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Gestão ambiental e sustentabilidade
Rogério Dias Chaves
Introdução
Você já ouviu falar em gestão ambiental? Entende sua importância para a sustentabilidade do 
meio ambiente? Sabe como pode contribuir para alcançarmos esta proteção? Nesta aula, aprofun-
daremos nosso conhecimento em relação à gestão ambiental e ao conceito de sustentabilidade.
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta aula, você será capaz de:
 • conhecer o que são e quais são os objetivos das políticas ambientais para uma gestão 
ambiental;
 • compreender o conceito de sustentabilidade;
 • reconhecer o papel individual e coletivo na construção de uma sociedade sustentável.
1 Políticas para a gestão ambiental
Um conceito de gestão ambiental pública amplamente utilizado no Brasil é o que foi apresen-
tado no seminário sobre a Formação do Educador para atuar no Processo de Gestão Ambiental, 
realizado em Brasília, em 1995. 
Gestão ambiental pública é um processo de mediação de interesses e conflitos entre ato-
res sociais que agem sobre os meios físico-natural e construído. Este processo de media-
ção define e redefine, continuamente, o modo como os diferentes atores sociais, através de 
suas práticas, alteram a qualidade do meio ambiente e também, como se distribuem na so-
ciedade os custos e os benefícios decorrentes da ação destes agentes (IBAMA, 1995, p. 6).
Políticas de gestão ambiental são conjuntos de iniciativas, definições e ações direcionadas 
à administração dos recursos ambientais, no intuito de garantir que eles possam suprir nossas 
necessidades sem comprometer as das futuras gerações (FLORIANO, 2007).
Entenda que tais políticas podem ser de ordem pública, quando definidas pelos governos, 
ou de ordem privada, quando fazem parte das estratégias de ação das organizações privadas. 
As políticas públicas são normalmente apresentadas sob a forma de leis, ou conjuntos de leis, e 
regulamentos que definem os limites das ações de pessoas e organizações.
Os governos se utilizam de diversos instrumentos para estimular as iniciativas consideradas 
positivas e inibir as atitudes indesejáveis. Assim, podem ser adotadas medidas como a tributa-
ção sobre a poluição ou sobre o uso de recursos naturais, incentivos fiscais ou financiamentos 
especiais, programas públicos de educação ambiental, criação de reservas ecológicas e áreas de 
proteção ambiental, restrições à pesca, à caça, ou ao extrativismo animal, vegetal e mineral.
No Brasil, a Lei 6.938/1981 rege a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) a partir do 
direcionamento recebido dos artigos 225, 129, 170, 174, entre outros, da Constituição Federal. 
O objetivo principal das políticas públicas de gestão ambiental deve ser o de orientar a solu-
ção de conflitos sociais que envolvam questões e recursos ambientais, visando alcançar o bem-
-estar social e a preservação de recursos para as próximas gerações.
SAIBA MAIS!
A Lei n. 10.257/2001, denominada Estatuto da Cidade, regulamenta os artigos 182 
e 183 da Constituição Federal e estabelece diretrizes gerais da política urbana, 
regulando o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do 
bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental. Esta lei garante, assim, 
o uso sustentável das cidades como parte das políticas de gestão ambiental.
As políticas ambientais privadas, normalmente ocorrem na forma de declarações de inten-
ções, expondo as estratégias e princípios das organizações quanto aos seus objetivos e metas 
ambientais. Em última análise, a gestão ambiental privada pode ser entendida como um processo 
administrativo, dinâmico e interativo, de recursos, fazendo parte do sistema de gestão global de 
uma organização. 
Figura 1 – Preservar o ambiente para as futuras gerações.
Fonte: ALEXEY FILATOV/Shutterstock.com
FIQUE ATENTO!
Organizações privadas utilizam as políticas de gestão ambiental para definir suas 
metas ambientais, as quais são detalhadas sob a forma de requisitos de desempe-
nho, quantificados quando possível, aplicável à organização ou a partes dela.
Perceba que as políticas públicas para gestão ambiental podem ser classificadas como urba-
nas, rurais, internacionais, nacionais, estaduais, regionais, municipais, entre outras. Em termos 
internacionais, talvez o maior destaque mundial ainda seja dado à Agenda 21 (BRASIL, 2004), que 
enumerou as principais políticas de desenvolvimento ambientais em nível internacional.
EXEMPLO
Imagine o impacto da instalação de um hotel de turismo numa região litorânea 
próxima a uma vila de pescadores. O empreendimento pode trazer ganhos econô-
micos para a localidade, mas pode também colocar em risco os recursos naturais 
renováveis e a cultura local. As exigências das políticas nacionais, estaduais e mu-
nicipais podem estabelecer limites que diminuam o impacto sobre a coletividade.
Figura 2 – Nossos recursos não são infinitos.
Fonte: Hudyma Natallia/Shutterstock.com
SAIBA MAIS!
Segundo Novais (2014), o padrão dilapidador que caracterizou nosso processo 
de colonização nos deixou hábitos culturais depredatórios que perduram até hoje. 
Essa postura faz com que muitos tenham a errônea ideia de que nossos recursos 
naturais são inesgotáveis, uma vez que possuem uma diversidade incomum. Saiba 
mais sobre o tema, acesse: <http://www.uesb.br/eventos/ebg/anais/4h.pdf>.
Em nosso país, o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA) é liderado pelo Conse-
lho de Governo, cuja atribuição é assessorar o presidente da República na elaboração das diretri-
zes ambientais governamentais e na formulação da política ambiental. Saiba que as estruturas 
ambientais brasileiras são complexas e envolvem legislação de várias esferas federativas. 
2 O conceito de sustentabilidade
Para Dovers e Handmer (1992), o conceito de sustentabilidade diz respeito à capacidade de 
um sistema humano, natural ou misto resistir ou se adaptar à mudança endógena ou exógena 
por tempo indeterminado. Os autores entendem que a relação entre sustentabilidade e desenvol-
vimento sustentável está no fato de que este último é um conjunto de ações intencionalmente 
adotadas para manter ou melhorar a sustentabilidade de nosso modo de vida. 
Trata-se de uma estratégia que permite que os ambientes sejam usados pelas gerações do pre-
sente e pelas próximas. Assim, podemos perceber que o desenvolvimento sustentável é um caminho 
para alcançarmos a sustentabilidade ambiental, que acabaria por ser o objetivo de longo prazo.
Entenda que ambiente, aqui, é tomado sob uma visão ampliada, que já não se limita à flora, 
à fauna, à biota e ao meio natural. Segundo Abdalla-Santos (2011), as discussões de impactos 
ambientais evidenciam a tendência holística de substituir o termo meio ambiente pela palavra 
ambiente, que engloba as dimensões ambiental, econômica, cultural, urbano-rural etc.
Figura 3 – O ambiente é de todos. 
Fonte: Ingrid Prats/Shutterstock.com
FIQUE ATENTO!
Tenha em mente que desenvolvimento sustentável trata de esforço concentrado 
e coordenado em todas as áreas nas quais o ser humano está inserido: campos, 
cidades, ambientes de trabalho, meios econômico e social. Se buscarmos apenas 
agir no sentido de reduzir as emissões dos gases que provocam o efeito estufa, 
por exemplo, podemos acabar prejudicando outras espécies. É preciso entender o 
planeta de forma holística.
EXEMPLO
Segundo o Portal Brasil (2015), “o rompimento da barragem do Fundão, localiza-
da na cidade histórica de Mariana (MG), foi responsável pelo lançamento de 34 
milhões de m³ de lama, resultantes da produção de minério de ferro”, no meio am-
biente. A mineradora responsável foi a Samarco, empresa controlada pela Vale do 
Rio Doce e pela britânica BHP Billiton. Desde então, o desastre ecológico vem sen-
do gerenciado com base nas políticas públicas de gestão ambiental, que incluem 
sanções. Além disso, o governo federal tem procuradoagir para reparar danos e 
recuperar o ambiente atingido.
Figura 4 – Desenvolvimento sustentável.
Fonte: beboy/Shutterstock.com
FIQUE ATENTO!
Em termos privados, política ambiental é uma declaração da organização, enquan-
to que em termos públicos a política ambiental se expressa sob a forma de leis ou 
conjuntos de leis.
Chegamos ao final desta aula, em que vimos as políticas públicas e privadas de gestão 
ambiental. 
Fechamento 
Nesta aula, você pôde ampliar seu conhecimento em relação aos seguintes tópicos: 
 • políticas para a gestão ambiental;
 • objetivos das políticas para a gestão ambiental;
 • conceito de sustentabilidade;
 • papéis individual e coletivo na construção de uma sociedade sustentável. 
Referências
ABDALLA-SANTOS, Niedjha L. Qualidade de vida das cidades: um roteiro para diagnóstico de ges-
tão a partir do caso da Galeria dos Estados, em Brasília - DF. Brasília: ACLUG, 2011.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso em: 21 set. 2010.
_______ . Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981 (Política Nacional de Meio Ambiente). Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. Acesso em: 21 jul. 2016. 
_______. Lei 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade). Disponível em: <http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10257.htm>. Acesso em: 21 jul. 2016. 
_______. Agenda 21 brasileira: ações prioritárias/Comissão de Políticas de Desenvolvimento Susten-
tável e da Agenda 21 Nacional. 2. ed. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2004. 158 p., 21 cm.
_______. Portal Brasil. Entenda o acidente de Mariana e suas consequências para o meio ambiente. 
2015. Disponível em: <www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2015/12/entenda-o-acidente-de-maria-
na-e-suas-consequencias-para-o-meio-ambiente/>. Acesso em: 19 ago. 2016.
DOVERS, S.R.; HANDMER, J.W. Uncertainty, sustainability and change. Global Environmental 
Change, v. 2, n. 4, p. 262-276, 1992. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/
pii/0959378092900448>. Acesso em: 22 jul. 2016.
FLORIANO, Eduardo Pagel. Políticas de gestão ambiental. 3. ed. Santa Maria: UFSM-DCF, 2007.
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. Anais 
do Seminário sobre a Formação do Educador para atuar no Processo de Gestão Ambiental. Bra-
sília: IBAMA, Série Meio Ambiente em Debate n° 1, 1995. 29 p.
NOVAIS, Vânia Mendes da silva. Desafios para uma efetiva gestão ambiental no Brasil. Anais do 
Encontro baiano de Geógrafos. Universidade do Estado da Bahia (2014). Disponível em: <http://
www.uesb.br/eventos/ebg/anais/4h.pdf>. Acesso em: 22 jul. 2016.

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