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A livre Iniciativa e livre concorrência 
Para compreender a conjugação dos princípios constitucionais da livre iniciativa e da livre concorrência, faz necessário o uso de material bibliográfico para compreender e nos dar embasamento teórico, que todo o processo no qual passou a intervenção econômica pelo Estado e de fato um processo histórico, consolidado no ordenamento jurídico.
Conforme Perereira&Carneiro (2015), a constituição de 1934 (BRASIL, 1934) foi a primeira a empregar princípios e normas especificas à ordem econômica. Assim, pelo momento histórico e político, somente em 1946, foi criada uma nova Assembleia Constitucional e promulgada nova Lei máxima, manteve os preceitos da constituição de 1934, almejando os princípios da livre concorrência e indícios da livre concorrência e os exercícios desses, e pelo Estado. Com base no seu art. 145 e 148, do texto constitucional de 1946. “(...) conciliando a liberdade de iniciativa com, com a valorização do trabalho humano. (...) Art 148 - A lei reprimirá toda e qualquer forma de abuso do poder econômico, (...). (BRASIL, 1946). ”
De maneira que o Princípio da livre iniciativa se consolidou na Constituição Federal de 1988, todavia um norteador da ordem econômica, sendo fundamento da República Federativa do Brasil. (RODRIGUES, 2017)
Consoante, preceitua o Art. 170 e inciso 4 (BRASIL, 1988):
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios IV- livre concorrência.
Assim, de acordo com (PEREIRA; CARNEIRO 2015) tal princípio elencando no art. 5, pode ser consolidado com direito a liberdade, que outorga ao empresário inserir no mercado para exercer atividade econômica, garantindo ainda a permanência do mesmo, “(...) permite a todo agente econômico, público ou privado, pessoa física ou jurídica, exercer livremente, nos termos das leis, atividade econômica em sentido amplo”, dessa forma compreendemos que se trata do exercício da atividade econômica de forma livre . ” SCAFF (2011, p.110).
A liberdade de iniciativa econômica tem a ver com livre exercício da atividade econômica. Para SCAFF (2011), a liberdade de iniciativa econômica, parte de conceito de liberdade, do exercício para empresas.
2-LIVRE CONCORRENCIA
De acordo com Rodrigues (2013) quando está diante de um mercado competitivo, os empresários, utilizam todos os recursos lícitos para desenvolverem da melhor maneira possível atividade econômica, assim a concorrência permite ao mercado se manter, com mais capacidade para fornecer produtos e serviços, “(...) como um princípio basilar da ordem econômica nacional”. SCAFF (2006, p. 110). A livre concorrência, propõe-se assegurar a sobrevivência do mercado e o fortalecimento da livre iniciativa.
 Com base no art.170, IV, da CF 88, um dos princípios da ordem econômica “ a constituição estatui que a lei reprimirá o abuso de poder econômico que vise a dominação de mercado” (Silva, 1998, p.8760).
Dessa forma, Bastos (1998) assevera que a livre concorrência, não é so aquela que espontaneamente se cria no mercado, mas também aquela outra derivada de um conjunto de normas, tal princípio constitucional autoriza, a intervenção ativa no mercado.
 Na ótica de Moro (2007, p.220), “(...) a livre concorrência não só oferece garantias aos competidores, mas, indiretamente, também favorece os consumidores e a evolução da economia nacional(...)” tem por finalidade, assegurar que os “(...) concorrentes têm interesse e buscam aperfeiçoar-se na ânsia de angariar maior clientela”.
De maneira que, a livre iniciativa e a livre concorrência se correlacionem, uma parte para âmbito individual, a outra para âmbito coletivo, tuteladas pelo Estado, relacionam se a exigência de que a ordem econômica assegura a igualdade e diminuição distorções e desusos de mercado. (PEREIRA; CARNEIRO, 2015).
Para Bastos, (1998, p.456) “ O princípio constitucional autoriza esta sorte de intervenção ativa no mercado, sem falar na negativa consistente na eliminação das disfunções e imperfeições”. Assim, “assegura á todos a existência dignidade, conforme os ditames da justiça social” (PEREIRA; CARNEIRO, 2015, p8).
Nesse sentido, caso seja descumprido algum princípio garantidor da ordem econômica, compete ao Estado, fiscalizar e reestabelecer paz social, sendo uma obrigação intervim e proteger. (CASTRO; SIMONE) com o atendimento às necessidades sociais e a todos os dispositivos constitucionais. 
Para garantir a proteção na esfera constitucional, em 1994 foi criada a Lei Antitruste, visando tutelar as estruturas de mercados. Lei nº 8.884 de 11 de junho de 1994, veio atuar e transforma o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em Autarquia, dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica e dá outras providências.
 No ordenamento Brasileiro lei 8.884 de 94, revogado pela Lei (12.529, de 2011) elenca artigo 36 atos que de que prejudiquem a livre concorrência ou a livre iniciativa, e garantindo a coibição e repressão do abuso do poder econômico.
Conforme o exemplo da jurisprudência do TRF-1 - APELAÇÃO CIVEL AC 200334000113717 DF 2003.34.00.011371-7 (TRF-1)
Data de publicação: 10/10/2013
Ementa: ADMINISTRATIVO. DIREITO ECONÔMICO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DO CADE. DEFESA DA CONCORRÊNCIA. RECOMENDAÇÃO DE USO DE TABELA DE HONORÁRIOS MÉDICOS. CASO NÃO ENQUADRÁVEL NAS HIPÓTESES PREVISTAS NOS ARTS. 20 E 21 DA LEI ANTITRUSTE . INFRAÇÃO À ORDEM ECONÔMICA NÃO CONFIGURADA. SANÇÕES ANULADAS. 1. Não há que se falar na existência de qualquer vício decorrente de alteração abusiva ou arbitrária do quanto decidido na sessão de julgamento do CADE. O que se percebe de fato é que a redação apenas cuidou de retificar as decisões tomadas na respectiva sessão que julgou o caso, não havendo nenhuma alteração arbitrária ou abusiva capaz de mudar o sentido do quanto decidido. Preliminar rejeitada. 2. Consoante disposto no art. 20 da Lei n. 8.884 /94, constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa, os atos que tenham por objeto limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa; dominar mercado relevante de bens ou serviços; aumentar arbitrariamente os lucros e exercer de forma abusiva posição dominante. 3. Não configura infração à ordem econômica a simples recomendação para utilização da Tabela de Honorários Médicos, que apenas sugere aos profissionais os valores mínimos de honorários capazes de remunerar dignamente os serviços prestados, não contendo norma de conduta, nem conduzindo a "conduta comercial uniforme ou concertada entre concorrentes". 4. A utilização da Tabela de Honorários Médicos da AMB é mera orientação sem qualquer poder de vinculação ou imposição, uma vez que não pode obrigar seus filiados á prática de qualquer conduta, muito menos cominar qualquer tipo de sanção pelo seu descumprimento. Os valores ali contidos são meramente referencias e servem de balizamento dos preços praticados no setor. Precedentes. 5. Dá-se provimento ao recurso de apelação.
Conforme (CASTRO; SIMONE), para atuação da livre concorrência no universo do direito faz necessário três motivos fundamentais: sendo eles, um motivo econômico, um motivo político e um motivo social. Assim “(... ) livre concorrência e a livre iniciativa devem respeitar os princípios do art. 170 do texto constitucional, assegurando a dignidade humana”(2222, p10).
 Nesse, ínterim Ribeiro (2012) cita um exemplo de uma medida cautelar nº n.º 1.657 MC/RJ. No qual o Supremo Tribunal Federal analisou e não concedeu a cautelar pleiteada pela empresa tabagista versando a questão da livre concorrência e os aspectos econômicos, pois fere os princípios do livre exercício da atividade econômica e o da livre concorrência, não pagando tributo a empresa tabagista estaria ganhando vantagem em cima das outra empresa indevidamente. De modo que prevalece o livre comercio, conforme preceitua da Súmula 70do Supremo Tribunal Federal.
Contudo, a livre iniciativa e a livre concorrência estão sob a égide da Constituição Federal com base no do art. 170 e incisos. (RIBEIRO,2012) necessitando ser protegida, desse modo tais princípios constitucionais e demais institutos propende, a fim de trazer bem-estar à sociedade, garantindo a almejada justiça social. 
Conforme, Art.173§4.º CF).
“Para assegurar a livre economia de mercado e a livre concorrência, cabe ao Estado Democrático de Direito reprimir o abuso de poder econômico que visa à dominação dos mercados, a eliminação da concorrência e o aumento arbitrário dos lucros”
 Diante do exposto, ao analisarmos os princípios constitucionais que representam o marco para qualquer transação ou ajustes no mercado, tendo o Estado a responsabilidade de fiscalizar e garantir a efetivação com a tributação e uma regulação econômica, de modo que não interfiram no modelo econômico adotado, respeitando o texto constitucional.

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