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DIREITO ADMINISTRATIVO 1 RESUMO: PARTE 1 (ATENÇÃO: Este material destina-se ao acompanhamento em sala de aula, para melhor compreensão é necessária a utilização do texto constitucional e legislação em vigor, além da doutrina indicada e a jurisprudência) (planos de aula 1 ao 6 e 12) Direito Administrativo: Conceito: é o ramo do direito público, que estuda os princípios e normas reguladoras das atividades e funções desenvolvidas pelas pessoas, órgãos e agentes do Estado. O Direito Administrativo é recente (final do século XIX) e não foi codificado, vigorando, assim, leis específicas e legislação esparsa. A falta de codificação não induz à ausência de autonomia. Na França, as causas de interesse da Administração públicas não são julgadas pelo Poder Judiciário, mas por órgãos administrativos. No Brasil, o contencioso administrativo, não impede que a discussão seja levada aos Tribunais do Poder Judiciário, já que todas as causas são decididas pelo Poder Judiciário, pois utilizamos a jurisdição una ou única. (art. 5º, incisos XXXV da CF/88 - princípio do livre acesso ao judiciário) Ex.: Servidor demitido pela Administração Pública após o Processo Administrativo Disciplinar (P.A.D.), não estará impedido de, buscando o Poder Judiciário, se for o caso, ser "reintegrado" ao serviço público. Administração Pública: art. 37 caput da CF Lei 9784/99 Art. 1o .... .... § 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta; II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. RESUMO DE PRINCÍPIOS Princípios Constitucionais da Administração Pública: PRINCÍPIOS BÁSICOS: Princípio da Legalidade e da Submissão da Administração Pública ao Direito Princípio da Impessoalidade Princípio da Moralidade e Probidade administrativa Princípio da Publicidade Princípio da Eficiência PRINCÍPIOS RECONHECIDOS: Princípios da Supremacia do Interesse Público Princípios da Tutela e da Autotutela; Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos; Princípio da Razoabilidade; PrincípiodaProporcionalidade/Razoabilidade; Princípio da Finalidade; Princípio da Motivação. ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA: 1. DIRETA: - PESSOAS POLÍTICAS: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. - Ver art. 18 da CF/88 2. INDIRETA: - Autarquias - Fundações -Empresas Públicas - Sociedades de economia Mista - Ver art. 37, Incisos XIX e XX da CF/88 ENTIDADE ---> CARACTER.� AUTARQUIA FUNDAÇÃO PÚBLICA EMPRESA PÚBLICA SOCIEDADE ECON. MISTA ÁREA ADMINISTRATIVA DIR. SOCIAIS ATIVIDADE ECONÔMICA OU SERV. PÚBLICO ATIVIDADE ECONÔMICA OU SERV. PÚBLICO EXEMPLO BANCO CENTRAL IBGE BNDES PETROBRAS PESSOA JURÍDICA DIREITO PUBLICO DIREITO PÚBLICO OU PRIVADO DIREITO PRIVADO DIREITO PRIVADO CAPITAL PÚBLICO PÚBLICO PÚBLICO MAJORITÁRIO PÚBLICO CONCURSO PÚBLICO SIM SIM SIM SIM REG.JURÍDICO (REGRA) ESTATUTO ESTATUTO CONTRATUAL CONTRATUAL CRIAÇÃO LEI ESPECÍFICA AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA PRIVILÉGIOS DAS ENTIDADES AUTÁRQUICAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS: 1. IMPENHORABILIDADE 2. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA 3. PRERROGATIVA DE FORO 4. EXECUÇÃO POR PRECATÓRIO JUDICIAL *Atenção: * Segundo a jurisprudência alguns destes privilégios podem ser estendidos às Empresas estatais, desde que, desempenhem serviços públicos. * Empresas Estatais: São as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista. * As Sociedades de Economia Mista e as Empresas públicas, desempenham atividade econômica. Os seus presidentes ou dirigentes não podem ser submetidos ao processo de escolha pelo Poder Legislativo. Administração Direta e Indireta Desconcentração e Descentralização Função Administrativa Responsabilidade Civil do Estado (Responsabilidade Civil da Administração Pública) REF. LEGAIS BÁSICAS: ART. 18 CF ART.37, caput, XIX e XX CF ART. 37, § 6º CF ART. 927 ao 954; art. 186 e 187 do CC “Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.” (CÓDIGO CIVIL) TÍTULO III Dos Atos Ilícitos Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. ( C.C.) A Responsabilidade Civil (direito privado) também pode ser denominada como responsabilidade não contratual (extracontratual) Regra Geral: Ato lesivo produzido por dolo ou culpa, ação ou omissão; Existência de dano moral ou patrimonial Nexo subjetivo de causa (ligação do dano a conduta do agente causador do dano) Atenção: Não há responsabilização por aquilo que não se deu causa.( teoria da causalidade direta e imediata) A Responsabilidade Civil (direito público) é a responsabilidade civil que a Administração Publica tem para indenizar os danos que seus agentes, ou quem agindo nesta qualidade, causarem a terceiros (art. 37,§ 6º da CF). Alcança os danos patrimoniais e morais. EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Teoria da irresponsabilidade civil do Estado: É, sem dúvida, o primeiro estágio, tem início no Estado Absolutista, a ideia central é de que o Rei não lesa o súdito. “The King can not wrong”. Esta teoria já está ultrapassada e não encontra mais respaldo no nosso universo jurídico. Teoria da Responsabilidade com culpa: Equipara o Estado ao indivíduo, entendendo que o Estado deve reparar os danos causados ao indivíduo da mesma maneira que o indivíduo deve indenizar o Estado que lhe causa danos. (teoria subjetiva) Teoria da culpa administrativa: (culpa anônima) Representa a transição entre a teoria da responsabilidade subjetiva e a teoria da responsabilidade objetiva. Evidencia-se a culpa administrativa pela falta do serviço. O que pode decorrer do retardamento, ineficácia ou ineficiência do serviço. Não decorre da existência de culpa subjetiva do agente público, mas sim da falta do serviço. Sendo assim, o prejudicado deverá provar a que a falta do serviço lhe causou danos. Teoria do Risco Administrativo: (culpa presumida) Neste caso o que importa é a existência do dano. Podemos compreender que dois fatores são necessários: o serviço e nexo direto de causalidade entre o fato ocorrido e o dano. - Nesta Teoria é dispensada a prova de culpa da Administração Pública. Entretanto a responsabilidade civil poderá ser atenuada (compartilhada) ou até mesmo excluída. Ex. Um acidente automobilístico envolvendo viatura oficial do Estado e o carro de um particular, isto não significa que a Administração Pública estará imediatamente obrigada a reparar o dano, apesar de existir relação entre o fato e dano. Caso a Administração Pública (cabe a ela) prove que o particular deu causa ou contribuiu para o acidente, a responsabilidade civil do Estado poderá ser compartilhada, ou, até mesmo, excluída, conforme o caso. Atenção: Segundo a doutrina o nosso sistema jurídico não adotou a Teoria do Risco Integral, segundo a qual a relação do fato com dano causado eram suficientes para a responsabilidade civil do Estado. Para alguns autores esta teoria é incompatível com o Estado Contemporâneo por ser injusta e inadmissível. FUNDAMENTO DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO: igualdade - Se todos se beneficiam das atividades do Estado. Então todos podem ser responsabilizados (através do Estado) - A existência da desigualdade jurídicaentre o particular e o Estado, justifica a inversão do ônus da culpa. CONSTITUIÇÃO FEDERAL – ART. 37, § 6º (Teoria do Risco Administrativo) - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Pessoas Jurídicas de Direito Público: Entidades da administração pública direta; autarquias e fundações públicas. Pessoas Jurídicas de Direito Privado prestadoras de serviços públicos: empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas de direito privado, concessionárias, permissionárias e entidades autorizadas de serviços públicos. Atenção: Não estão inclusas as entidades que prestam serviços de natureza econômica, ainda que integrantes da administração pública indireta. Estas responderão na forma da lei civil (teoria subjetiva). Agente que causou o dano: A expressão agente não é exclusiva para os servidores público, devendo ser interpretada no sentido amplo, alcançando inclusive os empregados de instituições de direito privado que prestem serciços públicos, integrantes os não da administração pública. TEORIA DO ÓRGÃO – TEORIA DO MANDATO E TEORIA DA REPRESENTAÇÃO: 1. Teoria do Órgão: É a teoria aceita no direito brasileiro. Os órgãos públicos exercem, através de seus agentes as funções públicas e portanto acarretam responsabilidades para as pessoas jurídicas que representam. (teoria da imputação) Órgãos Públicos: São centros de competências, desprovidos de personalidade jurídica e criados para o desenvolvimento das funções públicas. O Estado age por meio de agentes públicos que estão vinculados aos órgãos públicos que pertencem às pessoas jurídicas que integram a Administração Pública. 2. Teoria do Mandato: A relação formal entre o Estado e o Agente público se dá através de Mandato, cujo instrumento é a procuração. Problemas sobre a Teoria do Mandato: A) Impossibilidade lógica do Estado, que não possui vontade própria, outorgar o Mandato. B) Impossibilidade responsabilizar o Estado, quando o mandatário atuasse além dos poderes do mandato. 3. Teoria da Representação: A ideia é de que o Agente Público representa o Estado, eis que, o Estado seria equiparado aos incapazes. Sendo assim, o Agente Público seria o tutor do Estado. Problemas sobre a Teoria da Representação: A) considerar pessoa jurídica como incapaz. B) impossibilidade de responsabilizar o Estado pelos atos do Agente Público, haja visto que, o Agente Público é o tutor do Estado, que é incapaz. Atenção: O Direito brasileiro adotou a Teoria do Órgão. * Capacidade processual, excepcionalmente, assegurada aos órgãos de status constitucional (órgãos independentes e autônomos) BIBLIOGRAFIA: 1. Meirelles, Hely L. – Curso de Direito Administrativo – Ed. Malheiros. 2. Knoplock, Gustavo M. – Manual de Direito Administrativo – Ed. Campus 3. Di Pietro , Maria S.Z.– Direito Administrativo – Ed. Atlas. 4. Mello, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 22. Ed.Malheiros, 2007. INTERNET: 1. www.stf.jus.br 2. www.planalto.gov.br �PAGE \* MERGEFORMAT�2�
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