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Direito tributário

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Direito tributário
3 coisas que quebram uma empresa: má administração/ tributos/ direitos trabalhistas
Direitos tributários: É o ramo do direito publico, tendo natureza obrigacional, pois se refere as relações de credito e debito que nasce entre os sujeitos da relação jurídica. Os sujeitos são: ativo(união, estados, municípios e DF) e passivo(toda pessoa física ou jurídica)
Conceito: art 3ª CTN -> tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela possa se exprimir, que não constitua sansão de ato ilícito, instituída por meio de lei e cobrada mediante a atividade administrativa, plenamente vinculada.
5 características obrigatórias e cumulativas: 1) prestação pecuniária(em dinheiro) 2) prestação pecuniária compulsória(obrigatório) 3)prestação pecuniária compulsória instituída por meio de lei(somente a lei cria o tributo(legislativo)) 4) não é multa(multa: sansão aplicada por lei pelo não cumprimento de pagamento no dia) 5) é cobrada mediante lançamento(é um ato vinculado ao poder publico)
Só 4 entes tem capacidade de criação de tributos: união/estado/município/DF 
Limites do poder tributário: 1) principio da legalidade ou estrita legalidade: O principio da legalidade podem ser tratados como sinônimos. O principio é o fundamento de toda tributação, sem o qual não há o que se falar em direito tributário. Isso ocorre porque o tributo é um veiculo de invasão patrimonial, sendo prudente que isso ocorra segundo a vontade popular, portanto pelo poder legislativo.
2 tipos de tributos: fiscais(impostos/arrecadatorio) e extra fiscais(regulatório – importação, exportação, IOF, IPI)
2) principio da anterioridade tributaria: Alei determina que os entes tributantes não podem cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que foi criada a lei. (Tal garantia foi criada para que o contribuinte não seja pego de surpresa, ou de inopino)
3) anterioridade nonagesimal(só pode cobrar ou aumentar o tributo depois de 90 dias): com a emenda ficou proibido a cobrança de tributos antes de decorridos 90 dias da data que tenha sido publicado, respeitando inclusive a anterioridade anual.
Imposto exceção a anterioridade(não precisa esperar 2 anos): Anual -> importação, exportação, IPI, IOF,IEG, CID combustível, ICM combustível. Nonagesimal -> importação, exportação, imposto de renda, IOF, IEG.
Principio da irretroatividade tributaria: A lei deve abranger fatos geradores posteriores a sua edição, uma vez que sua eficácia é prospectiva. Com tudo existe uma exceção, não se referindo aos tributos, mas sim as multas.
Principio da vedação do confisco ou da não confiscatoriedade: proíbe o artigo a criação de qualquer tributo com caráter confiscatório. O confisco pode ser entendido como tributação excessiva exacerbada exagerada. Contudo não diria limitação objetiva com parâmetros numéricos no Brasil. 
Principio da não limitação ao trafego de bens e de pessoas: segundo o principio não é permitido limitar o livre trafego de pessoas e bens por meio de tributos interestaduais e intermunicipais, sobre a criação de pedágios.
Competência tributaria: em uma federação como é o Brasil, em que os entes tributantes tem suas esferas próprias de atribuição exercidas com autonomia, a constituição preocupa se, como prover dos recursos ausentes políticos. Em outras palavras, competência tributaria é a aptidão para criar tributos. Ela é dividida em modo que cada um tenha sua competência para impor a obrigação tributaria. As atribuições estão previstas nos artigos 153 a 156 da CF.
Competência e capacidade tributaria: a competência tributaria é indelegável, intransferível e irrenunciável, uma vez que se assim fizer estará agindo contra a CF. isso porque a competência pode ser considerada facultativa, ou seja, o ente exerce o que quiser.
Classificação: definição
1)competência privativa(imposto -> taxativo/imposto sem causa): é o poder que tem os entes federativos para instituir os impostos que são enumerados exaustivamente na CF. Neste caso a própria constituição já determinou o rol de impostos relativos a cada ente tributante. (art 153 cf – exaustiva / art 155 cf – estado)
2) competência comum(taxas ou contribuições de melhoria): A competência tributaria comum estão vinculados aos tributos, chamados vinculados, isto é as taxas e contribuições de melhorias. Para estes tributos não se estipula uma lista taxativa na CF. Assim a competência comum indica a possibilidade de qualquer ente ser sujeito ativo desde que realize os fatos geradores de taxa ou contribuições de melhoria.
3) competência residual(união): o art 154 inciso 1 do art 195 paragrafo 4 da CF, trás o poder para a uniao de instituir impostos diferentes de todos aqueles descriminados da constituição, um fato gerador novo e nova base de cálculos, devendo tais exceções serem criadas por lei complementar, respeitando assim o principio da não comulatividade.
4) competência cumulativas: art 147 da CF. É o poder que tem a união de instituir impostos estaduais e municipais caso ocorra a separação de alguma área do pais em território, assim se isso acontecer a umião pode instituir neste território imposto de natureza estadual, municipal e os federais.
5) competência extraordinária: art 154 inciso 2 CF. É o poder conferido a uniao de instituir os impostos em caso de guerra ou na iminência de ocorrer, outros impostos independentes de terem ou não fato gerador idênticos a impostos já previstos na CF., sendo irrelevante sido rol é privativo de qualquer dos poderes. É a expressa permissão neste caso de bissinidem.
Obrigação tributaria: é uma relação jurídica designando o vinculo entre o devedor e o credor da prestação tributária. No direito tributário não existe uma conceituação do que seria obrigação tributaria. A obrigação ocorre depois de ter havido a hipótese de incidência, o fato gerador do tributo ocorrendo assim a obrigação tributaria para o pólo passivo da obrigação.
Sujeito ativo: refere se ao lado do credor da relação tributaria. A pessoa jurídica pode ser titular por delegação, surgindo assim o sujeito ativo direto e indireto.
Direto: somente uniao, estados, municípios e DF.
Indireto: são os entes parafiscias, detentores de capacidade de arrecadação e fiscalização de tributos. (ex. CREA; CRM...)
Sujeito passivo: refere se pois ao pólo devedor da relação, que sofre a invasão patrimonial compulsória.(ex. pessoas físicas e jurídicas)
Objeto da obrigação tributaria: o objeto é a prestação a que deve se submeter o contribuinte. A obrigação pode ser:
Principal: surge com a ocorrência do fato gerador, e tem por objetivo o pagamento do tributo ou penalidade pecuniária e extingue se juntamente com o credito dela decorrente.
Acessória: recorre da legislação tributaria e tem por objeto as prestações, positivas e negativas, nelas previstas no interesse de arrecadação ou fiscalização do tributo. É a obrigação de fazer ou não fazer algo contido em lei, sem cunho arrecadatório. (ex: emitir nota, entregar declaração, não trafegar com mercadorias sem nota.
Responsabilidade tributaria: em principio o tributo deve ser cobrado da pessoa que pratica o fato gerador, sujeito passivo direto. Mas existem alguns casos em que o ente tributante tem a necessidade de cobrar o tributo de uma 3ª pessoa, sujeito passivo indireto. É uma expressa determinação legal de cobranças de pessoa diversa ao contribuinte, desde que tenha um vinculo indireto com a situação correspondente ao fato gerador.
Responsabilidade por substituição: é o caso em que a lei determina que o responsável(substituto) ocupe o lugar do contribuinte(substituído), desde a ocorrência do fato gerador, de tal forma, o nascimento da obrigação.(sujeito passivo).
Responsabilidade por transferência(afeto indireto como sujeito passivo): de ônus, caso em que por previsão legal expressa, a ocorrência de um fato, posterior ao surgimento da obrigação, transfere a com terceiro a condição de sujeito passivo da obrigação tributaria, lugar que ate entãoera ocupado pelo contribuinte.(ex: a morte de um ente, sendo que aquele que herdar o imóvel passa a ser responsável tributario pelo recolhimento.
Espécies de responsabilidade: 
1)Responsabilidade por substituição: é aquela pessoa que a lei ordena que substitua o contribuinte, sendo chamado de responsável por substituição ou contribuinte substituto. É a terceira pessoa escolhida, que venha a ocupar o lugar do contribuinte antes do fato gerador.(ex: empregador/empregado no recolhimento do imposto de renda; ganhador da loteria, cabendo a caixa econ. Federal reter o recolhimento.
2)Responsabilidade por transferência: na resp. por transferência a escolha ocorre após a existência do fato gerador, evento a partir do qual se desloca o ônus tributario para uma determinada pessoa escolhida por lei. Ela pode ocorrer de 3 formas:
-> dividida em 3: a)resp. solidariedade; b)resp. dos sucessores;c) resp. de terceiros.
a)solidariedade tributaria passiva: ocorre quando 1 dos devedores solidários responde pelo todo da obrigação tributaria. Essa solidariedade pode ser natural ou legal.
->solidariedade natural: entre as pessoas que tem interesse comum na situação constitua o fato gerador da obrigação principal. Ex: vários irmãos proprietários de 1 imovel.(o mais rico paga).
->solidariedade legal: ocorre sobre a determinação da lei que designa expressamente a pessoa que deve responder solidariamente sobre o produto. Ex: remessa de mercadorias vinda de outro estado para venda sem um destinatário certo.(motorista é responsável).
b)responsabilidades dos sucessores: a responsabilidade se transfere a outro devedor em virtude do desaparecimento do devedor original. Esse desaparecimento pode ser por morte do primeiro devedor ou por venda do imóvel ou estabelecimento. Transfere se assim a obrigação.(lugar do devedor)
c)responsabilidades de terceiros: os terceiros são em geral administradores dos bens de outrem. Enquanto estiverem exercendo o ônus respondem pelos bens do terceiro, no que diz respeito ao tributo.(um terceiro que administra o bem de alguém). Ex: pais respondem pelas coisas dos filhos enquanto eles não tiverem capacidade de responderem por eles.

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