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* * * * Circuitos Elétricos I Alexandre Cunha Oliveira * * * * Circuitos Elétricos I Resposta a um sinal Retardado Dado: logo: considerando então: * * * * Circuitos Elétricos I Circuito invariante no tempo Um atraso no sinal de entrada, gera um atraso equivalente no sinal de saída, sem alterar o valor original desta saída. * * * * Circuitos Elétricos I Resposta ao Impulso Seja: , então Implica que A resposta do circuito ao impulso unitário é igual a função de transferência; Corresponde a resposta natural do circuito; A aplicação de um impulso em um circuito constituído por capacitores e/ou indutores, provoca o armazenamento instantâneo de energia nesses componentes. O uso dessa energia a partir de t=0+ equivale a resposta natural do circuito * * * * Circuitos Elétricos I Função de Transferência e Integral de Convolução A integral de convolução relaciona a saída y(t) de um circuito linear invariante no tempo à entrada x(t) e a resposta do circuito ao impulso unitário onde o símbolo “*” representa a Convolução. OBS: A integral de convolução, definida acima, é comutativa; A convolução é o método formal para cálculo da transformada inversa de Laplace do produto de duas funções em S, ou seja, do produto da transformadas de Laplace. * * * * Circuitos Elétricos I Exemplos de convolução Considere o sinal de entrada x(t) e a resposta ao impulso unitário de um sistema, dada por h(t), conforme apresentados abaixo. A saída y(t), obtida a partir da convolução dos dois sinais é obtida segundo a sequência de passos indicadas a seguir. onde: x(t) = 2, para 0 ≤ t < 2, x(t)=4-t, para 0 ≤ t < 2 e x(t)=0, para t ≥ 4. * * * * Circuitos Elétricos I Exemplos de convolução Passo 1 – Rebater x(t) ou h(t) em relação ao eixo t=0 (eixo vertical). Isso representa a função x(t-τ) ou h(t- τ), respectivamente. A curva a ser rebatida será x(t); * * * * Circuitos Elétricos I Exemplos de convolução Passo 2 – Determinação do primeiro intervalo de convolução: Para as curvas apresentadas, observa-se que no intervalo de t=0 a t=2, o produto h(τ)x(t-τ) não se altera, assim esse será o primeiro intervalo 0 ≤ t < 2 Expressão: * * * * Circuitos Elétricos I Exemplos de convolução Passo 3 – Determinação do segundo intervalo de convolução: 2 ≤ t < 3 Expressão: * * * * Circuitos Elétricos I Exemplos de convolução Passo 4 – Determinação do terceiro intervalo 3 ≤ t < 4 Expressão: * * * * Circuitos Elétricos I Exemplos de convolução Passo 5 – Determinação do quarto intervalo 4 ≤ t < 5 Expressão: * * * * Circuitos Elétricos I Exemplos de convolução Passo 6 – Determinação do quinto intervalo 5 ≤ t < 7 Expressão: * * * * Circuitos Elétricos I Exemplos de convolução Passo 7 – Determinação do sexto intervalo t ≥ 7 Expressão: * * * * Circuitos Elétricos I Função Impulso * Operação de comutação circuito RC (1) (2) OBS: Chave está aberta e é fechada em t=0. * * * * Circuitos Elétricos I onde Determinando a transformada inversa de Laplace de I(s), obtemos a expressão: (3) (4) * * * * Circuitos Elétricos I representada graficamente pelas curvas abaixo, considerando dois valores distintos para R (R=R1 e R=R2, onde R2<R1) A medida que R→0, i(0) aumenta e a constante RCe diminui => i(0) aproxima-se de uma função impulso. * * * * Circuitos Elétricos I Necessário verificar se a área sob a curva de i(t) é constante quando R→0. Corresponde a verificar se a carga transferida de C1 para C2 é finita e independe de R. Calculando a integral, temos: Logo, quando R→ 0, i(t) → * * * * Circuitos Elétricos I Fazendo R=0 na equação (1), temos: Cuja transformada inversa de Laplace é dada por: O resultado acima justifica e explica a mudança da tensão, observada em ambos os capacitores na forma de um degrau, visto que sobre os mesmos é aplicado um impulso de corrente. * * * * Circuitos Elétricos I No caso do circuito formado apenas pelos capacitores, onde a carga extraída de um capacitor é transferida para o outro, podemos utilizar o princípio de conservação de cargas e assim determinar as tensões finais nos capacitores. Para o exemplo, temos Carga Inicial = C1vo; Carga final = C1vi + C2vi; Conservação de cargas => Carga inicial = Carga final => C1vo = C1vi + C2vi, logo: vi = C1vo / (C1 + C2) * * * * Circuitos Elétricos I * Operação de comutação circuito RL OBS: Chave esta fechada e é aberta em t=0. Através da análise nodal, podemos escrever a seguinte equação para o circuito acima * * * * Circuitos Elétricos I onde, substituindo os valores numéricos e expandindo em frações parciais, temos: Calculando a transformada inversa de Laplace, obtemos a expressão: onde se observa a existência de um termo de tensão impulsiva, que faz com que a corrente nos indutores altere na forma de um degrau. * * * * Circuitos Elétricos I Determinação da expressão de corrente: logo: , onde observa-se um termo degrau na expressão da corrente. As variações de corrente observadas pelos indutores são: ∆iL1 = -4A, corrente passa de 10A para 6A; ∆iL2 = 6A, corrente passa de 0A para 6A. * * * * Circuitos Elétricos I No caso estudado acima, o fluxo instantâneo λ=L∙i, não se altera, dessa forma temos que: λ(0-) = λ(0+). Assim, é possível determinar o valor da corrente nos indutores após a comutação da chave através da expressão: λL1(0-) + λL2(0-) = λL1(0+) + λL2(0+) λL1(0-) = L1∙ iL1(0-) = L1∙ vi/R1; λL2(0-) = L2∙ iL2(0-) = L2∙0 = 0; λL1(0+) = L1∙ iL1(0+); λL2(0+) = L2∙ iL2(0+); como iL1(0+) = iL2(0+) = iL(0+), temos: iL(0+) = (L1∙ vi/R1)/( L1+ L2) * * * * Circuitos Elétricos I Uma observação importante sobre a existência de impulsos de tensão em uma malha fechada é que a Lei de Kirchoff das tensões deve ser respeitada para o caso de funções impulsivas, assim, a soma dos impulsos de tensão em uma malha fechada deve ser zero. Considerando o exemplo anterior, observa-se que no indutor L2, cuja variação de corrente em t=0, foi: ∆iL2 = 6A. Sabendo que a derivada do degrau é o impulso, implica que vL2(0+) = L2∙dil2/dt = 2∙6δ(t) = 12 δ(t). Portanto na mesma malha deve haver um impulso de mesma amplitude e sinal contrário. Observando a variação de corrente em L1, ∆iL1 = -4A, e aplicando o mesmo raciocínio, temos vL1(0+) = L1∙dil1/dt = 3∙-4δ(t) = -12 δ(t). * * * * Circuitos Elétricos I A expressão de vo(t) é definida por: * * * * Circuitos Elétricos I Fontes de Impulso Considerando iL(0-) = 0, temos: Assim, entre t=0- e t=0+ a energia transferida da fonte para o circuito será: , para t>0+, , logo * * * * Circuitos Elétricos I A expressão anterior confirma o resultado obtido para i(0+), onde substituindo t=0 na expressão da corrente i(t) obtém-se uma corrente inicial igual a . Considere o circuito abaixo, onde é adicionada uma fonte impulsiva de tensão igual a 50δ(t) OBS: Chave esta fechada e é aberta em t=0. * * * * Circuitos Elétricos I Escrevendo a expressão da corrente I(s), temos: cuja transformada inversa de Laplace, i(t) é expressa por: Calculando i(0+), que será a corrente circulando em ambos os indutores, obtém-se o valor de 16A. Considerando que a corrente iL1(0-)=10A e que a corrente ∆iL2(0-)=0A, temos que: ∆iL1 = 6A, corrente passa de 10A para 16A; ∆iL2 = 16A, corrente passa de 0A para 16A. * * * * Circuitos Elétricos I No caso estudado anteriormente, o fluxo instantâneo λ=L∙i, se altera em função da fonte de tensão impulsiva, sendo que o ∆λ = λ(0-) = λ(0+) = 50 que é o valor da amplitude do impulso de tensão. Assim, é possível determinar o valor da corrente nos indutores após a comutação da chave através da expressão: λL1(0-) + λL2(0-) + 50 = λL1(0+) + λL2(0+) λL1(0-) = L1∙ iL1(0-) = L1∙ vi/R1; λL2(0-) = L2∙ iL2(0-) = L2∙0 = 0; λL1(0+) = L1∙ iL1(0+); λL2(0+) = L2∙ iL2(0+); como iL1(0+) = iL2(0+) = iL(0+), temos: iL(0+) = (L1∙ vi/R1)/( L1+ L2) OBS: A soma ou subtração do impulso de tensão na expressão de fluxo depende da polaridade da fonte impulsiva. Se observarmos o circuito no domínio S, veremos que tanto a fonte de tensão 50V (Laplace de 50δ(t)), quanto a fonte resultante da energia inicial em L1, 30V, tem polaridades que se somam. * * * * Circuitos Elétricos I Considerando o exemplo, observa-se que no indutor L2 a variação de corrente em t=0, foi: ∆iL2 = 16A. Sabendo que a derivada do degrau é o impulso, implica que vL2(0+) = L2∙dil2/dt = 2∙16δ(t) = 32 δ(t). Portanto na mesma malha deve haver um impulso de mesma amplitude e sinal contrário. Observando a variação de corrente em L1, ∆iL1 = 6A, e aplicando o mesmo raciocínio, temos vL1(0+) = L1∙dil1/dt = 3∙6δ(t) = 18 δ(t). Somando os impulsos de tensão em L1 e em L2, temos que o resultante é igual a 50δ(t), com sinal contrário ao da fonte 50δ(t), resultando em um somatório de impulsos igual a zero. A expressão da tensão vo(t) é dada por: * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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