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RESUMO – Fatos Jurídicos
Fato jurídico em sentido amplo é todo acontecimento da vida que o ordenamento jurídico considera relevante no campo do direito.
- Espécies: Fatos naturais ou fatos jurídicos stricto sensu (manifestação da natureza) e Fatos Humanos ou atos jurídicos lato sensu (manifestação da ação humana). 
Fatos Naturais ou fatos jurídicos em sentido estrito	dividem-se em:
Ordinários (nascimento e morte, a maioridade, o decurso do tempo etc.)
Extraordinários (força maior – terremoto, raio, tempestade etc.)
Fatos Humanos ou atos jurídicos em sentido amplo (ações humanas que criam, modificam, transferem ou extinguem direitos) dividem-se em:
Lícitos: são atos humanos a que a lei defere os efeitos almejados pelo agente. Praticados em conformidade com o ordenamento jurídico, produzem efeitos jurídicos voluntários, queridos pelo agente.
Ilícitos: por serem praticados em desacordo com o prescrito no ordenamento jurídico, embora repercutam na esfera do direito, produzem efeitos jurídicos involuntários, mas impostos por esse ordenamento. Em vez de direitos, criam deveres, obrigações.
b.1) Ato jurídico em sentido estrito ou meramente lícito (efeito da manifestação de vontade está predeterminado na lei) (atos materiais ou reais: consistem em manifestações da vontade sem destinatário e sem finalidade específica, como no caso de ocupação. Os efeitos de correntes desses atos estão predeterminados na lei; e participações: consistem em declarações para ciência ou comunicação de intenções ao destinatário, como a notificação;
b.2) negócio jurídico (vontade qualificada e sem vícios);
(Exige-se manifestação de vontade b.1 e b.2)
b.3) ato-fato jurídico (muitas vezes o efeito do ato não é buscado nem imaginado pelo agente, mas decorre de uma conduta e é sancionado por lei).
Negócio Jurídico
2.2. Finalidade Negocial: a manifestação de vontade, que abrange a aquisição, conservação, modificação ou extinção de direitos.
2.2.1 Aquisição de Direitos: ocorre quando com a sua incorporação ao patrimônio e à personalidade do titular. Subdivide-se em:
a) Originária: quando se dá sem qualquer interferência do anterior titular (ocupação de coisa sem dono)
b) Derivada: quando decorre de transferência feita por outra pessoa. Nesse caso, o direito é adquirido com todas as qualidades ou defeitos do título anterior, visto que ninguém pode transferir mais direitos do que tem. A aquisição se funda numa relação existente entre o sucessor e o sucedido (contrato de compra e venda).
		2.3 Classificação dos negócios jurídicos
			Os negócios jurídicos podem ser encarados e agrupados por classes, com diversidades de regimes legais, segundo vários critérios. Consideram-se: a) número de declarantes; b) vantagens para as partes; c) momento da produção dos efeitos; d) modo de existência; formalidades a observar; f) número de atos necessários; g) modificações que podem produzir; h) modo de obtenção de resultado.
		2.3.1. Unilaterais, bilaterais e plurilaterais
		Quanto ao número de declarantes ou de manifestações de vontade necessárias ao seu aperfeiçoamento, os negócios jurídicos classificam- se em:
Unilaterais: são os que aperfeiçoam com uma única manifestação de vontade (testamentos, codicilo, fundação, renúncia de direitos, procuração, títulos de crédito, confissão de dívida, renuncia à herança, promessa de recompensa etc.). Subdividem-se em receptícios – aqueles que a declaração de vontade tem de se tornar conhecida do destinatário para produzir efeitos como na denúncia ou resilição de um contrato – e não receptícios (aqueles em que o conhecimento por parte de outras pessoas é irrelevante, como se dá no testamento, na confissão de dívida etc.). 
Bilaterais: são os que se perfazem com duas manifestações de vontade, coincidentes sobre o objeto. Essa coincidência chama-se consentimento mútuo ou acordo de vontades. Subdividem-se em bilaterais simples – são aqueles em que somente uma das partes aufere vantagens, enquanto a outra arca com ônus, como acontece na doação e no comodato – e sinalagmáticos (são aqueles em que há reciprocidade de direitos e obrigações, estando as partes em situação de igualdade. São os que outorgam ônus e vantagens recíprocos, como na compra e venda e na locação).
Plurilaterais: são os contratos que envolvem mais de duas partes, como o contrato de sociedade com mais de dois sócios e os consórcios de bens móveis e imóveis. As deliberações nesses casos decorrem de decisões da maioria. A doutrina trata-os como figura diferenciada dos contratos e os trata como acordos, em razão de se destinarem à adoção de decisões comuns em assuntos de interesses coletivos.
2.3.2. Gratuitos e onerosos, neutros e bifrontes
	Quanto às vantagens patrimoniais que podem produzir, os negócios jurídicos classificam-se:
Gratuitos: são aqueles em que só uma das partes aufere vantagens e benefícios, como sucede na doação pura e no comodato, por exemplo. Nessa modalidade, outorgam-se vantagens a uma das partes sem exigir contraprestação da outra.
Onerosos: ambos os contratantes auferem vantagens, às quais, porém, corresponde um sacrifício ou contraprestação. São dessa espécie quando impõem ônus e ao mesmo tempo acarretam vantagens a ambas as partes, ou seja, benefícios recíprocos (compra e venda, a locação, a empreitada etc.). Subdividem-se em contratos comutativos – são os de prestações certas e determinadas, as partes podem antever as vantagens e os sacrifícios, que geralmente se equivalem, decorrentes de sua celebração, porque não envolvem nenhum risco – e aleatórios (caracterizam-se pela incerteza, para as duas partes, sobre as vantagens e sacrifícios que deles pode advir). Já se disse que o contrato de seguro é comutativo, porque o segurado o celebra para se acobertar contra qualquer risco. No entanto, para a seguradora é sempre aleatório, pois o pagamento ou não da indenização depende de um fato eventual.
Todo negócio oneroso é bilateral, porque a prestação de uma das partes envolve uma contraprestação da outra. Mas nem todo ato bilateral é oneroso. Doação é contrato e, portanto, negócio jurídico bilateral, porém gratuito.
Neutros: lhes falta atribuição patrimonial e se caracterizam pela destinação dos bens.
Bifrontes: são os contratos que podem ser onerosos ou gratuitos, segundo a vontade das partes, como o mútuo, o mandato, o depósito.
2.3.3. Inter vivos e mortis causa
	Levando-se em conta o momento da produção dos efeitos, os negócios jurídicos dizem-se:
Inter vivos: celebrado estando as partes ainda vivas, destinam-se a produzir efeitos desde logo (venda e compra, a locação, a permuta, o casamento etc).
Mortis causa: são os negócios destinados a produzir efeitos após a morte do agente (testamento, codicilo e a doação estipulada em pacto antenupcial para depois da morte do testador). O evento morte nesses casos é pressuposto necessário de sua eficácia.
2.3.4. Principais e acessórios. Negócios derivados
	Quanto ao modo de exitência, os negócios jurídicos denominam-se:
Principais: são os que tem existência própria e não dependem, pois, da existência de qualquer outro, como a compra e venda, a locação, a permuta etc.
Acessórios: são os que têm sua existência subordinada à do contrato principal, como se dá com a cláusula penal, a fiança, o penhor e a hipoteca. Em consequência seguem o destino do principal, salvo estipulação em contrário na convenção ou na lei. Desse modo, a natureza do acessório é a mesma do principal. Extinta a obrigação principal, extingue-se também a acessória.
Negócios derivados ou subcontratos são os que têm por objeto direitos estabelecidos em outro contrato, denominado básico ou principal (sublocação e subempreitada, por exemplo). Têm em comum com os acessórios o fato de que ambos são dependentes de outro. Diferem, porém, pela circunstância de o derivado participar da própria natureza do direito versado no contrato-base.
2.3.5. Solenes (formais) e não solenes (de forma livre)
Solenes ou formais: são os negócios que devem obedecer à forma prescrita em lei para aperfeiçoarem,ou seja, para que sejam válidos. É quando a forma é exigida como condição de validade do negócio (exigência de instrumento público), este é solene e a formalidade é ad solemnitatem ou ad substantiam, isto é, constitui a própria substância do ato (exigência de forma escrita). A sua não observância determina nulidade do negócio jurídico, conforme o art. 166 do CCB. Quando são exigidas apenas para a prova do ato, são consideradas ad probationem tantum.
Não solenes ou informais: são os negócios de forma livre. Basta o consentimento para a sua formação. No Direito Civil, os negócios são, em regra, não solenes e informais. Como a lei não reclama nenhuma formalidade para o seu aperfeiçoamento, podem ser celebrados por qualquer forma, inclusive a verbal (Ex: comodato e contratos de locação).
2.3.6. Simples, complexos e coligados
			Quanto ao número de atos necessários, classificam- em:
Simples: são os negócios que se constituem por ato único.
Complexos: são os que resultam da fusão de vários atos sem eficácia independente. Compõem-se de várias declarações de vontade, que se completam, emitidas pelo mesmo sujeito, ou diferentes sujeitos, para a obtenção dos efeitos pretendidos na sua unidade (EX: alienação de um imóvel em prestações, que se inicia pela celebração de um compromisso de compra e venda, mas se completa com a outorga da escritura definitiva; e, ainda, o negócio que exige a declaração de vontade do autor e a de quem deve autorizá-la). a) Complexidade objetiva – dá-se quando as várias declarações de vontade, que se completam, são emitidas pelo mesmo sujeito tendo em vista o mesmo objeto. É essencial nessa forma de complexidade, a identidade tanto do sujeito como do objeto do negócio; b) Complexidade subjetiva – se caracteriza pela pluralidade de declarações de diferentes sujeitos, devendo convergir para o mesmo objeto, ou seja, ter uma única causa, mas podendo ser emitidas contemporânea ou sucessivamente. O negócio jurídico complexo é único e não se confunde com o coligado.
Coligados: é a conexão mediante vínculo que uma o conteúdo dos dois contratos. É necessário que os vários negócios se destinem à obtenção de um mesmo objetivo.
2.3.7. Dispositivos e obrigacionais
Tendo em conta as modificações que podem produzir, distinguem-se em:
Dispositivos: que são os utilizados pelo titular para alienar, modificar ou extinguir direitos. Com efeito, pode o titular de um direito de natureza patrimonial dispor, se para tanto tiver capacidade, de seus direitos. Algumas vezes o indivíduo não tem poder de disposição, mas apenas de administração do bem objeto do direito disponível. 
Obrigacionais: são os que, por meio de manifestações de vontade, geram obrigações para uma ou ambas as partes, possibilitando a uma delas exigir da outra o cumprimento de determinada prestação, como sucede nos contratos em geral. Frequentemente o negócio dispositivo completa o obrigacional (a alienação de uma propriedade, de natureza dispositiva, que se consuma com o registro do título ou da tradição, é precedida do contrato de compra e venda, de natureza obrigacional, pelo qual o adquirente se obriga a pagar o preço e o alienante a entregar a coisa objeto do negócio.
2.3.8. Negócio fiduciário e negócio simulado
	Quanto ao modo de obtenção do resultado, pode ser:
Fiduciário: é aquele em que alguém, o fiduciante, “transmite um direito a outrem, o fiduciário, que se obriga a devolver esse direito ao patrimônio de transferente ou destiná-lo a outro fim. ” No negócio fiduciário, o meio excede o fim. Visam as partes um fim prático, realizando um negócio cujos efeitos ultrapassam os objetivos do que foi celebrado. Têm ambas as partes consciência de que o referido negócio não é o apropriado e que seus efeitos excedem aos fins por elas pretendidos.
Simulado: é o que tem aparência contraria à realidade. Embora nesse ponto haja semelhança com o negócio fiduciário, as declarações de vontade são falsas. As partes aparentam conferir direitos a pessoas diversas daquelas a quem realmente os conferem. Ou fazem declarações não verdadeiras, para fraudar a lei ou o Fisco. Sendo assim, esse negócio não é valido.
2.3.9. Classificação quanto às condições pessoais dos negociantes
Impessoais: são os negócios jurídicos que independem da condição pessoal dos envolvidos. Se uma das partes não cumprir a obrigação assumida, outra pessoa poderá cumpri-la. Essa situação é comum em diversos contratos: na compra e venda, por exemplo, havendo a morte de um dos contratantes, seus herdeiros são obrigados a cumprir o contrato.
Pessoais: também conhecidos como personalíssimos ou intitu personare, são os negócios jurídicos que dependem de condição pessoal dos negociantes, havendo obrigação infungível (insubstituível). Em caso de morte, os herdeiros não são obrigados a cumprir o contrato (EX: contrato de prestação de serviço e contrato de fiança).
2.3.10. Classificação quanto à causa determinante
Causais ou materiais: são os negócios jurídicos em que o motivo consta expressamente do seu conteúdo. EX: termo de separação ou divórcio.
Abstratos ou formais: são aqueles em que a razão não está inserida no conteúdo. EX: termo de transmissão da propriedade; simples emissão de título de crédito etc.
2.3.11. Classificação quanto ao momento da eficácia
Consensuais: são os negócios jurídicos que se consideram formados a partir do momento em que há acordo de vontades. EX: compra e venda pura.
Reais: são os negócios que somente se aperfeiçoam após a entrega do objeto. EX: contratos de comodatos, contrato de depósito e contrato estimatório.
2.3.12. Classificação quanto à extensão dos efeitos
Constitutivos: são os negócios jurídicos que geram efeitos ex nunc (não retroativos/ “do momento em diante”), a partir de sua celebração para o futuro. Em geral os contratos têm eficácia constitutiva.
Declarativos: são aqueles que produzem efeitos ex tunc (retroativos/ do momento para trás ou em diante), a partir do momento em que ocorreu o fato que constitui seu objeto. EX: a partilha de bens na sucessão de uma pessoa, que retroage ao momento da morte.
2.5. Interpretação do negócio jurídico

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