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Execução civil

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EXECUÇÃO CIVIL
 TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO
O processo de conhecimento transforma o fato em direito. A execução transforma o direito em fato.
Princípios da realidade ou responsabilidade patrimonial: Toda execução é real, respondendo apenas os bens do devedor, e não a sua pessoa, se tratando de direito real e não pessoal. 
Exceção: Execução de alimentos, devido ao direito ferido nos alimentos ser demasiadamente importante (Artigo 789 CPC).
Princípio do resultado ou satisfatividade ou primazia da tutela específica: Devedor deve arcar com todas as despesas que decorram do processo de execução, como dívida, juros, correção monetária, honorários advocatícios, custas processuais. Só após o devedor arcar com todas essas despesas que a obrigação será satisfeita. 
OBS: Quando se tratar em obrigação de fazer, o credor tem o direito de exigir tal obrigação. Somente se o credor desejar, que poderá ser substituída tal obrigação por ressarcimento em direito. Caso o devedor se recuse a cumprir tal obrigação, esta recusa poderá ser convertida em perdas e danos. 
Princípio da utilidade: A execução deve ser útil ao credor, atingindo o resultado buscado. Não podendo a execução servir como meio de castigo. 
Princípio da disponibilidade: O credor pode dispor do seu direito da execução independente da autorização do devedor, devido a existir uma obrigação já reconhecida em título executivo, diferente do processo de conhecimento, que precisa de autorização do réu para desistir depois da citação devido a não existir obrigação reconhecida. 
Regra - Artigo 775 NCPC: O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva.
Exceção - Parágrafo Único: Na desistência da execução observar-se-á:
I – Serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios. 
II – Nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do embargante. 
Ou seja, se o embargado ou impugnante estiver alegando matéria de mérito, deverá este concordar da desistência. 
Princípio da especificidade: A execução deve propociar ao credor aquelo que ele obteria se a execução fosse obtida voluntariamente. É permitida a conversão em prestação em direito quando for impossível a prestação da obrigação devida. 
A lei permite ao juiz adotar medidas que façam o juiz atingir o resultado desejado da execução.
Princípio da adequação: Precisa-se usar meios adequados para atingir os fins desejados. 
Ex1: O meio adequado para coagir o devedor de alimentos é a prisão civil. Entretanto em uma execução normal, não é meio adequado a prisão civil, devido a verba patrimonial não gozar do status da verba alimentar, sendo meio adequado invadir o patrimônio do devedor. 
Ex2: Na execução contra a fazenda pública, há o impedimento da penhora dos bens da fazenda pública. 
Princípio do ônus da execução: O devedor que está em mora com o credor deve suportar todos os ônus da execução.
Artigo 831 NCPC: A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, das custas e dos honorários advocatícios.
Princípio da menor onerosidade: Se tiver um bem que possa ser penhorado que seja menos oneroso para o devedor e que possa satisfazer a execução do credor, deverá este indicar estes meios. Os meios indicados devem ser igualmente eficazes, se for meio menos eficaz ao credor, será inviável a substituição. Assim, eu garanto o interesse do credor e garanto menor onerosidade ao devedor.
Artigo 805 NCPC: Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz ordenará que seja feita pelo meio menos gravoso ao executado.
Parágrafo único: Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa, incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos já determinados.
Princípio do contraditório: Compreende o direito de ser ouvido, de acompanhar os atos processuais, o direito produzir provas, participar de sua produção e manifestar-se sobre a prova produzida, o direito de ser informado regularmente dos atos praticados no processo, o direito de motivação das decisões e o direito de impugnar as decisões.
É plenamente aplicável à execução, não é tão amplo quanto na fase de conhecimento, mas ainda é existente.
Princípio da boa-fé processual: Os atos, tanto do credor, devedor, juiz e outras devem ser voltados à satisfação estrita da dívida. As partes não têm o direito de criar embaraços ao procedimento executivo.
Artigo 774 NCPC - Considera-se atentatória a dignidade da justiça, a conduta comissiva ou omissiva do executado que:
I – Frauda a execução
II – Se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos
III – Dificulta ou embaraça a realização da penhora
IV – Resiste injustificadamente às ordens judiciais
V – Intimado, não indica o juiz quais são e onde estão os bens sujeitos a penhora e seus respectivos valores, nem exibe prova de sua respectiva propriedade ou certidão negativa de ônus. 
Parágrafo único: Nos casos previstos no disposto neste artigo, o juiz fixará multa a montante não superior a 20% do valor atualizado do débito em execução, o qual será revertido a em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material. 
Artigo 776 NCPC: O exequente ressarcirá ao executado os danos que este sofreu quando a sentença transitada em julgado declarar inexistente em todo ou em parte a obrigação que ensejou a execução.
Ou seja, se a dívida não existia, o credor deve ressarcir o devedor.
Principios da dignidade da pessoa humana: A execução não pode ser usada como instrumento de ruina ao devedor. Evidenciado nas regras de impenhorabilidade de bens, como o bem de família, com o intuito a garantir o mínimo da sobrevivência do devedor, ou o salário do devedor (exceto na execução de alimentos). 
Deve-se respeitar limites, que nos protegem do arbítrio do poder estatal.
TÍTULO EXECUTIVO
É uma garantia do devedor também, que só pode ser executado por meio do título executivo, assim, protegendo seu patrimônio de arbitrariedades. Quem não tem titulo executivo, não tem interesse de agir no processo de execução.
O título na verdade é o ato, e não o documento que ele representa. Representa a sentença dada em processo de conhecimento, e não o papel presente. Ex: Se o título for perdido, pode-se retomar os autos do processo para reaver tal título.
O título diz quem é o credor e o devedor, além de delimitar o objeto. Só pode executar e ser executado quem está previsto no título. 
O título não vai dispor sobre os meios executórios, saberemos qual são os meios pela própria natureza do título.
Só é título executivo o que a lei disser que o é, sendo taxativa sua nomeação.
Características do título: Certo, líquido e exigível.
Certeza: Pela simples análise do título, se pode constatar a existência da obrigação, quem é o devedor e credor, e a data do cumprimento. Presentes estes requisitos, é certo.
Liquidez: Quantum debentur. Quanto deve o devedor ao credor. A necessidade de correção monetária não torna o título ilíquido, devido a ser apenas cálculos aritméticos. 
Exigibilidade: Quando há direito e não está em condição suspensiva. 
Artigo 787 NCPC: Se o devedor não for obrigado a satisfazer sua prestação senão mediante a contraprestação do credor, este deverá provar que adimpliu ao requerer a execução, sob pena de extinção do processo.
Ou seja, se para ter direito de alguma prestação do devedor, o devedor tiver que dar uma contraprestação qualquer, nesse caso, o credor ao iniciar a execução deve demonstrar que adimpliu sua parte do contrato.
Parágrafo único – O executado poderá eximir-se da obrigação depositando em juízo a prestação ou a coisa, caso em que o juiz não permitirá que o credor o receba sem dar a contraprestação contratual.
Artigo 788 NCPC: O credor não poderá iniciar a execução ou nelaprosseguir se o devedor cumprir a obrigação, mas pdoerá recusar o recebimento da obrigação se ela não corresponder obrigação ou direito estabelecidos no título executivo, caso em que poderá requerer a execução forçada, ressalvado ao devedor o direito de embarga-la. 
Se o devedor cumpre a obrigação, o credor não poderá recusar o recebimento, mas se o devedor cumprir a obrigação de maneira diversa da devida, pode o credor rejeitá-la.
O devedor, via de regra, deve participar da formação do título, exceção da Certidão de dívida ativa. Ex: Em uma decisão judicial, você teve a oportunidade de exercer seu contraditório e ampla defesa, podendo ter participado ativamente da formação do título.
Títulos executivos judiciais - Artigo 515
I – Decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer e de entregar coisa
II – Decisão homologatória de autocomposição judicial
III – Decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza
IV – Formal e certidão de partilha exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e sucessores, a título singular ou universal
V – Crédito de auxiliar da justiça quando as custas e emolumentos dos honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial. Ex: O perito que não recebeu seus honorários poderá se utilizar da decisão que homologou a sua perícia como título executivo judicial.
VI – A sentença penal condenatória transitada em julgado
VII – A sentença arbitral
VIII – A sentença estrangeira homologada pelo STJ
IX – Decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur, a carta rogatória pelo STJ
Títulos executivos extrajudiciais – Artigo 784
I – Letra de cambio, nota promissória, duplicata, debenture e cheque
II – A escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor
III – O documento particular assinado pelo devedor e duas testemunhas
IV – Instrumento de transação referendado pelo MP, DP, advocacia pública, advogados dos transatores ou por mediador ou conciliador credenciado pelo tribunal
V – Contrato garantido por hipoteca, penhor ou anticrese ou outro direito real e garantia e aquele garantido por caução
VI – O contrato de seguro de vida em caso de morte
VII – O crédito decorrente de foro e laudêmio
VIII – o credito documentalmente comprovado decorrente de alugueis de imóvel bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínios
IX – A certidão de dívida ativa da união estados DF e municípios, e créditos inscritos na forma da lei
X – O crédito referente as contribuições ordinárias e extraordinários previstas em condomínios edilícios prevista na respectiva convenção ou aprovadas na assembleia geral ou devidamente comprovada
XI – A certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos ou demais despesas devidas por atos por ela praticados fixados nas tabelas estabelecidas em lei.
XII – Todos os demais títulos aos quais por disposição expressa a lei atribuir força executiva
LEGITIMIDADE DAS PARTES
Legitimidade ativa
Artigo 778 NCPC: Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título executivo.
P¹ - Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir em sucessão ao exequente originário.
I – MP (legitimidade extraordinária)
Ex¹: Art. 16 da lei 4.717/65: Se decorrido 60 dias da publicação da sentença condenatória sem que seja promovida a execução em ação popular, o MP pode promover a execução dessa AP no prazo de 30 dias.
Ex²: Art. 100 do CDC: MP é legitimo para execução de sentença de processo coletivo que teve como autor, alguns dos legitimados do artigo 82 do cdc, quando no prazo de 1 ano não tenha havido habilitação de interessados compatível com a gravidade do dano.
Ex³: Art. 97 do CDC: Possibilidade de defesa do MP de exexutar sentença proferida em ação civil pública.
Ex: Art. 15 da lei 7347/85: MP é legitimo em sentença de ação civil pública. 
II – Espólio, herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que com a morte deste lhe for transmitido o direito resultante do título executivo. (Legitimidade ativa derivada)
III – O cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido por ato entre vivos (legitimidade ativa derivada).
OBS: O credor cedeu o direito para uma terceira pessoa. 
IV – Sub-rogado nos casos de sub-rogação legal ou convencional. (legitimidade derivada)
Ocorre quando o credor assume a dívida do credor e tem direito de cobrá-la do devedor.
Ex¹: O fiador da dívida, que quita e sub-roga-se no direito de credor.
Ex²: O sócio que paga a dívida da sociedade
P² - A sucessão prevista no P¹ independe de consentimento do executado
A legislação especial ainda prevê outros casos de legitimidade ativa.
Legitimidade passiva
Artigo 779 NCPC: A execução pode ser promovida contra:
I – O devedor reconhecido como tal no título executivo (legitimidade passiva originária)
II – Espólio, herdeiro ou sucessor do devedor (legitimidade passiva derivada)
Os sucessores só respondem pelo limite de seu quinhão. Há possibilidade também de sucessão empresarial.
III – Novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, obrigação resultante do título executivo.
A pessoa só pode assumir a dívida de outra com o consentimento do credor. A assunção de dívida é condicionada ao aceite do devedor.
IV – O fiador do debito resultante do título executivo extrajudicial
STJ - A fiança prestada sem a autorização de um dos cônjuges implica a ineficácia total da garantia, caso seja casado no regime total ou parcial.
V – Responsável titular do bem, vinculado por garantia real ao pagamento do débito (legitimidade passiva derivada)
Pode ser hipoteca, penhor ou anticrese.
VI – Responsável tributário (entre o 128 e o 138 do CTN)
Artigo 780 NCPC: O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que, para todas, seja competente o mesmo juízo e idêntico procedimento.
COMPETÊNCIA
Em título judicial – Cumprimento da sentença.
Artigo 516 NCPC: O cumprimento de sentença efetuar-se-á perante:
I – Os tribunais em competência originária
II – Juízo que decidiu a causa em primeira instância
III – É competente o juízo civil, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira e de acordão do tribunal marítimo
P único: Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicilio do executado, no juízo que se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
A intenção aqui é facilitar a execução para o credor, que pode alterar o juízo da execução para facilitar de receber.
Artigo 109, X CF – Para cumprir a execução de sentença estrangeira, deve-se propor ação na justiça federal.
Em título extrajudicial – Execução
Artigo 781 NCPC: A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo competente, observando-se o seguinte:
I – A execução poderá ser proposta no foro de domicilio do executado, de eleição constante do título ou ainda, de situação dos bens a ela sujeitos. 
II – Tendo mais de um domicilio, poderá ser demandado no foro de qualquer um deles
III – Sendo incerto ou desconhecido o domicilio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no lugar de foro de domicilio do exequente
IV - Havendo mais de um devedor com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, a escolha do exequente
V – A execução poderá ser proposta no foro do lugar que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL NA EXECUÇÃO
Toda execução é real, não podendo recair sobre a pessoa do devedor, a exceção da dívida de alimentos.
O devedor não pode restringir o atingimento do seu patrimônioEssa é a responsabilidade executiva primária
Artigo 789 NCPC: O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento das suas obrigações, salvo exceções estabelecidas por lei
Ex¹: Como é o caso dos bens impenhoráveis.
Ex²: Somente responderão pelas dívidas da EIRELI os bens que o constituidor integralizou o capital dessa EIRELI.
Responsabilidade executiva secundária
Artigo 790 NCPC: São sujeitos a execução os bens: 
I – Do sucessor a título singular, tratando-se de execução a título real ou obrigação reipersecutória (aquela que posso perseguir a coisa onde quer que ela esteja)
Esse inciso fala de obrigação de entregar a coisa.
II – São sujeitos a execução os bens do sócio, na forma da lei. 
Ex¹: Na sociedade em nome coletivo, permite-se que o patrimônio do sócio pessoa física responda pelas dividas da pessoa jurídica.
É quando a lei define o patrimônio do sócio responsável solidário
III – Os bens do devedor, ainda que em poder de terceiros
Ex¹: Em contrato de locação, o devedor tem um imóvel locado para outra pessoa. É possível que este imóvel seja atingido pela execução. Obviamente que o inquilino será protegido como inquilino, sendo mantido na posse do bem, independente da execução.
IV – Os bens do cônjuge ou do companheiro, nos casos que seus bens próprios ou de meação respondem pela dívida.
Ex¹: via de regra são aquelas dívidas contraídas por um cônjuge em benefício da família ou com anuência do cônjuge. 
V – Os bens alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução
Os bens foram adquiridos por uma terceira pessoa de maneira fraudulenta.
VI – Bens cuja alienação ou gravação tenha sido anulada em razão do reconhecimento em ação autônoma de fraude contra credores
VII – Os bens do responsável no caso de desconsideração da personalidade jurídica.
Artigo 793 NCPC: O exequente que estiver por direito de retenção na posse de coisa pertencente ao devedor não poderá promover a execução sobre outros bens senão depois de discutida a coisa que se achar em seu poder
É mais um limite à responsabilidade patrimonial do devedor. Se o credor reteve alguma coisa em razão do cumprimento da obrigação.
Ex¹: Contrato de deposito, uma pessoa contrata outra para que esta seja seu depositário, como por exemplo uma pessoa vai viajar 1 ano e não vai levar o carro, então se faz um contrato em que o depositário fica responsável pela guarda e manutenção do bem até que esta volte. Entretanto ela não faz o pagamento do contrato de deposito para que reavenha o bem. Nasce ao depositário o direito de reter o bem até que a obrigação da parte depositante seja cumprida. O depositário propõe uma ação contra o depositante, o bem que será penhorado para pagar a dívida é o veículo. Somente será buscado outro bem do depositante se não tem valor suficiente para quitar a obrigação.
Benefício de ordem do credor
Artigo 794 NCPC: O fiador, quando executado, tem direito de exigir que primeiro sejam executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e desembargados, indicando-os pormenorizadamente a penhora 
P² - O fiador que pagar a dívida poderá executar o afiançado nos autos do processo
P³ - Não se aplica se o fiador tiver renunciado na fiança ao benefício de ordem
Benefício de ordem dos sócios
Artigo 795 NCPC: Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dividas da sociedade senão nos casos previstos em lei
P¹ - O sócio réu quando responsável pelo pagamento das dívidas da sociedade tem o direito de exigir que primeiro sejam discutidos os bens da sociedade
P² – Incumbe ao sócio que alegar o benefício do P¹ nomear quantos bens na sociedade, livres e desembargados bastem para pagar o débito
P³ - O sócio que pagar a dívida poderá executar a sociedade nos mesmos autos do processo porque ele vai se sub-rogar ao direito de credor, continuando no mesmo processo como exequente contra a sociedade, que é a executada
P4 – Para a desconsideração de personalidade jurídica é indispensável seguir o procedimento do Incidente de desconsideração da personalidade jurídica
Responsabilidade do espólio e dos herdeiros
Artigo 796 NCPC: O espólio responde pelas dividas do falecido, mas, feita a partida, cada herdeiro responderá, dentro da herança, pela parte que lhe coube.
FRAUDES NA EXECUÇÃO
Fraude contra credores: É uma disposição livre de bens com o objetivo de prejudicar credores provocando a insolvência do devedor.
A pessoa tem patrimônio suficiente para quitar a dívida, é solvente. Entretanto para não honrar essas dividas, ela se desfaz do seu patrimônio, tornando-se insolvente.
2 requisitos: 
1º - Insolvência
2º - Concílio fraudis, que é a intenção de fraudar, verificada a intenção do devedor e do adquirente do bem, é a intenção bilateral de fraudar. 
Para combater a fraude contra credores existe a ação pauliana (158 e 165 CC), em que deve-se comprovar a insolvência do devedor e a intenção do devedor e do adquirente de fraudar a dívida.
A fraude contra credores é causa de ANULAÇÃO do ato da transferência do bem.
Fraude à execução – Transfiro o patrimônio para terceira pessoa em face de execução.
Artigo 179 CP – Fraudar a execução, alienando, desviando, destruindo ou danificando bens, ou simulando dividas.
O ato de fraudar a execução frustra a atuação da própria justiça, além do credor.
Requisitos: 
1º - Deve haver uma ação em curso, e o réu deve ter conhecimento da ação, podendo ser de conhecimento ou de execução
2º - Não precisa ter a intenção de lesar credores, aqui não existe elemento subjetivo
Aqui, para combater, não se necessita de ação prova, necessitando apenas petição simples alegando fraude à execução no mesmo processo.
O terceiro adquirente é assistente litisconsorcial e tem direito a contraditório.
Aqui o juiz não anula o ato, como na fraude contra credores, mas sim torna a venda INEFICÁZ em face do exequente. 
Quando o juiz reconhece a fraude à execução, ele não retira o bem da propriedade do adquirente, apenas reconhece que você adquiriu este bem em fraude contra execução, assim, promoverá a penhora do bem, quito a dívida e devolvo ao adquirente o restante. 
Artigo 792 NCPC: Há fraude a execução quando:
I – Sobre o bem pender ação fundada em direito real (propriedade, superfície, servidões, usufruto, uso, habitação, direito do promitente comprador, penhor, hipoteca, anticrese, concessão de uso para fins de moradia, a concessão de direito real de uso e direito à laje) ou com intenção reipersecutória, desde que a pendencia do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver.
II – Tiver sido averbada no registro do bem a pendencia do processo de execução na forma do artigo 828 do NCPC (o exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz com identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhor, arresto ou indisponibilidade).
Isso serve para que o adquirente, quando for pesquisar sobre o bem, descubra que há uma execução correndo contra o devedor e que essa execução pode ser objeto de penhora. Se mesmo assim ele comprar, estaremos diante de fraude de execução.
P² – Em caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o 3º adquirente tem ônus de provar que adotou as cautelas necessárias para aquisição mediante apresentação das certidões pertinentes obtidas no domicilio do devedor ou no local onde se encontra.
Em suma, antes de comprar um bem de alguma pessoa, devo ir ao fórum verificar se, contra a pessoa que estou comprando o bem não há nenhuma ação judicial correndo, porque só assim conseguirei provas a minha boa-fé. 
III – Tiver sido averbado no registro do bem hipoteca judiciaria ou outro ato de constrição judicial originaria do processo onde tiver sido arguida a fraude.
Hipoteca judiciária – Por meio da hipoteca judiciária é gravado imóvel ou outro dos dispostos no 810 CC de propriedade da parte condenada ao pagamento de dinheiro ou entrega de coisa, estabelecendo em prol do juízo e do vencedor uminstrumento que permite tornar eficaz a sentença. Funciona como registro da sentença.
O credor consegue deixar público no registro do bem a possibilidade de ser objeto de execução no futuro, em curso de processo. 
Se mesmo assim a parte alienou o imóvel, ocorre fraude à execução.
IV – Ao tempo da alienação ou oneração tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência. 
V - Nos demais casos expressos em lei
Ex: 856, P³; 828, P4º, 840 lei de registros públicos e 185 CTN.
Quais negócios jurídicos passíveis de fraude contra credores?
Venda, doação e oneração de bens (hipoteca, penhor, promessa retratável de venda, alienação fiduciária).
Como o beneficiário dessa oneração pode se defender no processo?
Como 3º do processo, não pode se beneficiar dos embargos de execução, mas sim os embargos de terceiro. 
P4 – Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o 3º adquirente que, se quiser poderá opor embargos de terceiros no prazo de 15 dias.
P³ - Nos casos de desconsideração da personalidade jurídica a fraude à execução verifica-se após a citação.
Só existe fraude à execução após a citação.
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
Artigo 324 NCPC: Todo pedido deve ser certo e determinado
Certeza: Deve-se saber o que quer.
Determinado: Quanto quer.
P¹: É lícito formular pedido genérico:
I – Ações universais que o autor não puder individualizar os bens demandados
II – Não for possível determinar desde logo as consequências do ato ou fato
III – Por determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu
Artigo 491 NCPC: Na ação relativa a obrigação de pagar quantia certa, ainda que seja formulado pedido genérico, a decisão definirá desde logo a extensão da obrigação, a correção monetária, os juros, o termo inicial e a periodicidade dos juros, se for o caso, salvo quando:
I – Não for possível de modo definitivo o montante devido
II - A apuração do montante devido depender da produção de prova de realização demorada ou excessivamente dispendiosa assim reconhecida na sentença.
Só há liquidação de TITULO JUDICIAL. 
O procedimento de liquidação tem por tornar a sentença liquida, pois o credor não sabe quando deve receber.
Artigo 509 NCPC: 
P²: Não cabe liquidação de sentença sempre que puder definir o valor devido por simples cálculos aritméticos.
Artigo 509 NCPC: 
PAROU 10 MIN

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