Gráfico 4: Deslocamento x Tempo Gráfico 5: Velocidade x Tempo Gráfico 6: Aceleração x Tempo Como resultado da medição do deslocamento 03, temos o registro do tempo de deslocamento nos intervalos entre os sensores na tabela 3. Podemos notar observando os gráficos 7, 8 e 9, que o deslocamento é crescente ao longo do tempo, sua velocidade varia ao longo do tempo e sua aceleração é crescente em função do tempo, devido a atuação da gravidade. Tabela 3 3º Registro Intervalo Tempo (s) Deslocamento (mm) Velocidade média (mm/s) Aceleração (mm/s²) 1 0,200 10 50,00 250,00 2 0,400 246 615,00 2825,00 3 0,600 803 1338,33 3616,67 Gráfico 7: Deslocamento x Tempo Gráfico 8:Velocidade x Tempo Gráfico 9: Aceleração x Tempo Como resultado da medição do deslocamento 04, temos o registro do tempo de deslocamento nos intervalos entre os sensores na tabela 4. Podemos notar observando os gráficos 10, 11 e 12, que o deslocamento é crescente ao longo do tempo, sua velocidade varia ao longo do tempo e sua aceleração é crescente em função do tempo, devido a atuação da gravidade. Tabela 4 4º Registro Intervalo Tempo (s) Deslocamento (mm) Velocidade média (mm/s) Aceleração (mm/s²) 1 0,200 6 30,00 150,00 2 0,400 94 235,00 1025,00 3 0,600 599 998,33 7925,00 Gráfico 10: Deslocamento x Tempo Gráfico 11: Velocidade x Tempo Gráfico 12: Aceleração x Tempo Como resultado da medição do deslocamento 05, temos o registro do tempo de deslocamento nos intervalos entre os sensores na tabela 5. Podemos notar observando os gráficos 13, 14 e 15, que o deslocamento é crescente ao longo do tempo, sua velocidade varia ao longo do tempo e sua aceleração é crescente em função do tempo, devido a atuação da gravidade. Tabela 5 5º Registro Intervalo Tempo (s) Deslocamento (mm) Velocidade média (mm/s) Aceleração (mm/s²) 1 0,200 32 160,00 800,00 2 0,400 337 842,50 3412,50 3 0,600 941 1568,33 3629,17 Gráfico 13: Deslocamento x Tempo Gráfico 14: Velocidade x Tempo Gráfico 15: Aceleração x Tempo Conclusões Concluímos que devida ausência de certificado de calibração dos equipamentos para este experimento supomos a partir das medições de tempo referentes aos cinco deslocamentos do corpo de prova em queda livre no decorrer do painel, o mesmo apresentou um Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, pois o seu deslocamento entre os intervalos de 200 milissegundos não foram contínuos, demonstrando desta a forma a presença de variação de velocidade e consequentemente a presença de aceleração. Vale ressaltar que não foi demonstrada a aceleração constante, aceleração gravitacional (9.8 ), pelo fato da altura de queda do corpo e o intervalo de 200 milissegundos não permitir a captura de mais intervalos de tempo/deslocamento, o que melhoria a apresentação da variação de velocidade e também temos que considerar que o corpo de prova não caia totalmente em queda livre, pois o atrito da fita com o registrador por centelha deve ser considerado. Referências Bibliográficas [1] Disponível em: < http://www.infoescola.com/fisica/movimento-retilineo-uniformemente-variado/ > Acessado em: 05/04/2016. [2] Disponível em: <http://www.colegioweb.com.br/fisica/o-que-e-cinematica-2.html#ixzz44yNWXDcT> acessado em: 23/03/2016. [3] Disponível em: <http://online.unisc.br/acadnet/anais/index.php/salao_ensino_ext ensao/article/view/10269> Acessado em: 08/03/2016. [4] Disponível em: <http://www.fisica.ufpb.br/prolicen/Cursos/Curso1/mr31int.html > Acessado em: 11/04/2016.
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