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Concentração e Diluição da Urina

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Concentração e Diluição da Urina; Regulação da Osmolaridade e 
da Concentração de Sódio do Liquido Extracelular 
 José Saraiva 
 
 
Introdução 
Para que as células funcionem bem é preciso que elas estejam sendo 
banhadas por um líquido extracelular. 
-A osmolaridade corresponde a concentração o total de solutos neste 
líquido pelo volume do líquido. 
-O sódio e a osmolaridade são controlados pela quantidade de líquido extra. 
- Controle da água do corpo: ingesta, excreção de água 
Os rins excretam o excesso de águia pela produção de 
urina diluída. 
- Os rins tem a capacidade de deixar a urina mais concentrada ou 
diluída dependendo das necessidades do corpo 
O hormônio antidiurético controla a concentração 
urinária 
-Há mecanismo de feedback para regular a osmolaridade e 
a concentração de sódio plasmático. Uma forma importante é ADH ou 
vasopressina. Quando a osmolaridade se eleva a hipófise-posterior sob o 
comando do hipotálamo secreta o ADH. Então ele vai no rime faz com que 
ocorra reabsorção de água nos túbulos distais. Dessa forma, o ADH 
determina se será uma urina diluída ou concentrada. 
Mecanismo renais para secreção de Urina diluída 
- Quando a água está em excesso os rins tem a capacidade de 
eliminar certas quantidades e mesmo assim continua o processo de 
reabsorção de soluto. A água deixa de ser reabsorvida no tubo distal final 
e ductos coletores. Mesmo eliminando grande quantidade de água os rins 
não reduzem a quantidade de soluto eliminado, ou seja, a secreção. 
O líquido tubular permanece isosmótico no túbulo 
proximal 
A medida que o liquida percorre o túbulo proximal ocorre a 
reabsorção de água e soluto e mantendo-se isosmótico. Mas, a medida 
que vai passando pelas o ramo fino descente a água é reabsorvida por 
osmose e os dois meios atingem o equilíbrio. Dessa forma, o líquido vai 
ficando mais concentrado à medida que ele flui pela alça de henle em 
direção à medula interna. 
 
O líquido tubular é diluído no Ramo Ascendente da 
Alça de Henle . 
O Ramo espesso ascendente da alça é impermeável a água, 
mas reabsorve sódio, cloreto e potássio. Em consequência disso, a urina 
vai ficando mais diluída até o túbulo distal. Independente da atuação da 
vasopressina ou não o líquido que deixa a parte inicial do túbulo distal 
inicial é hipostático. 
O líquido tubular é ainda mais diluído no túbulo 
distal e coletores na ausência do ADH 
Nos trechos distal final, coletor cortical e ducto coletor ocorre uma 
reabsorção de sódio. Na falta do Adh essa região acaba também não 
reabsorvendo água. Diante dessa situação, a retirada de soluto acaba 
fazendo com que a urina fique mais diluída ainda. Dessa forma, com a 
falta do retorno da água e o retorno de soluto faz com que a urina 
fica com grande volume e diluída. . 
 
 
Os rins conservam água excretando urina 
concentrada 
A urina concentrada é muito importante. Pois 
fisiologicamente o corpo perde água de diversas formas, pelo suor, 
pulmão e TGI por exemplo. Dessa maneira, é necessário repor líquido. 
A urina concentrada serve para substituir esse líquido, ou seja, sua 
ingestão, mantendo a homeostasia... Em caso de déficit hídrico rim gera 
uma urina concentrada e aumenta a reabsorção de água e diminuindo 
o volume hídrico. 
Requerimentos para a excreção de urina concentrada- 
níveis elevados de ADH e medula renal hiperosmótico 
-Para que se tenha uma urina concentrada é preciso dois fatores 
importantes: os níveis de ADH que promove o aumento a 
permeabilidade dos túbulos coletores e a alta osmolaridade do líquido 
intersticial medular renal que gera um gradiente osmótico para 
retornar a água. Na presença de altos níveis de ADH. 
-o interstício geralmente é hiperosmótico na presença do ADH a 
água vai para essa região e vai para a circulação pelo vasa recta. 
-Mecanismo de contracorrente depende da disposição anatômica 
peculiar das alças de Henle dos vasa recta dos capilares peritubualres. 
- 25% dos néfrons humanos são justaglomerulares 
O mecanismo de contracorrente gera o interstício 
medular renal hiperosmótico 
 Em quase todo o corpo a osmolaridade do líquido intersticial é 
semelhante ao do plasma. Mas a dos rins é bem elevada., isso significa 
que o soluto está em excesso da água. A grande concentração de 
solutos for atingida na medula, ela será mantida pelo balanço entre a 
entrada e a saída de solutos e de água na medula.. 
Fatores que aumentam a secreção: 
1- Transporte de sódio e cotransporte de outros íons do ramo 
ascentende espesso da alça de Henle para o interstício medular. 
2- Transporte ativo dos ductos coletores para o interstício medular 
3- Difusão facilitada da ureia dos ductos coletores para o interstício 
4- Difusão de pequena quantidade de água. 
 
 
Características especiais da alça de Henle que 
mantêm, solutos na medular renal 
. A principal causa da alta osmolaridade da medula é 
decorrente aos transporte ativo de sódio e o cotransporte de outro 
ions no ramo ascendente espesso de Henle. 
-A parte descente fina é muito permeável a água e ela acaba saindo 
em direção ao interstício medular fazendo com que o soluto dentro do 
túbulo fique mais concentrado 
Etapas participantes da geração de interstício 
medular renal hiperosmótoco . 
 
 
1- A contração da alça e a mesma do túbulo proximal. 
2- A bomba de ions é ativada no ramo ascendente espesso que 
bombeia ions para o interstício e deixando o túbulo menos 
concentrado.. 
3- É um rápido equilíbrio entre o interstício e a alça descendente 
devido o movimento da água por osmose 
4- Fluxo adicional de líquido do túbulo proximal para alça de henle. 
Líquido hiperosmotico formado na parte descendente flua pra a 
a parte ascendente 
5- Mais íons são bombardeados para o interstício 
6- Mais uma vez ocorre um equilíbrio 
7- Esse processo corre diversas vezes. 
Multiplicador de contracorrente- é o nome usado para o processo 
de reabsorção repetitiva de sal pelo ramo ascendente espesso e o 
influxo contínuo de novo cloreto de sódio do túbulo proximal para a 
alça de Henle 
È a chegada de NaCl de dois locais diferentes multiplicando a 
concentração. 
Papel do túbulo distal e dos ductos coletores na 
excreção de urina concentrada 
-O líquido sobre uma diluição quando sai da alça de henle em direção 
ao túbulo covalado distal no córtex renal 
-a porção inicial do túbulo distal promove transporte ativo de cloreto 
de sódio para fora. 
-a quantidade de água reabsorvida nessa região depende da 
concentração de ADH.. Esse hormônio em alta concentração a água 
passa para o interstício 
A ureia contribui para um interstício medular renal 
hiperosmótico e para a formação de urina 
concentrada 
 
-Ureia contribui para cerca de 40% da osmolaridade do líquido 
intersticial. ureia é reabsorvida por transporte passivo quando 
ocorre déficit de água e a concentração de ADH é alta. Processo 
ocorre nos ductos coletores medulares internos para o interstício. 
MECANISMO: o líquido sobe pelo o ramo ascendente para chegar 
nos ductos distais e coletores corticais, esses locais são 
impermeáveis à ureia. 
Quando ocorre a reabsorção de água provocada pelo o ADH a 
ureia fica muito concentrada, visto que nesses locais a ureia é 
impermeável. 
-a medida que o líquido passa pelos ductos coletores medulares 
internos ocorre mais ainda a reabsorção de água. Em 
consequência, a ureia fica muito concentrada passando do túbulo 
para a região intersticial. 
Ocorre através de transportadores específicos da ureia e na 
presença do ADH mais um transportador é expressado na 
membrana 
Quanto mais o consume de proteína mais a ureia será presente e a 
urina do indivíduo apresenta-se concentrada. 
A recirculação da ureia do ducto coletor para a alça 
de Henle contribui para a hperosmolaridade da 
medula renal 
20ª a30% de ureia é secretadaFatores que influenciam- a concentração desse metabólico 
1- Concentração do metabólico no plasma 
2- Filtração glomerular 
-No túbulo proximal 45% da ureia filtrada é reabsorvida. A 
concentração vai aumentando à medida que passa pelo descendente 
fino em que a água sai. E também a pouca saída ureia no ascendente 
grosso. Pelos canais UT-A2. . Regiões como ascendente grosso, túbulo 
distal e túbulo coletor cortical são relativamente impermeáveis 
-A ureia pode circular várias vezes. Isso faz com quem ocorra um 
acumulo de metabólicos na medula rena (hiperosmótico com a ureia 
l e em momentos de falta de água ela pode ser poupada. O excesso 
de água reduz a concentração da ureia e os níveis de ADH também 
ficam reduzidos. 
A troca por contracorrente nos vasos recta mantém a 
hiperosmolaridade da Medula Renal 
- o fluxo sanguíneos pe fundamental para os processos metabólicos 
dos rins e utiliza 5% da quantidade de sangue circulante. 
2 mecanismos do sangue para conter altas concentrações de soluto: 
O fluxo sanguíneo medular baixo e os vasa recta servem como 
trocadores por contracorrente minimizando a retirada de solutos do 
interstício medular 
Troca por contracorrente o sangue entra e sai da medula pela vasa 
recta, são bem permeáveis, exceto a proteínas. A medida que o 
sangue desce ele fica concentrado pelo ganho de soluto e pela perda 
de água para o interstício 
O sangue ascendente retornando ao córtex fica progressivamente 
menos concentrado, já que os solutos se difundem de volta para o 
interstício medular e água para a vasa recta 
 
O aumento do fluxo sanguíneo medular pode reduzir 
a capacidade de concentração da urina 
-Aumento da pressão aumenta o fluxo sanguíneo na medula, em 
escala maior do que em outras regiões e tendem a lavar o interstício 
hiperosmótico, diminuindo a capacidade de concentração urinária. 
RESUMO DO MECANISMO DE CONCENTRAÇÃO URINÁRIA E 
ALTERAÇÕES NA OSMOLARIDADE EM DIFERENTES SEGMENTOS 
DOS TÚBULOS, 
 
Túbulo Proximal. Cerca de 65% dos eletrólitos filtrados são 
reabsorvidos no túbulo proximal. Contudo, as membranas tubulares são 
muito permeáveis à água. Dessa forma, sempre que os solutos são 
reabsorvidos, a água também se difunde através da membrana 
tubular por osmose. A difusão de água através do epitélio tubular 
proximal é auxiliada pelo canal de água, aquaporina 1(AQP-1). 
Portanto, a osmolaridade do líquido remanescente permanece quase 
a mesma da do filtrado glomerular, 300 mOsm/L. 
Ramo Descendente da Alça de Henle. À medida que o líquido flui 
pelo ramo descendente da alça de Henle, a água é absorvida para o 
interstício da medula renal. O ramo descendente contém também 
AQP-1 e é muito. 
rmeável à água, porém muito menos permeável ao cloreto de sódio e 
à ureia. Portanto, a osmolaridade do líquido que flui pela alça 
descendente aumenta de forma gradativa até se tornar próxima à 
do líquido intersticial adjacente que gira em torno de 1.200 mOsm/L, 
quando a concentração plasmática de ADH é elevada. 
Quando urina diluída estiver sendo formada, devido às baixas 
concentrações do ADH, a osmolaridade do interstício medular será 
inferior a 1.200 mOsm/L; consequentemente, a osmolaridade do 
líquido tubular no ramo descendente da alça de Henle também fica 
menos concentrada. Essa redução na concentração se deve, em 
parte, à menor reabsorção de ureia para o interstício medular pelos 
ductos coletores quando existem baixos níveis de ADH e a formação 
renal de grande volume de urina diluída. 
Ramo Ascendente Delgado da Alça de Henle. O ramo ascendente 
delgado da alça de Henle é basicamente impermeável à água, mas 
reabsorve certa quantidade de cloreto de sódio. Em virtude da alta 
concentração desse último composto no líquido tubular, devido à 
perda de água por osmose no ramo descendente da alça, ocorre 
certa difusão passiva do cloreto de sódio do 
lúmen do ramo ascendente delgado para o interstício medular. Dessa 
forma, o líquido tubular fica mais diluído, já que o cloreto de sódio se 
difunde para fora do túbulo e a água permanece no túbulo. Parte da 
ureia reabsorvida pelo interstício medular a partir dos ductos coletores 
também se difunde pelo ramo ascendente delgado, retornando a 
ureia para o sistema tubular e auxiliando na manutenção da medula 
hiperosmótica por impedir que o interstício medular seja diluído. Essa 
reciclagem da ureia é um mecanismo adicional que contribui com a 
medula renal hiperosmótica. 
Ramo Ascendente Espesso da Alça de Henle. A parte espessa do 
ramo ascendente da alça de Henle é também praticamente 
impermeável à água, mas grande quantidade de sódio, cloreto, 
potássio e outros íons é ativamente transportada do túbulo para o 
interstício medular. Por essa razão, o líquido no ramo ascendente 
espesso da alça de Henle torna-se bastante diluído, com a 
osmolaridade baixando para valores em torno de 100 mOsm/L. 
Porção Inicial do Túbulo Distal. A porção inicial do túbulo distal tem 
propriedades similares às do ramo ascendente espesso da alça de 
Henle, desse modo o líquido tubular fica ainda mais diluído, por cerca 
de 50 mOsm/L, enquanto a água permanece no túbulo. 
Porção Final do Túbulo Distal e Túbulos Coletores Corticais. 
Na porção final do túbulo distal e nos túbulos coletores corticais, a 
osmolaridade do líquido depende do nível de ADH. Com altos níveis 
desse hormônio, esses túbulos ficam muito permeáveis à água, 
ocorrendo reabsorção significativa de água. A ureia, no entanto, não 
é muito permeável nessa parte do néfron, resultando em aumento de 
sua concentração à medida que água é reabsorvida. Esse processo 
faz com que a maior parte da ureia, que chega ao túbulo distal e 
túbulo coletor, passe para os ductos coletores medulares internos e, 
a partir dessa região, acabe sendo reabsorvida ou excretada na urina. 
Na ausência de ADH, pequena quantidade de água é reabsorvida na 
porção final do túbulo distal e túbulo coletor cortical; por essa razão, 
a osmolaridade diminui ainda mais, em virtude da reabsorção contínua 
de íons nesses segmentos. 
Ductos Coletores Medulares Internos. A concentração de líquido pelos 
ductos coletores da medula interna depende (1) do ADH; e (2) da 
osmolaridade do interstício medular que os circundam, que foi 
estabelecida pelo mecanismo de contracorrente. Na presença de 
grande quantidade de ADH, esses ductos ficam muito permeáveis à 
água; dessa forma, ocorre difusão de água do túbulo para o líquido 
intersticial até que seja atingido equilíbrio osmótico e o líquido tubular 
chegue à concentração semelhante à do interstício medular renal 
(1.200 a 1.400 mOsm/L). Assim, quando o níveis do ADH estão 
elevados, temos a produção de urina bastante concentrada, porém 
com baixo volume. Como a reabsorção da água aumenta a 
concentração de ureia no líquido tubular e devido à presença de 
transportadores específicos nos ductos coletores, grande quantidade 
de ureia muito concentrada nos ductos se difunde para o interstício 
medular. Essa absorção da ureia para a medula renal contribui para 
a alta osmolaridade do interstício medular e para a elevada 
capacidade de concentração de urina pelo rim. Existem diversos 
pontos importantes a serem considerados que podem não estar 
evidentes nesta discussão. Em primeiro lugar, embora o cloreto de 
sódio 
seja um dos principais solutos que contribuem para a 
hiperosmolaridade do interstício medular, o rim pode, quando 
necessário, excretar urina muito concentrada com pouca quantidade 
desse sal. Nessas circunstâncias, a hiperosmolaridade da urina se deve 
às altas concentrações de outros solutos, especialmente de produtos 
residuais, como a ureia e a creatinina. Condição em que isso ocorre 
é a desidratação, acompanhada por baixa ingestão de sódio. o baixo 
consumo de sódio estimula a formação dos hormônios angiotensina II 
e aldosterona que, juntos, levam à ávida reabsorção de sódio pelos 
túbulos, ao mesmo tempo em que não interferem na ureia e nos 
outros solutos para manter a urina muito concentrada. Em segundolugar, grandes quantidades de urina diluída podem ser excretadas 
sem aumentar a excreção de sódio. Esse feito é desempenhado pela 
diminuição da secreção de ADH, o que reduz a reabsorção da água 
nos segmentos tubulares mais distais, sem alterar, significativamente, 
a reabsorção de sódio.

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