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Petição Joana

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EXCELENTÍSSIMO. SENHOR. DOUTOR. JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITABUNA/ BAHIA
JOANA, brasileira, solteira, técnica em contabilidade, portadora carteira de identidade n° ____ expedida pelo ____ inscrita no CPF sob o n° _____ residente e domiciliada na rua ______ representada pelo seu advogado, OAB n°____ com endereço profissional _______ devidamente qualificado em procuração acostada aos autos, vem a presença de Vossa Excelência PROPOR AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURIDICO EM FACE de JOAQUIM, brasileiro, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade sob o n° ____expedida pelo____ inscrito no CPF n° _____ residente e domiciliado ______ 
DA AUDIÊNCIA:
A autora declara interesse na realização da audiência conforme disposto no artigo 334 do Novo código de Processo Civil
DOS FATOS
No dia 20 de dezembro de 2016, Joana, por motivo de extrema necessidade, pois o seu filho Marcos, encontrava-se preso de forma ilegal e encaminhado equivocadamente ao presídio, e por essa razão precisava levantar certa quantia para arcar com as custas advocacias do advogado para atuar no caso, valor esse que lhe cobrara R$ 20.000,00 ( Vinte Mil Reais) pelos honorários. desempregada e tomada pela situação que envolvia seu filho Marcos, chegando em sua residência, Joana comenta com seu vizinho, Joaquim, este se aproveitando da necessidade e desespero da mesma e sem nenhuma boa –Fe. Sabendo que o carro na qual Joana estava vendendo estava avaliado em R$ 50,000,00 ( Cinquenta mil reais) usando de má para enriquecimento sem causa, oferece a Joana o valor de R$ 20.000,00 ( Vinte mil Reais). Sendo assim Joana celebra o negócio jurídico, no dia seguinte é informada que a avó paterna de seu filho já havia contratado um advogado que já havia conseguido a liberdade através de um Habeas Corpus. Diante destes novos fatos, Joana pede a Joaquim que desfaça o negocio jurídico, tendo em vista que a venda do carro não era necessária, sendo que Joaquim não quis desfazer
DOS FUNDAMENTOS
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.É notório o aproveitamento de tal situação por parte do réu, evidenciando-se o que alguns doutrinadores chamam de dolo de aproveitamento, haja vista a diferença exorbitante do valor pago frente ao valor venal do automóvel.Não obstante a gravidade da situação do risco enfrentado pelo filho do autor,fez com que a mesma se sentisse coagido a vender o seu único carro por valor inferior. Por fim, a obrigação assumida foi excessivamente onerada.Conforme o narrado, há flagrante a lesão, segundo a inteligência do art. 157 do Código Civil Brasileiro:Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.Mediante ao exposto evidenciando-se a lesão ao negócio jurídico realizado entre autor em face da ré, deve ser anulado com base no art. 171, II, e o art. 178, Ie II, ambos do Código Civil Brasileiro:Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:(...)II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
DO PEDIDO
 
Requer a Vossa excelência:
A designação de audiência nos termos do artigo 334 do Novo Código de Processo Civil
 A citação da parte ré, para integrar a presente demanda
Seja julgado procedente o pedido de anulação de negócio jurídico celebrado
DO REQUERIMENTO
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do artigo 369 do CPC, em especial prova documental.
 Valor da Causa:
R$ 20.000, 00 em razão de Joana.
 JURISPRUDÊNCIA
Ementa
COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA. IMÓVEL OCUPADO POR TERCEIRO E COM DÉBITOS FISCAIS. OMISSÃO DOLOSA DO PROMITENTE VENDEDOR QUANTO A ESSES ASPECTOS. ART. 147, DO CC/02. ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO POR DOLO SUBSTANCIAL (ART. 145, DO CC/02). INDENIZAÇÃO. DIREITO.
I- Ação de anulação do negócio jurídico, cumulada com o ressarcimento da quantia paga. Compromisso de Compra e Venda de um terreno em Angra dos Reis, ocupado por terceiro e com débitos fiscais.
II- Acervo probatório que corrobora a tese autoral, no sentido de que houve silêncio sobre tais informações no momento da contratação. Silêncio intencional de uma das partes quanto a aspecto relevante do contrato, que configura dolo, na forma do art. 145, do Código Civil.
III- Desprezo ao princípio da boa fé e silêncio sobre circunstância que a natureza do negócio exigia fosse conhecida, que impõe a anulação do contrato e a restituição do valor comprovadamente pago.
IV- Danos morais caracterizados. Conduta que afronta a legítima expectativa criada no promitente comprador. VIndenização fixada em obediência ao critério do lógico-razoável, não merecendo modificação. VIRecurso a que nega seguimento, nos moldes do art. 557, caput, do C.P.C.
	
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