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Regulação da Osmolaridade Urinária

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Regulação da Osmolaridade Urinária
*Revisão de conceitos importantes:
ADH
O hormônio antidiurético (ou vasopressina) é um hormônio secretado pela pituitária posterior para atuar como efetor em um mecanismo de feedback para regular a osmolaridade e a concentração de sódio plasmáticas. A ação renal mais importante do ADH é aumentar a permeabilidade à água dos epitélios do túbulo distal, túbulo coletor e ducto coletor.
Quando a osmolaridade dos líquidos corpóreos se eleva para valores acima do normal a secreção de ADH aumenta, o que aumenta a permeabilidade dos túbulos distais e ductos coletores à água. Isso permite que grande quantidade de água seja reabsorvida, havendo diminuição do volume urinário, porém sem alterações acentuadas na taxa de excreção renal de solutos.
Quando há um excesso de água no corpo e portanto uma queda da osmolaridade no líquido extracelular, a secreção de ADH diminui, reduzindo, conseqüentemente, a permeabilidade dos túbulos distais e ductos coletores à água; isso por sua vez, leva à excreção de uma urina diluída.
O ADH se liga a receptores V específicos no final dos túbulos distais, nos túbulos coletores e nos ductos coletores, aumentando a concentração de AMPc e ativando proteínas quinase estimulando que as aquaporinas 2 (AQP-2), proteína intracelular, vão para a membrana luminal das células tubulares. As moléculas de AQP-2 formam canais para a água que permitem uma rápida difusão de água através das células. Quando a concentração de ADH diminui, as moléculas de AQP-2 são movidas de volta para o citoplasma, reduzindo a permeabilidade à água.
Mostre a relação morfológica e funcional entre a alça de henle e os vasos retos nos néfrons justaglomerulares:
R: No ser humano, cerca de 25% dos néfrons correspondem a néfrons justaglomerulares, com alças de Henle e vasa recta que mergulham profundamente na medula renal antes de retornarem ao córtex. Algumas alças de Henle ocupam todo o trajeto até as extremidades das papilas renais que se projetam da medula até a pelve renal. Paralelamente as longas alças de Henle, encontram-se os vasa recta, que também descem em forma de alça rumo à medula, antes de retornarem ao córtex renal. Essa disposição anatômica peculiar das alças de Henle e dos vasa recta, capilares peritubulares especializados da medula renal, desempenham um papel crítico no mecanismo de contracorrente, processo pelo qual o líquido intersticial da medula renal se torna hiperosmótico. Um dos principais fatores que contribuem para o aumento da concentração de solutos na medula renal é o transporte ativo de íons sódio e co-transporte de íons potássio, cloreto e outros íons no ramo ascendente espesso da alça de Henle em direção ao interstício medular. Assim, a reabsorção repetida de cloreto de sódio pelo ramo ascendente espesso da alça de Henle e o influxo contínuo de novo cloreto de sódio do túbulo proximal para a alça de Henle constitui o multiplicador de contracorrente. Já os vasa recta não geram a hiperosmolaridade medular, e sim, evitam sua dissipação. O formato de U dos vasos minimiza a perda de soluto do interstício, mas não impede a ultrafiltração de líquidos e soluto para o sangue através das pressões hidrostáticas e coloidosmóticas usuais que favorecem a reabsorção nesses capilares.
Explique o processo de produção de urina diluída pelo rim:
R: A medida que o líquido flui através do túbulo proximal, os solutos e água são reabsorvidos em proporções equivalentes, ocorrendo uma pequena alteração na osmolaridade; ou seja, o líquido do túbulo proximal permanece isosmótico ao plasma (300mOsm/L). No ramo ascendente da alça de Henle, especialmente no segmento espesso, ocorre uma reabsorção ávida de cloreto, sódio e potássio. Entretanto, essa porção do segmento tubular é impermeável à água, mesmo na presença de ADH. Portanto, o líquido tubular torna-se mais diluído a medida que flui pelo ramo ascendente da alça de Henle, ocasionando uma redução progressiva da osmolaridade para cerca de 100mOsm/L quando este entra no túbulo distal. Quando o líquido diluído no túbulo distal inicial passa para o túbulo convoluto distal final, o ducto coletor cortical e o ducto coletor, há uma reabsorção adicional de cloreto de sódio. Na ausência do ADH, essa porção do túbulo também é impermeável à água, e a reabsorção extra de solutos faz com que o líquido tubular se torne ainda mais diluído, diminuindo sua osmolaridade para valores em torno de 50mOsm/L. A falha na reabsorção de água e a manutenção da reabsorção de solutos levam à produção de um grande volume de urina diluída.
Explique o processo de produção de urina concentrada pelo rim:
R: Nessa situação há uma grande concentração de ADH, uma vez que a secreção desse hormônio se encontra aumentada como uma forma de proteção contra à perde excessiva de água, que pode levar à desidratação. Como mencionado anteriormente o líquido que passa pelo túbulo proximal permanece quase com a mesma osmolaridade do sangue e do filtrado glomerular. À medida que o líquido flui pelo ramo descendente da alça de Henle, a água é absorvida para o interstício da medula renal. O ramo descendente é altamente permeável à água, porém muito menos permeável ao cloreto de sódio e à uréia. Portanto, a osmolaridade do líquido que flui através da alça descendente aumenta de forma gradativa até se tornar igual àquela do líquido intersticial adjacente, que gira em torno de 1.200mOsm/L quando a concentração de ADH é elevada. O ramo ascendente delgado da alça de Henle é basicamente impermeável à água, mas reabsorve uma certa quantidade de cloreto de sódio. Em virtude da alta concentração deste último composto no líquido tubular, devido à perda de água por osmose no ramo descendente da alça, ocorre uma certa difusão passiva do cloreto de sódio da luz do ramo ascendente delgado para o interstício medular. Dessa forma o líquido tubular se torna mais diluído, já que o cloreto de sódio se difunde para fora do túbulo e a água permanece dentro do túbulo. Parte da uréia reabsorvida pelo interstício a partir dos ductos coletores também se difunde pelo ramo ascendente delgado, retornando uréia para o sistema tubular e auxiliando na manutenção da medula hiperosmótica por impedir que o interstício medular seja diluído (recirculação da uréia). A parte espessa do ramo ascendente da alça de Henle e a porção inicial do túbulo distal também são virtualmente impermeáveis à água, mas uma grande quantidade de sódio, cloreto, potássio e outros íons é ativamente transportada do túbulo para o interstício medular. Por essa razão, o líquido no ramo ascendente espesso da alça de Henle torna-se bastante diluído (100mOsm/L). A porção final do túbulo distal e os túbulos coletores corticais são altamente permeáveis à água na presença de altos níveis de ADH, ocorrendo uma reabsorção significativa de água. A uréia, no entanto, não é muito permeante nessa parte do néfron, resultando em um aumento de sua concentração à medida que a água é reabsorvida. Isso faz com que a maior parte da uréia que chega ao túbulo distal e túbulo coletor passe para os ductos coletores medulares internos e, a partir dessa região, acabe sendo reabsorvida ou excretada na urina. A concentração de líquido nos ductos coletores medulares internos também depende do ADH e da osmolaridade do interstício medular estabelecida pelo mecanismo de contracorrente. Na presença de uma grande quantidade de ADH, esses ductos tornam-se altamente permeáveis à água; dessa forma, ocorre uma difusão de água do túbulo ao interstício, até que se atinja um equilíbrio osmótico e o líquido tubular chegue a uma concentração semelhante àquela do interstício medular renal (1.200 à 1.400 mOsm/L). Assim, quando os níveis do ADH se encontram elevados, temos a produção de uma urina bastante concentrada, porém em baixo volume. Como a reabsorção da água aumenta a concentração da uréia no líquido tubular e devido a presença de transportadores específicos nos ductos coletores, uma grande quantidade de uréia altamente concentrada nos ductos difunde-se
para o interstício medular. Essa absorção da uréia para a medula renal contribui com a alta osmolaridade do interstício medular e à alta capacidade de concentração de urina pelo rim.
O que se entende por clearence osmolar?
Como se dá a regulação da excreção urinária de Na+ pela aldosterona?
R: A aldosterona, secretada pelas células da zona glomerulosa do córtex da supra-renal, é um regulador importante da reabsorção de sódio e da secreção de potássio pelos túbulos renais. A aldosterona aumenta a absorção de sódio e, simultaneamente, a secreção de potássio pelas células epiteliais tubulares renais e, em menor quantidade, nos túbulos distais e ductos coletores através da estimulação da bomba sódio-potássio ATPase no lado basolateral da membrana do túbulo coletor cortical. A aldosterona também aumenta a permeabilidade ao sódio no lado luminal da membrana. Portanto, a aldosterona faz com que o sódio seja conservado no líquido extracelular enquanto o potássio é excretado na urina. Apesar de promover retenção de sódio, ela não provoca alteração significativa da osmolaridade plasmática, uma vez que também a aumento da absorção de água.
OBS.: Doença de Addison- baixa concentração de aldosterona por destruição ou mau funcionamento da supra-renal. Causa perda acentuada de sódio e acúmulo de potássio.
Síndrome de Conn- excesso de secreção de aldosterona, como ocorre em pacientes com tumores de supra-renal. Está associado à retenção de sódio e depleção de potássio.
qndo há uma baixa TFG o líquido demora mais tempo para percorrer todo o néfron e por isso mais água é reabsorvida, e assim, aumenta a concentração de Na+ tubular.. essa alta concentração da Na+ na urina é detectada pela mácula densa nas células justaglomerulares do ducto coletor q libera renina
_BabI_ diz:

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